Apresentação de ROBIN WILLIAMS Tradução: Julio de Andrade Filho Copyright © Tell My Sons LLC, 2012 Todos os direitos reservados Título original: Tell my sons – A father’s last letters Esta tradução foi publicada em acordo com a Ballantine Books, selo da Random House Publishing Group, parte da Random House, Inc. Preparação: André de Oliveira Lima Revisão: Vivian Miwa Matsushita Diagramação: Triall Capa: Ana Dobón Imagem de capa: Andrew Paterson/Getty Images Conversão em epub: {kolekto} CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ W382a Weber, Mark M. Aos meus filhos : as últimas cartas de um pai / Mark M. Weber ; tradução Júlio de Andrade Filho. - 1. ed. - São Paulo: Planeta, 2013. 272 p. : il. Tradução de: Tell my sons : a father’s last letters ISBN 978-85-422-0266-3 1. Weber, Mark M. 2. Estados Unidos - Exército - Oficiais - Biografia. 3. Morte - Aspectos psicológicos. I. Título. 13-04599 CDD: 977.6 CDU: 977.6 2013 Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA PLANETA DO BRASIL LTDA. Avenida Francisco Matarazzo, 1500 – 3º andar – conj. 32B Edifício New York 05001-100 – São Paulo-SP www.editoraplaneta.com.br [email protected] Para Matthew, Joshua e Noah Sumário Apresentação, por Robin Williams Prefácio Introdução SER FORTE O SUFICIENTE PARA SABER QUANDO ESTÁ FRACO, CORAJOSO O SUFICIENTE PARA ENCARAR A SI MESMO QUANDO ESTÁ COM MEDO. Capítulo 1 NÃO PROCURAR O CAMINHO DO CONFORTO, MAS ENFRENTAR O ESTRESSE E OS MOMENTOS DE DIFICULDADE E DESAFIO. Capítulo 2 NÃO SUBSTITUIR AÇÕES POR PALAVRAS. Capítulo 3 SER ORGULHOSO E INFLEXÍVEL NO FRACASSO HONESTO, MAS HUMILDE E GENTIL NO SUCESSO. Capítulo 4 BUSCAR E EXPERIMENTAR O VIGOR DAS EMOÇÕES, O FRESCOR DAS FONTES PROFUNDAS DA VIDA, UM APETITE PELA AVENTURA EM VEZ DO AMOR PELAS COISAS FÁCEIS. Capítulo 5 BUSCAR UMA VONTADE PRUDENTE, UMA CAPACIDADE DE IMAGINAÇÃO, UMA VITÓRIA DA CORAGEM SOBRE A TIMIDEZ. Capítulo 6 SER MODESTO PARA QUE SE POSSA APRECIAR A VERDADEIRA SABEDORIA COM A MENTE ABERTA E A MODÉSTIA DA VERDADEIRA FORÇA Capítulo 7 SER SÉRIO, MAS NUNCA SE LEVAR MUITO A SÉRIO; CHORAR, MAS TAMBÉM RIR Capítulo 8 DESCOBRIR O SENTIMENTO DE ADMIRAÇÃO, A ESPERANÇA INABALÁVEL SOBRE O QUE VEM A SEGUIR E A ALEGRIA E A INSPIRAÇÃO DA VIDA Epílogo “COMO VOCÊ ESTÁ?” Nota e Agradecimentos do Autor Sobre o autor O título de cada um dos capítulos foi extraído do discurso de despedida que o general Douglas MacArthur pronunciou em 1962 para o corpo de cadetes na Academia Militar do Exército americano em West Point. Apresentação T odos nós, mais cedo ou mais tarde, chegaremos ao fim de nossa trajetória. Para alguns, o caminho é longo. Para outros, é curto. Mas não é tanto a duração da viagem o que importa, e sim os passos que damos. Se você descobrisse que uma doença está prestes a encurtar sua vida, ninguém poderia legitimamente criticá-lo por deixar a peteca cair. Mas para aqueles que se recusam a permitir que uma doença incurável os impeça de cumprir seu dever, para aqueles que continuam lutando, ou para aqueles que vivem a vida vigorosamente e com alegria até o fim, nós temos um nome. Nós os chamamos de heróis. Eu tive o prazer de trabalhar com Mark durante uma turnê da USO1 que ele ajudou a organizar para o presidente do Estado-Maior Conjunto, em 2004. Na época, ele me inspirou, da mesma forma que todos os militares o fazem. Todos aqueles que servem seu país merecem respeito por conta de seu sacrifício pessoal, e eles com certeza têm o meu. Mas depois de saber da batalha de Mark contra o câncer, meu respeito por ele cresceu exponencialmente. Se a guerra é o inferno, como eles dizem, então lutar contra uma doença incurável é algo bem pior. Soldados podem sobreviver a guerras. Vítimas de câncer em estágio IV geralmente não têm a mesma sorte. Quanto mais a batalha se prolonga, mais as chances diminuem. Isso pode ser tanto um motivo de isolamento como uma oportunidade para enviar uma mensagem poderosa com o que restar de vida. Mark Weber escolheu a segunda opção. Em vez de se desligar do mundo, continuou a trabalhar. Ele reuniu seus pensamentos e histórias para seus filhos, e somos afortunados por ele ter deixado isso como legado, para que todos nós possamos ler. O tenente-coronel Mark Weber marchou com determinação, humor, dignidade e honra. Este livro é sobre o que o motivava. É um olhar sobre quem ele era, no que ele acreditava e sobre o que esperava para a vida de seus filhos. Esta leitura também pode ajudar você a avançar por este mundo. Que ele possa iluminar o caminho. – Robin Williams 1. USO é uma organização que provê serviços recreacionais às Forças Armadas americanas em todo o mundo. (N. T.) Prefácio Queridos Matthew, Joshua e Noah, Eu escrevi um livro para vocês. Comecei a escrevê-lo muito antes de qualquer um de vocês ter nascido e mesmo antes de conhecer sua mãe, mas ele sempre foi escrito para vocês. Quando eu tinha 12 anos de idade, minha avó paterna morreu de um súbito ataque cardíaco. Enquanto ajudávamos vovô a arrumar as coisas dela, nos deparamos com uma carta que ele lhe escrevera em agosto de 1944. O trabalho de vovô os mantinha separados, e ele redigira a carta para contar sobre suas atividades, sobre o clima – sem mencionar a guerra mundial que era travada do outro lado do oceano – e para dizer como “parece que já passou um ano aqui sem você”. Vovô era brincalhão. Ele fez vários rabiscos nas margens do papel, um dos quais era um homem colocando a língua para fora. E fechou o relato lhe dizendo quanto apreciava o assado e o bolo que ela tinha feito para ele, e então rabiscou dois pássaros, um para cada um de seus filhos na época. Aquela carta desbotada parecia um tesouro antigo, mas o que mais me impressionou foi que eu nunca tinha ouvido vovô falar ou agir daquele jeito tão doce. Ele nem sequer se lembrava de tê-la escrito e disse que não se parecia em nada com algo que ele teria feito. Isso me incomodava. Eu queria saber mais sobre a vovó. E eu com certeza não gostaria de esquecer como seria escrever uma carta como aquela. Quando fiquei mais velho, descobri que nenhum de meus três avós restantes era bom com detalhes. É claro que eles tinham histórias para contar, mas nem sempre forneciam os detalhes que eu queria saber. Eles não conseguiam se lembrar de emoções ou de pensamentos de quando eram jovens e não falavam sobre seus maiores erros e arrependimentos. As perguntas que eu tinha não correspondiam às respostas que eles queriam – ou podiam – dar. Imaginei que um dia eu teria netos (sim, netos) que poderiam se mostrar tão interessados em mim quanto eu fora por meus avós. E, assim, comecei a escrever um diário, e o fiz de
Description: