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Apesar que o vida loka também ama PDF

177 Pages·2015·1.32 MB·Portuguese
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC/SP Aline Matheus Veloso “Apesar que o vida loka também ama”: experiência afetiva de adolescentes inseridos no tráfico de drogas MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL SÃO PAULO 2015 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC/SP PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM PSICOLOGIA SOCIAL Aline Matheus Veloso “Apesar que o vida loka também ama”: Experiência afetiva de adolescentes inseridos no tráfico de drogas MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Psicologia Social, sob orientação da Profª Drª Bader Burihan Sawaia. SÃO PAULO 2015 Banca Examinadora _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ Esta dissertação é dedicada a Galego Coringa, Marley Charmosinho, Dobrado e Negão Galinha e a Sandrinha pelas histórias, compartilhamentos e afetos. Este “livro” é nosso!. AGRADECIMENTOS Fazer os agradecimentos desta dissertação, como acredito que deveria ser feito, seria o mesmo de fazer uma nova dissertação acerca da importância do intercambio de experiências entre os humanos e sobre o processo de coletividade. Também entraria como tema a dimensão do cuidado e da afetividade. Nunca acreditei que fosse possível construir caminhos apartados de outras pessoas e em concordância com Gonzaguinha “aprendi que se depende sempre de muita tanta diferente gente, toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas”. Assim, essa dissertação foi sendo tecida no muito do para além da solidão de um mestrado. As pessoas que registro meus agradecimentos foram as pessoas que cuidaram de mim neste processo árduo que é a escrita. Pessoas que acompanharam as tessituras, que acreditaram, que não me deixaram desistir de escrever e me impulsionaram a compartilhar toda essa experiência. Primeiro queria agradecer ao mar...pela força de suas águas, pelo movimento das ondas, pela purificação que oferta. Agradecer ao mar da Bahia que me ofereceu o acolhimento, que cicatrizou com seu sal minhas feridas, que serenou meu coração quando esteve aflito. Ao mar, o agradecimento por me balançar em suas ondas, ninando-me sempre que precisei, “mar, metade da minha alma é feita de maresia”. A minha senhora das encruzilhadas e dos caminhos, cada passo que dou vou confiante porque sei que não estou sozinha. A proteção das ruas, aos pedidos concedidos, a tornar possível o impossível. Minha princesa das estradas, meus sinceros agradecimentos por todas as portas abertas. Agradecer aos meninos, lindos, todos!!! Marley Charmosinho, Galego Coringa, Dobrado e Negão Galinha. Esse livro é nosso!!! Muito obrigada por terem confiado em mim e contado suas histórias. Por terem topado participar desta experiência. Por terem me ensinado que com afeto tudo fica mais fácil. Por terem deixado eu fazer parte da história de vocês!!! Vocês são lindezas, bonitezas. Suas falas ecoam nos meus pensamentos diariamente! Obrigada por me fazerem amadurecer enquanto psicóloga!!! Por ampliarem a minha humanidade, por me encantarem com seus “jeitos de corpo” tão singulares e especiais! Por terem compartilhado comigo a graça e o afeto que guardam e preservam! A vocês, eu desejo toda a felicidade do mundo! Queria agradecer a meu pai e a minha mãe, por tudo. Por me criarem do jeito que criaram, pelo afeto que sempre me deram, por me mostrarem as múltiplas formas de cuidado e demonstração de amor. Por terem acreditado que eu poderia ser uma psicóloga, depois por se abrirem a entender o que é uma psicóloga social, por acreditarem que eu poderia fazer um mestrado. Além de tudo isso, queria agradecer por terem respeitado o meu afastamento e isolamento frente a escrita, não tendo me cobrado amor e ainda assim terem continuado ofertando-me seus afetos. Ao carinho e respeito. Aos meus pais o agradecimento aos ensinamentos e cuidados afetuosos, por terem embarcado comigo nessa longa navegação. A minha amiga Sandra. Minha flor de laranjeira, como teria sido esse mestrado sem você? Não consigo nem pensar nessa hipótese. Palavras me faltam para expressar meus agradecimentos a você. Muito obrigada por ter me acompanhado nessa trajetória, por ter disposto do seu tempo, saber e amor, desde o momento em que topou estar comigo nessa pesquisa. Pelas suas tantas palavras proferidas, pelas reflexões trocadas, pelos cuidados múltiplos durante e depois do campo. Por ter me dito “vá escrever seu livro”, por compartilhar comigo seus pensamentos, sentimentos, seu caderno de anotações. Pelas noites adentro após os encontros com os meninos para pensar, compartilhar e cuidar. Por diminuir a solidão do mestrado, por ter se encantado com os meninos...acima de tudo, por ter arriscado junto comigo e me ajudado a construir esse fazer psi comprometido com a vida e com a felicidade. Tudo seria muito mais deserto se você não estivesse comigo! A minha orientadora Bader Sawaia, por ter topado me orientar. Por ter me ajudado a compreender como se faz uma pesquisa, por ter vibrado comigo a cada relato do campo, pelas conversas intermináveis ao telefone. Acima de tudo, por ter acreditado que daria certo, que daria tempo. Por ter me dito grava o que você fala, me proibido de reler o que eu escrevia, por ter se emocionado. A bader o agradecimento por relembrarmos da afetividade e da humanidade. A querida Guida, por ter me supervisionado, me auxiliando nesse processo de escuta do campo. Por me receber sempre, por me ligar quando eu sumi, por refletir junto comigo as questões do campo. Pelo carinho de me ter acolhido quando precisei, por me dizer que eu merecia e era capaz de escrever essa dissertação. No final, por ter me dito, vá ao mar... Agradecer a Franklin, primeiramente pela amizade. Amizade construída ao longo de todos esses anos em que me construí como psicóloga. Por todos os debates, desde o inicio da faculdade. Foi com ele que compartilhava meus inquietamentos, confusões e traquinagens do fazer psi. A Franklin meu sincero agradecimento por ter me lembrado, quando esqueci, que os livros são muito importantes, mas que a potência de vida assim também é. Por todas as noites em que me recebeu em sua casa, para ouvir as minhas tantas histórias, por me perguntar sobre a minha felicidade, por cuidar das feridas. Por acompanhar pacientemente os processos de transformação, por respeitar meu tempo. Acima de tudo, agradecer por me dizer que você estava lá para quando eu precisasse. Desde que fui para São Paulo, nos momentos mais difíceis, meu coração se acalmo por saber que na Bahia eu tinha um colo de acolher. A Luiz e Marcelo, por terem entrado na minha vida e inundado ela de afetividade. Por abrirem seus corações para mim, por ter me deixado entrar na vida de vocês. Com vocês dois aprendi coisas que nenhuma outra experiência poderia me ofertar. Por me ensinarem que tem gente na vida que a ocupa nosso coração fazendo a gente só desejar o bem. Agradecer também por se interessarem pelo meu trabalho, por compartilharem suas experiências de vida comigo! Para vocês, todo o meu amor!!! A Vinicius...minhas reticências, minhas continuações que não cabem nesses agradecimentos. Por todas as noites em que transformou meu quarto em pura ludicidade. Por brincar, por me fazer rir, por descontrair a minha ansiedade. Por ter colocado os pinguins de madagascar na televisão e comido chandelle comigo. Por ter me feito divertir com a minha loucura, com minha cara fechada. Pelos mimos, pelo afeto. Por ouvir todas as minha reflexões, por admirar a escrita. A você, um agradecimento por ter feito fervilhar os afetos, pelo amadurecimento conjunto, pelas chegadas e despedidas. Por ter me feito caminhar pelas estradas do amor. Agradecer a Marília, por tornar a vida em SP menos solitária. Por cuidar de mim quando estive em São Paulo, pelo compartilhamento cotidiano da vida. Por ter acompanhado o processo do mestrado, pela ajuda nas transcrições, pela escuta. Por me ligar sempre para saber como eu estou e por valorizar este fazer psi que fui construindo ao longo do campo. Muito obrigada! A Mariana, minha amiga gaúcha. Agradecer pelo companheirismo na Puc, por compartilhar comigo suas ideias e opiniões. Por ter acreditado no que eu estava fazendo. Agradecer por todas as leituras da minha escrita, por me ajudar nas normas da ABNT, por ter me dito na qualificação que o texto tinha potência. Sem dúvidas, neste processo todo, construímos uma amizade que resistiu as separações geográficas. Bixa, eu te adoro! A minha amiga Edlamar, por todas as ligações que recebeu, ouvindo pacientemente meus conflitos neste mestrado. Por me ajudar a clarear as ideias, organizar o pensamento. Muito obrigada pela sua disponibilidade de escuta e afeto. E vamos ao âncora depois que eu terminar esta dissertação!!! Agradecer a Anna Raquele, pelo companheirismo em casa. Por dizer “lineee” com alegria. Por ouvir minhas tantas histórias. Por ter me lembrado que eu precisava tomar café, almoçar e jantar. Por fazer a comida e me chamar quando ela estava pronta. Por cuidar de mim nesse processo e me dizer “vai dá tempo, você tá se dedicando, pô!” Agradecer também pela curiosidade em entender o que eu estava debatendo, pelas questões abertas, pelas infinitas reflexões em casa. A Eduardo, meu Dudis. Agradecer pela companhia na UFBA, por me tirar de casa para escrever essa dissertação. Pelos intervalos, pelo acarajé e pela cerveja durante o expediente. Pelos compartilhamentos afetivos, por me chamar para sua pesquisa. Por me falar de Canudos e das utopias. Pelas ligações em que compartilhamos os desesperos dos prazos, as dificuldades da escrita! Pelo carinho, Dudissss!!! Aos membros da Central de Medidas socioeducativas, primeiro por terem aceitado esse projeto. Por terem lidado com essa psicóloga “maluca” que durante quatro meses esteve presente conturbando a rotina de trabalho de vocês. Por terem me permitido fazer a coisa do jeito que eu queria, respeitando as diferenças e me deixando livre para produzir. Um agradecimento especial a Suzana, pelo carinho e pela crença de que algo diferente poderia acontecer. A Denísia, por me receber e por me dizer que você ficava muito feliz por mim, mas mais ainda pelos meninos! E a Madriane por me encaminhar os adolescentes!!! A Fernanda, por ser uma amiga fofa! Por não me chamar para sair porque sabia que eu precisava escrever! Por mandar mensagens e por ter me ajudado durante o campo, conseguindo todos os dvds que eu precisei! Você é uma linda e mora no meu coração! A minha analista Marisa Marques. Pela escuta e auxílio na compreensão de todos os atravessamentos desta pesquisa. Pelos textos indicados e pelo cuidado. A Helder, pela convivência e por dizer “vai dar tudo certo”. Por conviver com uma mestranda enlouquecida. Por ouvir um paragrafozinho, mesmo sabendo que ia ler uma página. A Pc por ter me dado a brilhante ideia de substituir as máscaras por pinturas no rosto! A Luciana, por ser a pessoa em São Paulo que eu encontrei para compartilhar o comprometimento com a adolescência. Por ter torcido pela minha inserção na PUC e por ter atendido todas as minhas ligações desesperadas! Ao NEXIM, pelas aprendizagens e pela aproximação teórica. Em especial a Dilson, pelas conversas pós núcleo, pelos dedinhos elencando cada ponto a ser debatido. A Douglas e Alex, pesquisadores que conheci durante o encontro de adolescência e conflitualidades e que permaneceram mesmo com as distancias geográficas. Muito obrigada por terem estado comigo durante essa trajetória, pelas conversas no telefone e pelo incentivo! A Marcia, pela acolhida em SP, por se interessar pelo projeto e acima de tudo por ter me ajudado nas correções ortográficas em cima da hora!!! Valeu nega! A Lula, meu amigo. Por ter tomado umas cervejas comigo no bar do Chico. Por compartilhar suas experiências de vida! Por ser quase um senhor!!! Pela paciência de ouvir minhas narrativas juvenis e dizer “calma menina, você tá muito ansiosa”. Pelas voltas na Barra e por me dizer que eu tinha uma escrita emocionada! A Lorena, por ter me apresentado a psicologia social crítica no início da minha graduação. Por ter sido a primeira psicóloga desta linha teórica que conheci. Por ter me escutado em momentos de confusão e angustia com esse mestrado, ajudando-me a organizar as ideias sem perder os afetos. A Rodrigo Vaz, por ter aparecido nesse finalzinho de escrita, mas sendo tão significativo. Pelas indicações de leitura, pela delicadeza do fazer psi, pela sua emoção ao ouvir e ler minhas coisas! Por ter me dito que eu deveria terminar o meu texto com o estacionamento do supermercado e os becos e vielas das periferias...Foi um super bom encontro espinosano!!! Muito obrigada por aparecer assim: “Você tem boniteza...” A Rodrigo Reduzino, por vim se hospedar na minha casa bem no final do mestrado. Por ter se encantado com os meus relatos, por me levar pra tomar banho de mar e bater um papo!! Por chamar a “fadinha do texto” para ficar perto de mim! Foi uma grata surpresa te conhecer!!! A Marlene, maravilhosaaaa!!! Por me deixar ficar conversando com você mesmo cheia de trabalho! Por atender minhas ligações e tirar todas as minhas dúvidas. Pelas conversas acerca do comprometimento social com a exclusão e a necessidade de transformação da realidade. Por fim, queria agradecer a Roni, da Nova Solução Digital, pela paciência com uma cliente maluca, que chega mais do que atrasada e ainda vai editar o texto!!! Muito obrigada meu lindo, tudo de bom pra você! A todas as outras pessoas que acompanharam este processo, que mandaram palavras de incentivo no meu diário de mestrando, publicado no facebook. A todo mundo que torceu e acreditou nessa escrita. Muito obrigada. Essas seis páginas de agradecimento não são a toa. É prova de que a feitura de um mestrado é composição das afetações que encontramos no caminho!

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Também entraria como tema a dimensão do cuidado e da afetividade. Nunca acreditei que fosse possível construir caminhos apartados de outras
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