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As transições e os choques - O que aprendemos e o que ainda temos de aprender com a crise financeira PDF

453 Pages·2015·4.4 MB·Portuguese
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Para Jonathan, Benjamin e Rachel, sem os quais minha vida teria sido vazia Sumário Agradecimentos Lista de figuras Prefácio: por que escrevi este livro Introdução: “não estamos mais no Kansas” PARTE 1: OS CHOQUES Prólogo 1. Da crise à austeridade 2. A crise na zona do euro 3. Admirável Mundo Novo PARTE 2: AS TRANSIÇÕES Prólogo 4. Como o sistema financeiro se tornou frágil 5. Como a economia mundial foi transformada PARTE 3: AS SOLUÇÕES Prólogo 6. A ortodoxia derrotada 7. Consertando as finanças 8. A longa jornada a percorrer 9. Consertando um casamento ruim Conclusão: fogo na próxima vez Notas Referências Agradecimentos Ao escrever um livro, acumulamos muitas dívidas. Reconheço aqui apenas algumas delas. Tenho de começar agradecendo a Andrew Wylie, meu agente, cujo entusiasmo e energia ilimitados fizeram este livro acontecer. Quero agradecer a John Makinson, presidente e principal executivo da Penguin, que decidiu publicá-lo. Também agradeço pelas contribuições inestimáveis de Scott Moyers e Stuart Proffitt, meus editores na Penguin, cujo cuidado e atenção ao detalhe tornaram o livro imensuravelmente melhor e mais claro do que ele seria sem isso. Stuart, em particular, foi inexorável. Reconheço a imensa importância de sua contribuição e sou muitíssimo grato pelo tempo que gastou neste livro e pela atenção que dedicou a ele. Também quero mencionar a paciência deles com os atrasos na conclusão de um livro cuja escrita teve de se encaixar com minhas obrigações normais. Além disso, estendo meus agradecimentos a Richard Duguid e Donald Futers, da equipe de produção da Penguin, e a Richard Mason por sua contribuição editorial muito importante. Também gostaria de agradecer a Lionel Barber, editor do Financial Times, por acomodar as necessidades do livro. Tirei uma quantidade substancial de tempo para escrevê-lo e prezo enormemente o modo como o FT acomodou isso e prometo não voltar a fazê-lo no futuro próximo. Quero também agradecer aos colegas do FT com quem aprendi tanto. Agradecimentos particulares pelas contribuições para ideias presentes neste livro vão para Chris Giles, Ferdinando Giugliano, meu ex-colega Krishna Guha, Robin Harding, Martin Sandbu e Gillian Tett. Devo agradecimentos a um número imenso de pensadores e formuladores de políticas [policymakers] com cujos textos tive o privilégio de aprender durante muitos anos. Reconheço a maioria desses débitos por meio de citações no texto, notas e referências. Gostaria de registrar agradecimentos particulares a três pessoas. A primeira é Max Corden, que foi meu professor em Oxford e cuja combinação notável de clareza, rigor e bom senso me marcou para a vida inteira. Aspirei, nem sempre com sucesso, a igualar essas qualidades em minhas atividades profissionais. Foi uma grande honra e um prazer ainda maior apresentar uma palestra, batizada em homenagem a ele, em sua cidade natal de Melbourne em outubro de 2012.1 A segunda pessoa é Adair Turner, ex- presidente da Autoridade de Serviços Financeiros do Reino Unido. Adair fez a gentileza de ler a terceira parte do livro e o capítulo final. Apreciei muito seu saber e apoio, e aprendi imensamente com seu texto sobre a crise e suas consequências. A última pessoa é Mervyn King, ex-presidente do Banco da Inglaterra e um amigo por mais de duas décadas. Apesar das inevitáveis discordâncias profissionais, sempre admirei muito sua inteligência e integridade. Sou grato a Mervyn por ler o rascunho do livro e me oferecer úteis comentários de apoio. Ele me encorajou a ser ainda mais radical do que eu pretendera ser. Outros a quem devo gratidão por conversas sobre tópicos deste livro são Anat Admati, da Universidade Stanford, C. Fred Bergsten, do Peterson Institute for International Economics, Ben Bernanke, ex-presidente do Federal Reserve, Olivier Blanchard, do Fundo Monetário Internacional, Claudio Borio, do Banco de Compensações Internacionais, Paul de Grauwe, da London School of Economics, minha ex-colega Chrystia Freeland, membro do Parlamento canadense, Andy Haldane, do Banco da Inglaterra, Robert Johnson, do Institute for New Economic Thinking, Paul Krugman, da Universidade Princeton, Philippe Legrain, ex-assessor do presidente da Comissão Europeia, Michael Pettis, da Universidade de Pequim, Adam Posen, do Peterson Institute for International Economics, Raghuram Rajan, presidente do Banco da Reserva da Índia, Carmen Reinhart, da Universidade Harvard, Kenneth Rogoff, da Universidade Harvard, Jeffrey Sachs, da Universidade de Columbia, Hans- Werner Sinn, do CESifo, George Soros, Joseph Stiglitz, da Universidade de Columbia, Andrew Smithers, da Smithers & Co., Lawrence Summers, da Universidade Harvard, Alan Taylor, da Universidade da Califórnia, Paul Tucker, que trabalhou no Banco da Inglaterra, David Vines, da Universidade de Oxford, William White, que trabalhou no Banco de Compensações Internacionais, e Malcolm Wiener. Também quero deixar agradecimentos a John Vickers, Claire Spottiswoode, Martin Taylor e William (Bill) Winters, com quem tive o prazer de trabalhar na Comissão Independente sobre Bancos do governo britânico em 2010-1, assim como aos membros de seu admirável secretariado. Peço desculpas a todos que possam se sentir menosprezados por serem omitidos desta lista. Ela está longe de ser exaustiva. É evidente que nenhuma das pessoas que listei tem responsabilidade alguma pelo que aparece neste livro. Também quero fazer um agradecimento especial a Douglas Irwin, da Dartmouth University, e a Kevin O’Rourke, da Universidade de Oxford, pela permissão de usar o título As transições e os choques, que tirei do interessante texto deles “Lidando com choques e transições”.2 Essa expressão captou perfeitamente meu tema. Por fim, e bem acima de todos, devo expressar meus agradecimentos mais profundos a Alison, minha esposa durante mais anos do que ela gostaria de admitir. Ela me deu tudo que poderia fazer a vida de um homem feliz, inclusive os três filhos a quem este livro é dedicado. Além disso, agradeço a ela por seu encorajamento e apoio enquanto escrevi este livro, que esteve longe de ser um processo fácil. Sem Alison, tenho certeza de que ele não teria sido terminado. Devo agradecer a ela, igualmente, por ler todo o rascunho e me oferecer comentários que eram sensatos e certeiros, como sempre fez. Acima de tudo, ela me obrigou a explicar o que quero dizer a uma leitora extremamente inteligente que não vive no mundo da macroeconomia internacional e das finanças globais. O valor de uma leitora como essa é e sempre foi inestimável. Lista de figuras 1. Swap Libor-OIS 2. Necessidade geral de empréstimo do governo 3. PIB real desde a crise 4. Emprego 5. Dívida acumulada do setor privado em relação ao PIB nos Estados Unidos 6. Spreads sobre o rendimento dos bunds alemães 7. Spreads sobre os rendimentos dos bunds 8. Saldos em conta-corrente na zona do euro, 2007 (US$ bilhões) 9. Saldos em conta-corrente na zona do euro, 2007 (% do PIB) 10. Custo unitário de mão de obra na indústria em relação à Alemanha 11. Saldos em conta-corrente 12. Balanço fiscal geral médio do governo, 2000-7 13. Razão dívida pública bruta/PIB 14. Razão dívida pública bruta/PIB 15. Razão dívida pública bruta/PIB 16. Spread entre os rendimentos de títulos britânicos e espanhóis de dez anos 17. PIB real de países da zona do euro atingidos pela crise 18. Taxas de desemprego 19. Crescimento na Grande Recessão 20. Aumento do PIB, 2007-12 21. Saldos médios em conta-corrente, 2000-7 22. Saldo médio em conta-corrente, 2000-7 23. Crescimento do PIB na Europa Central e Oriental em 2009 24. Reservas em moeda estrangeira 25. Fluxos de capital para economias emergentes 26. Contribuições da demanda para o crescimento do PIB chinês 27. Preços reais de commodities 28. Índices sintéticos transacionáveis de títulos subprime lastreados por ativos dos Estados Unidos 29. Taxas básicas de juro de curto prazo do Banco Central 30. Rendimentos de títulos de dez anos indexados 31. Preços reais de imóveis residenciais e rendimentos indexados reais 32. Desequilíbrios globais 33. Saldos financeiros dos Estados Unidos desde 2000 34. Desequilíbrios em conta-corrente na zona do euro 35. Saldos financeiros setoriais na Alemanha 36. Spread sobre os rendimentos de títulos do governo de dez anos em relação aos bunds 37. Lastro para o M2 dos Estados Unidos 38. Lucros reais do setor financeiro dos Estados Unidos 39. PIB dos Estados Unidos 40. PIB do Reino Unido 41. “Multiplicador monetário” dos Estados Unidos 42. Saldos fiscais estruturais 43. Empréstimo líquido setorial no Reino Unido 44. Custos unitários de mão de obra no conjunto da economia em relação à Alemanha 45. PIB da zona do euro 46. Inflação core anual de preços ao consumidor 47. Critérios ideais de área de moeda 48. Dívida pública bruta em relação ao PIB 49. PIB per capita dos Estados Unidos 50. PIB per capita do Reino Unido Prefácio: por que escrevi este livro Pode “Ela” — uma Grande Depressão — acontecer de novo? E, se “Ela” pode acontecer, por que não ocorreu nos anos desde a Segunda Guerra Mundial? Essas são perguntas que decorrem naturalmente tanto do registro histórico quanto do sucesso comparativo dos últimos trinta anos. Para responder a essas perguntas é necessário ter uma teoria econômica que torne as grandes depressões um dos estados possíveis em que nosso tipo de economia capitalista pode se encontrar. Hyman Minsky, 19821 Este livro é sobre o modo como as crises financeiras e econômicas que atingiram países de alta renda depois de agosto de 2009 alteraram nosso mundo. Mas sua análise está enraizada em como esses choques se originaram em transições anteriores — as interações entre mudanças na economia global e o sistema financeiro. Ele indaga como esses acontecimentos perturbadores mudarão — e devem mudar — os modos como pensamos sobre economia. Também indaga como eles mudarão — e devem mudar — as políticas adotadas pelos países afetados e pelo resto do mundo. O livro é uma exploração de uma paisagem alterada. Devo começar sendo honesto comigo mesmo e com o leitor: embora eu passe minha vida profissional analisando a economia mundial e tenha visto muitas crises financeiras, não previ uma crise de tal magnitude nos países de alta renda. Isso não se deu porque eu não tinha consciência das tendências insustentáveis da época anterior à crise. Meu livro anterior, A reconstrução do sistema financeiro global, publicado em 2008 mas baseado em palestras apresentadas em 2006, discutia a fragilidade do sistema financeiro e a frequência das crises financeiras desde o começo da década de 1980. Também examinava o preocupante crescimento de enormes superávits e déficits em conta-corrente — os chamados “desequilíbrios globais” — depois das crises nos mercados emergentes de 1997-9. Ele focalizava particularmente as implicações do fenômeno vinculado dos imensos déficits em conta-corrente americanos, os acúmulos de reservas em moeda estrangeira em economias emergentes e os desequilíbrios dentro da zona do euro.2 Essa discussão surgia naturalmente da consideração do sistema financeiro em meu livro anterior, Why

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