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as técnicas biomédicas PDF

314 Pages·2006·0.75 MB·Portuguese
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11 MARA REGINA TRIPPO KIMURA AS TÉCNICAS BIOMÉDICAS – A VIDA EMBRIONÁRIA E O PATRIMÔNIO GENÉTICO HUMANO – À LUZ DA REGRA DA PROPORCIONALIDADE PENAL DOUTORADO EM DIREITO PUC/SP SÃO PAULO 2006 12 MARA REGINA TRIPPO KIMURA AS TÉCNICAS BIOMÉDICAS – A VIDA EMBRIONÁRIA E O PATRIMÕNIO GENÉTICO HUMANO - À LUZ DA REGRA DA PROPORCIONALIDADE PENAL Tese apresentada à Banca Examinadora da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para a obtenção do título de Doutor em Direito (área de Direito das Relações Sociais, sub-área de Direito Penal), sob a orientação do Professor Doutor Dirceu de Mello. PUC/SP SÃO PAULO 2006 13 Banca Examinadora ______________________________ Professor Doutor Dirceu de Mello (orientador) ______________________________ ______________________________ ______________________________ ______________________________ 14 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a meu filho, muito esperado e muito amado. 15 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, sempre. Agradeço ao meu Mestre, Professor Doutor Dirceu de Mello, pelo incentivo, pela confiança e pelos ensinamentos. Com carinho, agradeço ao parceiro de todas as horas, meu marido, Alexandre. Minha gratidão à minha família, especialmente à minha mãe. 16 RESUMO A genética evolui rápido, com ênfase na manipulação de genes e de células, facilitada pela reprodução assistida. Ao lado de benefícios (ou expectativas), agrega novos riscos, porque as técnicas são experimentais. Para controle das atividades, o Direito Penal é reclamado e, a fim de coibir excesso, apresenta-se a regra da proporcionalidade, mediante seus elementos: necessidade, adequação e proporcionalidade estrita. Na aplicabilidade desta regra, a noção central é o bem jurídico. Entre eles, destaca-se a vida, cuja tutela a partir da fecundação se afigura mais razoável em face da atualidade científica. Atrelados à dignidade humana, emergem novos bens, como a integridade genética. Iniciado pelo conceito de bem, o juízo da necessidade penal é complementado pelas exigências da subsidiariedade e da fragmentariedade. Na adequação, perquire-se a idoneidade da norma para evitar infrações e suas vantagens e desvantagens perante a impunidade. Nas conexões com a pesquisa científica, estes juízos aceitam a atuação preventiva da lei penal, imposta pela importância dos bens, irreversibilidade e dimensão imensurável do dano e dificuldade probatória do nexo causal. A proporcionalidade estrita preocupa-se com a justiça da pena para o delito, valendo-se, na comparação entre as categorias, de subsídios de ordem prática. Palavras-chave: Bioética – Biodireito – Manipulação Genética - Proporcionalidade – Bem jurídico – Vida - Patrimônio Genético 17 ABSTRACT Genetics develops rapidly, with emphasis on genes and cells manipulation, facilitated by assisted reproduction. Besides its benefits (or expectations), new risks are added, because it deals with experimental techniques. In order to control such activities, an appeal is made to Criminal Law, which in order to control abuse or excess, makes use of the proportionality theory, through its basic elements, such as need, adequacy and strict proportionality. While applying this rule, the main point is the tutelage of legally protected rights, among which, human life should be pointed out, whose protection, starting from fecundation, seems to be more reasonable in view of the current scientific trends. From the human dignity concept, new approaches emerge, such as genetic integrity. Starting from life protection concept, the judgement of Criminal Law requirement is complemented by subsidiary and fragmentary demands. While adjusting the situation to the norm, an analysis is made on the suitability of the norm to avoid infringements, as well as its advantages and disadvantages before impunity. While connecting such judgements with scientific research, they admit the Criminal Law preventive action, imposed by the importance of such rights, as well as by the irreversibility and immeasurable extent of damage therefrom, as well as the difficulty of proving the causality link. Strict proportionality concerns with justice of the penalty to be imposed to the tort or delict, taking advantage of comparisons among the various categories, of subsidies taken from practise. Key words: Bioethics – Biolaw – Genetic Manipulation – Proportionality – Legal right – Life – Genetic heritage. 18 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................11 1. A REVOLUÇÃO DA CIÊNCIA, A BIOÉTICA E O DIREITO .....14 1.1 A ciência da vida e a ética................................................................................................14 1.1.1 A revolução científica e a “sociedade de risco”......................................................14 1.1.2 Conceitos científicos básicos..................................................................................20 1.1.3 A ciência e a ética da responsabilidade..................................................................23 1.2 A bióetica...........................................................................................................................26 1.2.1 A origem da bioética................................................................................................26 1.2.2 A sua conceituação e seus princípios básicos.......................................................30 1.2.3 As relações da bioética com o Direito.....................................................................32 1.3 Formas de controle das ciências biomédicas..................................................................34 1.3.1 O autocontrole pessoal ou profissional...................................................................34 1.3.2 A tutela administrativa das atividades.....................................................................36 1.3.3 Tutela civil no âmbito da biomedicina.....................................................................40 1.3.4 Tutela penal na seara da biomedicina....................................................................40 2. AS MODERNAS TÉCNICAS DA GENÉTICA E SUAS APLICAÇÕES NA REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA ......43 2.1 A experimentação no homem...........................................................................................43 2.1.1 Experimentação terapêutica....................................................................................44 2.1.2 Experimentação não-terapêutica............................................................................46 2.1.3 Experimentação pura..............................................................................................46 2.2 A terapia gênica................................................................................................................47 2.2.1 Terapia genética em células somáticas..................................................................49 2.2.2 Terapia gênica nas células da linha germinal.........................................................50 2.3 A reprodução humana assistida.......................................................................................51 2.3.1 O indivíduo e as distintas fases do seu desenvolvimento......................................51 2.3.1 Noções gerais..........................................................................................................55 2.3.2.1 Inseminação artificial (IA) ..........................................................................56 2.3.2.2 Fecundação in vitro (FIV) ..........................................................................57 19 2.3.2.3 Variantes comuns da fecundação in vitro.................................................58 2.3.2.4 Pontos controvertidos................................................................................59 2.4 A manipulação genética aplicada às técnicas de reprodução humana...........................61 2.4.1 A seleção genética: eugenia...................................................................................61 2.4.2 A clonagem..............................................................................................................63 2.4.2.1 Clonagem reprodutiva................................................................................65 2.4.2.2 Clonagem terapêutica e as células-tronco................................................66 2.4.3 Hibridação, quimeras e partenogênese..................................................................74 3. A PROPORCIONALIDADE ...............................................................................76 3.1 Os princípios e as regras como normas jurídicas............................................................76 3.2 A proporcionalidade como regra.......................................................................................79 3.3 A nomenclatura.................................................................................................................81 3.4 A origem e a evolução histórica da proporcionalidade....................................................83 3.5 A consagração constitucional...........................................................................................87 3.6 A proporcionalidade e os direitos fundamentais..............................................................90 3.7 Conteúdo da regra da proporcionalidade no direito penal...............................................94 4. A SUB-REGRA DA NECESSIDADE ..........................................................98 4.1 Linhas gerais.....................................................................................................................98 4.2 A exclusiva proteção dos bens jurídicos..........................................................................98 4.2.1 Considerações preliminares....................................................................................98 4.2.2 Breve evolução histórica.......................................................................................101 4.2.3 O enfoque sociológico: a fragilização do conceito...............................................104 4.2.4 O enfoque constitucional: a recuperação do conceito..........................................110 4.2.5 Nossa posição.......................................................................................................114 4.3 A intervenção mínima.....................................................................................................116 4.3.1 Os postulados: a fragmentariedade e a subsidiariedade.....................................116 4.3.2 A concretização: os conceitos de dignidade e carência de tutela penal..............122 4.3.3 As funções do direito penal...................................................................................124 4.3.3.1 A função promocional..............................................................................125 4.3.3.2 A função simbólica...................................................................................127 4.3.3.3 A função de satisfação de expectativas sociais......................................128 4.3.3.4 Relações com a genotecnologia: nossa posição....................................129 4.4 O bem jurídico supra-individual......................................................................................132 20 5. A SUB-REGRA DA ADEQUAÇÃO ...........................................................138 5.1 Seus traços comuns........................................................................................................138 5.2 Os obstáculos no exame da idoneidade penal..............................................................141 5.3 O delito de perigo............................................................................................................144 5.4 As normas penais em branco.........................................................................................148 6. OS BENS JURÍDICOS (1): CONSIDERAÇÕES SOBRE A DIGNIDADE HUMANA E A VIDA ..............................................................152 6.1 A dignidade humana.......................................................................................................152 6.1.1 Ponderações preambulares..................................................................................152 6.1.2 O plano do direito positivo.....................................................................................156 6.1.3 A relação com os direitos individuais e a impossibilidade da sua identificação como bem jurídico................................................................................................160 6.2 A vida...............................................................................................................................162 6.2.1 As teorias sobre o começo da vida.......................................................................163 6.2.1.1 As posições clássicas: gregos e romanos..............................................163 6.2.1.2 A doutrina da Igreja Católica: a teoria da animação...............................164 6.2.1.3 A teoria da fecundação ou formação do genótipo..................................168 6.2.1.4 A teoria da nidação..................................................................................172 6.2.1.5 A teoria da formação dos rudimentos do sistema nervoso central.........179 6.2.1.6 Nossa posição..........................................................................................181 6.2.2 Perfil internacional.................................................................................................184 6.2.3 Perfil constitucional................................................................................................186 6.2.4 Parâmetros para a intervenção penal...................................................................192 6.2.4.1 A vida humana “in vivo”: algumas considerações sobre o aborto..........194 6.2.4.2 A vida humana “in vitro”...........................................................................199 7. AS TÉCNICAS BIOMÉDICAS E O DIREITO À VIDA ..................203 7.1 A seleção pré-implantatória............................................................................................203 7.2 A fecundação de óvulos com fins distintos da procriação.............................................212

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a vida e as técnicas biomédicas, sempre sob o enfoque das sub-regras da .. Manual de bioética: fundamentos e ética biomédica. Trad. por Orlando merece o gozo do direito natural de ser produto da alquimia da natureza.
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