ebook img

Apontamentos de Análise Complexa PDF

115 Pages·07.552 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Apontamentos de Análise Complexa

Apontamentos de An(cid:19)alise Complexa por Ricardo Coutinho 1a Edi(cid:24)c~ao. Dezembro 2012, Lisboa . Ricardo Coutinho (cid:19)e membro do Grupo de F(cid:19)(cid:16)sica Matem(cid:19)atica, Universidade de Lisboa e DM, IST, Universidade T(cid:19)ecnica de Lisboa [email protected] Departamento de Matem(cid:19)atica Instituto Superior T(cid:19)ecnico Av. Rovisco Pais 1049-001 Lisboa, Portugal iii Pref(cid:19)acio Estes apontamentos nasceram das aulas que leccionei no Instituto Superior T(cid:19)ecnico entre 1999 e 2007 correspondentes (cid:18)a primeira parte da disciplina de An(cid:19)alise Matem(cid:19)atica IV para alunos dos cursos de engenharia. Tratava-se de uma disciplina do 2o semestre do 2o ano dos curr(cid:19)(cid:16)culos desses cursos e aparecia como a quinta cadeira de matem(cid:19)aticas fundamentais que era leccionada. Pressup~oe portanto o (cid:19) conhecimento de Algebra e An(cid:19)alise Matem(cid:19)atica ministrado nessas cadeiras prece- dentes. A exposi(cid:24)c~ao que aqui apresento (cid:19)e balizada pelo Teorema dos Res(cid:19)(cid:16)duos. Ser~ao abordados apenas os t(cid:19)opicos necess(cid:19)arios (cid:18)a compreens~ao e utiliza(cid:24)c~ao deste teorema. O objectivo(cid:19)e por um lado de dar a conhecer (de forma introdut(cid:19)oria) a teoria cl(cid:19)assica da An(cid:19)alise Complexa e por outro desenvolver per(cid:19)(cid:16)cia de c(cid:19)alculo e manipula(cid:24)c~ao de express~oes com valores complexos. As subdivis~oes destes apontamentos n~ao est~ao subordinadas a uma l(cid:19)ogica de parti(cid:24)c~ao da mat(cid:19)eria em cap(cid:19)(cid:16)tulos, mas sim (cid:18)a lecciona(cid:24)c~ao deste curso; cada sec(cid:24)c~ao corresponde aproximadamente a uma aula. A leitura destas deve ser intercalada com a resolu(cid:24)c~ao de exerc(cid:19)(cid:16)cios que devem ser procurados fora deste texto. O conteu(cid:19)do destas aulas est(cid:19)a pensado para cursos de engenharia e n~ao (cid:19)e ade- quado para cursos de licenciatura em Matem(cid:19)atica. Um exemplo evidente desta op(cid:24)c~ao (cid:19)e quando se de(cid:12)ne fun(cid:24)c~ao holomorfa como uma fun(cid:24)c~ao diferenci(cid:19)avel com de- rivada cont(cid:19)(cid:16)nua em conjuntos abertos; indicando apenas que se pode omitir nesta de(cid:12)ni(cid:24)c~ao a continuidade da derivada. Pretende-se portanto evitar detalhes que, em- boraimportantesdopontodevistadeculturamatem(cid:19)atica, s~aoirrelevantesdoponto de vista das aplica(cid:24)c~oes, obtendo-se assim uma exposi(cid:24)c~ao simpli(cid:12)cada, sem contudo descurar o rigor matem(cid:19)atico necess(cid:19)ario em qualquer ensino de matem(cid:19)atica. Por outro lado como j(cid:19)a referi estas notas destinam-se a alunos que j(cid:19)a t^em uma (cid:19) forma(cid:24)c~ao em Algebra e An(cid:19)alise ao n(cid:19)(cid:16)vel de um curso superior, em particular dever~ao conhecer bem as s(cid:19)eries de pot^encias reais, a de(cid:12)ni(cid:24)c~ao da exponencial e das fun(cid:24)c~oes trigonom(cid:19)etricas atrav(cid:19)es destas s(cid:19)eries, an(cid:19)alise diferencial e integral em uma e duas dimens~oes, integrais de linha, campos gradientes (conservativos), campos fechados (irrotacionais de classe C1) e a sua equival^encia em conjuntos simplesmente conexos. Ser~ao usados sem mais coment(cid:19)arios os seguintes resultados: o integral ao longo de um caminho fechado (seccionalmente regular) de um campo gradiente (de classe C1) (cid:19)e nulo; e num conjunto aberto simplesmente conexo um campo (cid:19)e gradiente (de um potencial escalar de classe C2) se e s(cid:19)o se (cid:19)e um campo fechado. A falta deste conhecimento pode ser colmatada por exemplo pela leitura das partes relevantes do texto [4] citado na bibliogra(cid:12)a. Lisboa, Dezembro de 2012 Ricardo Coutinho iv [email protected] v (cid:19) Indice Pref(cid:19)acio iii (cid:19)Indice v 1 Introdu(cid:24)c~ao aos nu(cid:19)meros complexos 1 1.1 Um pouco da hist(cid:19)oria dos nu(cid:19)meros complexos . . . . . . . . . . . . . 1 1.2 Propriedades alg(cid:19)ebricas e geom(cid:19)etricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.3 Representa(cid:24)c~ao polar dos nu(cid:19)meros complexos . . . . . . . . . . . . . . 5 2 Potencia(cid:24)c~ao e exponencial complexa 7 2.1 F(cid:19)ormula de De Moivre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.2 F(cid:19)ormulas de Euler. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.3 No(cid:24)c~ao de converg^encia no plano complexo. . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.4 Fun(cid:24)c~ao exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3 Fun(cid:24)c~oes complexas de vari(cid:19)avel complexa 13 3.1 Parte real e parte imagin(cid:19)aria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3.2 Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3.3 De(cid:12)ni(cid:24)c~ao de diferenciabilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 4 Fun(cid:24)c~oes anal(cid:19)(cid:16)ticas. 19 4.1 Condi(cid:24)co~es necess(cid:19)arias para a diferenciabilidade . . . . . . . . . . . . . 19 4.2 Condi(cid:24)co~es su(cid:12)cientes para a diferenciabilidade. . . . . . . . . . . . . . 20 4.3 Fun(cid:24)c~oes anal(cid:19)(cid:16)ticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 4.4 Fun(cid:24)c~oes elementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 5 Exponencial e logaritmo 27 5.1 A fun(cid:24)c~ao exponencial como transforma(cid:24)c~ao conforme . . . . . . . . . . 27 5.2 Logaritmo de um nu(cid:19)mero complexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 6 Analiticidade do logaritmo e de fun(cid:24)c~oes relacionadas 33 6.1 Analiticidade e derivada do logaritmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 6.2 Exponencia(cid:24)c~ao complexa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 6.3 Fun(cid:24)c~oes trigonom(cid:19)etricas inversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 vi [email protected] 7 Integra(cid:24)c~ao complexa 39 7.1 Fun(cid:24)c~oes complexas de vari(cid:19)avel real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 7.2 Integra(cid:24)c~ao de fun(cid:24)c~oes complexas de vari(cid:19)avel real . . . . . . . . . . . . 40 7.3 De(cid:12)ni(cid:24)c~ao do Integral de fun(cid:24)c~oes complexas de vari(cid:19)avel complexa . . . 43 8 F(cid:19)ormulas para o c(cid:19)alculo de integrais 47 8.1 Integra(cid:24)c~ao de fun(cid:24)c~oes derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 8.2 O Teorema de Cauchy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 8.3 F(cid:19)ormula integral de Cauchy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 9 Derivadas de ordem superior (cid:18)a primeira 53 9.1 F(cid:19)ormulas integrais de Cauchy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 9.2 Fun(cid:24)c~oes Harm(cid:19)onicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 10 S(cid:19)eries de pot^encias 59 10.1 Converg^encia uniforme de s(cid:19)eries . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 10.2 S(cid:19)eries de pot^encias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 10.3 Analiticidade das s(cid:19)eries de pot^encias . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 11 S(cid:19)erie de Taylor 67 12 S(cid:19)erie de Laurent e Teorema dos Res(cid:19)(cid:16)duos 71 12.1 S(cid:19)erie de Laurent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 12.2 Teorema dos Res(cid:19)(cid:16)duos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 13 Singularidades 79 13.1 Singularidades isoladas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 13.2 Classi(cid:12)ca(cid:24)c~ao de singularidades isoladas . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 14 C(cid:19)alculo de res(cid:19)(cid:16)duos 85 14.1 C(cid:19)alculo de limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 14.2 C(cid:19)alculo de res(cid:19)(cid:16)duos em p(cid:19)olos de ordem m . . . . . . . . . . . . . . . . 87 15 Aplica(cid:24)c~oes do Teorema dos Res(cid:19)(cid:16)duos 89 15.1 Integrais de fun(cid:24)c~oes trigonom(cid:19)etricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 15.2 Integrais de fun(cid:24)c~oes racionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 15.3 Lema de Jordan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 (cid:19)Indice vii 16 Polin(cid:19)omios e frac(cid:24)c~oes racionais 97 16.1 De(cid:12)ni(cid:24)c~oes de polin(cid:19)omio e frac(cid:24)c~ao racional . . . . . . . . . . . . . . . 97 16.2 Teorema de Liouville . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 16.3 Factoriza(cid:24)c~ao de polin(cid:19)omios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 16.4 Decomposi(cid:24)c~ao em frac(cid:24)c~oes simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Bibliogra(cid:12)a 104 (cid:19)Indice alfab(cid:19)etico 105 viii [email protected] 1 1 Introdu(cid:24)c~ao aos nu(cid:19)meros complexos 1.1 Um pouco da hist(cid:19)oria dos nu(cid:19)meros complexos Considere-se a seguinte equa(cid:24)c~ao z2 +2z +5 = 0: Aplicandoprecipitadamenteaf(cid:19)ormularesolventeparaequa(cid:24)c~oesquadr(cid:19)aticasobtemos as ra(cid:19)(cid:16)zes: z = 1+p 4 e z = 1 p 4: (cid:0) (cid:0) (cid:0) (cid:0) (cid:0) Do ponto de vista da an(cid:19)alise real o s(cid:19)(cid:16)mbolo p 4 n~ao est(cid:19)a de(cid:12)nido e por outro lado a (cid:0) identi(cid:12)ca(cid:24)c~ao da express~ao z2+2z+5 com o gr(cid:19)a(cid:12)co de uma par(cid:19)abola retira qualquer du(cid:19)vida sobre o facto da equa(cid:24)c~ao z2 +2z +5 = 0 n~ao ter ra(cid:19)(cid:16)zes reais. Contudo, se utilizarmos as seguintes as regras formais: 2 p a2 = a p 1 e p 1 = 1; (cid:0) j j (cid:0) (cid:0) (cid:0) obtemos objectos "imagin(cid:19)arios" (cid:0) (cid:1) z = 1 p 4 = 1 2p 1; (cid:0) (cid:6) (cid:0) (cid:0) (cid:6) (cid:0) quepodemserconsideradosra(cid:19)(cid:16)zesdaequa(cid:24)c~aoz2+2z+5 = 0. Defacto, formalmente temos: 2 1 2p 1 +2 1 2p 1 +5 = 1 4p 1 4 2 4p 1+5 (cid:0) (cid:6) (cid:0) (cid:0) (cid:6) (cid:0) (cid:7) (cid:0) (cid:0) (cid:0) (cid:6) (cid:0) = 0: (cid:0) (cid:1) (cid:0) (cid:1) Este tipo de considera(cid:24)c~oes teve uma import^ancia hist(cid:19)orica na resolu(cid:24)c~ao de equa(cid:24)c~oes, n~ao do segundo grau (que eram bem compreendidas na altura), mas do terceiro grau quando ainda se desconhecia uma forma de resolu(cid:24)c~ao geral destas equa(cid:24)c~oes. No s(cid:19)eculo XVI, o matem(cid:19)atico Cardano aperfei(cid:24)coou uma misteriosa f(cid:19)ormula resolvente paraequa(cid:24)c~oes do3o grau (f(cid:19)ormula de Cardano). Estaaplica-se a equa(cid:24)c~oes na forma1 normal x3 +3px 2q = 0 e escreve-se (em nota(cid:24)c~ao actual) (cid:0) 1 x = u p onde u = 3 q + q2 +p3: (cid:0) u q Contudo, embora esta f(cid:19)ormula funcionasse muito bepm em certos casos (p3 q2), > (cid:0) havia outros (p3 < q2) em que a f(cid:19)ormula envolvia as imagin(cid:19)arias ra(cid:19)(cid:16)zes quadra- (cid:0) das de nu(cid:19)meros negativas. O caso era ainda mais misterioso pois eram conhecidos exemplos de equa(cid:24)c~oes cu(cid:19)bicas com tr^es ra(cid:19)(cid:16)zes reais em que a referida f(cid:19)ormula supos- tamente n~ao funcionava por envolver ra(cid:19)(cid:16)zes quadradas de nu(cid:19)meros negativos. 1Pode-se transformar qualquer equa(cid:24)c~ao do 3o grau numa equa(cid:24)c~ao com esta forma (normal) atrav(cid:19)es de uma mudan(cid:24)ca de vari(cid:19)aveis a(cid:12)m ( x (cid:11)x+(cid:12)). ! 2 [email protected] Exemplo 1.1 Para a equa(cid:24)c~ao x3 15x 4 = 0; (1.1) (cid:0) (cid:0) G. Cardano (princ(cid:19)(cid:16)pio do s(cid:19)eculo XVI) obteve a solu(cid:24)c~ao2 x = 3 2+p 121+ 3 2 p 121: (cid:0) (cid:0) (cid:0) q q Mais tarde R. Bombelli (meados do s(cid:19)eculo XVI) observou que formalmente 3 2+p 1 = 2+11p 1 = 2+p 121 (cid:0) (cid:0) (cid:0) e (cid:0) (cid:1) 3 2 p 1 = 2 p 121 (cid:0) (cid:0) (cid:0) (cid:0) Pelo que uma solu(cid:24)c~ao da equa(cid:24)c~ao (1:1) (cid:19)e (cid:0) (cid:1) x = 2+p 1+2 p 1 (cid:0) (cid:0) (cid:0) = 4 As outras duas solu(cid:24)c~oes (reais!), 2+p3 e 2 p3 podem ser obtidas de forma (cid:0) (cid:0) (cid:0) semelhante ou atrav(cid:19)es da regra de Ru(cid:14)ni. O mist(cid:19)erio adensava-se. S(cid:19)o no princ(cid:19)(cid:16)pio do s(cid:19)eculo XIX (cid:19)e que Gauss e outros matem(cid:19)aticos, conseguiram um avan(cid:24)co signi(cid:12)cativo neste problema, identi(cid:12)cando cada nu(cid:19)mero imagin(cid:19)ario da forma x + yp 1 com um ponto (x;y) do plano (real- (cid:0) R2). Outra barreira psicol(cid:19)ogica que foi ultrapassada, foi a de ver o s(cid:19)(cid:16)mbolo p 1, (cid:0) n~aocomoumaraizinexistentedeumacertaequa(cid:24)c~ao, mascomoumnu(cid:19)merodepleno direito, designado por i, que era exterior ao corpo de nu(cid:19)meros reais conhecidos, e que satisfazia a propriedade i2 = 1. Portanto, por um lado concretizou-se com (cid:0) uma interpreta(cid:24)c~ao geom(cid:19)etrica, por outro lado idealizou-se alargando o conceito de nu(cid:19)mero. 2Fazendo x=u+v, vem x3 =u3+v3+3uvx, pelo que a equac(cid:24)~ao (cid:12)ca u3+v3+3uvx 15x 4=0: (cid:0) (cid:0) Esta (cid:19)e satisfeita se u3+v3 4=0 (cid:0) ; uv =5 (cid:26) donde se obt(cid:19)em a equac(cid:24)~ao quadr(cid:19)atica em u3: u6 4u3+125=0: (cid:0) Resolvendoestaequac(cid:24)~ao(cid:12)camoscomu3 =2 p 121. Determinadoastr^esra(cid:19)(cid:16)zescu(cid:19)bicasde(por (cid:6) (cid:0) exemplo) 2+p 121 obtemos as tr^es solu(cid:24)c~oes da equa(cid:24)c~ao cu(cid:19)bica original atrav(cid:19)es de (cid:0) 5 x= 3 2+p 121+ : (cid:0) 3 2+p 121 q (cid:0) p

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.