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aprender matemática para viver e trabalhar no nosso mundo PDF

494 Pages·2008·3.88 MB·Portuguese
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Faculdade de Ciências Universidade de Lisboa Departamento de Educação APRENDER MATEMÁTICA PARA VIVER E TRABALHAR NO NOSSO MUNDO Elsa Maria dos Santos Fernandes Tese apresentada na Universidade de Lisboa para obtenção do grau de Doutor em Educação na área específica de Didáctica da Matemática 2004 Faculdade de Ciências Universidade de Lisboa Departamento de Educação APRENDER MATEMÁTICA PARA VIVER E TRABALHAR NO NOSSO MUNDO Elsa Maria dos Santos Fernandes Orientador: Professor Doutor João Filipe Matos Tese apresentada na Universidade de Lisboa para obtenção do grau de Doutor em Educação na área específica de Didáctica da Matemática Esta investigação foi co-financiada pelo Ministério da Educação e FSE no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio, programa PRODEP III 2004 Resumo Partindo do pressuposto que se ‘faz Matemática’ nas práticas não socialmente definidas como Matemática (assumindo que o conhecimento matemático expresso na linguagem de um determinado grupo cultural é Matemática), formulou-se o seguinte problema de investigação: identificar e caracterizar a actividade matemática dos alunos em práticas não socialmente definidas como Matemática e perceber como é que essa actividade matemática pode ser ligada ao currículo da Matemática escolar e ao seu desenvolvimento. O quadro teórico da investigação é composto por duas teorias de aprendizagem – A Teoria de Bernstein e a Teoria da Aprendizagem Situada (baseada nos trabalho de Lave e Wenger). No domínio metodológico o estudo inclui uma componente empírica que envolveu a recolha de dados, numa escola de formação profissional, em dois ambientes de aprendizagem diferentes - a sala de aula de Matemática e uma serralharia onde os alunos aprendiam a ser serralheiros, com um mestre, também ele serralheiro. A análise dos dados seguiu um esquema analítico de natureza interpretativa. Os resultados do estudo apontam para diferenças significativas entre os dois contextos de aprendizagem, nomeadamente, no que diz respeito aos modelos pedagógicos e pedagogias subjacentes a cada um desses contextos e aos modos de participação nas duas práticas estudadas e permitem inferir sobre o processo de produção e legitimação de conhecimento naquelas práticas e sobre a transformação do conhecimento do contexto de produção para o contexto pedagógico. As conclusões do estudo permitem caracterizar as ‘diferentes’ Matemática dos alunos, bem como discutir a origem do conhecimento matemático evidenciado em práticas profissionais e em práticas escolares. A validação do conhecimento matemático e os agentes que intervêm nesse processo é outro aspecto analisado neste estudo. Finalmente aborda-se o sucesso/ insucesso na aprendizagem. Deste estudo emergem implicações para a prática lectiva, nomeadamente, em relação ao currículo, aos modelos de aprendizagem e em educação matemática para adultos. Palavras-chave: Aprendizagem, prática, comunidades de prática, recontextualização e discurso. i Abstract Following the assumption that in practices not socially defined as Mathematics we ‘do’ mathematics, (assuming that mathematical knowledge expressed in the language of a certain cultural group is mathematics) we formulate the following research problem: to identify and to characterize mathematical activity that students have in practices not socially defined as mathematics and try to understand how that activity can be linked to mathematics curriculum and to their development. Theoretical framework of this research is composed by two learning theories – Bernstein theory and Situated Learning theory. Related with methodological aspects, this research includes and empirical component that has evolved data collection, in a vocational school, on two different learning contexts – mathematics classroom and a metalwork house where students learned to be a metalworker with a old-timer also metalworker. Data analyses had an analytical scheme of interpretative nature. The results of this study show that there are significant differences between the two learning contexts related with pedagogic models and pedagogies underlying this learning contexts and related with modes of participation in both practice activities studied. They infer about the process of production and legitimating of knowledge and about the transformation of knowledge from de production context to the pedagogic context. Conclusions allow us to characterize the ‘different’ mathematics of students, and to discuss the origins of mathematical knowledge showed in vocational practices and in school practices. Knowledge validation and the agents that intervene in this process is another aspect discussed on the last chapter of this work. Finally we discuss learning success/failure. Some implication to the classroom emerges from this study. These implications are related with curriculum, learning models and mathematics education for adults. Key-words: Learning, practice, communities of practice, recontextualization and discourse ii Agradecimentos Ao João Filipe Matos que na orientação desta investigação soube, de uma forma notável, conciliar a transmissão da segurança, imprescindível neste tipo de trabalho, com o desafio e a crítica. Ao Steve Lerman pelas interessantes discussões à volta da Teoria de Bernstein e também por todo o apoio aquando da minha estada em Londres. À Guida de Abreu pelos comentários interessantes que ofereceu sobre versões preliminares deste trabalho. À Anna Tsatsaroni, pelos contributos na discussão de temas relacionados com a Teoria de Bersntein e pela visita ‘guiada’ à biblioteca do Institute of Education. Aos alunos e professores envolvidos neste estudo, pela sua disponibilidade e colaboração. Ao Jorge Sousa por um dia ter-me convidado para leccionar na escola de que nos fala este estudo mas acima de tudo por ter-me facultado o acesso aos professores e alunos do curso de serralharia e a toda a documentação e informação solicitada. À Madalena Santos pelas muitas discussões acerca da Teoria da Aprendizagem Situada e não só... e pelo ombro amigo nos momentos mais difíceis. À Idalina Aguiar pela disponibilidade e empenho que colocou na revisão do texto deste trabalho. Ao Justino, ao João e ao Departamento de Matemática da Universidade da Madeira, por terem disponibilizado, durante um ano, as suas câmaras de vídeo. Ao Departamento de Matemática da Universidade da Madeira, uma vez mais, pela oportunidade que me deu de gozar de dispensa de serviço para a realização deste trabalho. À Fundação Calouste Gulbenkian pelo apoio para a deslocação a Londres. Às minhas irmãs pelo apoio e pela força nos momentos mais difíceis. Às minhas sobrinhas pelos belos momentos de brincadeira que me revitalizavam para o trabalho. Aos meus pais, o agradecimento que não cabe nas palavras. À minha filha Antónia, pela forma calma e serena como, dentro de mim, acompanhou 99% da escrita deste trabalho. Ao Abel pelo apoio que sempre deu à minha actividade profissional, por ter esperado... e pelo sumo de laranja na cama. iii Ao Abel e à Antónia Com amor v

Description:
learning contexts – mathematics classroom and a metalwork house where students Em Matemática, aprender é um processo de cooperação.
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