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Análise Espectral em Espaços de Hilbert PDF

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Análise Espectral em Espaços de Hilbert 00 Au == -oo Análise Espectral em espaços de Hilbert Copyright© EDUEPB A reprodução não autorizada desta publicação, por qualquer melo, seja total ou parcial, constitui violação da Lei nº 9.610/98. A EDUEPB segue o acordo ortográfico da Lfngua Portuguesa de J 990, em vigor no Brasil, desde 2009. Editora da Universidade Estadual da Parafüa I Cidoval Morais de Sousa Diretor I Arão de Azevêdo Souza Editor Assistente de projetos visuais I Antonio Roberto F. da Costa Editor Assistente de Conteúdo Design Gráfico Erick Ferreira Cabral Jefferson Ricardo Lima Araujo Nunes Lediana dos Santos Costa Leonardo Ramos Araujo Coordenação de Distribuição e Livraria Júlio Cézar Gonçalves Põrto Comercialização Álisson Albuquerque Egito Felipe Gomes Marques Divulgação Zoraide Barbosa de Oliveira Pereira Revisão Linguística Elizete Amaral de Medeiros Normalização Técnica Jane Pompilo dos Santos Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme decreto nº 1.825, de 20 de dezembro de 1907. FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL· UEPB 515.722 M672a Miranda, Manuel Milla. Análise Espectral em espaços de Hilbert. / Manuel Milla Miranda, Marivaldo Pereira Matos (Colaborador). - Campina Grande: EDUEPB, 2013. 307p. ISBN: 978 -85 -7879 - 161 -2 - EDUEPB ISBN: 978 -85 -7861 -238-2 - Livraria da Física I. Teorema espectral. 2. Matemática. 3. Integral Hilbertiniana. I. MATOS, Marivaldo Pereira. Título. 21. ed. CDD A las clases oprimidas de mi pueblo con la certeza de que el futuro les pertencerá. Prefácio Começaremos fazendo um resumo da evolução do que hoje se denomina teorema espectral para um operador. Ele em sua forma embrionária aparece no problema elementar de Geometria, da redução de uma cônica a seus eixos principais. Vejamos este problema no caso de n dimensões. Seja E um espaço vetorial sobre IR com produto interno(·,•) e {e e en} uma base 1, 2, .•• , de E. Se x E E, então x = I:::~ xiei, sendo os escalares xi as componentes 1 escalares do vetor x com relação à base fixada. Seja a(x, y) a forma bilinear simétrica sobre Ex E: Ln a(x, y) = aijXiYj, aij = aji (1) i,j=l Então, o problema de redução da forma quadrática a(x, x) a seus eixos prin cipais consiste em determinar uma base ortonormal {e;, e;, · · · , e~} de E e escalares a a tal que a( x, x) se escreva como: 1, 2, ... , O'.n n n L L a(x, x) = aix/, x = xI-eI- i i i=l i= l Seja A o operador simétrico de E definido pela matriz (aij), então de (1) temos: a(x, y) = (Ax, y) (2) Sejam Ài, Ã , . .. , /' \nos va1 o res pro, pn.o s deA e e"1, e"2, . . . , en" seus respecti·v os 2 vetores próprios, isto é, Ae? = Àief. Estes vetores próprios formam uma base ortonormal de E. De ( 2) resulta: n n a(x,x) = (Ax,x) = Í:Àíx72, X -- "L 'X1i 1 e1i1 i=l i= l Assim, concluímos que o problema de redução da forma quadrática a(x,x) a seus eixos principais é equivalente ao problema de determinar os valores próprios e vetores próprios de A. O conjunto {Ài, Ã , .•. , Àn} dos valores próprios de A denomina-se o es- 2 pectro de A. Seja Pi a projeção de E sobre o subespaço gerado por et, i = 1, 2, ... , n. Então: i-/=j (3) (4) n (5) A determinação das projeções Pi satisfazendo (3)-(5) é o que se denomina o teorema espectral para A. Vejamos no caso de dimensão infinita. Mais precisamente, consideremos um espaço de Hilbert H sobre C, de dimensão infinita, com produto interno (·, •), e A um operador auto-adjunto não limitado de H, que para facilitar a compreensão da exposição, o supor-nos-emos tendo a propriedade: (Au,u) > a(u,u), V u E D(A) (6) onde a é uma constante positiva e D(A) denota o domínio de A. Suponhamos que o inverso de A é um operador compacto de H. iVIostraremos (Capítulo 3) que A possui uma coleção enumerável de vetores próprios O < À1 < À2 < ... , com ,\11 (cid:157) oo, quando v (cid:157) oo, e seus respectivos vetores próprios (W 11 )11EN formam um conjunto ortonormal completo de H, que verificam: 00 Au = ~ À (u, w11)w11, \/u E D(A) 11 11=1 Se P11u = (u, w11)w11, isto é, P11 é a projeção de H sobre o subespaço gerado por w11, decorre então: vf. µ (7) 00 (8) 00 Au = ~ ,\11P11u, Vu E D(A) (9) 11= 1 Tal como no caso de dimensão finita, a determinação das projeções Pv satis fazendo (7)-(9) é o que se denomina teorema espectral para A. Obtemos de (9) L00 (Au, v) = Àv{([P1 + P2+ ... + P ]u, v)- ([P + P2 + ... + Pv-1]u, v)} (10) 11 1 ll=l para todo u E D(A) e v E H, sendo Po = O. Construímos a seguinte família (EÀ)>.ER de projeções ortogonais de H : O se - oo < À < À1 P1 se À1 < À < À2 P1 + P2 se À2 < À < À3 E>..= 1: Então, (10), escreve-se como: (Au, v) = ,\d(E,u, v), Vu E D(A), v EH, (11) onde o segundo membro é a integral de Stieltjes da função f(À) = À com relação à função de variação limitada Puv(À) = (EÀu, v). No caso geral, isto é, quando A é um operador auto-adjunto não limitado de H, A, sem nenhuma outra restrição, também é válido um resultado do tipo (11). Assim, mostraremos (Capítulo 5) que existe associado ao operador A uma família (EÀ)>..ER de projeções ortogonais de H verificando: E>,. < Eµ para À < µ, isto é, (E>..u, u) < (Eµu, u), Vu E H (12) E>,.u (cid:157) O quando À (cid:157) -oo, E>..u (cid:157) u quando À (cid:157) oo, Vu E H (13) 1: E>..u é contínua pela direita, Vu E H (14) (Au, v) = ,\d(E,u, v), Vu E D(A), Vv EH (15) onde Puv(À) = (E>-.u, v) é uma função de variação limitada. A determinação da família espectral (E>-.heR de projeções ortogonais de H verificando (12) (15) é denominada teorema espectral para A e a igualdade (15), decomposição espectral de A ou também representação espectral de A. Simbolicamente, utiliza-se a not1açã:o : A= ÃdE; para resumir (12)-(15). Aqui termina nosso comentário sobre a evolução histórica do teorema espectral para um operador. Podemos generalizar este teorema fazendo uso do conceito de integral hilbertiana, mas não explicita remos esta generalização pois foge ao caráter introdutório destas notas. A seguir, vejamos uma aplicação do resultado exposto. De posse do teorema espectral para A, podemos definir (Capítulo 5) o operador J(A) para f (À), À E :IR, uma função numérica pertencente a uma certa classe. 1: Este operador é definido da seguinte forma: (f(A)u, v) = J(>.)d(E>-.u, v), Vu E D(f(A)), Vv EH. Assim, para A satisfazendo a restrição (6), podemos definir ft(A) = costA21 , onde ft(>.) = cos(t>.½) para>. > O e ft(>.) = O para>. < O. Analogamente, definimos gt(A) = sentA½. Mostra-se (ver Browder [4]) que a solução do problema de evolução: u"(t) + Au(t) = O, t > O ' __ ddut) (u u(O) = u u'(O) = ui, 0, é a função vetorial u : [O, oo) --+ H dada por (16) Observe que a solução u(t) do problema em equações diferenciais or dinárias, isto é, Au = au, operador multiplicação por a, u"(t) + au(t) = O, t > O (a constante positiva) u(O) = u u'(O) = ui, 0, é a função escalar: = 1 + 1 1 u(t) u cos a2t u1a-2sena2t. 0 Daremos dois exemplos típicos de operador A nas condições descritas. r Seja H = L2(0), O um aberto do Rn. Se O é limitado com fronteira 2:Z: regular e A é o operador -~ = - 1 ;:2, x = (x1, x2, ... , Xn) E Rn, com r, i = -~ + vetores u E D(A) anulando-se em obtém-se (7)-(9). Se A I e = O Rn, obtém-se (12)-(15). Observe que neste último caso, A não possui valor próprio. O problema (* ) no primeiro caso tem a forma: 82u(x, t) at - 6u(x, t) = O, X E 0 , t > 0 2 u(x, t) = O, X E r , t > 0 au U( X, 0) = Uo (X), at (X, 0) = U1 (X), X E S1 e a solução vem dada por OO 1 l u(x, t) = L[(uo, wv)cos>.3t + (u1, wv)>.:2 sen>.½t]wv(x) v=l (ver Medeiros-Milla Miranda [15] e Medeiros-Andrade [13]), a qual é um caso particular de (16). No segundo caso, o problema ( *) escreve-se como 2 8 ua(t X, t) - uA. U ( X, t ) + U ( X, t ) = Ü, X E m~n , t > 0 2 u(x, O) = uo(x ), Ut(x, O) = ui (x ), x E IRn. As aplicações do teorema espectral para um operador são diversas, como por exemplo nos problemas inversos e na mecânica quântica. Concluíremos nossa explicação sobre as aplicações dizendo que o estudo da decomposição espectral de um operador é fundamental para a análise dos problemas em equações diferenciais, ordinárias ou parciais. Estas notas têm como objetivo principal a obtenção do teorema espec tral, para operadores auto-adjuntos não limitados em espaços de Hilbert, e a construção do respectivo cálculo funcional. A parte das aplicações destes resultados não são oferecidas e ficamos em débito com o leitor, uma vez que é possível consultar as referências mencionadas anteriormente, bem como Lions [9] e Medeiros-Milla Miranda [18], ambas para problemas não lineares. Três métodos são usualmente utilizados para obtenção da decomposição espectral de um operador. Estes são: de Stone [22], que faz uso das inte grais singulares (ver também Huet [6]); de Von Neumann [20], que utiliza a transformada de Cayley (ver também Riesz-Nagy [21]); e o de Riesz [21]. Seguiremos o método de Riesz por condiderá-lo elegante, geral e de fácil com preensão. Neste método, ele segue as mesmas ideias de sua construção da integral de Lebesgue. No Capítulo !,apresentamos os elementos básicos que serão utilizados posteriormente. No Capítulo 2, demonstramos o teorema espectral para ope radores compactos simétricos, estudamos as equações integrais e resolvemos o problema de Sturm-Liouville. No Capítulo 3, determinamos operadores auto adjuntos não limitados segundo o método de J.L. Lions [8] e aplicamos estes resultados na resolução de problemas de contorno. Também neste capítulo, de posse do teorema espectral do capítulo anterior, obtemos a decomposição espectral de operadores auto-adjuntos não limitados com espectro discreto. Igualmente, construímos o cálculo funcional para estes operadores e damos uma formulação variacional para a obtenção de seus valores próprios. No Capítulo 4, demonstramos o teorema espectral para operadores simétricos limitados. No Capítulo 5, usando os resultados do Capítulo 4, estudamos o teorema espectral para operadores auto-adjuntos não limitados. Também construímos o cálculo funcional para estes operadores e analisamos seu espec tro e resolvente. Dois apêndices completam estas notas, um sobre o teorema espectral para operadores unitários e o outro sobre este teorema para ope radores normais. Estes foram redatados pelos colegas Osmundo Alves de Lima e Aldo Bezerra Maciel, aos quais agradecemos. Observemos que vários resultados deste texto foram extraídos de Medeiros [12]. Para a leitura destas notas o leitor do conhecimento dos principais teore mas de Análise Funcional. Nos exemplos, utilizamos os resultados básicos de

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