Astrologia Seu Alcance e Limitações por Max Heindel Conferência Pública ministrada em Seattle em 1908 N os dias de hoje a ciência da Astrologia vem sendo desacreditada e considerada uma falácia. Do mesmo modo que o clarividente, o astrólogo é visto como um charlatão, e não sem motivo. Anúncios como os que se vêem em quase todos os jornais, oferecendo horóscopos que dizem o destino do berço ao túmulo pela magnífica soma de dez centavos, ou mesmo só por um selo postal, bastam para justificar de certo modo a designação de "fraude". Essa conferência tem por finalidade mostrar a outra face pouco conhecida desta antiga e mal interpretada ciência. Mostra a sua utilidade e suas limitações. Existem duas classes de astrologia e duas de astrólogos: aquele que nem mesmo faz um horóscopo para seus clientes, mas simplesmente pede o mês de nascimento, que já diz em que signo encontrava-se o Sol por ocasião do nascimento da pessoa. Então eles copiam de um livro - ou de uma das doze fórmulas mimeografadas - o "destino" dessa pessoa. Para quem raciocina é evidente que existem mais que doze classes de pessoas no mundo, e de acordo com o método acima cada décima segunda pessoa teria vida semelhante, quando é sabido que nem duas pessoas têm a mesma experiência e que cada vida é diferente de quaisquer outras. Por isto, qualquer método que não faça tal distinção deve ser falso. O astrólogo de dez centavos é um bom negociante. Suas "interpretações" mimeografadas e despesas de correio somadas não vão além de dois centavos, de modo que em cada "horóscopo" ele sempre lucra oito centavos. Comercialmente tal lucro é enorme, mas torna-se insignificante comparado ao fato de que, em cada caso, o "astrólogo"apodera-se do endereço de um ingênuo, o que lhe permite,pelo seu regular sistema de "lembretes",notificá-lo tempos em tempos de fatos muito importantes prestes a acontecer em sua vida. Tais fatos, acrescenta ele, poderá revelar por 1 dólar. E assim trabalha suas vítimas sistematicamente, até que por fim a experiência mostra a estas a falácia de tais prognósticos. São estas as pessoas que se levantam contra a astrologia, classificando-a de fraude ou tolice. O método científico exige primeiramente o dia e o ano do pretendente, pois tendo em conta todos os nove corpos celestes do sistema solar . considera as posições de cada um deles em relação aos outros naquele momento. (N.T. Sol, Lua e os demais planetas. Este artigo foi escrito antes da descoberta de Plutão) Tal configuração não se repetirá antes de transcorrido todo um ano sideral, isto é, só voltará a acontecer novamente após decorridos 25.868 anos comuns.Assim sendo, com o mesmo horóscopo de uma criança nascida hoje, outra criança só poderá nascer daqui a 25.868 anos .[N.T. - Em outras condições da evolução da Terra]. Contudo não é o bastante, porque calcula-se que a cada segundo nasce uma criança, perfazendo em 24 horas um total de nascituros, que haveriam de ter as mesmas experiências, se tivesse sido considerado apenas o dia do nascimento. Por conseguinte, o astrólogo científico, além do dia , mês e ano, pede ainda a hora e o lugar do nascimento pois é raro nascerem duas pessoas no mesmo lugar, à mesma hora e minuto. Até os gêmeos nascem com vinte minutos e até várias horas de diferença, o que também ocasiona bastante diferença. Quando nascem da mesma placenta (gêmeos verdadeiros ou univitelinos) e se parecem, o signo zodiacal ascendente no horizonte oriental é um fator importante na formação do corpo. Mas quando nascem de bolsas separadas e não se parecem (gêmeos fraternos) então um cálculo astrológico poderá mostrar que o primeiro nasceu nos últimos graus de um signo ascendente e o segundo nos primeiros graus do signo ascendente seguinte. Ou nasceram com várias horas do intervalo, pode até haver mais de um signo entre os dois nascimentos, porque no movimento contínuo de rotação da Terra um novo signo desponta no horizonte equatorial a cada duas horas próximos dos pólos, no entanto, alguns signos passam rapidamente devido à inclinação do eixo terrestre, motivo pelo qual pode acontecer de existirem vários signos entre os nascimentos de gêmeos. E isto fará com que suas vidas sejam muito diferentes. Contudo, quando duas crianças nascem no mesmo lugar e no mesmo instante, deve haver marcante semelhança em suas vidas; muitos destes casos já foram registrados. Um só exemplo será suficiente. Samuel Hemmings nasceu em Londres na mesma paróquia, à mesmo hora e quase no , mesmo minuto que o rei Jorge III, no dia 4 de junho de 1738. Entrou no negócio de ferragens no mesmo dia em que o rei foi coroado; casou-se no mesmo dia que Sua Majestade; morreram os dois no mesmo dia e outros acontecimentos das duas vidas foram muito semelhantes. A diferença de posição social impediu que ambos fossem reis, mas no mesmo dia em que um se tornava monarca de um reino o outro também se convertia em um independente homem de negócios. A astronomia está para a astrologia assim como a anatomia está para a fisiologia. A anatomia aponta simplesmente fatos, tais como a localização e estrutura dos órgãos que constituem o corpo, e a astronomia também simplesmente fornece dados relativos aos corpos celestes. Mas, assim como a fisiologia reserva-se à competência de determinar a utilidade dos diversos órgãos -o que empresta valor àquele conhecimento - cabe à astrologia explicar o significado das mudanças de posições relativas dos corpos celestes sobre o comportamento humano. Não é necessário qualquer argumento para provar-se que as condições químicas da atmosfera terrestre pela manhã diferem das do meio-dia e da tarde. Podem-se ver também as mudanças que se produzem nas diferentes estações e reconhecer que tais mudanças são produzidas pelas posições mutáveis do Sol. Reconhecemos igualmente os efeitos da Lua sobre as marés etc.. Esses corpos movem-se com rapidez, produzindo assim constantemente alterações nas condições atmosféricas da Terra. Por conseguinte, nesta época do telégrafo sem fio, não deve ser difícil conceber-se que os demais corpos celestes também produzam efeitos. Como já vimos, tais mudanças são tão numerosas que a mesma condição química só poderá repetir-se 25.868 anos depois. Vemos pois que a condição eletrostática da atmosfera, no momento em que uma criança executa a sua primeira respiração, imprime em cada átomo do sensitivo corpinho uma marca individual. É algo assim como se carregássemos uma bateria elétrica nova, e qualquer mudança na condição atmosférica afetará esse cérebro de modo diferente de todos os outros, uma vez que sua estampa original também difere da de todos os outros. Muitas pessoas pensam que a astrologia é fatalista. Mas ainda que assim possa parecer, um estudo profundo demonstrará o erro de assim pensar-se, e que todas as nossas tristezas e sofrimentos resultam de nossa ignorância, de modo que pelo conhecimento podemos evitar certas desgraças se aplicarmos a tempo esse conhecimento. E, para compreendermos a amplitude do nosso livre arbítrio, devemos reconhecer o fato de que o resultado de nossas ações passadas efetuam-se através de um processo tríplice de amadurecimento. Em primeiro lugar, há causas que seguem o seu curso sem que sejam modificadas por outros atos, e acham- se tão inexoravelmente próximas de surtirem efeitos que até podem comparar-se à bala já disparada de uma pistola: estão além do nosso poder de interferência, tendo que seguir sua trajetória para o bem ou para o mal. Em ocultismo são chamadas de "causas maduras", e podem ser vistas claramente num horóscopo apropriadamente erigido. Naturalmente que, não seria bom para nós conhecê-las, já que não poderemos evitá- las, mas algumas vezes poderemos alterar as condições sob as quais tais causas maduras esgotam-se por si mesmas, e aí então há esperança. Vemos a nuvem passar da tormenta, sabendo quando haverão esgotado sua fúria, e isso nos dá uma esperança que só através dos prognósticos da astrologia podemos conseguir. A segunda classe de causas é a das que são geradas e liquidadas no dia-a-dia: uma espécie de "pagamento à medida que compro". Estas causas freqüentemente podem, ser evitadas ou corrigidas pelo conhecimento da astrologia. As tendências também podem ser vistas no horóscopo. A terceira classe envolve as causas que estamos gerando mas que não podemos liquidar de imediato. Estas são reservadas para acerto no últimos anos ou em vidas posteriores. A este respeito temos absoluta liberdade. O horóscopo ajudar-nos-á mostrando nossas tendências, de modo que possamos ser especialmente cuidadosos em certos momentos críticos, tudo fazendo para aproveitar as boas oportunidades, e esforçando- nos ao ponto do sacrifício para dominar uma má tendência. Para ilustrar a ação da Lei de Conseqüência relativamente a previsões, podemos citar alguns casos de nossa própria experiência. Certo conferencista muito popular, o Sr. L., nunca havia estudado astrologia, mas estava interessado e então surgiu uma oportunidade para o estudo. A fim de dar maior interesse ao estudo, usamos como base o seu próprio horóscopo, pois assim poder-se-ia mais facilmente comprovar as interpretações de seu passado e compreendê-las melhor do que se fosse usado o tema de outra pessoa. No desenvolvimento dos cálculos verificou-se que o Sr. L. estava freqüentemente sujeito a acidentes. Acontecimentos e acidentes anteriores foram determinados com precisão de data pelos cálculos, o que muito impressionou o Sr. L. Previmos também que no dia 21 de julho de 1906 ocorreria outro acidente que lhe afetaria a parte superior do tronco, os braços, o pescoço e a parte inferior da cabeça; e que tal acidente resultaria de uma viagem curta. Recomendamos-lhe portanto que, sendo a Lua Nova daquela data o fator que produziria o acidente, permanecesse ele em sua casa naquele dia e também no sétimo dia a seguir-se, sendo este último ainda mais perigoso que o primeiro. Ele, bastante impressionado, prometeu seguir cuidadosamente a advertência. Pouco antes da data crítica escrevemos de Seattle ao Sr. L. para lembrá-lo do assunto, e recebemos em resposta uma carta em que ele dizia que se lembrava de tudo e que teria cuidado. As notícias subseqüentes vieram por um amigo em comum. Informava que no dia crítico - 28 de julho - o Sr. L. havia tomado um trem elétrico para Sierra Madre e que num cruzamento da ferrovia seu trem colidira com outro. Sendo ele então arremessado pela janela, disso resultou-lhe ferimentos nas partes mencionadas na predição, e também num tendão que não tinha sido previsto. Era difícil compreendermos, naturalmente, como havia o Sr. L. se descuidado da advertência uma vez que se impressionara tanto com o realismo do perigo. A resposta veio três meses depois, quando ele pôde escrever-nos. Dizia ele: "Pensei que o dia 28 era 29". Este foi evidentemente um caso de causa "madura", que não podia ser evitado. Em outros casos, pessoas prevenidas contra acidentes, que seguiram as instruções e escaparam, disseram depois: "Você crê realmente que eu seria ferida se não houvesse seguido suas instruções?" Aí está a dificuldade! As pessoas não acreditam, a menos que recebam o golpe, conforme aconteceu ao Sr. L., que escreveu: "Este acidente aprofundou imensamente o meu respeito pela astrologia". Mas, será esta a única maneira de aprendermos? Se for, pior para nós. É uma verdade o dito "Ninguém vive para si mesmo". Todos nos afetamos mutuamente, e isso o horóscopo também nos mostra. Em particular, a morte dos pais, já que estes são a fonte do corpo em que vivemos. E às vezes, quando a hora do nascimento é desconhecida, o astrólogo competente pode determiná-la por meio de grandes acontecimentos na vida, especialmente pela morte dos pais deste, se o dia é conhecido. Marido e mulher acham- se também tão ligados que os grandes acontecimentos na vida de um podem ser vistos no horóscopo do outro. Soubemos há alguns anos atrás do seguinte caso: a Sra. F. foi avisada do perigo de rompimento com o seu esposo. Foi-lhe dito também que certa viagem que ia realizar seria cancelada, assim como teria suspensas suas funções sociais (eram pessoas da sociedade). A senhora admitiu estar pretendendo viajar à Europa, mas rejeitou a idéia de renunciar à mesma, e indagou se o Sr. F. estava em perigo de morte. A resposta foi: Pior! Mas como se tratasse de assunto delicado e a mulher fosse uma estranha, nada mais pôde ser dito a não ser que novembro ser-lhes-ia uma época de desastres. Com efeito, a quatorze desse mês seu marido foi sentenciado a cinco anos de prisão por haver violado criminalmente de uma mocinha; a viagem foi suspensa, naturalmente. A seguir o ostracismo social. Este caso mostra, de maneira especial, a delicada posição do astrólogo, porque, ainda que ele veja e deseje ajudar, o convencionalismo impede-o de dizer francamente tudo aquilo que vê. O caso mencionado é só um exemplo. Embora ansioso para evitar o sofrimento, foi impossível preveni-lo. Somos portanto a favor de que todos estudem astrologia. Nem mesmo o melhor astrólogo, que é um estranho, pode conhecer tão bem a vida daqueles que nos são íntimos e caros como nós próprios, que já vimos muito do seu caráter. E os convencionalismos não nos estorvam tanto quanto a um estranho. Além disso, um horóscopo comprado jamais despertaria em nós tanta simpatia pelos outros quanto aquele que nasce de um conhecimento pessoal da astrologia. Quando visitava Columbus - Ohio - mostraram ao autor o horóscopo de um menino, feito por sua tia. Imediatamente vimos que o menino ia atravessar uma crise que duraria perto de seis anos. Durante esse tempo muitas coisas más viriam à superfície, dependendo tudo do tratamento que recebesse em casa e - pobre menino! A ignorância das causas ocultas governava a atitude de seus pais. Ao invés de tolerância, amor e compaixão, davam-lhe sermões e castigos. Tido na conta de incorrigível, como poder-se-ia esperar que fosse bom nessa idade? Uma grande onda de compaixão invadiu o autor ao compreender o quanto devia sofrer aquele pobre menino. E quando o horóscopo de sua irmã mais nova revelou que perto dos quatorze anos ela sofreria uma crise semelhante, sentiu a necessidade de enviar àqueles pais uma mensagem urgente aconselhando, por piedade, a darem mais amor àquela criança, nos poucos anos que faltavam para o início da crise, para que o lar se lhe tornasse tão familiar e querido que, quando a crise viesse, ela teria no lar tanto amor e simpatia que outros lugares e companhias parecessem-lhe enfadonhos, por comparação. Somente assim seria possível salvar essa criança, e o autor muito desejou que seus conselhos houvessem sido atendidos. As crianças -esses mistérios - sempre as temos entre nós e à nossa volta. Da maneira de solucionar esses mistérios vai depender do que possamos colher, como guardiões que somos delas. Não está acima da inteligência mediana a capacidade de erigir um horóscopo comum para leitura do caráter. Caráter é destino, e se conhecemos o caráter de uma criança podemos depositar, para nós mesmos, um grande tesouro no céu fortalecendo-lhe as boas tendências e ajudando-a com o exemplo e com regras, a enfraquecer o mal. Na opinião do autor, uma das maiores utilidades da astrologia consiste em determinar-se o caráter das crianças e educá-las de modo a fortalecer seus pontos fracos e debilitar suas tendências para o mal. Na leitura do caráter, a astrologia é corretamente interpretada em por cento dos casos pelos astrólogos mais experientes, de modo que nenhum pai pode beneficiar mais seu filho do que encomendando seu horóscopo ou aprendendo a fazê-lo por si mesmo. Entretanto, enquanto aprende, pode solicitar a um amigo astrólogo que faça o horóscopo da criança. Mesmo que a astrologia seja, como é, uma ciência absolutamente verdadeira, devemos levar sempre em consideração que o astrólogo é apenas humano, e portanto falível. Ainda que um astrólogo honesto, com habilidade para combinar influências estelares, possa geralmente fazer previsões corretas, contudo sempre estará sujeito a encontrar o seu Waterloo quando menos espere. Uma única vez o autor assegurou que as suas previsões não falhariam. E falharam. Havia uma saída para o caso, mas os aspectos eram tão fortes que parecia impossível não acontecerem os fatos previstos. E de fato quase aconteceram, mas falharam no momento crítico, o que mostra a força da configuração de escape. As previsões falham por vezes devido a um fator que o astrólogo não pode levar em consideração - o livre arbítrio do homem. Quanto àqueles que vagueiam à toa, levados pelo tempo e pelas marés da vida, impelidos de um para outro lado pelos ventos das circunstâncias, é fácil a tarefa de predizer. Para a grande maioria desses, o astrólogo competente pode fazer previsões exatas porque os horóscopos mostram suas tendências, e - afora o esforço individual - quase toda a humanidade segue essas tendências irresistivelmente. Porém, quanto mais evoluído é o homem, mais sujeito está o astrólogo a falhar, pois este só pode ver as tendências: a vontade do homem é um fator que está além dele poder calcular. Na natureza das coisas deve haver esse elemento de incerteza. Se as condições fossem tão invariáveis ou inflexíveis que excluíssem o erro, isso mostraria que um destino inexorável governaria a vida humana e que seria inútil esforçarmo-nos para modificar tais condições. Mas o próprio fato de que as predições falham já é uma inspiração, pois mostra-nos que uma certa porção de livre arbítrio existe. Há uma fase de previsão em que a astrologia é talvez infalível e de grande utilidade: determinar a afinidade entre as pessoas, de modo que ao em vez de fazer do matrimônio uma loteria ou acaso, pode-se determinar o que de felicidade ou sofrimento tal união resultará. Assim, certamente não precisariam divorciar-se aqueles cuja união fosse recomendada por um astrólogo genuinamente competente. Vimos nas conferencias anteriores que a vida humana é governada por uma grande lei natural - a Lei de Causa e Efeito. Vimos também que cada ato nosso gera um efeito inevitável, tão certamente como a pedra que é lançada ao ar volta à terra. Sob essa Grande Lei encontramos novamente amigos e inimigos, e assim parece impossível que possamos estabelecer a mais íntima das relações, qual a do matrimônio, com um estranho. Portanto, é evidente que as influências que aproximam assim as pessoas são causas maduras que não podem ser evitadas. O autor tem observado que quando alguém pede ao astrólogo um horóscopo do seu projetado casamento e as previsões resultam favoráveis, invariavelmente apressam-se em realizar a cerimônia porque tudo coincidiu com os seus desejos. Mas quando o astrólogo é compelido a predizer fracassos, quase sempre eles concluem: "Ele não sabe tanto quanto pensa que sabe." Então, casam-se, a despeito de tudo, ou procuram outro astrólogo que prediga o que eles querem e seguem depois seus conselhos. A maior de todas as aplicações da astrologia é no trato de pessoas enfermas, e é a este aspecto que o autor se dedica atualmente . Dissemos da Lei de Conseqüência, que apresenta no devido tempo os resultados das ações passadas de cada um, quer nesta vida quer em outras. As estrelas são, por assim dizer, o Relógio do Destino. Os doze signos do Zodíaco correspondem ao mostrador do relógio com seus doze números; o Sol e os planetas, em seus movimentos vagarosos, indicam o ano em que certo acontecimento terá lugar; e o movimento rápido da Lua aponta-nos o mês. Há uma classe de pessoas que estão particularmente sob a influência da Lua: os lunáticos, como são chamados. Em suas vidas as mudanças da Lua , são sentidas de modo especial, de modo que para tais pessoas, o astrólogo pode prever não somente o dia mas até a hora em que determinada crise manifestar-se-á. Um caso, pertinente, do conhecimento do autor, ilustrará o assunto. A esposa de um amigo foi acometida de uma doença mental. Entregue aos cuidados de duas enfermeiras; prevenimos a respeIto de crises em diferentes períodos, de sorte que pudessem assim evitar maiores problemas, permanecendo sempre próximo a ela para eventual ajuda. O marido da Senhora estava sempre próximo para pôr a camisa de força.
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