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Aprender na Sociedade da Informação e do Conhecimento PDF

554 Pages·2013·4.14 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Aprender na Sociedade da Informação e do Conhecimento - entre o local e o global – contributos para a Educação para a Paz Margarida Maria Sales Henriques Belchior Doutoramento em Educação Área Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação 2012 ii UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Aprender na Sociedade da Informação e do Conhecimento - entre o local e o global – contributos para a Educação para a Paz Margarida Maria Sales Henriques Belchior Tese orientada pelo Prof. Doutor João Filipe Lacerda Matos, especialmente elaborada para a obtenção do grau de doutor em Educação, na área de Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação Financiada por: MEC e FCT – SFRH / BD / 41023 / 2007 2012 iii Dedico este trabalho … Aos professores participantes neste estudo, eles são co-autores desta pesquisa, assim como os seus alunos. iv v De anônimas gentes, sofridas gentes, exploradas gentes, aprendi sobretudo que a Paz é fundamental, indispensável, mas que a Paz implica lutar por ela. A Paz se cria, se constrói na e pela superação de realidades sociais perversas. A Paz se cria, se constrói na construção incessante da justiça social. Por isso, não creio em nenhum esforço chamado de educação para a Paz que, em lugar de desvelar o mundo das injustiças o torna opaco e tenta miopizar as suas vítimas. Freire, P. (1986). Discurso no Prémio UNESCO de Educação para a Paz. Paris. In Freire, A. (2006). "Educação para a Paz segundo Paulo Freire." Revista Educação, nº2 (59)(XXIX), pp. 287-393. Porto Alegre – RS (BR) vi vii O Homem, As Viagens1 de Carlos Drummond de Andrade Homem, bicho da terra tão pequeno Chateia-se na terra Lugar de muita miséria e pouca diversão, Faz um foguete, uma cápsula, um módulo Toca para a lua Desce cauteloso na lua Pisa na lua Planta bandeirola na lua Experimenta a lua Coloniza a lua Civiliza a lua Humaniza a lua. Lua humanizada: tão igual à terra. O homem chateia-se na lua. Vamos para Marte - ordena a suas máquinas. Elas obedecem, o homem desce em Marte Pisa em Marte Experimenta Coloniza Civiliza Humaniza Marte com engenho e arte. Marte humanizado, que lugar quadrado. Vamos a outra parte? Claro - diz o engenho Sofisticado e dócil. Vamos a Vênus. O homem põe o pé em Vênus, Vê o visto - é isto? Idem 1 Recolhido - http://letras.terra.com.br/carlos-drummond-de-andrade/807510/ viii Idem Idem. O homem funde a cuca se não for a Júpiter Proclamar justiça junto com injustiça Repetir a fossa Repetir o inquieto Repetitório. Outros planetas restam para outras colônias. O espaço todo vira terra-a-terra. O homem chega ao sol ou dá uma volta Só para te ver? Não-vê que ele inventa Roupa insiderável de viver no sol. Põe o pé e: Mas que chato é o sol, falso touro Espanhol domado. Restam outros sistemas fora Do solar a colonizar. Ao acabarem todos Só resta ao homem (estará equipado?) A dificílima dangerosíssima viagem De si a si mesmo: Pôr o pé no chão Do seu coração Experimentar Colonizar Civilizar Humanizar O homem Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas A perene, insuspeitada alegria De conviver. ix Resumo Esta investigação é um estudo com características antropológicas e sociológicas, sobre como se aprende na sociedade da informação e do conhecimento. Realizou-se num contexto de formação contínua de professores, em estreita articulação com as respetivas práticas de sala de aula. Procurei compreender de que modo os artefactos tecnológicos podem ser mediadores de aprendizagens, através de uma pesquisa que se fundamenta na etnografia e na investigação-ação participada, tendo como preocupações subjacentes os atuais problemas da humanidade, na perspetiva da Educação para a Paz (“Peace Studies”, perspetiva crítica e perspetiva holística), adoptando uma abordagem baseada no conceito de aprendizagem como participação nas práticas sociais (aprendizagem situada). A parte empírica do estudo foi desenvolvida em duas fases: a fase exploratória e a fase de implementação. A primeira teve como finalidade delinear os contornos da pesquisa e perceber a sua pertinência. Na segunda foi levada a cabo uma oficina de formação contínua de professores destinada a professores do 1.º CEB e a educadores de infância, em regime de “b-learning”. Depois de apresentados os resultados da primeira fase, são descritas analiticamente a oficina de formação, através de uma “Etnografia da prática de formação” e uma “Trajetória de participação social” realizada por uma das formandas. A oficina de formação, foi constituída por dois ciclos de investigação ação participada. O primeiro correspondeu à construção participada da prática de formação, na qual se inclui o domínio progressivo das ferramentas tecnológicas utilizadas. No segundo ciclo foram desenvolvidos projetos colaborativos entre as turmas. No final da pesquisa posso afirmar que as aprendizagens realizadas pelos docentes, ao participarem nesta prática de formação, foram reificadas através dos artefactos tecnológicos utilizados: a plataforma de aprendizagem, os blogues de turma, os relatos de atividades publicados e os projetos colaborativos desenvolvidos. As diferentes formas de reificação, denotam de identidades profissionais diversas. Palavras-chave: Aprendizagem como prática social, Educação para Paz, “b- learning”, professores do 1.ºCEB, Web 2.0, x

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popular tão bem sintetiza: “Aprender até morrer” (Belchior, 2004). A minha proximidade profissional da comunidade da Educação Matemática conduziu-me ao encontro das minhas preocupações sociais e políticas nas Conferências. Internacionais “Mathematics, Education and Society” e de mo
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