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Antropologia da Individuação: estudos sobre o pensamento de Ernst Cassirer. PDF

238 Pages·2017·2.616 MB·Portuguese
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Antropologia da INDIVIDUAÇÃO Antropologia da INDIVIDUAÇÃO Estudos sobre o pensamento de Ernst Cassirer Joaquim Braga Rafael Garcia (Orgs.) φ Diagramação e capa: Lucas Fontella Margoni O padrão ortográfico, o sistema de citações e referências bibliográficas são prerrogativas do autor. Da mesma forma, o conteúdo da obra é de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor. Todos os livros publicados pela Editora Fi estão sob os direitos da Creative Commons 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR http://www.abecbrasil.org.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) BRAGA, Joaquim; GARCIA, Rafael (Orgs.) Antropologia da Individuação: estudos sobre o pensamento de Ernst Cassirer. [recurso eletrônico] / Joaquim Braga; Rafael Garcia (Orgs.) -- Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2017. 238 p. ISBN - 978-85-5696-184-6 Disponível em: http://www.editorafi.org 1. Antropologia. 2 Individuação. 3 Ernst Cassirer. 4. Fenomemologia. 5. Hermenêutica. I. Título. CDD-100 Índices para catálogo sistemático: 1. Filosofia 100 Índice Introdução ....................................................................................................... 9 1 ...................................................................................................................... 15 O tema do humanismo na obra de Ernst Cassirer: a humanitas como capacidade de criação individual da forma Christian Möckel 2 ..................................................................................................................... 39 O estatuto de “obra” do objecto cultural em Ernst Cassirer Joaquim Braga 3 ..................................................................................................................... 55 Sentimento de humanidade: Solidariedade e reconhecimento a partir da filosofia da cultura de Ernst Cassirer Rafael Garcia 4 ..................................................................................................................... 85 Indivíduo, relação e estrutura segundo Cassirer: que filosofia do sujeito? Muriel van Vliet 5 .................................................................................................................... 115 O conceito de “arqui-fenómeno”: Cassirer, Goethe e a investigação sobre a origem Claudio Bonaldi 6 ................................................................................................................... 143 Será que a linguagem determina a cultura? As posições de Humboldt e Cassirer em torno desta questão Bernhard Josef Sylla 7.................................................................................................................... 163 A arte em Ernst Cassirer Marion Lauschke 8 ................................................................................................................... 179 “Como foi possível essa vitória?” Uma reconstrução da teoria da técnica dos mitos políticos em Ernst Cassirer Pellegrino Favuzzi 9 .................................................................................................................. 205 Kant e as origens do Neokantismo de Cassirer: temas e problemas no contexto de seus respectivos programas epistemológicos Lucas Alessandro Duarte Amaral 10 .................................................................................................................. 227 Warburg e Cassirer: apontamentos de um percurso Godofredo Iommi Amunátegui Introdução Centrada na reflexão sobre as diversas formas culturais que geram o liame simbólico entre homem e mundo, a filosofia cassireriana está, simultaneamente, comprometida com uma “antropologia da individuação”, através da qual é possível vislumbrar as possibilidades de formação da consciência humana face ao universo mediado pelo símbolo. Tal como Cassirer inúmeras vezes reitera, é no interior desse universo que devem ser procurados os principais nexos individuantes subjacentes à energia criadora do espírito. Daí que, no próprio conceito de cultura cassireriano, as formas simbólicas – mito, religião, ciência, arte, linguagem, técnica – assumam, ab initio, o estatuto de realizações progressivas da auto-libertação do ser humano. Ao contrário da tese da Tragödie der Kultur, de Georg Simmel, as formas simbólicas e os seus artefactos materiais não encerram o sujeito num cosmo auto-suficiente, absoluto e definitivo, cuja natureza objectiva tende a pôr em causa a formação da sua vida subjectiva. Para Cassirer, inversamente, os processos de simbolização são inscrições do sentido em devir, isto é, tanto estruturam a apreensão da realidade como pressupõem a sua contínua transformação. Neste volume, o contributo de Christian Möckel (cap. 1) 10 | Antropologia da Individuação: estudos sobre o pensamento de Ernst Cassirer representa uma verdadeira introdução reflexiva à questão da relação da actividade configuradora do ser humano com os pressupostos humanistas que estão na sua base. É propósito do autor mostrar como, na filosofia cassireriana da cultura, a criação da “forma” se articula com a criação e reinvenção de um “eu criador”, capaz de incorporar, concomitantemente, a liberdade e a responsabilidade do agir. No texto de Rafael Garcia (cap. 3) encontramos, por sua vez, um desenvolvimento da temática humanista a partir da perspectiva cassireriana das vivências expressivas. A solidariedade e o reconhecimento, enquanto fenómenos articulados pela intersubjectividade, pressupõem, na acepção de Cassirer, uma “percepção-de-expressão”. É aí, já nessa esfera perceptiva, trespassada pelas paixões e afectos, que se funda, segundo a análise de Garcia, o “sentimento de humanidade”, a formação – vivida – de uma consciência do “nós”. Focado na mesma genealogia humanista, o contributo de Muriel van Vliet (cap. 4) torna assaz visível e compreensível a filosofia cassireriana como filosofia da “relação”, como pensamento filosófico que busca reencontrar e reinscrever a irredutibilidade expressiva do indivíduo a partir das suas múltiplas projecções culturais. A ideia de “indivíduo criador” aparece, uma vez mais, reafirmada, em detrimento de uma leitura puramente epistemológica alicerçada na ideia de indivíduo-sujeito. Ora, sustentar uma individuação criadora significa, segundo Cassirer, pressupor o “imperativo da obra”. Joaquim Braga (Cap. 2) revela-nos os momentos fundamentais que estruturam a relação entre poiesis e auto- conhecimento, “fazer” e “conhecer”, estabelecendo, a partir do pensamento cassireriano, uma distinção seminal entre obra e objecto cultural, que, como se verá, é fundadora da concepção de “imperativo”. As principais formas simbólicas enunciadas e analisadas por Cassirer constituem, ainda hoje, uma fonte inesgotável de possibilidades de interpretação. A linguagem, entendida como forma simbólica, revela-nos já a preocupação de Cassirer em

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