Avaliação da capacidade antioxidante e antimicrobiana em algas da costa de Peniche (Portugal): identificação de compostos bioactivos com elevado potencial biotecnológico. Susete Filipa Gonçalves Pinteus [2011] Avaliação da capacidade antioxidante e antimicrobiana em algas da costa de Peniche (Portugal): identificação de compostos bioactivos com elevado potencial biotecnológico. Susete Filipa Gonçalves Pinteus Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Biotecnologia dos Recursos Marinhos Dissertação de Mestrado realizada sob a orientação do Doutor Rui Pedrosa e co- orientação da Doutora Ana Rita Mendão. [2011] Título: Avaliação da capacidade antioxidante e antimicrobiana em algas da costa de Peniche (Portugal): identificação de compostos bioactivos com elevado potencial biotecnológico © Copyright Susete Filipa Gonçalves Pinteus Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar – Peniche Instituto Politécnico de Leiria 2011 A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar e o Instituto Politécnico de Leiria têm o direito, perpétuo e sem limites geográficos, de arquivar e publicar esta dissertação/trabalho de projecto/relatório de estágio através de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de forma digital, ou por qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado, e de a divulgar através de repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribuição com objectivos educacionais ou de investigação, não comerciais, desde que seja dado crédito ao autor e editor. ii À memória da minha Mãe, ao meu Pai e Irmãos, ao Paulo. iii iv Resumo vi Resumo Neste trabalho foi avaliado o potencial biotecnológico de dez algas da costa de Peniche relativamente à sua capacidade antioxidante e antimicrobiana. As algas analisadas foram Asparagopsis armata, Plocamium cartilagineum, Ceramium ciliatum, Sphaerococcus coronopifolius, Codium adhaerens, Ulva compressa; Fucus spiralis, Saccorhiza polyschides, Stypocaulon scoparium e Halopteris filicina. A identificação de compostos bioactivos das algas que revelaram o maior potencial biotecnológico também foi alvo de estudo. Os compostos bioactivos foram extraídos das algas com recurso a solventes, nomeadamente metanol, n-hexano e diclorometano. Estes extractos foram utilizados em todos os ensaios experimentais. A capacidade antioxidante foi determinada através da Quantificação Total de Polifenóis (QTP) pelo método de Folin-Ciocalteu e através da avaliação da capacidade de redução do radical 1, 1-Difenil-2-picrilhidrazil (DPPH). A capacidade antimicrobiana foi avaliada através do método de difusão em disco em Bacillus subtilis e Escherichia coli. Por outro lado, a actividade antifúngica foi avaliada pelo acompanhamento da curva de crescimento de Saccharomyces cerevisiae na ausência e na presença dos extractos das algas. A identificação de compostos bioactivos foi realizada por espectrometria de massa com ionização por “electrospray” (ESI-MS). A alga Fucus spiralis, na fracção metanólica, foi a alga que apresentou maior actividade antioxidante, com 90,01 ± 0,003 mg de equivalentes de ácido gálico/g extracto. As algas Saccorhiza polyschides e Fucus spiralis exibiram o efeito mais potente na capacidade de redução do DPPH, com IC de 0,049 e 0,099 mg de extracto 50 metanólico/ml, respectivamente. Relativamente à capacidade antimicrobiana, não existiram resultados positivos contra E. coli. No entanto existiram vários resultados positivos contra Bacillus subtilis, tendo sido a alga Asparagopsis armata (fracção metanólica) a que apresentou o maior potencial com um halo de inibição de 10 mm para a menor concentração a que se obteve actividade (100 µg/disco). Quanto à actividade antifúngica, alga Sphaerococcus coronopifolius produziu um efeito inibitório muito potente no crescimento de Saccharomyces cerevisiae, com IC de 50 56,44; 78,9 e 40,2 µg/ml nas fracções metanólica, diclorometano e n-hexano, respectivamente. Não foi possível identificar as principais moléculas responsáveis pela actividade antimicrobiana e antioxidante, no entanto foram identificados dois ácidos gordos de cadeia longa, na fracção do diclorometano da alga Sphaerococcus coronopifolius, o ácido heptadecanóico e o ácido oleico. vii Resumo Pela realização deste trabalho podemos concluir que as algas castanhas Fucus spiralis e Saccorhiza polyschides foram as que apresentaram mais poder antioxidante. Por outro lado, as algas vermelhas Sphaerococcus coronopifolius e Asparagopsis armata destacaram-se pelo elevado potencial antimicrobiano. Das quatro algas referidas, as algas Fucus spiralis e Sphaerococcus coronopifolius, pela potência dos resultados obtidos na capacidade antioxidante e na capacidade antifúngica, respectivamente, são as algas que abrem maiores janelas para a identificação e obtenção de novas moléculas com potencial biotecnológico relevante. Palavras chave: Actividade antioxidante; Actividade antimicrobiana; Compostos bioactivos; Algas. viii Abstract
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