ebook img

Apontamentos de Econometria Aplicada PDF

160 Pages·2012·0.85 MB·Spanish
by  
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Apontamentos de Econometria Aplicada

Apontamentos de Econometria Aplicada Joa~o Sousa Andrade Dezembro de 2001 - (Maio 2004) 2 Conteu(cid:19)do 1 Apresentac(cid:24)~ao do Modelo Geral Linear 7 1.1 Construc(cid:24)a~o de Modelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1.2 O Modelo de Regressa~o Cla(cid:19)ssico . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.2.1 As hipo(cid:19)teses do modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.2.2 Alguns resultados alg(cid:19)ebricos . . . . . . . . . . . . . . . 14 1.3 A Natureza do Processo Estoca(cid:19)stico . . . . . . . . . . . . . . . 15 1.3.1 Estacionaridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 1.3.2 Ergocidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 1.3.3 Conclusa~o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 1.4 Regresso~es sem Sentido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 1.4.1 Valores anormais ou sem sentido . . . . . . . . . . . . . 19 1.5 Testes de aplicac(cid:24)a~o mais corrente . . . . . . . . . . . . . . . . 20 1.5.1 Teste de normalidade dos erros . . . . . . . . . . . . . 20 1.5.2 Teste LM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 1.5.3 Teste LM de auto-correlac(cid:24)a~o dos erros . . . . . . . . . 21 1.5.4 Teste ARCH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 1.5.5 Teste de especi(cid:12)cac(cid:24)a~o (Regression Speci(cid:12)cation Test) . 22 1.5.6 Teste de Ljung-Box . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 1.5.7 Teste de Chow . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 1.5.8 Crit(cid:19)erios de informac(cid:24)a~o . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 1.5.9 Testes de restric(cid:24)a~o de coe(cid:12)cientes de regressa~o . . . . . 24 2 Ra(cid:19)(cid:16)zes Unit(cid:19)arias e Estacionaridade 27 2.1 Introduc(cid:24)a~o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 2.1.1 O operador de desfasamentos . . . . . . . . . . . . . . 27 2.1.2 Varia(cid:19)veis estaciona(cid:19)rias em economia . . . . . . . . . . . 28 2.2 Testes de Dickey-Fuller e Phillips-Perron . . . . . . . . . . . . 30 2.2.1 Procedimentos dispon(cid:19)(cid:16)veis no RATS . . . . . . . . . . 31 2.2.2 Diferentes comportamentos das s(cid:19)eries . . . . . . . . . . 32 3 (cid:19) 4 CONTEUDO 2.3 O Estudo de Ra(cid:19)(cid:16)zes Unita(cid:19)rias em S(cid:19)eries Trimestrais . . . . . . 35 2.3.1 A metodologia HEGY . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 2.3.2 O procedimento do RATS . . . . . . . . . . . . . . . . 36 2.4 O Ratio de Cochrane e a Persist^encia das Inovac(cid:24)o~es . . . . . . 36 2.5 Avaliac(cid:24)a~o ad hoc de Processo AR . . . . . . . . . . . . . . . . 38 2.6 Teste de Perron a Alterac(cid:24)o~es Estruturais . . . . . . . . . . . . 39 2.7 A Hipo(cid:19)tese Nula de Estacionaridade . . . . . . . . . . . . . . . 41 2.8 Exemplos de Aplicac(cid:24)a~o no RATS . . . . . . . . . . . . . . . . 43 2.8.1 S(cid:19)eries com raiz unita(cid:19)ria . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 2.8.2 S(cid:19)eries estaciona(cid:19)rias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 2.8.3 S(cid:19)eries com uma ruptura estrutural . . . . . . . . . . . 61 2.8.4 Exemplo de s(cid:19)eries trimestrais . . . . . . . . . . . . . . 72 3 Cointegrac(cid:24)~ao, Equil(cid:19)(cid:16)brio e Ajustamento 81 3.1 Exemplos Econo(cid:19)micos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 3.1.1 Procura de moeda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 3.1.2 Func(cid:24)a~o consumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 3.1.3 E(cid:12)ci^encia em mercados cambiais . . . . . . . . . . . . . 83 3.1.4 Paridade do poder de compra . . . . . . . . . . . . . . 84 3.1.5 Despesas do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 3.2 Equival^encia do MCE e da Cointegrac(cid:24)a~o . . . . . . . . . . . . 85 3.2.1 Umcuidadoadicional: aindaocasoderegresso~esespu(cid:19)rias 85 3.2.2 Equival^encia MCE / Cointegrac(cid:24)a~o . . . . . . . . . . . . 86 3.3 Obtenc(cid:24)a~o das Relac(cid:24)o~es de Cointegrac(cid:24)a~o . . . . . . . . . . . . . 88 3.3.1 M(cid:19)etodo de Engle-Granger . . . . . . . . . . . . . . . . 88 3.3.2 Cointegrac(cid:24)a~o a(cid:18) Johansen . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 4 Modelos VAR, VECM e Near-VAR(VECM) 121 4.1 Estabilidade de modelos auto-regressivos . . . . . . . . . . . . 122 4.1.1 Processo com dois desfasamentos . . . . . . . . . . . . 122 4.1.2 Processo com p desfasamentos . . . . . . . . . . . . . . 124 4.2 Apresentac(cid:24)a~o de modelos VAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 4.2.1 Exemplo de modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 4.2.2 Relac(cid:24)a~o entre os erros dos modelos . . . . . . . . . . . 125 4.2.3 Estabilidade do modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 4.3 Identi(cid:12)cac(cid:24)a~o e estimac(cid:24)a~o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 4.3.1 A Sobre-parametrizac(cid:24)a~o dos modelos VAR . . . . . . . 127 4.3.2 A escolha do nu(cid:19)mero de desfasamentos . . . . . . . . . 128 4.3.3 Apresentac(cid:24)a~o alternativa de modelos VAR . . . . . . . 129 4.3.4 Identi(cid:12)cac(cid:24)a~o e matriz de varia^ncias-covaria^ncias . . . . 130 (cid:19) CONTEUDO 5 4.3.5 Avaliac(cid:24)a~o dos efeitos de choques e decomposic(cid:24)a~o de Choleski . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 4.3.6 Um exemplo e uma regra pra(cid:19)tica . . . . . . . . . . . . 131 4.4 Decomposic(cid:24)a~o da varia^ncia e ana(cid:19)lise de causalidade . . . . . . 132 4.4.1 Capacidade de previsa~o dos modelos VAR . . . . . . . 132 4.4.2 Decomposic(cid:24)a~o da varia^ncia dos erros . . . . . . . . . . 133 4.4.3 A exogeneidade por blocos de varia(cid:19)veis . . . . . . . . . 134 4.4.4 Identi(cid:12)cac(cid:24)a~o do modelo e testes a(cid:18)s restric(cid:24)o~es impostas 135 4.4.5 Decomposic(cid:24)a~o histo(cid:19)rica das s(cid:19)eries . . . . . . . . . . . . 136 4.4.6 Programa para apresentac(cid:24)a~o de alguns ca(cid:19)lculos relaci- onados com um modelo VAR . . . . . . . . . . . . . . 136 4.5 Modelos VECM, Near-VAR e Near-VECM . . . . . . . . . . . 143 5 Modelos ARCH 145 5.1 Apresentac(cid:24)a~o geral da questa~o do ARCH . . . . . . . . . . . . 145 5.1.1 Varia^ncia condicional AR . . . . . . . . . . . . . . . . 146 5.1.2 Varia^ncia condicional ARMA . . . . . . . . . . . . . . 147 5.2 Apresentac(cid:24)a~o do m(cid:19)etodo de ma(cid:19)xima verosimilhanc(cid:24)a . . . . . . 149 5.2.1 A utilizac(cid:24)a~o do RATS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 5.3 Algumas observac(cid:24)o~es adicionais sobre a pesquisa do tipo de Varia^ncia condicionada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 Em 1993 a Texto Editora publicou os meus apontamentos de econome- tria, Andrade (1993), os quais constitu(cid:19)(cid:16)am o apoio a uma disciplina de opc(cid:24)a~o na Licenciatura de economia e o apoio introduto(cid:19)rio a uma disciplina de Mes- trado. Estes apontamentos pouco ou nada devem a esses outros. A u(cid:19)nica coisa em comum refere-se ao facto de continuar a utilizar, como apoio de ca(cid:19)lculo, o programa da Estima, RATS. Na altura, o programa fazia a sua passagem da versa~o 2 para a 3 e agora encontra-se na versa~o 6.0. Pretendo que estes novos apontamentos sejam uma base para o ensino da macro-economia aplicada. Na~o se trata de introduzir a econometria em estudos aplicados, mas de conhecer a econometria que deve ser usada nos estudos aplicados de macro-economia a um n(cid:19)(cid:16)vel na~o elementar. Entretanto, acabei por reproduzir no RATS os exemplos dados por Johston e Dinardo na nova edic(cid:24)a~o do livro. Alguns desses exemplos sa~o hoje apresentados pela Estima a par com outros de alguns dos principais manuais de econometria. (cid:19) 6 CONTEUDO Estes apontamentos comec(cid:24)aram a ser feitos em Dezembro de 2001. O programa de texto utilizado na altura era o Scienti(cid:12)c Word e depois de meados de 2003 passou a ser o WinEdt e o Kile como interface do LaTex, em ambiente Windows ou Linux. O u(cid:19)ltimo cap(cid:19)(cid:16)tulo apresentado acabou por na~o ser desenvolvido (Mode- los ARCH). O curso do colega Anto(cid:19)nio Alberto Santos, sobre econometria das s(cid:19)eries (cid:12)nanceiras, retirou qualquer interesse a(cid:18) tentativa de desenvolver esse cap(cid:19)(cid:16)tulo. Neste curso, iniciado em 2003, na~o (cid:19)e apenas a volatilidade determinista que (cid:19)e apresentada, este tipo de volatilidade \cla(cid:19)ssica" (cid:19)e mesmo critidada e estudada a volatilidade estoca(cid:19)stica1. A nova econometria dos dados de painel na~o (cid:19)e aqui apresentada. 1Veja-seasuapa(cid:19)ginawww4.fe.uc.pt/aasantos/analise series (cid:12)nanceiras/analise series (cid:12)nanceiras.htm. Cap(cid:19)(cid:16)tulo 1 Apresentac(cid:24)~ao do Modelo Geral Linear Neste cap(cid:19)(cid:16)tulo iremos falar dos primeiros passos necessa(cid:19)rios a(cid:18) estimac(cid:24)a~o de um modelo. Comec(cid:24)aremos por ver como devemos encarar a ligac(cid:24)a~o entre os elementos de ana(cid:19)lise e a construc(cid:24)a~o de um modelo para ser estimado econometricamente. Em seguida trataremos da apresentac(cid:24)a~o gen(cid:19)erica do modelo cla(cid:19)ssico e das hipo(cid:19)teses que lhes esta~o subjacentes. Estas hipo(cid:19)teses sa~o importantes porque determinara~o a maior parte das exig^encias de testes a(cid:18)s nossas bases de dados e aos nossos resultados. Becker et Greene (2001) indicam um razoa(cid:19)vel nu(cid:19)mero de livros de econo- metria, undergraduate textbooks, e tamb(cid:19)em muitas pa(cid:19)ginas da internet onde se podem encontrar elementos de estudo de estat(cid:19)(cid:16)stica e econometria. Para o objectivo aqui pretendido devemos juntar a esse livros o de Hayashi (2000), cuja apresentac(cid:24)a~o do modelo cla(cid:19)ssico e a nova forma de o encarar acaba(cid:19)mos por seguir. Nosu(cid:19)ltimosmesesosautoresdoRATSt^emdisponibilizado,nasuapa(cid:19)gina, instruc(cid:24)o~es adequadas aos exerc(cid:19)(cid:16)cios que constam de um grupo razoa(cid:19)vel de livros de econometria. 1.1 Construc(cid:24)~ao de Modelos Em economia dispomos de encadeamentos lo(cid:19)gicos entre varia(cid:19)veis que carac- terizam o comportamento dos indiv(cid:19)(cid:16)duos ou de um dado conjunto de in- div(cid:19)(cid:16)duos. Estas varia(cid:19)veis podem, ou na~o, ser sujeitas a quanti(cid:12)cac(cid:24)a~o. No 7 (cid:19) ~ 8 CAPITULO 1. APRESENTAC(cid:24)AO DO MODELO GERAL LINEAR caso de o serem, (cid:19)e ainda poss(cid:19)(cid:16)vel que atrav(cid:19)es de func(cid:24)o~es matema(cid:19)ticas aca- bemos por representar aqueles comportamentos. Trata-se do caso de uma func(cid:24)a~o consumo agregado, ou de uma func(cid:24)a~o da procura de um bem por parte de um indiv(cid:19)(cid:16)duo, respectivamente de C = C +c Y (1.1) A d (cid:1) ou de Q = (cid:12) P (cid:12)1 (1.2) D 0 (cid:0) (cid:1) Mas como sabemos, sa~o muitos os casos em que temos relac(cid:24)o~es entre varia(cid:19)veis em que apenas conhecemos com alguma certeza os sinais das de- rivadas e na~o a relac(cid:24)a~o precisa entre elas. At(cid:19)e mesmo para a procura de moeda, podemos fazer M = L i;P;P_;YR (1.3) D (cid:16) (cid:17) @M @M @M @M D D D D onde < 0, > 0, < 0 e > 0. @i @P @P_ @YR Ecomesta formageralprocuramosaindateremcontaque ataxade juro, i, pode ser nominal ou real, taxa simples ou factor de capitalizac(cid:24)a~o. E mais, se retivermos a taxa de juro real na~o podemos usar (em geral) logaritmos. Os valores negativos desta taxa, para alguns per(cid:19)(cid:16)odos impossibilita-nos de o fazer. Onde pretendemos chegar? Que a ana(cid:19)lise econo(cid:19)mica conduz-nos a(cid:18) veri- (cid:12)cac(cid:24)a~oemp(cid:19)(cid:16)ricadealgumasdassuashipo(cid:19)tesesdecomportamento. Masdeixa a(cid:18) investigac(cid:24)a~o propriamente emp(cid:19)(cid:16)rica a investigac(cid:24)a~o do tipo de relac(cid:24)o~es, que podem existir entre varia(cid:19)veis, que traduzem esses comportamentos. De outra forma,aana(cid:19)liseecono(cid:19)micadenaturezadedutivana~oapresentacomoproduto (cid:12)nal relac(cid:24)o~es funcionais bem determinadas, para as quais apenas havera(cid:19) que determinar os valores dos para^metros. Por essa raza~o, o trabalho emp(cid:19)(cid:16)rico envolve duas tarefas: - conhecer o tipo de relac(cid:24)a~o funcional existente entre as varia(cid:19)veis; e - determinar os para^metros que fazem parte dessa relac(cid:24)a~o. Devemos retomar a lic(cid:24)a~o de Neyman, Pearson e Wald (McCloskey et Zi- liak (1996)1) que a signi(cid:12)ca^ncia estat(cid:19)(cid:16)stica na~o pode eliminar a signi(cid:12)ca^ncia econo(cid:19)mica. Um modelo so(cid:19) devera(cid:19) ser retido se tiver um sentido econo(cid:19)mico, na~o apenas no que respeita aos sinais dos seus para^metros, mas tamb(cid:19)em no que respeita a(cid:18) grandeza desses para^metros. 1Penso que aqueles autores viviam um per(cid:19)(cid:16)odo em que as con(cid:12)rmac(cid:24)o~es emp(cid:19)(cid:16)ricas eco- nom(cid:19)etricasna~oeram\armadearremesso"entreescolasecono(cid:19)micas. Quandoistoacontece, a signi(cid:12)ca^ncia estat(cid:19)(cid:16)stica tende a dominar a econo(cid:19)mica. ~ 1.1. CONSTRUC(cid:24)AO DE MODELOS 9 Pelo que acaba(cid:19)mos de dizer acaba por ser bastante interessante a ob- servac(cid:24)a~ode Chow (1983)acerca deaeconometria sera(cid:12)naluma\arte". Uma \arte" que na~o fez sentido sem os olhos que a possam apreciar, a \ana(cid:19)lise econo(cid:19)mica", e uma \arte" que pode dar um signi(cid:12)cado preciso ao nosso ra- cioc(cid:19)(cid:16)nio hipot(cid:19)etico-dedutivo. Normalmente o economista usa e abusa de modelos com elasticidades constantes, comooqueesta(cid:19) expresso naequac(cid:24)a~o (1.2). Esse modelotem uma representac(cid:24)a~o linear bastante simples em logaritmos. O mesmo (cid:19)e dizer que \gostamos" de modelos lineares de varia(cid:19)veis previamente transformadas em logaritmos. Mas(cid:12)carmosporrelac(cid:24)o~es deste tipo(cid:19)elimitarmosexcessivamente a nossa imaginac(cid:24)a~o e capacidade. Por outro lado, e como iremos ver mais a(cid:18) frente, na~o podemos esquecer algumas caracter(cid:19)(cid:16)sticas que sa~o exigidas a(cid:18)s observac(cid:24)o~es que reunimos nas nossas varia(cid:19)veis e que nos obrigam a obter diferenc(cid:24)as dos seus valores. Exempli(cid:12)quemos o que queremos dizer com esta u(cid:19)ltima observac(cid:24)a~o. So(cid:19) aparentemente um modelo de elasticidade constante (cid:19)e equivalente a um mo- delo linear em termos de taxas de crescimento. O primeiro sera(cid:19) escrito em termos de logaritmos de observac(cid:24)o~es em n(cid:19)(cid:16)veis e o segundo em primeiras di- ferenc(cid:24)as desses logaritmos. Mas eles sa~o profundamente diferentes do ponto de vista das varia(cid:19)veis que usamos... Oeconomista sem conhecimentos de eco- nometria na~o imagina as diferenc(cid:24)as entre uma e outra forma de apresentar o que a(cid:12)nal at(cid:19)e (cid:19)e o \mesmo". A formulac(cid:24)a~o de uma relac(cid:24)a~o econo(cid:19)mica (cid:19)e o primeiro passo na nossa in- vestigac(cid:24)a~o emp(cid:19)(cid:16)rica. Mas este passo nunca deve ser tomado como irrevers(cid:19)(cid:16)vel pelo investigador. Por uma lado existem alguns testes estat(cid:19)(cid:16)sticos que nos ajudam a saber se estamos perante um modelo bem especi(cid:12)cado e por outro, temos a obrigac(cid:24)a~o de testar (e tentar) va(cid:19)rias formulac(cid:24)o~es que na~o ofendam a teoria econo(cid:19)mica, pelo contra(cid:19)rio que a con(cid:12)rmem. Que na~o nos iludamos, o nosso trabalho econom(cid:19)etrico (cid:19)e apenas de puro con(cid:12)rmacionismo. Mesmo que saiamos desse con(cid:12)rmacionismo e possamos descobrir algo de novo, apenas se esse \novo" for coerente com a ana(cid:19)lise econo(cid:19)mica o devemos reter. Descobrir o que na~o sabemos explicar ou com- preender na~o faz sentido. Ao aceitarmos estas regras de jogo estamos a(cid:12)nal a reduzir os efeitos negativos do uso do m(cid:19)etodo indutivo que a econometria implica. Mas ao fazermos isto estamos tamb(cid:19)em a contribuir para imunizar as nossas teorias. Ao comec(cid:24)armos o nosso trabalho econom(cid:19)etrico devemos ter uma relac(cid:24)a~o em condic(cid:24)o~es de ser testada econometricamente. (cid:19)e a partir dela que toda a nossa investigac(cid:24)a~o se vai desenvolver. Se porventura ela for substitu(cid:19)(cid:16)da por uma outra (cid:19)e porque na~o pudemos excluir toda uma s(cid:19)erie de requisitos (cid:19) ~ 10 CAPITULO 1. APRESENTAC(cid:24)AO DO MODELO GERAL LINEAR que consideramos essenciais a uma boa relac(cid:24)a~o funcional. (cid:19)e disto que iremos tratar. Se pretendemos que uma proposic(cid:24)a~o geral tenha cara(cid:19)cter cient(cid:19)(cid:16)(cid:12)co, ela deveserpostaa(cid:18)provadaexperi^encia. Qualquerexperi^encia(cid:19)esempresingular e na~o podemos tentar uma experi^encia como \a experi^encia geral" . A eco- nometria lida com numerosos resultados de experi^encias. E como, depois de Popper, (cid:19)e certo que nenhum conhecimento cient(cid:19)(cid:16)(cid:12)co deve ser tomado como absolutamente certo, a natureza estoca(cid:19)stica dos resultados econom(cid:19)etricos parece-nos adequada a(cid:18) ana(cid:19)lise cient(cid:19)(cid:16)(cid:12)ca em economia. Fac(cid:24)amos, (cid:12)nalmente, uma refer^encia a uma fala(cid:19)cia espec(cid:19)(cid:16)(cid:12)ca a(cid:18) econo- metria: a fala(cid:19)cia da regressa~o para a m(cid:19)edia. Esta fala(cid:19)cia foi apresentada por Hotelling (1933) e recentemente lembrada por Friedman (1992). Este u(cid:19)ltimo autor chama-lhe mesmo \armadilha". Referindo-se ao estudo onde se \provava"a tend^encia para a m(cid:19)edia de diferentes empresas, Hotelling disse \The real test of a tendency to convergence would be in showing a consistent diminution of variance, not among means of groups, but among individual entreprises". O mesmo tipo de fala(cid:19)cia pode ser encontrado nos exemplos dados por Friedman, para o crescimento econo(cid:19)mico e para a func(cid:24)a~o consumo baseada em dados cross-section. Esta fala(cid:19)cia pode ser encarada como um resultado indirecto da aus^encia de estudo da \signi(cid:12)ca^ncia" econo(cid:19)mica em econometria. 1.2 O Modelo de Regress~ao Cl(cid:19)assico Em economia na~o podemos esperar que os dados que dispomos resultem de experi^encias que podem ser repetidas. Por esse motivo devemos tomar as varia(cid:19)veis a estudar como sendo o resultado de processos aleato(cid:19)rios, como constituindo um processo estoca(cid:19)stico. 1.2.1 As hipo(cid:19)teses do modelo Passemos em revista as hipo(cid:19)tese em que se fundamenta o modelo. Hipo(cid:19)tese 1 A linearidade do modelo Tomemos o modelo simples Y = (cid:12) +(cid:12) x +(cid:12) x +:::+(cid:12) x +" (1.4) t 0 1 t1 2 t2 k tk t (cid:1) (cid:1) (cid:1) o membro direito (cid:19)e a(cid:12)nal a func(cid:24)a~o a estimar. Os (cid:12)(cid:12) sa~o os coe(cid:12)cientes de regressa~o. A varia(cid:19)vel " corresponde ao que se convencionou designar por t

Description:
se podem encontrar elementos de estudo de estatıstica e econometria. Para o objectivo by adding lags until a Lagrange Multiplier test fails to *.
See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.