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Arte Românica em Portugal PDF

378 Pages·2010·32.953 MB·Portuguese
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al Arte ca i g n âu românica em mt or Portugal o r eP t rm A e Arte românicA em PortugAl Coordenação geral Cartografia Jaime Nuño GoNzález chema RomáN Coordenação dos planos: Fotografia da portada: miGuel Tomé michael schlaPkohl (igreja de São Pedro das Águias) Autores dos textos Edição lúcia Rosas Jesús heRRáN ceBallos maRia leoNoR BoTelho Edita Autores dos planos FuNdacióN saNTa maRía la Real huGo almeida centro de estudios del románico PeRdo azevedo monasterio de Santa maría la real séRGio azevedo 34800-Aguilar de campoo (Palencia) RicaRdo PiNTo www.enciclopediadelromanico.com miGuel Tomé Fundación Santa maría la real © Dos textos, das fotografias e dos planos: os autores. © Da edição: Fundación Santa maría la real Autores das fotografias amélia alexaNdRe/JFF iSBn: maRia leoNoR BoTelho alexaNdRe delmaR/JFF Depósito legal: saRa díez de mieR João FeRRaNd/JFF Esboço e fotomecánica PedRo luis hueRTa hueRTa FoTomecáNica camus, s.l. Jaime Nuño GoNzález Parque emp. de morero, parcela 2-11, michael schlaPkohl nave 19 / 39611 guarnizo (cantabria) maRía soRTiNo maRiaNa Themudo/JFF Impressão José viceNTe aRTes GRáFicas camPheR, s.l. aRquivo NacioNal da ToRRe do TomBo Parque emp. de morero, BiBlioTeca NacioNal de PoRTuGal 39611 guarnizo (cantabria) BiBlioTeca PúBlica muNiciPal do PoRTo BRiTish museum iHru/SiPA museu Alberto Sampaio/José Pessoa/Divisão de Documentação Fotográfica-instituto dos museus e da conservação, i.P. museu de Arte Sacra do mosteiro de Arouca /maria leonor Botelho museu nacional de Arte Antiga/José Pessoa/Divisão de Docu- mentação Fotográfica-instituto dos museus e da conservação, i.P. museu nacional de machado de castro/José Pessoa/Divisão de Documentação Fotográfica-instituto dos museus e da conser- vação, i.P. museu nacional de machado de castro/Arnaldo Soares/Divisão de Documentação Fotográfica-instituto dos museus e da con- servação, i.P. tesouro-museu da catedral de Viseu tesouro-museu da Sé de Braga/manuel correia Arte românicA em PortugAl Direcção José María Pérez González coordenação científica Lúcia Rosas Maria Leonor Botelho AguilAr De cAmPoo, 2010 Sumário aPReseNTações gabriela canavilhas Ministra da Cultura de Portugal ................................................................................................. 11 José maría Pérez gonzález Presidente da Fundación Santa María la Real............................................................................. 15 esTudos Arte românica em Portugal. contexto Histórico-Artístico Lúcia Rosas ................................................................................................................................ 17 caTáloGo BRaGa ........................................................................................................................ 45 Sé de Braga ......................................................................................................................... 47 BRaGaNça .................................................................................................................. 59 Domus Municipalis ............................................................................................................... 61 coimBRa .................................................................................................................... 71 Igreja de Santiago ................................................................................................................ 73 Sé Velha de Coimbra ............................................................................................................. 85 FelGueiRas-PoRTo ..................................................................................................... 99 Igreja de São Vicente de Sousa ............................................................................................. 101 Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro ................................................................................... 115 leiRia e meda-GuaRda ............................................................................................. 129 Castelos de Pombal e de Longroiva ....................................................................................... 131 moGadouRo-BRaGaNça ........................................................................................... 145 Igreja de Santa Maria de Azinhoso ....................................................................................... 147 moNTaleGRe-vila Real ............................................................................................ 159 Mosteiro de Santa Maria das Júnias .................................................................................... 161 Paços de FeRReiRa-PoRTo ........................................................................................ 173 Igreja da Colegiada de Sâo Pedro de Ferreira ......................................................................... 175 PoNTe da BaRca-viaNa do casTelo ....................................................................... 189 Mosteiro de São Salvador de Bravâes ................................................................................... 191 PoRTo ....................................................................................................................... 205 Sé do Porto ........................................................................................................................... 207 Póvoa de vaRzim ..................................................................................................... 217 Igreja de São Pedro de Rates ................................................................................................ 219 ReseNde-viseu .......................................................................................................... 235 Igreja de São Martinho de Mouros ........................................................................................ 237 saNTo TiRso-PoRTo ................................................................................................. 249 Mosteiro de Roriz ................................................................................................................ 251 TaBuaço-viseu ......................................................................................................... 263 Igreja de São Pedro das Águias ............................................................................................. 265 TomaR-saNTaRém ..................................................................................................... 277 Charola do Convento de Cristo ............................................................................................. 279 ToRRe de moNcoRvo-BRaGaNça ............................................................................. 289 Igreja de São Tiago de Adeganha .......................................................................................... 291 valeNça-viaNa do casTelo .................................................................................... 303 Mosteiro de Sanfins de Friestas ............................................................................................. 305 viseu ........................................................................................................................ 317 Mosteiro e Igreja de São João de Tarouca ............................................................................. 319 ouTRos vesTíGios imPoRTaNTes ...................................................................................... 331 BiBlioGRaFia ...................................................................................................................... 373 um emBlemA De PortugAl A arte românica é um emblema de Portugal. Quando se começaram a edificar estes maravilho- sos edifícios estava a nascer o nosso País. o pequeno reino que D. Afonso Henriques conce- beu, e que foi ampliando ao longo do século xii, viu erguer uma nova igreja em cada localidade que se definia, viu renovar a catedral em cada cidade que se afirmava e viu edificar um castelo em cada colina. todos juntos deram uma outra coesão ao novo País. e estas edificações conhe- ceram tanto prestígio que, durante o século xiii e mesmo durante o xiv, quando já se tinham implantado novos modelos artísticos, em muitos locais ainda se imitavam as velhas fórmulas construtivas, identificadas com uma época de prestígio. o românico associa-se de facto às ori- gens da nação Portuguesa. mas, simultaneamente, é um testemunho que nos faz partilhar todo um conjunto de valores com outros países europeus, pois trata-se de uma arte internacional que reflecte um espírito comum ao nosso continente, uma referência fundamental para assentar, também agora, nas bases da moderna e unida europa. todavia, apesar da importância espiritual e artística que esta bagagem cultural possui, o românico português parece não ter recebido até à data a atenção que merece. Além das hon- rosas excepções de estudos parciais e, com excepção do empenho de algumas comunidades na promoção do legado cultural do seu território, ainda é muito o que está por fazer, por estudar e por difundir. neste sentido, devemos felicitar-nos pela iniciativa da Fundación ramón Areces com vista à actualização dos nossos conhecimentos sobre a arte românica em Portugal, mos- trando-nos a peculiar personalidade das nossas catedrais “afortalezadas”, das nossas pequenas igrejas rurais que estoicamente aguentaram a passagem do tempo, dos poderosos castelos que ainda coroam as nossas linhas de horizonte ou da requintada arte móvel que os museus e as bibliotecas guardam e que nos falam, no seu conjunto, de uma sociedade em formação, apre- ciadora da beleza, submetida aos rigores de uma vida dura, mas cheia de vontade de vencer. Queremos felicitar também a equipa de historiadores, de arquitectos, de fotógrafos, enca- beçados pela Professora Doutora lúcia cardoso rosas, da Faculdade de letras da universidade do Porto, e a todos os que com o seu trabalho coordenado pela Fundación Santa maría la real fizeram o esforço de recuperar este legado. A arte românica foi uma arte integradora e o seu conhecimento deve servir para tomarmos consciência de um património comum e de uma riqueza cultural que terá, sem dúvida, um papel relevante no desenvolvimento futuro do nosso País e de toda a europa. É missão do ministério da cultura facilitar o acesso à cultura e ao conhecimento, de esta- belecer canais adequados para que toda a sociedade possa desfrutar deste património e dele beneficiar aos mais diversos níveis, um compromisso que às vezes é de complexa gestão, por diversos motivos, mas que sempre é apaixonante tendo em conta um desafio: a transmissão, melhorada, às gerações futuras de uma herança acumulada durante séculos por todos os que nos precederem. Por isto também devemos felicitar-nos que a partir da iniciativa privada sejam 7 postas em marcha acções, como esta, que acabam por ser o melhor reconhecimento de que a arte românica –a cultura em geral–, constitui um património de todos e que todos devemos estar comprometidos com o seu estudo, a sua salvaguarda e a sua projecção actual e futura. É talvez um bom exemplo de como a participação e a proactividade são das grandes qualidades das sociedades democráticas e de que a socialização do conhecimento é uma das suas maiores concretizações. gabriela caNavilhas ministra da cultura 8 A Arte românicA em PortugAl Há cerca de mil anos, o continente europeu sofreu profundas mudanças que, no fundo, consti- tuíram o gérmen da nossa sociedade actual. em plena idade média, nesse momento da História que popularmente se considera obscuro, servil, violento, decadente, triste e inactivo, acabaram por ocorrer profundas transformações que aos poucos deram lugar a uma renovação social e da qual emanaria por fim aquilo que é hoje a europa. Foi um período de reorganização depois do assédio dos invasores violentos que chegaram do norte, do Sul e de este; foram tempos de relativa estabilidade política, o que permitiu a consolidação de uma série de monarquias que configuraram países estáveis; foram anos de bonança climatérica, o que facilitou o crescimento populacional e a colonização de novas terras; foram momentos de desenvolvimento econó- mico, o que favoreceu o progresso da técnica e o desenvolvimento da cultura e das artes. Foi então que surgiu a Arte românica. Desde as frias ribeiras do Báltico até às quentes praias mediterrânicas, e desde as fronteiras dos desertos orientais até aos confins atlânticos, que se teve consciência de que se fazia parte de uma unidade espiritual e de uma cultura comum que, além do mais, olhava com nostalgia para um esplendoroso passado, o do antigo império romano, no qual a humanidade viveu a sua época de ouro e um tempo que era intuído através das numerosas ruínas de edifícios antigos que ainda salpicavam os campos e as cidades europeias. um mundo que se desejava descobrir, imitar, copiar, mesmo que sob o olhar da fé cristã. com uma nova capacidade económica e com este olhar voltado para o mundo antigo, toda a europa viveu uma efervescência constru- tiva e num desejo de unidade sob uma mesma liturgia, um mesmo rito e uma mesma disciplina monástica, como a que era impulsionada para ordem beneditina. o românico e o seu ambiente cultural e ideológico configuram-se assim como a primeira grande referência da unidade euro- peia, um elemento que, afortunadamente, depois de tantos séculos, depois de tantas guerras, depois de tantas mudanças como as que a europa sofreu, ainda continua vivo em milhares de locais e cidades, salpicando ainda uma boa parte dos campos deste velho continente. Foi tam- bém nesta época que Portugal começou a configurar-se como País e, no seu primeiro avanço para Sul, as novas povoações foram edificando as suas igrejas e os mosteiros, quais ícones de uma vontade de coesão e de sobrevivência, e que hoje continuam a constituir um símbolo de permanência, de dignidade, de respeito perante ao passado e de gratidão face a todas as gera- ções que contribuíram para a sua manutenção. mais do que um símbolo, o românico assume-se no seu conjunto como Património cul- tural, um recurso de futuro que há que conhecer, conservar e divulgar para que seja capaz de gerar agora um dinamismo socioeconómico. É necessário que o conhecimento da Arte e da História ultrapasse os muros do academismo para chegar a toda a sociedade, para colocar à dis- posição de todos esses valores interessantes que constituem a matéria-prima das nossas indús- trias culturais. neste sentido, este livro é uma humilde tentativa de contribuir para tal tarefa, 9

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