BALDUINIA. n.14, p. 19-2S, 15-IX-2üüS ANATOMIA DA MADEIRA E DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DE SCUTIA BUXIFOLIA REISSEK (RHAMNACEAE)l scom SIDINEIRODRIGUES DOS SANTOS2JOSÉNEWTON CARDOSO MARCmORP TRAIS DO CANTO-DOROW4 RESUMO O presente trabalho trata da anatomia da madeira e descrição morfológica de Seutia buxifolia Reissek (Rhamnaceae), com baseemmaterial proveniente doRio Grande doSul,Brasil.Aestrutura anatômica concor- da,em linhas gerais, com oreferido naliteratura para afarrulia Rhamnaceae egênero Seutia: poros solitários e em múltiplos radiais, de contorno oval e com abundante conteúdo no cerne; pontoações intervasculares muito pequenas; parênquima paratraqueal associado aapotraqueal marginal; raios heterogêneos tipo 11,com cristais abundantes; efibras libriformes muito curtas ede paredes espessas. Amadeira reúne características anatômicas xeromórficas eevoluídas. Acomposição microscópica do lenho justifica aexcelente qualidade atribuída àmadeira (homogênea, dura, pesada eresistente adeterioração). Palavras-chave: Seutia buxifolia, anatomia da madeira, Rhamnaceae, coronilha. ABSTRACT [Wood anatomy and morphological description of Seutia buxifolia Reissek (Rhamanaceae)]. The wood anatomy and morphological description ofSeutia buxifolia Reissek (Rhamnaceae) aredescribed, based on materiaIs from Rio Grande do Sul state, Brazil. The anatomical structure agrees with literature references tofamily Rhamnaceae and genus Seutia: solitary pores, inradial multiples, with oval outline and abundant contents in the heartwood; very small intervessel pits; paratracheal parenchyma associated with marginal apotracheal; heterogeneous 11rays, with abundant crystals; and very short libriform fibres, with thick walls. The anatomical structure shows both xeromorphic and high-developed characteristics. The microscopic composition justifies the excellent quality attributed to the wood (homogeneous, hard, heavy and resistant to deterioration). Key words: Seutia buxifolia, wood anatomy, Rhamnaceae, coronilha. INTRODUÇÃO paludosos, como em solos secos, sobr.etudo na Pertencente a farru1ia Rhamnaceae, Seutia orla ou interior de matas com araucária, em buxifolia Reissek, apopular coronilha, éarbusto pequenos capões deáreas campestres, emmatas espinhoso muito ramificado ou árvore pequena ciliares ou como árvores isoladas em pleno (raramente de grande porte), detronco tortuoso, campo (Bastos, 1989). ramos finos e espinhos esparsos (Johnston & Segundo Tortosa (1995), a espécie ocorre Soares, 1972). Espécie mais conhecida de sua desde o Uruguai e sudeste do Brasil (sul, de famíliabotânica noRioGrandedoSul,acoronilha acordo comJobnston eSoares, 1972),atéonorte apresenta ampla distribuição no Estado, ocor- daArgentina, Paraguai eBolívia. NoBrasil, sua rendo tanto em solos úmidos, compactados ou ocorrência é assinalada para o Paraná, Santa Recebido para publicação em 10/05/2008 eaceito para publicação em20/06/2008. I 2 Biólogo, bolsista doCNPq - Brasil, mestrando doPrograma dePós-Graduação emEngenharia Florestal, Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal de Santa Maria, CEP 97105-900, Santa Maria, RS, Brasil. [email protected] 3 Engenheiro Florestal, Dr., bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, professor Titular do Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil. 4 Bióloga, Dra., professora doDepartamento deBiologia, Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil. 19 Catarina e Rio Grande do Sul, sendo a única versos herbários do Rio Grande do Sul: HDCF espécie do gênero neste Estado. O gênero (Herbário doDepartamento deCiências Flores- Seutia (Comm. exA. DC.) Brongn. compreen- tais,Universidade Federal deSanta Maria), PEL de umas 5 espécies, quatro delas sul-america- (Herbário do Departamento de Botânica, Uni- nas, e uma da África e Ásia. O Brasil conta versidade Federal de Pelotas), PACA com duas espécies: Seutia buxifolia Reissek e (HerbariumAnchieta, Unisinos, São Leopoldo) Seutia arenieola (Casaretto) Reissek. e SMDB (Herbário do Departamento de Biolo- A madeira de Seutia buxifolia, de cor gia, Universidade Federal de Santa Maria). avermelhada ou violácea, é elástica ehomogê- A descrição anatômica baseou-se no estudo nea, dura, pesada (peso específico superior a de duas amostras de madeira, conservadas na 1,0g/cm3) etida como incorruptível, sobretudo xiloteca do Departamento de Ciências Flores- o cerne. Apesar da excelente qualidade, apre- tais da Universidade Federal de Santa Maria, senta forte tendência a rachar-se com a seca- com os seguintes registros: gem. Adequada para obras externas, esteios e - Santana da Boa Vista, BR-392, em mata tornearia, desde que as dimensões do tronco o com araucária, na beira da estrada; arvoreta ca. permitam, serve, igualmente, para lenha e car- 2,5m, com frutos, J. N. C. Marchiori s.n., vão, tendo ótimo poder calorífico (Marzocca & 4.Y.2007 (HDCF 5731). Marthi, 1951; Corrêa, 1926). Chama atenção, -SãoVicente doSul,mata ciliar dorioIbicuí; portanto, as escassas referências anatômicas J.N.C.Marchiori s.n., 17.IV.1981 (HDCF 176). sobre a madeira desta espécie, fato que pode Para a descrição da madeira, foram prepa- ser atribuído à dimensão geralmente reduzida radas lâminas de cortes anatômicos e de dos troncos. macerado. Do material lenhoso, foram extraí- A escassez de referências anatômicas, aliás, dos três corpos de prova (2x2x3 cm) da parte é aspecto comum em Rhamnaceae, salientan- mais externa dolenho, próximo ao câmbio, ori- do-se, aeste respeito, os trabalhos de Record & entados para obtenção decortes anatômicos nos Hess (1949) e Metcalfe & ChaIk (1972). Para planos transversal, longitudinal radial elongitu- o gênero Seutia, Metcalfe &ChaIk (1972) des- dinal tangencial. Um outro bloco foi também tacam: elementos vasculares com placas deper- retirado, com vistas àmaceração. Para as lâmi- furação simples, espessamentos espiralados e nas de cortes anatômicos, seguiu-se a técnica pontoações intervasculares alternas, pequenas padrão noLaboratório deAnatomia daMadeira adiminutas; parênquima axial em faixas termi- da Universidade Federal do Paraná: as amos- nais, uni abisseriadas; raios de até 1,5mm em tras foram amolecidas por fervura em água e altura, com abundantes cristais de oxalato de seccionadas em micrótomo de deslizamento, cálcio; efibras de paredes espessas amuito es- regulado para a obtenção de cortes com espes- pessas, com pontoações simples. sura nominal de 20 I!m. Os cortes foram tingi- O presente trabalho, que trata da caracteri- doscom acridina-vermelha, crisoidina eazul-de- zação microscópica do lenho e descrição astra (Dujardin, 1964), desidratados em série al- morfológica de Seutia buxifolia, visa a ofere- coólica-ascendente (30%, 50%, 70%, 95% e cer subsídios para o melhor aproveitamento de duas vezes emálcool absoluto), diafanizados em sua madeira, bem como contribuir para o co- xilol emontados em lâminas permanentes, usan- nhecimento daestrutura anatômica emorfologia do-se "Entellan" como meio demontagem. Para das Rharnnaceae sul-brasileiras. a confecção de lâminas de macerado, utilizou- se o método de Jeffrey (Burger & Richter, MATERIAL E MÉTODOS 1991), sendo a pasta resultante colorida com Para a descrição morfológica foram exami- solução aquosa de safranina 1%. A montagem nadas exsicatas botânicas provenientes de di- das lâminas seguiu ométodo anteriormente des- 20 crito, com a diferença de que as três primeiras dricos a ligeiramente angulosos e geralmente etapas foram desenvolvidas sobre papel de fil- armados, ou então curtos (raramente longos e tro. Para as lâminas de macerado de um dos pendentes), finos, angulosos egeralmente iner- indivíduos (HDCF 5731), seguiu-se oprocedi- mes; ramos antigos cilíndricos, robustos, áspe- mento deFranklin (1945), modificado (Kraus & ros, acinzentados, geralmente armados (Figura Arduin,1997). 1a,b,c).Espinhos deaté6,4cmdecomprimento, Adescrição microscópica damadeira seguiu vigorosos, cônicos, retos, deextremidade quase as recomendações da Copant (1973). Os valo- sempre escurecida, divaricados até horizontais resquantitativos sãoresultantes de30medições, egeralmente em disposição cruzada, por vezes com exceção da percentagem dos tipos celula- canaliculados (Figura la). Folhas verdes, sim- res e das classes de raio, para as quais foram ples, pequenas, curto-pecioladas, persistentes, realizadas 600 determinações ao acaso, usan- subopostas ou alternas, coriáceas e brilhantes, do-se contador de laboratório. A freqüência de especialmente quando jovens; limbo finamente poros/mm2 foi obtida de forma indireta, apartir reticulado, elíptico, menos freqüentemente ovado de um quadrado vazado de área conhecida, ou obovado, ocasionalmente quase circular, in- superposto a fotomicrografias de seção trans- teiro ou obscuramente serrilhado na metade su- versal. As medições foram realizadas em mi- perior,rarointeiramente serrilhado, medindo 0,9- croscópio binocular Carl Zeiss, provido deocu- 6,8cmdecomprimento por0,5-3,3 cmdelargu- lar com escala graduada. ra; margem esbranquiçada na face abaxial, em As fotomicrografias foram tomadas em mi- material seco; ápice geralmente mucronado, croscópio Olympus cx40, equipado com câmera retuso, menos freqüentemente arredondado ou digital Olympus Camedia c3000. acuminado; base estreitamente cuneada oume- A terminologia utilizada para a descrição nos freqüentemente arredondada; nervuras morfológica seguiu Radford eta/. (1974).Aaná- braquidódromas: aprincipal, proeminente, visto- lisedasestruturas foirealizada emlupabinocular sa; as demais, finas e pouco evidentes (Figura Olympus SZ40, com régua deprecisão (0,5mm) la). Pecíolos de até 3 mm de comprimento. e papel milimetrado. Informações relativas ao Estípulas foliares subuladas, pareadas, cadu- porte, floração, frutificação, distribuição geográ- cas, geralmente do mesmo tamanho ou meno- fica, coloração econsistência de estruturas, fo- resdoque opecíolo; estípulas florais, diminutas. ram obtidas apartir de observações a campo e Flores numerosas, perfeitas, períginas, de anotações contidas nas etiquetas de identifi- pentâmeras, de simetria radial, glabras, cação das exsicatas. esverdeadas, pequenas (2,5-6 mm de compri- mento por 2-4,4 mm de diâmetro), reunidas em DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA fascículos axilares de até 6flores nos ramos jo- Scutia buxifolia Reissek S.Reissek, inMartius, vens, sobretudo nos angulosos (Figura 1b,d,f). FI.Bras. 11(1):93. 1861. Pedicelos de 1-4mm de comprimento. Recep- Arbustos ou arvoretas de até 7 m de altura, táculo floral curto e obcônico, mais largo que ramosos, glabros, armados; tronco depequenas alto, medindo 0,4-1,4mm de altura (Figura ld). dimensões; casca branca ouescuro-acinzentada, Lacínias deltóides, carnosas, geralmente aber- geralmente com deiscência em pequenas pla- tas, calosas no ápice e com nervura longitudi- cas irregulares atéretangulares, que sedespren- nal-ventral espessa, de0,8-1,5 mm dealtura (Fi- dem pelas extremidades, expondo a periderme gura 1f).Pétalas livres,cuculadas, unguiculadas, adjacente marrom-avermelhada. Ramos jovens de ápice bilobado, inseridas entre o bordo do verdes ou castanhos, floríferos, folhosos, receptáculo e o disco, menores que as sépalas subopostos ou opostos, ascendentes até verti- (cerca de 2/3 da sua altura) e alternas a elas cais, lisos, flexíveis ededois tipos: longos, cilín- (Figura 1e,f). Disco nectarífero carnoso, espes- 21 so, pentagonal ouanelar, na metade superior do inaraucarieto, ster.,B.Rambo s.n., 14.1.1952(PACA tubo, deixando uma depressão no centro, onde 51832). Caçapava doSul, parafaz.dosenhor Ricardo se aloja o ovário; margem inteira, geralmente Dotto, em campo úmido na beira da estrada, frutos ondulada (Figura Ih,±).Estames livres, opostos imaturos, N.R.Bastos387,6.xn.1993 (pACA86858); Passo do Camaquã, CBC, estéril, A. A. Filho & R. às pétalas e presos ao disco; anteras com Cauduro s.n.,9.xn.1989 (SMBD 2827). Canguçu, es- deiscência longitudinal, dorsifixas; filetes tradaEncruzilhada-Canguçu, coxilha daBoaVista,N. laminares, incurvos (Figura ld,±).Ovário súpero, Martins s.n.,15.1.1974(ICN27189); estrada Canguçu- napiforme e imerso no disco (embora livre), Piratini, L.Arzivenco s.n., 15.XI.1975 (ICN 48564); tricarpelar, trilocular ecomum óvulo porlóculo; estrada de Canguçu para Pinheiro Machado, 15Km carpelos unidos; estilete curto, exserto, em ge- após Cancelão, árvore isolada no campo, ca. 4m, S. ral obscuramente tripartido na metade superior Miotto 566,9.x.1977 (ICN 35326); ibidem, M.Fleig (Figura 19-j).Fruto dotipopirênio, glabro,roxo- 776,9X.1977 (ICN51524).Camaquã, Pacheca, mata enegrecido quando maduro, de 3-6mm decom- de galeria do rio Camaquã, arvoreta ca. de 4m, em primento por 3-9mm delargura, obovado asub- borda dematadegaleria, flores verdes, J.A.Jarenkow globoso (ligeiramente achatado) em vista late- s.n.,31.x.1989 (pEL 11522).Cambará doSul,p.São Francisco de Paula, ad araucarietum in umbrosis ral, arredondado ou trilobado em vista frontal, repens, ster., B.Rambo s.n., 11.1948(PACA 36360). contendo três sementes (Figura lc). Canela, Caracol, inaraucarieto, fl., K.Ernrich s.n., Etimologia: De origem latina, onome gené- 26.11.1946(pACA33297);ibidem,Caracol,8KmNCa- rico (Scutia, bacia) refere-se ao modo como o nela,Parque Estadual, M.L.Porto etaliis.n.,2.1.1973 cálice envolve ofruto. O termo buxifolia alude (lCN28498);ibidem,8KmNCanela,ParqueEstadual, à semelhança das folhas com as de Buxus P.Pellizarro s.n.,27.xn.1972 (lCN 28496). Caxias do sempervirens L., espécie conhecida popular- Sul, VilaOliva, inaraucarieto humido, fl.,B.Rambo mente como buxo (Johnston & Soares, 1972). s.n., 31.1.1946 (PACA 30830); ibidem, in silvula Floração efrutificação: Floresce o ano in- campestri, fl., B. Rambo s.n., 17.VII.1954 (PACA teiro, mas principalmente entre setembro eja- 55862);ibidem, insilvulacampestri, B.Rambo 30830, neiro; frutifica de outubro amaio. 6.1.1946 (ICN s.n.). Encruzilhada do Sul, Passo do Marinheiro, a 30 Km de Santana da Boa Vista, em Pontos de ocorrência: Distribuída por to- encosta de cerro, solo arenoso, árvore ca. de 3m, fr., das as regiões do Estado, é especialmente fre- N.R.Bastos 119&S.Diesel s.n., 18.IV.1991 (PACA qüente naCampanha, Depressão Central eSerra 70767); estrada para SãoJosé, Km 7,N.Martins s.n., do Sudeste. 27.VI.l975 (ICN29276); estrada Encruzilhada- Canguçu, coxilha da Boa Vista, N. Martins s.n., 15.1.1974(ICN27189). Esmeralda, Est.Ecológica de Materialexaminado:BRASIL:RIOGRANDE DO Aracuri, árvore dosub-bosque dopinhal, flores ver- SUL: Alegrete, Ibirocai, inventário de nativas (am. de-claras,1.L.Waechter 1853,8X1.l981 (lCN51072); 14), com flores, J. N. C. Marchiori s.n., 26XI.1981 ibidem, arbusto ca. 3,5m, em interior de mata com (HDCF 931); rioInhanduí, inventário denativas (am. Araucária, 1.A.Jarenkow 45,8XI. 1982(ICN59120); 5),comfloresefrutos,1.N.C.Marchioris.n.,24XI.l981 ibidem, em interior de mata com Araucária, arbusto (HDCF 913).Arroio Grande, Pontal,p.aofarolPonta ca.4m,1.A.Jarenkow 7,28.m.1982 (ICN59094); em Alegre (Lagoa Mirim), arvoreta ca.de6m, emcapão interior demata, arvoreta ca. 3m, flores brancas, fru- p.àlagoa,floresverdes,1.A.Jarenkow s.n.,O4X.1997 tos imaturos, M. Sobral etalii 3019, Vm.1984 (ICN (PEL18319).Bagé, Casa-de-Pedra,M.GRossoni321, 61817). Esteio, p.Porto Alegre, insilvula paludosa, 15.xn.1989 (lCN 87382);ibidem,Casa-de-Pedra, flo- fl.,B.Rambo s.n.,2X1.l932 (pACA 1843).Gravataí, resamarelo--esverdeadas,M.GRossoni227,3XI. 1989 p. Porto Alegre, insilvula riparia, adfl., B. Rambo (ICN 87385). Barra do Quaraí, arvoreta ca.3m,em s.n., 11.1.1949(PACA44337). Jari, p.Tupanciretã, in espinal, estéril, J.L.Waechter 2049, 18XI.1984 (ICN silvula humida, ster.,B.Rambo s.n.,26.1.1942(PACA 61620). Bom Jesus, Arc.CapoGrande, insilvula, B. 9361). Julio de Castilhos, VaIde Serra, com flores e Rambos.n., 15.I.l942 (pACA8824); Passo daGuarda, frutos,E.1.Santinis.n.,lXI.l981 (HDCF1093);ibidem, 22 1"", 1'UI FIGURA I- Aspectos gerais deSeutiabuxifolia. A-Flores reunidas emfascículos, empequenos ramos axilares inermes. B -Ramo longo, com espinhos vigorosos efolhas pequenas subopostas, de ápice retuso. C -Ramo curto, anguloso e inerme, com frutos. D - Flor em vista lateral. E - Pétala. F - Flor em vista frontal, mostrando disco nectarífero com depressão central eestames incurvos. G- Gineceu. H-Corte longitudinal dodisco nectarífero. I-Corte longitudinal do gineceu. J- Corte transversal do ovário. (Fonte: Flora Ilustrada deEntre Ríos. IV). 23 comflores, inventário denativas (am.31/134), J.N.C. frenteàsede,s.leg., 02.XI.1985 (pEL s.n.);ibidem,em Marchioris.n.,29X1981 (HDCF892).Lavras doSul, frente asede administrativa, arbusto ca. 3-3,5m, fru- faz. Aldo Abascal, arbor in pascuis, arbustiva, A. tos marrom-avermelhados, S. R. Santos & 1.N. C. Sehnem 11866,11.II.1971(pACA69792);faz. doPôsto, Marchiori s.n., 3.Y.2007 (HDCF 5729); ibidem, atrás 12KmWdeLavras doSul,arbusto ca.4m, comespi- da sede administrativa, arvoreta com 5-6m, tronco nhos, flor amarelo-esverdeada, J.C.Lindeman &B. pouco desenvolvido, folhas verde-escuras, flores E.Irgangs.n.,16X1971 (ICN8634);ibidem,emcam- esverdeadas, 1.N. C. Marchiori & S. R. Santos s.n., po com grupo de arbustos, arbusto ca. 3m, flores 24XI.20ü6 (HDCF 5722); ibidem, mata doAlbardão, verdes, 1.C. Lindeman &B. Irgang s.n., 16X.1971 arvoreta ca.de7m,flores verde-pálidas, 1.L.Waechter (ICN8607); ibidem, 12KmWdeLavras doSul,1.C. s.n., 16.x.1988 (PEL 10879); ibidem, em campo no Lindeman &B.Irgang s.n., 16X.1971 (ICN 8634); 15 Albardão, arvoreta ca.7m, flores verde-pálidas, J.L. Km NE Lavras do sul, em restinho de mata, arbusto Waechter2360,X.1988 (ICN83693);ibidem,embeira ca.3m,floresverdeada, fruto azul-arroxeado-escuro, de mata arenosa, árvore pequena, ca. 5m, flores ver- 1.C.Lindeman &B.E.Irgang s.n., 17.X.1971 (lCN de-amareladas, J.Waechter 2241, s.d. (ICN 81271). 8734).Santana doLivramento, CerroArmour,B.Irgang Rosário do Sul, Vacaquá, em encosta de cerro, solo s.n.,26.IIl.1976(ICN32379).Muitos Capões, Planalto rochoso, fl., arvoreta ca. de 3m, L. S. Duarte s.n., das Araucárias, em capão com Araucária, arvoreta, 9.X.1988 (PACA 69625); ibidem, Estância dos N. R. Bastos s.n., 14.IX.1997 (PACA 84924); N. R. Camaquãs, em beira de capão, N. R. Bastos s.n., Bastosetalii460,14.IX.1997(pACA92027).Palmares 4.XII.1989(pACA70133);SerradoCavem,emmatinho do Sul, faz.dasAlmas, insilvula humida, fl.,P.Buck sobre rocha de encosta, arvoreta com espinhos, fru- s.n.,1.1945(pACA26385). PassoFundo, FLONA, com tos verdes, M. L.Porto etalii 2177, 29.Y.1976 (ICN flores, S.J.Longhi &1.N.C.Marchiori 538,5XI. 1985 31232). Santiago, Rincão dosCardoso, inventário de (HDCF 1867). Pelotas, s.l., Irmão Augusto s.n., nativas(am.4/sn),comfloresefrutos,1.N.C.Marchiori 26.1.1941 (ICN 19708); napraça emfrente aoestádio & S.J. Longhi s.n., 13.x.1981 (HDCF 825). Santa Boca-do- Lobo, arvoreta ca. 6-7m, frutos marrom- Maria, PassodoArenal,estéril,R.Beltrãos.n.,9.1.1953 avermelhados,1.N.C.Marchiroris.n.,4.Y.20ü7(HDCF (SMDB 758);EstaçãoExperimental deSilvicultura, R. 5730).Pinheiro Machado, PedrasAltas,freqüente em Beltrão s.n., s.d. (SMDB 904); Campus da UFSM, capoeiras e matas ralas da região, estéril, J.N.C. Jardim Botânico, flores imaturas, E. Gressler s.n., Marchiori s.n., 25.1.1984 (HDCF); ibidem, Cerro da 13.x.20ü0 (SMDB 8884). Santa Vitória doPalmar, Guarda, comfrutos, 1.N.C.Marchiori s.n., 15.Y.1984 Curral doArroio, arvoreta ca. de 4,5m, em borda de (HDCF 1531).Piratini, Cancelão, emcampo nabeira mata, frutos imaturos, verdes, 1.A. Jarenkow s.n, da estrada, fr., N. R. Bastos 103 & R. Wasum s.n., 25.V.1989(pEL 11432).Santana da BoaVista, Passo 9.1Y.1991 (PACA 70732); faz. São João, sobre solo dos Neves, B. Irgang et alli s.n., 27.IX.1985 (ICN arenoso com afloramento degranito, fr.,N.R.Bastos 66271); em mata comAraucária, nabeira daestrada, 112&R. Wasums.n.,8.IY.1991 (pACA70725);ibidem, BR-392, arvoreta ca.2,5m, com frutos, madeira cole- junto aafloramento de rochas graníticas em campo, tada, 1.N.C.Marchiori s.n.,4.Y.2007 (HDCF 5731). p.àcasa, agrupamento de 3-4 árvores, ca. de4m, fr., São Borja, Estância Bonita, Mato das Guajuviras, N.R.Bastos 111,R.Wasum&S. Diesels.n.,8.IV.1991 margem adentro, árvores ou arvoretas, com ou sem (PACA 70726); fértil, R. Záchia 3297, 19.Ill.1999 espinhos, com flores e frutos elípticos carnosos, R. (SMDB 7039); SerradasAsperezas, BR-293,p.àdivi- Záchia s.n.,4.x.1993 (PACA74202). São Francisco sacom Pinheiro Machado, árvore ca. de 4m,junto a de Paula, Floresta Nacional, T. Gracia s.n., II.1977 pequeno agrupamento de árvores, em encosta pe- (ICN32946).SãoGabriel, faz.SantaCecília,insilvula dregosa, flores esverdeadas, J.A. Jarenkow s.n, humida, ster., B.Rambo s.n., 1.1944 (PACA 25640). 19XU989 (PEL 11605). Quaraí, faz. do Jarau, in São Martinho da Serra, Rincão dos Trindade, com silvula humida, ster., B. Rambo s.n., 1.1945 (PACA frutos imaturos, N. S. Calgaroto s.n., 16.1Y.2005 26363). Rio Grande, Estação Ecológica doTairn,ár- (SMDB 9872). SãoPedro doSul, SãoLucas, matado vore pequena, ca. de 5m, em beira de mata arenosa, rioIbicuí, árvore ca.de5m,flores amareladas efrutos floresverde-amareladas, J.L.Waechters.n.,08XI. 1986 atropurpúreos, R. Záchia, S. Martins & W. Abreu (PEL 9611); ibidem, arvoretaca. de4m, nocapão em 3128, 13.XI.1998 (SMDB 6916). São Vicente doSul, 24 mata ciliar dorioIbicuí, estéril, J.N.C. Marchiori s.n., rosos (28,2 % do total), extremamente baixos a 17.IV.1981(HDCF 176). Tupanciretã, in silvula muito baixos (67,5-239-960 jim), com 2-8-33 campestri,ster.,B.Rambo s.n.,28.I.l942 (pACA9576). células eextremamente finos (7,5-10,4-15 11m). Uruguaiana, com frutos, G.D. Zanetti s.n., lI.1996 Raios multisseriados, em sua maioria (SMDB 6441). Vacaria, Capão daCaveira, emmata tetrasseriados (26,5 %) ou com mais de quatro com Araucária, R. Záchia 1127, 18.VI.1992 (PACA células de largura (23 %), menos comumente 72162); faz. da Ronda, in silvula humida, ster., B. bisseriados (13,3 %) e trisseriados (9 %); vari- Rambo s.n..,1O.I.l947(pACA35ü13). amdemuito baixos atéaltos(122-569-1187 11m), com 4-27-59 células de altura, ede muito finos DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA afinos (15-36-52 11m),com até 6células de lar- DO LENHO gura. Raios de relacionamento normal, por ve- Anéis de crescimento visíveis, marcados zes axialmente fusionados; raios agregados, au- por estreita faixa de células parenquimáticas no sentes. Células envolventes, esclerosadas, limite doanel decrescimento. Porosidade difusa latericuliformes, mucilaginosas e oleíferas, au- (Figura 3A). sentes; cristais prismáticos deoxalato decálcio, Poros numerosíssimos a extremamente nu- abundantes emcélulas radiais (Figura 3B,C,E,F). merosos (50-82-162/mm2), ocupando 16,2%do Fibras ocupando 38,2 % do volume da ma- volume damadeira; solitários eem múltiplos ra- deira; fibras libriformes muito curtas (390-799- diais de 3a8células. Poros de seção oval, mui- 11011m),estreitas (10-13,7-17,5 11m)edepare- to pequenos a pequenos (27,5-50-75 11m),de des muito espessas (3,7-4,7-6,2 11m).Fibras paredes espessas (2,5-4,8-6,2 11m)ecom abun- septadas e fibras gelatinosas, ausentes (Figura dante conteúdo no cerne. Elementos vasculares 3B,F). muito curtos a curtos (210-298-400 11m),com Outros caracteres: canais secretores, tu- placas de perfuração simples, espessamentos bos laticíferos e taniníferos, líber incluso e espiralados conspícuos eapêndices geralmente estratificação, ausentes; máculas medulares pre- curtos, em uma ou ambas as extremidades. sentes. Pontoações intervasculares alternas, ovais a poligonais, muito pequenas (3-3,6-4 11m); ANÁLISE DA ESTRUTURA ANATÔMICA pontoações raio-vasculares (3-3,4-5 11m)e As principais características anatômicas da parênquimo-vasculares (3-4-6 11m),pequenas e madeira de Scutia buxifolia concordam com arredondadas, semelhantes às intervasculares as referências de Metcalfe eChalk (1972) para (Figura 3A,B,D,F). afanu1ia Rharnnaceae egênero Scutia, incluin- Parênquima axial paratraqueal escasso e do: elementos vasculares curtos eestreitos, com apotraqueal marginal, ocupando 13,6 % do vo- placas de perfuração simples, espessamentos lume da madeira; composto de séries verticais espiralados e pontoações intervasculares alter- não estratificadas, medindo 147,5-266-353 11m nas, muito pequenas; parênquima axial em fai- de altura, com 3-4-8 células; células xasmarginais estreitas; raios baixos, com abun- parenquimáticas axiais retangulares, de32,5-59- dantes cristais; e fibras de pontoações simples, 14311mde altura por 10-15,7-25 11mde largura com paredes muito espessas. Afreqüência mé- (Figura 3B,D,E). dia de raios, observada no material em estudo Raios muito numerosos (l5-21-29/mm), ocu- (21/mm), mostra-se consideravelmente maior do pando 32%dovolume damadeira. Tecido radi- al heterogêneo tipo lI, composto de células que oreferido pelos mesmos autores (4-1O/mm). curtamente procumbentes e células quadradas, Aspecto importante na morfologia dos vasos, a na parte multisseriada, e células eretas e qua- presença de apêndices em elementos vasculares dradas, na margem. Raios unisseriados nume- constitui novidade para o gênero Scutia. 25 FIGURA 3- Aspectos anatômicos damadeira deSeutiabuxifolia Reissek. A- Porosidade difusa, poros solitários eem múltiplos radiais, com conteúdos (v),elimite deanel decrescimento marcado por parênquima marginal (seta), emplano transversal. B- Os mesmos aspectos em maior aumento, mostrando poros de forma oval (v), parênquima paratraqueal escasso (seta), parênquima apotraqueal marginal (pa),raio (r)efibras deparedes muito espessas (f).C-Raio heterogêneo, com corpo de células curtamente procumbentes equadradas (r) eabundantes cristais prismáticos de oxalato de cálcio (seta), em seção longitudinal radial. D- Vasos com espessamentos espiralados (seta), pontoações intervasculares muito pequenas eparênquima paratraqueal (pa), emplano radial; E-Raios muito numerosos, com 1-6células delargura e4-59 células de altura; raios unisseriados abundantes eparênquima axial seriado (seta), emplano longitudinal tangencial. F- Placas deperfuração simples (seta), raios efibras, em plano tangencial. 26 A presença de elementos vasculares curtos senvolvem altas taxas transpiratórias (Alves & e estreitos, embora possa estar relacionada ao Angyalossy-Alfonso, 2000). Igualmente vincu- grupo taxonômico aquepertence aespécie, visto lada ao grupo taxonômico, a presença de que sua ocorrência é comum na maioria dos pontoações intervasculares diminutas é caráter gêneros dafanu1ia, também pode seratribuída à importante para a identificação do gênero especialização xeromórfica. Marchiori & Oli- Scutia. Esta característica, juntamente com a veira-Deble (2007), entre outros autores, expli- presença de parênquima apotraqueal, são as- cam que o valor adaptativo da presença de ele- pectos anatômicos dos mais relevantes para se- mentos vasculares curtos decorre do aumento parar o gênero em questão, dos demais de do número deplacas deperfuração por unidade Rhamnaceae. de volume de madeira, o que favorece a capi- A presença deste conjunto de característi- laridade no xilema. O aumento da segurança cas evoluídas na madeira de Scutia buxifolia devido apresença devasos estreitos resulta, pelo pode serindicativo daposição filogenética rela- menos em parte, da relação inversa que os mes- tivamente mais elevada da farm1ia, mas, tam- mos mantém com afreqüência de poros: poros bém, como anteriormente mencionado, pode re- estreitos geralmente ocorrem em grande núme- sultar de especialização acelerada, decorrente ro, aumentando assim acapilaridade por unida- de um clima árido no passado. Aocorrência de de de volume da madeira. certos caracteres morfológicos, como presença A elevada freqüência de poros e seu agru- de espinhos e folhas pequenas e coriáceas, co- pamento em múltiplos sãocaracterísticas igual- muns em espécies xerófilas, reforça tal inter- mente reconhecidas como estratégias pretação. adaptativas em espécies sujeitas a estresse Apresença abundante decristais prismáticos hídrico, por assegurar a continuidade do fluxo deoxalato decálcio nosraios deScutia buxifolia de água através de vasos adjacentes, no caso concorda com o referido para o respectivo gê- deembolismos locais (Lindorf, 1994). nero (Metcalfe &Chalk, 1972), sendo outro as- Embora observado em muitos gêneros de pecto de valor diagnóstico. Na madeira, foram Rharnnaceae (Metcalfe &Chalk, 1972;Record, ainda observadas máculas medulares; apresen- 1939), apresença deespessamentos espiralados ça deste caráter, todavia, não possui valor pode estar mais relacionada àespecialização na taxonômico, visto que sua origem vincula-se a estrutura anatômica da espécie, decorrente de fatores externos, como geadas, fogo e injúrias condições xéricas no passado, do que ao grupo mecânicas (Denardi, 2004). taxonômico em questão. A elevada percenta- A excelente qualidade da madeira de Scutia gem deespécies com espessamentos espiralados buxifolia (homogênea, dura, pesada e resisten- na parede de vasos em regiões áridas, contribui te à deterioração) justifica-se plenamente por favoravelmente a esta interpretação (Webber, sua estrutura anatômica. Como salientado por 1936; Carlquist, 1966; 1975). Esau (1959), acomposição dolenho, bem como Segundo Metcalfe & Chaik (1972), placas a estrutura e organização de seus elementos de perfuração simples são de ocorrência gene- constituintes, são fatores determinantes para as ralizada nas Rharnnaceae, sugerindo ser esta propriedades físicas da madeira e sua aptidão uma característica conservativa da faIm1ia,não para determinados usos. A presença de fibras vinculada acondições ambientais. Todavia, em com paredes muito espessas, ainda que em vo- certos casos, apresença da mesma pode repre- lume baixo, e de poros de diâmetro pequeno e sentar vantagens adaptativas, uma vez que a paredes espessas, tomam aestrutura anatômica ausência deparedes transversais nos vasos pos- mais dura e pesada. De acordo com Burger & sibilita maior fluxo de seiva: éocaso, por exem- Richter (1991), apresença de abundantes con- plo, de ambientes secos e quentes, onde se de- teúdos no cerne, aliada a estas características, 27 confere grande durabilidade natural ao lenho, DUJARDIN, E.P.EineneueHolz-Zellulosenfaerbung. sobretudo ao cerne, seja por dificultar a pene- Mikrokosmos, n.53,p.94, 1964. tração de agentes bióticos (principalmente fun- ESAU, E.Anatomia vegetal.Barcelona: Omega, 1959. gos, insetos e bactérias) causadores de apodre- 729p. cimento edeterioração, seja por tornar amadei- JOHNSTON, M.c.;SOARES, M.A F.Rarnnáceas. ra tóxica ou pouco palatável aos mesmos. A In:Reitz, R.Flora Ilustrada Catarinense. ltajaí: ocorrência de porosidade difusa contribui para Herbário Barbosa Rodrigues, 1972.50p. a homogeneidade da madeira, uma vez que os KRAUS, J.E.;ARDUIN, M.Manual Básico deMé- poros encontram-se uniformemente distribuídos todos em Morfologia Vegetal. Rio de Janeiro: no anel de crescimento. Por outro lado, a pre- EDUR, 1997.198p. sença de raios largos e abundantes pode expli- LINDORF, H. Eco-anatomical wood features of car a tendência natural da madeira em rachar- species from a very dry tropical forest. IAWA se com a secagem, por tratar-se de tecido frá- Bulletin, v.15,p. 361-376,1994. gil, menos lignificado. MARCHIORl, J.N.c.;OLIVEIRA-DEBLE,A S.Ana- tomia damadeira dasubtribo Baccharinae Less.: REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS tendências ecológicas de ordem taxonôrnica e ecológica. Balduinia, n. 11,p.9-15, 2007. ALVES, E. S.; ANGYALOSSY-ALFONSO, V. MARCHIORl, J.N. C.Estudo anatômico doxilema Ecological trends inthe wood anatomy ofsome brazilian species: growth rings andvessels. IAWA secundário de algumas espécies dos gêneros Bulletin, v.21,p.3-30,2000. Acacia e Mimosa, nativas no Estado do Rio BASTOS, N.R.AfamiliaRhamnaceaeR. Br.noRS: Grande do Sul. 1980. 186f. Dissertação gêneros Condalia CavoeScutia Comm. 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