UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES FREDERICO FERNANDO SOUZA SILVA Arthur Azevedo: o crítico de arte como colecionador / o colecionador como crítico de arte São Paulo 2016 FREDERICO FERNANDO SOUZA SILVA Arthur Azevedo: o crítico de arte como colecionador / o colecionador como crítico de arte Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Artes. Área de Concentração: Teoria, Ensino e Aprendizagem da Arte Linha de Pesquisa: História, Crítica e Teoria da Arte Orientador: Prof. Dr. Domingos Tadeu Chiarelli São Paulo 2016 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo Dados fornecidos pelo(a) autor(a) Silva, Frederico Fernando Souza Arthur Azevedo: o crítico de arte como colecionador / o colecionador como crítico de arte / Frederico Fernando Souza Silva. -- São Paulo: F. F. S. . Silva, 2016. 362 p.: il. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais - Escola de Comunicações e Artes / Universidade de São Paulo. Orientador: Domingos Tadeu Chiarelli Bibliografia 1. Arthur Azevedo 2. Crítica de arte 3. Colecionismo 4. Século XIX 5. História da Arte I. Chiarelli, Domingos Tadeu II. Título. CDD 21.ed. – 700 SILVA, Frederico Fernando Souza Título: Arthur Azevedo: o crítico de arte como colecionador / o colecionador como crítico de arte Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Artes. Aprovado em: Banca examinadora Prof. Dr.____________________________Instituição___________________________ Julgamento:__________________________Assinatura:_________________________ Prof. Dr.____________________________Instituição___________________________ Julgamento:__________________________Assinatura:_________________________ Prof. Dr.____________________________Instituição___________________________ Julgamento:__________________________Assinatura:_________________________ Prof. Dr.____________________________Instituição___________________________ Julgamento:__________________________Assinatura:_________________________ Prof. Dr.____________________________Instituição___________________________ Julgamento:__________________________Assinatura:_________________________ Aos meus pais e amigos. Agradecimentos Agradeço inicialmente ao meu orientador, Tadeu Chiarelli, por ter acreditado neste projeto, pelas conversas e indicações de leituras certeiras que puderam me conduzir durante todo o processo de construção da tese. Assim como pela oportunidade inestimável de participar nos últimos quatros anos dos encontros semanais do Grupo de Estudos Arte&Fotografia (ECA-USP) sob sua coordenação. Agradeço da mesma forma aos colegas do Grupo de Estudos Arte&Fotografia pelas conversas e trocas de grande valor ao longo desses anos. À Profa. Maria Cecília França Lourenço, pela cordialidade e as importantes contribuições durante o exame de qualificação. Da mesma forma agradeço ao Prof. Claudio Mubarac, pelas indicações de leituras e envio de textos. Igualmente aos professores Marco Buti, João Musa e Luciano Migliaccio. À FAPESP, pela concessão da bolsa tornando possível a realização desta pesquisa. Aos funcionários das Bibliotecas ECA e FAU Maranhão. Aos amigos que mesmo distantes geograficamente estiveram sempre perto: Rafael Silva e Roberto Guimarães. Ao Governo do Maranhão e toda a equipe da Curadoria de Bens Culturais do Palácio dos Leões, pelo acesso irrestrito ao acervo da Coleção Arthur Azevedo durante os últimos anos. Aos funcionários das instituições onde pesquisei: Biblioteca Nacional, Arquivo da Academia Brasileira de Letras, Arquivo do Museu Nacional de Belas Artes, Museu Dom João VI, Museu Antônio Parreiras, Museu Histórico e Artístico do Maranhão, Arquivo Público do Estado do Maranhão. À Antônio Martins Araújo, pela cordialidade com que me recebeu em sua casa no Rio de Janeiro e pelos textos enviados. À Simonia Fukue, pela diagramação do caderno de imagens da tese. À Andrea Martinelli, Jorge Murad, Fátima Verde, Maria Helena Duboc, Eliezer Moreira Filho, Teresa Azevedo e Américo Azevedo Neto. Resumo SILVA, Frederico Fernando Souza. Arthur Azevedo: o crítico de arte como colecionador / o colecionador como crítico de arte, 2016. 396 f. Tese (Doutorado) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2016. A tese discute a atuação de Arthur Azevedo como crítico de arte e colecionador no circuito artístico do Rio de Janeiro entre os anos 1870 até os primeiros anos do século XX. A partir de um levantamento de textos esparsos sobre arte escritos pelo autor na imprensa carioca esforça-se por analisar e situar sua produção crítica frente à arte brasileira da segunda metade do século XIX. Concomitantemente busca-se analisar o conjunto de obras (gravuras, pinturas, livros, álbuns e manuscritos) reunidas pelo dramaturgo nesse mesmo período. Frente a essas duas extensas atuações desenvolve-se como tese central a ideia de que a dupla atuação de Arthur Azevedo somente foi possível, por ser aquele um período de reestruturação do meio artístico permitindo que intelectuais como ele, sem formação na área, pudessem atuar como crítico e colecionador. Palavras-chave: Arthur Azevedo; crítica de arte; colecionismo; gravura; século XIX. Abstract This thesis discusses Arthur Azevedo’s acting as an art critic and collector in the circuit of art in Rio de Janeiro from the 1870’s until the early years of the Twentieth Century. According to a survey of scattered texts of art written by the author in the “carioca” press, he strives to analyze and situate his critical production within the Brazilian art of the second half of the Nineteenth Century. At the same time, it is sought to analyze the set of works (prints, painting, books, albums and manuscripts) gathered by the playwright in this same period. With respect to these two extended performances, it is developed as a central thesis the idea that Arthur Azevedo’s dual acting was only possible because that period was the restructuring of the artistic movement. Thus, enabling that intellectuals like him could act as critics and collectors without professional training. Key-words: Arthur Azevedo; art critic; art collecting; prints; nineteenth century. Lista de abreviações AIBA – Academia Imperial de Belas Artes ABL – Academia Brasileira de Letras ENBA – Escola Nacional de Belas Artes FBN – Fundação Biblioteca Nacional MHAM – Museu Histórico e Artístico do Maranhão MNBA – Museu Nacional de Belas Artes Sumário Introdução ............................................................................................................. 11 Capítulo 1 .............................................................................................................. 16 São Luís-Rio de Janeiro ......................................................................................... 16 1.1 O início do trabalho na imprensa .............................................................................. 17 1.2 Mudança para o Rio de Janeiro ................................................................................ 19 1.3 Arthur Azevedo – editor ............................................................................................ 32 1.3.1 Gazetinha – renovação literária .................................................................................. 33 1.3.2 A Vida Moderna ......................................................................................................... 37 1.3.3 O Álbum ..................................................................................................................... 38 1.3.4 As Revistas de Ano .................................................................................................... 41 1.4 Arthur Azevedo – cronista ........................................................................................ 44 1. 5. Os faits divers ......................................................................................................... 49 Capítulo2 ............................................................................................................... 55 O crítico de arte: entre a crônica de costumes e o teatro .......................................... 55 2. 1 A crítica .................................................................................................................. 61 2.1.1 A formação de público ............................................................................................... 63 2.1.2 O nacional na arte ....................................................................................................... 72 2.1.3 O apoio aos iniciantes ................................................................................................ 77 2.1.4 Os artistas mais cotados ............................................................................................. 80 2.1.5 “Um paisagista fotógrafo”, “o epaminondas da paisagem” ....................................... 82 2.1.6 Arte e técnica: a difusão da gravura ........................................................................... 88 2.1.7 As instituições de ensino artístico: Escola de Belas Artes e Liceu de Artes e Ofícios ............................................................................................................................................. 94 2.1.7.1 AIBA – ENBA: o problema ...................................................................................... 94 2.1.7.2 O Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro – um modelo .................................. 100 2.1.8 A arte nas igrejas e monumentos ............................................................................. 104 Capítulo 3 ............................................................................................................ 112 O Colecionador .................................................................................................... 112 3.1 O colecionismo de estampas ................................................................................... 119 3.2 Imagens encartadas................................................................................................ 125 3.3 A articulação com o meio ....................................................................................... 128 3.4 O reconhecimento como colecionador ..................................................................... 132 3.5 A seção de estampas da Biblioteca Nacional – um modelo ....................................... 135 3.6 A Coleção Arthur Azevedo ...................................................................................... 140 3.6.1 Caracterização do acervo.......................................................................................... 142 3.6.1.1 Álbuns de retratos ................................................................................................. 142 3.6.1.2 Itens avulsos .......................................................................................................... 146
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