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Andrea Gomes Bedin PDF

281 Pages·2014·7.29 MB·Portuguese
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP ANDREA GOMES BEDIN Igreja Nossa Senhora do Rosário, Embu das Artes (SP): arte e educação jesuíticas MESTRADO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO SÃO PAULO 2014 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP ANDREA GOMES BEDIN Igreja Nossa Senhora do Rosário, Embu das Artes (SP): arte e educação jesuíticas MESTRADO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências da Religião, sob a orientação do Prof. Dr. Afonso Maria Ligorio Soares. SÃO PAULO 2014 Banca Examinadora ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ DEDICATÓRIA Aos meus pais, Fermino Bedin e Maria Eglantina, por todo o amor, cuidado e dedicação. Na união da Palavra de Deus com a maior obra de Deus, consistiu a eficácia da salvação do mundo. Verbo Divino é palavra divina; mas importa pouco que as nossas palavras sejam divinas, se forem desacompanhadas de obras. A razão disto é porque as palavras ouvem- se, as obras veem-se; as palavras entram pelos ouvidos, as obras entram pelos olhos, e a nossa alma rende-se muito mais pelos olhos que pelos ouvidos (Vieira, 1968, p. 94). AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, Prof. Dr. Afonso Maria Ligorio Soares, pela leitura crítica e contribuição inestimável para a realização desta pesquisa. Aos professores do Programa de Mestrado em Ciências da Religião, pelas sugestões que muito contribuíram para o andamento deste trabalho. Ao Prof. Dr. Fernando Torres Londoño e ao Prof. Dr. Ênio José da Costa Brito, pelas preciosas orientações por ocasião do Exame de Qualificação. Ao Prof. Dr. Marcos Horácio Gomes Dias, pelas brilhantes orientações sobre o mundo do Barroco. À CAPES, pelo apoio financeiro integral, sem o qual não teria sido possível dar andamento nem tampouco concluir esta pesquisa. A todos que, de maneira direta ou indireta, contribuíram para a realização deste trabalho. A Deus, pela força e iluminação necessárias para que eu completasse esta caminhada. Resumo: A Pesquisa concentra-se na análise da atuação da Companhia de Jesus na área da educação e na produção da arte sacra brasileira ao longo do século XVII e início do século XVIII, tendo como base preliminar documentos históricos do período, principalmente. Recorreu-se, em regime de observação e coleta de dados, às Igrejas jesuíticas e monumentos pertinentes ao objetivo da pesquisa. Deu-se maior destaque à Igreja Nossa Senhora do Rosário em Embu das Artes, São Paulo. Nesse complexo religioso Barroco, além da Igreja, o museu e a sacristia foram relevantes para a pesquisa. Partindo do pressuposto de que a arte constitui elemento de relevância para o estudo de um dado momento histórico e de que a educação é um dos alicerces fundamentais de uma dada sociedade, é possível afirmar a existência de uma interlocução entre estes dois elementos, fato que, no caso específico da Companhia de Jesus, teria em muito colaborado para a catequese de nativos e colonos que frequentavam a Igreja do Rosário, na época, localidade central de um aldeamento jesuítico. Para tanto, buscaram-se referenciais teóricos em autores cujas obras têm como foco a produção da arte sacra do referido período, em especial do Barroco, bem como nos autores que discutem, de maneira singular, o papel dos inacianos na educação durante o período colonial no Brasil. Em paralelo, foram mantidos frequentes contatos com locais históricos, visitas a igrejas e monumentos, bem como algumas entrevistas com especialistas e autoridades no assunto. Palavras-chave: educação, Barroco, jesuítas. Abstract: The research focuses on the analysis of the performance of the Company of Jesus in the area of education and the production of Brazilian religious art throughout the seventeenth century and early eighteenth century, with the preliminary base historical documents of the period, mostly. We resorted, under observation and data collection, the Jesuit churches and relevant to the purpose of the survey monuments. Lent greater emphasis to Our Lady of the Rosary Church in Embu das Artes, São Paulo. In this Baroque religious complex, beyond the church, the museum and the sacristy were relevant to my research. Assuming that art constitutes element of relevance to the study of a particular historical moment and that education is one of the fundamental building blocks of a given society, it is possible to affirm the existence of a dialogue between these two elements, the fact that in the specific case of the Society of Jesus, have much contributed to the catechesis of natives and settlers who frequented the church of the Rosary, at the time, the central location of a Jesuit settlement. To do so, I sought theoretical references on authors whose works are focused on the production of sacred art in this period, especially from the Baroque and the authors argue that, in a singular manner, the role of Ignatian education during the colonial period in Brazil. In parallel, kept frequent contacts with historical sites, visits to churches and monuments. I managed a few interviews with experts and authorities on the subject. Keywords: education, baroque, Jesuit. SUMÁRIO ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES ............................................................................................................ 11 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 12 CAPÍTULO I – A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL .................................................................... 21 Introdução .............................................................................................................................................................. 21 1. Análise histórica e institucional da Companhia de Jesus no Brasil colonial ..................... 21 1.1. A Companhia de Jesus e o processo educacional-catequético no território brasileiro: análise histórica .......................................................................................................................................................................... 21 1.1.1. Inácio de Loyola: vida e caminhada rumo à fundação da Companhia de Jesus .............................. 26 1.1.2. Os Exercícios Espirituais de Inácio de Loyola: um caminho para a iluminação espiritual ....... 30 1.2. A estrutura dos Exercícios Espirituais: compreendendo o modo de ser jesuíta ................................. 33 1.3. As Constituições da Companhia de Jesus: Nossa “Formula Institutio” ................................................... 35 1.4. “Ratio Studiorum”: uma cartilha para os ensinamentos da Companhia de Jesus ............................. 39 1.4.1. A “Ratio Studiorum” e o universo dos aldeamentos ................................................................................... 41 1.5. Diálogo da conversão do gentio, por Manoel da Nóbrega .......................................................................... 42 1.6. As correspondências no universo jesuíta ........................................................................................................... 46 2. A atuação da Companhia de Jesus na Capitania de São Paulo e a formação do aldeamento de M’Boy ............................................................................................................................ 48 2.1. Antecedentes históricos da formação de São Paulo ...................................................................................... 48 2.2. A Capitania de São Paulo e os jesuítas: uma relação necessária ............................................................. 55 2.3. Fundação dos aldeamentos: aspectos históricos ............................................................................................ 59 2.3.1. As origens históricas de M’Boy ............................................................................................................................ 63 2.3.2. O significado do nome M’Boy: origem lendária ............................................................................................ 68 3. A chegada dos jesuítas e a formação do aldeamento de M’Boy .............................................. 69 3.1. Vida e obra do padre Belchior de Pontes ........................................................................................................... 74 3.2. Sucessores do padre Belchior de Pontes ............................................................................................................ 77 Conclusão ................................................................................................................................................................ 80 CAPÍTULO II – O ESPLENDOR DO BARROCO .............................................................................. 81 Introdução .............................................................................................................................................................. 81 1. O Barroco e o universo imaginário da fé ........................................................................................ 81 1.1. Barroco: dimensões históricas do termo ........................................................................................................... 81 1.2. Barroco: conceito e abrangências ........................................................................................................................ 86 1.3. Significado do termo “Barroco” ............................................................................................................................ 90 2. O Barroco e o mundo das representações ..................................................................................... 94 2.1. Estética e retórica no Barroco ............................................................................................................................... 99 2.2. Teatro barroco e teatro barroco jesuítico ...................................................................................................... 102 2.3. Imaginária barroca no universo colonial luso-brasileiro ......................................................................... 106 3. A força do Barroco em terras ameríndias ................................................................................... 110 3.1. Barroco americano .................................................................................................................................................. 110 3.2. Igrejas jesuíticas: uma arquitetura necessária ............................................................................................. 112 3.3. Barroco jesuítico: o que figurou nos aldeamentos e no M’Boy? ............................................................. 115 Conclusão ............................................................................................................................................................. 119 CAPÍTULO III – IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO: DEVOÇÃO E IMAGINÁRIA .................120 Introdução ........................................................................................................................................................... 120 1. A Igreja Nossa Senhora do Rosário ................................................................................................ 120 1.1. Origens devocionais do culto a Nossa Senhora do Rosário ...................................................................... 120 1.2. A simbologia do rosário que chegou à América: fé e história ................................................................. 123 1.3. Os jesuítas e a devoção a Nossa Senhora do Rosário .................................................................................. 124 1.4. Das irmandades negras aos aldeamentos: a influência inaciana nas tramas do cotidiano ....... 127 1.5. A chegada da devoção de Nossa Senhora do Rosário ao aldeamento de M’Boy .............................. 133 2. A Igreja Nossa Senhora do Rosário de Embu: adoração, símbolos e significados ........ 135 2.1. Devoção a Nossa Senhora do Rosário ............................................................................................................... 135 2.2. Origem, significado e fundamentação da imaginária e dos bens religiosos presentes na Igreja Nossa Senhora do Rosário ..................................................................................................................................... 136 3. O conjunto barroco na Igreja do Rosário: a imaginária local e o trabalho conjunto entre nativos e jesuítas ...................................................................................................................... 142 3.1. Disposição e hierarquia das imagens existentes na Igreja do Rosário ................................................ 142 3.2. Imagens eruditas e populares .............................................................................................................................. 146 3.3. Nativos e jesuítas: mãos de obra distintas unidas na elaboração de um universo comum ......... 148 4. Intersecção entre o universo indígena e o cristão na perspectiva educativa do Barroco no aldeamento de Embu .................................................................................................................... 151 4.1. O valor da arte na educação ................................................................................................................................. 151 4.2. A religiosidade guarani: da pregação da palavra ao uso da imagem no processo de catequese dos nativos ................................................................................................................................................................... 154 4.3. Anjos e demônios na imaginária guarani: analisando a imagem do Anjo Miguel na Igreja do Rosário em Embu ...................................................................................................................................................... 161 4.4. Inferno e purgatório: encontros e desencontros dos universos indígena e cristão ......................... 166 4.5. O sacrifício de Cristo e Nossa Senhora: céu e terra se harmonizam para produzir a vida .......... 170 5. Santos e santas presentes na Igreja do Rosário: trajetória de vida e virtudes ............. 174 5.1. Do retábulo ao céu: anjos e santos unindo-se na perspectiva mágica do Barroco ......................... 181 Conclusão ............................................................................................................................................................. 190 CAPÍTULO IV – A SINGULARIDADE DA ARTE SACRA BARROCA NA IGREJA DO ROSÁRIO: PINTURA E MUSICALIDADE ......................................................................................................................191 Introdução ........................................................................................................................................................... 191 1. Os mistérios divinos revelados na pintura sacra da Igreja de Nossa Senhora do Rosário ..................................................................................................................................................................... 191 1.1. O lugar da pintura no universo cristão ............................................................................................................ 191 1.2. O “locus" do mistério divino nas pinturas da sacristia da Igreja do Rosário .................................... 197 2. A vivência dos modelos sacramentais na Igreja do Rosário ................................................ 206 2.1. A função dos sacramentos cristãos na Igreja de Cristo ............................................................................. 206 2.2. O formato dos sacramentos após o Concílio de Trento .............................................................................. 208 2.3. Os sete sacramentos instituídos e sua correlação no universo guarani na Igreja do Rosário ... 210 3. A música no aldeamento de Embu ................................................................................................. 226 3.1. O espaço da música no mundo barroco ........................................................................................................... 226 3.2. A música e os jesuítas no Brasil colonial .......................................................................................................... 228 3.3. A música na Igreja Nossa Senhora do Rosário .............................................................................................. 231 4. Dançando, representando e adorando: festividades religiosas no aldeamento jesuítico de Embu ................................................................................................................................................... 234 5. Igreja Nossa Senhora do Rosário: a arquitetura do divino representada na terra ..... 240 5.1. Arquitetura barroca: a força da fé nos espaços sagrados ........................................................................ 240 5.2. O templo de Nossa Senhora do Rosário: uma arquitetura singular ..................................................... 243 Conclusão ............................................................................................................................................................. 247 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................248 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................................252 Livros, dissertações, teses e anais .............................................................................................................. 252 Periódicos ............................................................................................................................................................ 257 Edições digitais .................................................................................................................................................. 258 Documentos ........................................................................................................................................................ 259 Arquivo do Estado de São Paulo ....................................................................................................................................... 259 Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo ........................................................................................................... 259 CADERNO ICONOGRÁFICO ........................................................................................................260

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Dr. Marcos Horácio Gomes Dias, pelas brilhantes orientações sobre o mundo do Barroco. À CAPES, pelo apoio financeiro integral, sem o qual não
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