UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL ANÁLISE PROBABILÍSTICA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO, SOB ESTADO PLANO DE TENSÃO, ATRAVÉS DO MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS MAURO DE VASCONCELLOS REAL Tese apresentada ao corpo docente do Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como parte dos requisitos para a obtenção do título de DOUTOR EM ENGENHARIA. Porto Alegre Julho de 2000 Esta tese foi julgada adequada para a obtenção do título de DOUTOR EM ENGENHARIA e aprovada em sua forma final pelo orientador e pelo Programa de Pós- graduação em Engenharia Civil. _____________________________________ Prof. Américo Campos Filho Orientador _____________________________________ Prof. Francisco de Paula S. L. Gastal Coordenador do PPGEC BANCA EXAMINADORA - Prof. Américo Campos Filho (Orientador) Dr. - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Brasil - Prof. Eduardo M. R. Fairbairn Docteur Ingénieur - Université de Paris VI - France - Prof. Jorge Daniel Riera PhD - Princeton University - USA - Prof. Sérgio Roberto Maestrini PhD – North Carolina State University - USA ii Dedico este trabalho à minha esposa Beatriz e aos meus filhos Eduardo e Antônio. iii AGRADECIMENTOS Ao Prof. Américo Campos Filho, pela dedicada orientação. Ao colega Prof. José Milton de Araújo, pela sincera amizade e valiosas sugestões. A todos que de alguma forma colaboraram para a realização deste trabalho. iv SUMÁRIO LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... ix LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................... . xi LISTA DE SÍMBOLOS .................................................................................................. . xvi RESUMO .......................................................................................................................... . xiv ABSTRACT ..................................................................................................................... .. xv 1 – INTRODUÇÃO ......................................................................................................... .... 1 2 – ANÁLISE DE PROBLEMAS DE ESTADO PLANO DE TENSÃO ................... .... 6 2.1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ .... 6 2.2 – CONFIGURAÇÕES E DEFORMAÇÕES .............................................................. .... 8 2.3 – O PROBLEMA DAS TENSÕES ............................................................................. .. 12 2.4 – O PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS ..................................................... .. 15 3 – APLICAÇÃO DO MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS ............................. .. 22 3.1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ .. 22 3.2 – ELEMENTOS FINITOS PARA O CONCRETO .................................................... .. 22 3.2.1 – Geometria do elemento ....................................................................................... .. 21 3.2.2 – O campo de deslocamentos ................................................................................. .. 24 3.2.3 – O campo de deformações .................................................................................... .. 27 3.2.4 – Definição das tensões ........................................................................................... .. 32 3.2.5 – Definição das forças atuantes ............................................................................. .. 33 3.2.6 – O Princípio dos Trabalhos Virtuais ................................................................... .. 35 3.2.7 – Material elástico-linear no regime de pequenas deformações ......................... .. 37 3.2.8 – Matriz de rigidez do elemento ............................................................................ .. 39 3.3 - ELEMENTOS FINITOS PARA A ARMADURA ............................................... .. 40 3.3.1 – Modelo incorporado ............................................................................................ .. 40 3.3.2 – Formulação geométrica ....................................................................................... .. 41 3.3.3 – Determinação dos trechos da armadura ........................................................... .. 45 3.3.4 – Funções de forma para os elementos da armadura .......................................... .. 47 3.3.5 – Matriz de rigidez e vetor de ações nodais para a armadura ........................... .. 49 3.3.6 – Modelo não-linear geométrico para a armadura ............................................. .. 53 v 3.4 – SOLUÇÃO DO SISTEMA DE EQUAÇÕES NÃO-LINEARES ........................... .. 55 3.4.1 – O método de Newton-Raphson padrão .............................................................. .. 55 3.4.2 – O método de Newton-Raphson modificado ....................................................... .. 57 3.4.3 – O método BFGS ................................................................................................... .. 59 3.4.4 – O algoritmo incremental-iterativo ..................................................................... .. 61 4 – MODELOS CONSTITUTIVOS DOS MATERIAIS ............................................. .. 63 4.1 – MODELO CONSTITUTIVO BIDIMENSIONAL PARA O CONCRETO ............ .. 63 4.1.1 – Equação constitutiva bidimensional ortotrópica .............................................. .. 63 4.1.2 – Deformação uniaxial equivalente ....................................................................... .. 64 4.1.3 – Critério de ruptura de KUPFER e GERSTLE ................................................. .. 66 4.1.4 – Deformação correspondente à tensão máxima ................................................. .. 67 4.1.5 – Curvas uniaxiais equivalentes ............................................................................ .. 69 4.1.6 – Procedimento iterativo ........................................................................................ .. 71 4.2 – MODELO PARA O CONCRETO FISSURADO .................................................... .. 71 4.2.1 – Critério de fissuração .......................................................................................... .. 72 4.2.2 – Equação constitutiva ortotrópica ....................................................................... .. 72 4.2.3 – Deformação uniaxial equivalente ....................................................................... .. 73 4.2.4 – Colaboração do concreto entre fissuras............................................................. .. 73 4.2.5 – Módulo de deformação por corte reduzido ....................................................... .. 74 4.3 – MODELO PARA O CONCRETO ESMAGADO ................................................... .. 75 4.3.1 – Critério de esmagamento .................................................................................... .. 75 4.3.2 – Equação constitutiva ortotrópica ....................................................................... .. 76 4.3.3 – Deformação uniaxial equivalente ....................................................................... .. 76 4.3.4 – Comportamento do concreto pós-esmagamento ............................................... .. 76 4.4 – EQUAÇÃO CONSTITUTIVA NO SISTEMA GLOBAL X0Y ............................. .. 77 4.4.1 – Cálculo das direçõs dos eixos de ortotropia ...................................................... .. 77 4.4.2 – Transformação das deformações do sistema xoy para os eixos de ortotropia.. 79 4.4.3 – Transformação das tensões dos eixos de ortotropia para o sistema xoy ........ .. 80 4.4.4 – Equação constitutiva no sistema xoy .................................................................. .. 81 4.5 – MODELO CONSTITUTIVO PARA O AÇO ......................................................... .. 81 5 – COMPROVAÇÃO EXPERIMENTAL DO MODELO ........................................ .. 83 5.1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ .. 83 vi 5.2 – VIGAS DE CONCRETO ARMADO ...................................................................... .. 84 5.3 – PILARES ESBELTOS DE CONCRETO ARMADO ............................................. .. 93 5.3.1 – Pilares de GOYAL e JACKSON ........................................................................ .. 93 5.3.2 – Pilares de CLAESON e GYLLTOFT ................................................................ .. 96 5.3.3 – Viga-coluna de Zürich ......................................................................................... .. 97 5.4 – VIGA-PAREDE DE CONCRETO ARMADO ........................................................ .. 99 6 – SIMULAÇÕES – O MÉTODO DE MONTE CARLO .......................................... 102 6.1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 102 6.2 – GERAÇÃO DAS PROPRIEDADES ALEATÓRIAS DA ESTRUTURA .............. 103 6.3 – GERAÇÃO DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS GAUSSIANAS ............................. 103 6.4 – GERAÇÃO DO CAMPO ESTOCÁSTICO DAS PROPRIEDADES DO CONCRETO ..................................................................................................... 109 6.4.1 – Definição das propriedades médias e coeficientes de variação ....................... 109 6.4.2 – Campo estocástico bidimensional: o método da representação espectral ...... 110 6.4.3 – Introdução da correlação existente entre as propriedades do concreto ......... 116 6.5 – GERAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DA ARMADURA ............... 118 6.6 – GERAÇÃO DAS PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DA ESTRUTURA .......... 118 6.7 – CARREGAMENTO ................................................................................................. 120 6.8 – O MÉTODO DE MONTE CARLO ......................................................................... 121 6.9 – ANÁLISES ESTATÍSTICAS .................................................................................. 123 7 – TESTES PARAMÉTRICOS .................................................................................... 125 7.1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 125 7.2 – PARÂMETROS AVALIADOS ............................................................................... 125 7.2.1 – Propriedades do concreto ................................................................................... 125 7.2.2 – Propriedades da armadura ................................................................................. 132 7.2.3 – Propriedades geométricas ................................................................................... 133 7.3 – ESTUDO DE VIGAS ............................................................................................... 136 7.4 – ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS PARA AS VIGAS ............................ 150 7.4.1 – Flecha sob carga de serviço das vigas ................................................................ 150 7.4.2 – Carga de ruptura das vigas ................................................................................ 155 7.5 – ESTUDO DE PILARES MODERADAMENTE ESBELTOS ................................ 155 7.6 – ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS PARA OS PILARES ........................ 166 vii 7.6.1 – Resposta carga-deslocamento dos pilares.......................................................... 166 7.6.2 – Carga de ruptura dos pilares .............................................................................. 170 8 – APLICAÇÕES ........................................................................................................... 171 8.1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 171 8.2 – ÍNDICE DE CONFIABILIDADE β ........................................................................ 172 8.3 – ANÁLISE PROBABILÍSTICA DE VIGAS ............................................................ 174 8.4 – ANÁLISE PROBABILÍSTICA DE PILARES ........................................................ 193 9 – CONCLUSÕES .......................................................................................................... 214 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 219 viii LISTA DE TABELAS TABELA 5.1 – Resistência à compressão do concreto e propriedades geométricas das vigas de DECANINI ........................................................................... 85 TABELA 5.2 – Tensão de escoamento do aço e propriedades da armadura ...................... 86 TABELA 5.3 – Comparação da carga de ruptura medida experimentalmente com o valor determinado pelo modelo, para as vigas de DECANINI ................. 92 TABELA 5.4 – Comparação entre a carga de ruptura teórica e a experimental para 26 pilares ensaiados por GOYAL e JACKSON ....................................... 95 TABELA 7.1 – Variações das dimensões de vigas: MIRZA e MacGREGOR (1982) ....... 134 TABELA 7.2 – Variações das dimensões em pilares: MIRZA e MacGREGOR (1982) .... 135 TABELA 7.3 – Variações das dimensões de vigas e pilares: UDOEYO e UGBEM (1995) ..................................................................... 135 TABELA 7.4 – Propriedades mecânicas dos materiais para as vigas ................................. 138 TABELA 7.5 – Dimensionamento à flexão para as vigas VA, VB e VC ........................... 138 TABELA 7.6 – Armadura transversal (estribos) para as vigas VA, VB e VC ................... 139 TABELA 7.7 – Propriedades mecânicas médias dos materiais para as vigas VA, VB e VC ................................................................................ 139 TABELA 7.8 – Parâmetros e distribuições de probabilidade das variáveis aleatórias analisadas, para as vigas VA, VB e VC .................................................... 143 TABELA 7.9 – Resultados dos testes paramétricos para a viga VA .................................. 147 TABELA 7.10 – Resultados dos testes paramétricos para a viga VB ................................. 148 TABELA 7.11 – Resultados dos testes paramétricos para a viga VC ................................. 149 TABELA 7.12 – Propriedades mecânicas dos materiais para os pilares PA, PB e PC ....... 156 TABELA 7.13 – Dados do dimensionamento dos pilares PA, PB e PC, à flexo-compressão normal ...................................................................... 158 TABELA 7.14 – Propriedades mecânicas médias dos materiais para os pilares PA, PB e PC ................................................................................. 158 TABELA 7.15 – Parâmetros e distribuições de probabilidade das variáveis aleatórias analisadas, para os pilares PA, PB e PC .................................................. 160 TABELA 7.16 – Resultados dos testes paramétricos para o pilar PA ................................ 163 TABELA 7.17 – Resultados dos testes paramétricos para o pilar PB ................................. 164 TABELA 7.18 – Resultados dos testes paramétricos para o pilar PC ................................. 165 ix TABELA 8.1 – Propriedades mecânicas dos materiais para as vigas V1, V2 e V3............ 175 TABELA 8.2 – Dimensionamento à flexão das vigas V1, V2 e V3 ................................... 176 TABELA 8.3 – Dimensionamento ao esforço cortante para as vigas V1, V2 e V3 ........... 176 TABELA 8.4 – Combinações de ações para os Estados Limites de Serviço ...................... 177 TABELA 8.5 – Verificação dos Estados Limites de Serviço para as vigas V1, V2 e V3 .. 178 TABELA 8.6 – Parâmetros e distribuições de probabilidade das variáveis aleatórias analisadas para as vigas V1, V2 e V3 ....................................................... 180 TABELA 8.7 – Análise da flecha sob carga de serviço das vigas V1, V2 e V3 ................. 185 TABELA 8.8 – Análise estatística da carga de ruptura das vigas V1, V2 e V3 ................. 187 TABELA 8.9 – Definição do carregamento para as viga V1, V2 e V3 .............................. 192 TABELA 8.10 – Análise de confiabilidade para as vigas V1, V2 e V3 ............................. 192 TABELA 8.11 – Propriedades mecânicas dos materiais para os pilares analisados ........... 194 TABELA 8.12 – Dimensionamento dos pilares com λ = 26, de P1 a P9 ........................... 195 TABELA 8.13 – Dimensionamento dos pilares com λ = 52, de P10 a P18 ....................... 195 TABELA 8.14 – Dimensionamento dos pilares com λ = 78, de P19 a P27 ....................... 196 TABELA 8.15 – Parâmetros e distribuições de probabilidade das variáveis aleatórias consideradas para os pilares de P1 a P27 ................................................. 197 TABELA 8.16 – Definição do carregamento para pilares com λ = 26 .............................. 203 TABELA 8.17 – Definição do carregamento para pilares com λ = 52 .............................. 203 TABELA 8.18 – Definição do carregamento para pilares com λ = 78 .............................. 204 TABELA 8.19 – Análise de Confiabilidade para os pilares com λ = 26 (P1 a P9) ............ 205 TABELA 8.20 – Análise de Confiabilidade para os pilares com λ = 52 (P10 a P18) ........ 206 TABELA 8.21 – Análise de Confiabilidade para os pilares com λ = 78 (P19 a P27) ........ 206 x
Description: