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Anderson Vinícius Romanini Semiótica Minuta Especulações sobre a Gramática dos Signos e da PDF

250 Pages·2007·4.88 MB·Portuguese
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Anderson Vinícius Romanini Semiótica Minuta Especulações sobre a Gramática dos Signos e da Comunicação a partir da obra de Charles S. Peirce Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação Escola de Comunicações e Artes (ECA) Universidade de São Paulo (USP) São Paulo 2006 Anderson Vinícius Romanini Semiótica Minuta Especulações sobre a Gramática dos Signos e da Comunicação a partir da obra de Charles S. Peirce Tese apresentada à Comissão Julgadora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo como exigência parcial para a obtenção do título de Doutor em Ciências da Comunicação (Jornalismo), sob orientação da Profa. Dra. Dulcília H. Schroeder Buitoni. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação Escola de Comunicações e Artes (ECA) Universidade de São Paulo (USP) São Paulo 2006 i Folha de aprovação Anderson Vinícius Romanini. “Semiótica Minuta – Especulações sobre a Gramática dos Signos e da Comunicação a partir da obra de Charles S. Peirce”. Tese de Doutorado apresentada à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências da Comunicação. Área de Concentração: Jornalismo. Orientadora: Profa. Dra. Dulcília H. Schroeder Buitoni Data de aprovação: _____/______/2006 Banca Examinadora Prof. PhD. Thomas Short Prof. PhD. Nathan Houser Profa. Dra. Lucia Santaella Profa. Dra. Mayra Rodrigues Gomes Profa. Dra. Dulcília H. Schroeder Buitoni ii Agradecimentos Aos meus orientadores Dulcília H. S. Buitoni (ECA/USP) Donald Cunningham, (SE/IUB) pela liberdade de pesquisa Aos scholars Andre De Tienne Lúcia Santaella Nathan Houser Thomas Short pelos conselhos, encorajamentos e sugestões A minha esposa Marjorie Umeda por seu apoio durante este trabalho Aos meus pais Augusta Romanini Octávio Romanini Aos meus colegas Oscar Alexandre, Jorge Cotrin e Maria do Carmo Carvalho que ajudaram com seus comentários, revisão e tradução Ao CNPq Para meus filhos Pedro e Clara iii RESUMO Este trabalho dedica-se ao ramo da Semiótica que Charles S. Peirce chamou de Gramática Especulativa: o estudo das condições formais para que um Signo funcione como tal, o levantamento dos tipos possíveis de Classes de Signos e sua classificação. A Gramática Especulativa é o primeiro ramo da Semiótica, a Lógica o segundo e a Comunicação o terceiro. Um tratamento semiótico frutuoso da Comunicação depende, portanto, de que a Gramática e a Lógica estejam suficientemente desenvolvidas. Esta foi a motivação deste trabalho. Depois de uma introdução geral sobre Peirce e o desenvolvimento de Semiótica, apresentamos uma proposta de geração de 66 Classes de Signos e sua classificação numa Tabela Periódica. Discutimos brevemente cada uma das Classes de Signos e fazemos algumas considerações sobre como esta tabela pode ajudar a resolver alguns problemas da Lógica e a construir uma Teoria da Comunicação formalmente semiótica. ABSTRACT This work is dedicated to the branch of Semiotic that Charles S. Peirce called Speculative Grammar: the study of the formal conditions that enable a Sign to function as such, the survey of all possible types of Signs and their ordered classification. The Speculative Grammar is the first branch of Semiotic, Logic is the second and Communication is its third one. A fruitful semiotic treatment of the Communication depends, therefore, on that the Grammar and Logic are sufficiently developed. This was the motivation of this work. After an introduction about Peirce and the development of his Theory of Signs, we present a proposal for a generation of 66 Classes of Signs and make some considerations on how this table could help to solve some problems of Logic and to construct of a formally semiotic Theory of Communication. iv Toda classificação, seja natural ou artificial, é o arranjo de objetos de acordo com idéias. Uma classificação natural é seu arranjo de acordo com aquelas idéias das quais resulta sua existência. Não há mérito maior num taxonomista do que ter os olhos abertos para as idéias da natureza; nenhuma cegueira que o aflija pode ser mais deplorável do que a de não ver que há na natureza idéias que determinam a existência dos objetos.1 (Peirce, CP 1.231) 1 All classification, whether artificial or natural, is the arrangement of objects according to ideas. A natural classification is the arrangement of them according to those ideas from which their existence results. No greater merit can a taxonomist have than that of having his eyes open to the ideas in nature; no more deplorable blindness can afflict him than that of not seeing that there are ideas in nature which determine the existence of objects. v ÍNDICE INTRODUÇÃO 1 .............................................................................................................................................................................. CAPÍTULO I – ALGUMAS NOTAS BIOGRÁFICAS E BIBLIOGRÁFICAS 1. Orgulho e preconceito 9 .......................................................................................................................................................... 2. A atualidade de Peirce 13 ....................................................................................................................................................... 3. Atravessando a ponte 15 ......................................................................................................................................................... 3.1 Interesse crescente 18 ............................................................................................................................................ 4. Imenso quebra-cabeça 19 ....................................................................................................................................................... 5. O lugar de Peirce na história da Semiótica 23 .................................................................................................... 5.1. O modelo diádico de Saussure 24 ............................................................................................................. 5.2. As raízes da Semiótica peirceana 25 ...................................................................................................... 5.3. Semiose e Pós-modernidade 26 ................................................................................................................... CAPÍTULO II – A SEMIÓTICA DE PEIRCE PASSO A PASSO 1. Fragmentos esparsos 31 .......................................................................................................................................................... 1.1. Síntese de tradições 32 ....................................................................................................................................... 2. Primeira fase: 1867 a 1883 35 ........................................................................................................................................... 3. Segunda fase: 1883 a 1896 39 ............................................................................................................................................ 4. Terceira fase: 1896 a 1905 42 ............................................................................................................................................. 5. Quarta fase: 1905 a 1914 46 ................................................................................................................................................. CAPÍTULO III – PERCEPÇÃO: UM LIMIAR SEMIÓTICO? 1. Percepção e Significação 51 ................................................................................................................................................ 2. Percepção e continuidade 53 ............................................................................................................................................. 3. Com a palavra, Peirce 54 ....................................................................................................................................................... 4. Do Percepto ao Diagrama 66 .............................................................................................................................................. CAPÍTULO IV – O LABIRINTO DA SEMIÓTICA 1. Em busca das Classes Naturais 73 ................................................................................................................................. 2. Os objetivos gramaticais 76 ................................................................................................................................................. 2.1. O vestíbulo do labirinto 77 ............................................................................................................................. 3. A navalha de Peirce 78 ............................................................................................................................................................. 3.1 As Categorias e suas degenerações 79 .................................................................................................... 3.2. Das Categorias aos Predicamentos 80 ................................................................................................. 3.3. Os Predicamentos Universais 83 .............................................................................................................. 4. Incerteza nos Predicamentos 85 ...................................................................................................................................... CAPÍTULO V – A SEMIÓTICA DOS TRÊS CORRELATOS 1. Os elementos do Signo 89 ...................................................................................................................................................... 1.1. Signo 89 ........................................................................................................................................................................... 1.2. Objeto 92 ........................................................................................................................................................................ vi 1.3. Interpretante 94 ....................................................................................................................................................... 2. Os Correlatos do Signo 94 .................................................................................................................................................... 2.1. Primeiro Correlato 94 ........................................................................................................................................ 2.2. Segundo Correlato 94 ......................................................................................................................................... 2.3. Terceiro Correlato 95 ........................................................................................................................................ . 3. A Tabela das Dez Classes de Signos 95 ..................................................................................................................... 4. A degeneração dos tipos de Signos 97 ........................................................................................................................ 5. Descrição dos Tipos de Signos 98 ................................................................................................................................... 5.1. Tipos do Primeiro Correlato 99 ................................................................................................................ 5.2. Tipos do Segundo Correlato 99 ................................................................................................................. 5.3. Tipos do Terceiro Correlato 107 .............................................................................................................. 5.4. Dedução, um caso especial 110 .................................................................................................................. 6. A Tabela Linear das 66 Classes de Signos 111 ................................................................................................... 7. A Tabela das 66 Classes de Signos a partir dos três Correlatos 113 .............................................. CAPÍTULO VI – O LEQUE DE ONZE DOBRAS 1. Relações entre as duas classificações de Peirce 117 ....................................................................................... 2. A expansão das tricotomias 118 ...................................................................................................................................... 2.1. Objeto Imediato 118 ............................................................................................................................................ 2.2. A questão dos Interpretantes 119 ............................................................................................................. 3. O bebê está chorando 122 ..................................................................................................................................................... 4. As dez tricotomias de Peirce 126 .................................................................................................................................... 5. A formação das onze tricotomias 127 ........................................................................................................................ 5.1. A análise do Fâneron 128 ................................................................................................................................ 5.2. Descrição das novas tricotomias 131 .................................................................................................... 6. O bebê ainda chora 135 .......................................................................................................................................................... 7. O fluxo da Semiose 137 ........................................................................................................................................................... 8. Propriedades gerais da Semiose 137 ........................................................................................................................... 9. Os períodos da Semiose 138 . .............................................................................................................................................. 10. As Classes de Signos 141 ..................................................................................................................................................... 10.1. A tabela preliminar das onze tricotomias 141 ........................................................................... 10.2. A regra do triângulo da existência 143 ............................................................................................ 10.3. O triângulo das onze tricotomias 149 ................................................................................................ CAPÍTULO VII – A TABELA PERIÓDICA DAS CLASSES DE SIGNOS 1. A união das duas classificações 151 ............................................................................................................................. 2. O caminho da Semiose 154 ................................................................................................................................................ 3. A Tabela Periódica das Classes de Signos 155 ................................................................................................. 4. Descrições das 66 Classes de Signos 157 . ................................................................................................................ 4.1. Quali-signos 157 ..................................................................................................................................................... 4.2. Alter-signos 161 ...................................................................................................................................................... 4.3. Sin-signos 164 ........................................................................................................................................................... 4.4. Holo-signos 172 ....................................................................................................................................................... 4.5. Réplicas 176 ................................................................................................................................................................ 4.6. Legi-signos 184 ........................................................................................................................................................ vii CONCLUSÃO 197 ............................................................................................................................................................................ ANEXO I Para onde vamos, afinal? 201 ................................................................................................................................................. ANEXO II Cronologia resumida da vida de Peirce 221 .............................................................................................................. BIBLIOGRAFIA 227 .................................................................................................................................................................... viii INTRODUÇÃO Vou explorar neste trabalho alguns fundamentos ontológicos e epistemológicos da comunicação de um ponto de vista da semiótica de Peirce. A primeira coisa a fazermos, nesse projeto, é adotarmos a mais ampla definição de comunicação possível – uma definição essencial – para só depois procedermos em qualificá-la nas suas ramificações, como a comunicação animal, humana e a social. A definição mais geral possível diz que a comunicação é a transmissão de informação, sem que precisemos nos preocupar com o que é a informação, por onde passa e como se dá sua transmissão. Basta que um estado de coisas se altere, seja na realidade do mundo externo a nós, ou no interior de nossas mentes, para que constatemos a ocorrência de comunicação. Se a informação flui por toda parte, como têm demonstrado a física e a biologia, devemos considerar a comunicação como um componente ontológico da realidade. Essa é a vanguarda da pesquisa em comunicação e semiótica, cujas possibilidades teóricas têm atraído pesquisadores de várias áreas científicas. A comunicação não é a mesma em todo canto, porém. É preciso estabelecer gradiente comunicacional que parta da transmissão de informação no nível da matéria, fortemente constrangida pelas leis da Física, para a atingir as formas de comunicação mais livres e criativas, como a que ocorre entre seres inteligentes e dotados de consciência. Nöth afirma não ser possível postular uma fronteira nítida entre fenômenos comunicativos e não-comunicativos na natureza, mas deve-se conceber uma transição gradual que vai dos modos de interação proto-comunicativas mais rudimentares em direção aos mais complexos. (apud Santaella, 2001, p.17). Considerarei a comunicação, portanto, como um produto da intencionalidade, ou “mentalidade”, que brota desde os níveis mais elementares da natureza até atingir sua forma mais elaborada na autoconsciência humana (Short, 2004, p. 14). Vou adotar neste trabalho a “grande visão” da semiótica peirceana, que tem sido defendida por Deely (1994). Essa concepção da semiótica é capaz de abarcar inclusive os processos físicos da natureza, considerados como resultado da ação dos signos, ou semiose. É a partir desse ponto de vista que defenderei que semiótica e comunicação podem ser unidas numa mesma ciência. A razão disso é que a ação dos signos, ou semiose,corresponde precisamente à definição essencial de comunicação acima: onde 1

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Este trabalho dedica-se ao ramo da Semiótica que Charles S. Peirce chamou de No curso dessas pesquisas, Peirce descobriu que sua lógica, vista agora tal qual semiótica durante um ritual de magia simpática. http://www.bocc.ubi.pt/pag/fidalgo-antonio-manual-semiotica-2005.pdf. ______
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