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Abas Tessa Scott tem 16 anos e os mesmos desejos e inseguranças da outras meninas de sua idade. No entanto, numa época em que deveria descobrir aos poucos o mundo adulto, sente que corre contra o relógio. Ela tem leucemia e experimenta a dura realidade de enfrentar a proximidade da morte, quando ainda se é tão jovem. Por mais que tente agir como as outras garotas, Tessa se sente cada vez mais longe dos seus sonhos: apaixonar-se, ter filhos, viajar pelo mundo. Com o agravamento de sua fraqueza física e a perda de esperança dos médicos no prolongamento de seu tratamento, Tessa só vê uma saída: viver o mais intensamente possível. Em busca do tempo que se esgota, ela inicia um pequeno projeto: organiza uma lista com as dez coisas mas importantes que gostaria de fazer antes de morrer. A primeira transa, infringir alguma lei e aprender a dirigir compõem a lista de desejos a serem cumpridos. Mesmo consciente de seu corpo debilitado, efêmero, Tessa quer viver mais do que tudo, quer abraçar o mundo e ao mesmo tempo ser eterna, e para isso vai testar todos os seus limites. Logo verá que essas experiências podem ser frustrantes, ou magoar aqueles que mais ama, deixando marcas profundas em sua família e em seus amigos: seu pai, que se dedica inteiramente à filha; seu irmão Cal, que sofre com cada piora do estado de saúde de sua irmã; sua mãe, que havia deixado a família quando Tessa tinha 11 anos; e Zoey, sua melhor amiga. Personagens tão humanos em suas fraquezas e grandezas, tão frágeis diante da dor e da perda, tão reais e comuns. Em seu primeiro romance, Jenny Downham surpreende ao construir uma personagem extremamente verdadeira, corajosa, inesquecível, com a sensibilidade à flor da pele de quem vive cada instante como o último. Escrito com delicadeza e afeto, Antes de morrer é um daqueles livros que ficarão, assim como Tessa, guardados para sempre na lembrança. Jenny Downham começou sua carreira como atriz de teatro alternativo na Inglaterra, e em 2002 decidiu dedicar-se inteiramente à literatura. Antes de morrer, publicado em 2007, arrebatou a critica inglesa e americana e logo ganhou a lista dos best-sellers, emocionando jovens e adultos. Já traduzido para 22 idiomas, ganhou diversos prêmios, entre eles o Booklist Books for Youth Editors‟ Choice e o Kirkus Reviews Editor‟s Choice Award, além de ter sido indicado para o Guardian Children‟s Fiction Prize de 2008 e eleito um dos melhores livros do ano pela American Library Association e pela Publishers Weekly. Contra-capa “O retrato mais honesto e confiável de uma jovem em risco – não, além do risco – que podemos encontrar na literatura recente.” The New York Times “Forte, mais que suave; irritada, mais que resignada, Tessa é uma heroína cativante.” The Independent “Destinado a conduzir centenas de milhares de leitores à lágrimas. Downham descobre uma sutil verdade: que, apesar de todos os avisos, nunca se sabe como a vida termina.” The Observer “Um lembrete para valorizar as pessoas que importam, aproveitar o momento, desejar com coragem, se aventurar com satisfação, mesmo que seja apenas viajar para a praia, beber chocolate quente ou dirigir em alta velocidade em dias de chuva.” The Guardian Para Louis e Archie, com amor Um Eu queria ter um namorado. Queria que ele morasse dentro do armário pendurado em um cabide. Sempre que me desse vontade, eu poderia tirar ele lá de dentro, e ele me olharia que nem os meninos fazem nos filmes, como se eu fosse linda. Não diria muita coisa, mas estaria ofegante enquanto tirasse a jaqueta de couro e desafivelasse o cinto da calça jeans. Estaria usando uma cueca branca, e seria tão gato que quase me faria desmaiar. Tiraria minha roupa também. Sussurraria: “Tessa, eu te amo. Porra, como eu te amo. Você é linda” – exatamente essas palavras –, enquanto me despisse. Acordo e acendo o abajur da cabeceira. Tenho uma caneta, mas não há papel, então escrevo na parede atrás de mim: Quero sentir o peso de um menino em cima de mim. Depois torno a me deitar e olho para o céu lá fora. Esta de uma cor engraçada – ao mesmo tempo vermelho e quase preto, como se o dia estivesse se esvaindo em sangue. Sinto cheiro de lingüiça. Tem sempre lingüiça nas noites de sábado. Vai ter também purê de batatas, repolho e molho de cebola. Papai estará com o bilhete da loteria na mão, e Cal terá escolhido os números. Eles ficarão sentados em frente à TV jantando em bandejas apoiadas no colo. Assistirão a um show de calouros e a um game televisivo. Depois disso, Cal irá tomar banho e se deitar, e papai ficará bebendo cerveja e fumando até a hora de dormir. Mais cedo, ele subiu para me ver. Foi até a janela e abriu as cortinas. - Olha só! – disse, quando a luz inundou o quarto. Ali estava a tarde, a copa das árvores, o céu. Sua silhueta se destacava na janela, com as mãos nos quadris. Ele parecia um Power Ranger. - Se você não falar nada, como é que eu vou te ajudar? – perguntou, e se aproximou para se sentar na beirada da minha cama. Prendi a respiração. Quando você prende por muito tempo, luzinhas brancas dançam na frente dos seus olhos. Ele estendeu a mão e afagou minha cabeça, massageando meu couro cabeludo de leve com os dedos.
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