ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS CONSIDERANDO INCERTEZAS NA DEFINIÇÃO DOS EVENTOS BÁSICOS Salvador Simões Filho TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA CIVIL. Aprovada por: RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL SETEMBRO DE 2006 SIMÕES FILHO, SALVADOR Análise de Árvore de Falhas Considerando Incertezas na Definição do Eventos Básicos [Rio de Janeiro] 2006 XXII, 277 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, D.Sc., Engenharia Civil, 2006) Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE 1. Análise de Árvore de Falhas 2. Incertezas I. COPPE/UFRJ II. Título ( série ) ii Aos meus pais: Salvador Simões (in memorian) e Maria J. T. Simões. À minha esposa: Márcia E. M. L. Simões. Ao meu anjo: Gabriel. iii AGRADECIMENTOS. Por ter a oportunidade de conviver: - em ambientes de excelência como são os da COPPE/UFRJ e PETROBRAS. - e ser orientado pelo Professor Edison Castro Prates de Lima, D.Sc. um expoente da Engenharia da Confiabilidade no Brasil. - e ter aprendido Engenharia da Confiabilidade de Sistemas com: Dr. Edison Castro Prates de Lima COPPE/UFRJ Dr. Paulo Fernando F. Frutuoso e Melo COPPE/UFRJ Dr. Dimitri B. Kececioglu ARIZONA UNIVERSITY Dr. Pantelis Vassiliou RELIASOFT CORPORATION Dr. Luiz Fernando Seixas de Oliveira DNV/PRINCIPIA - e ter aprendido Engenharia da Confiabilidade de Sistemas com vários gerentes e profissionais da PETROBRAS e de empresas afins. - com corpo técnico e administrativo da COPPE/UFRJ/CIVIL e do LAMCE - Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia - pelos suportes técnico e humano. A DEUS, o criador, por tudo. iv As sem-razões do amor, 1985 (Livro: Amar se aprende amando) Eu te amo porque te amo, Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, Toada do Amor, 1930 na cachoeira, no eclipse. (Livro: Alguma poesia) Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. E o amor sempre nessa toada! Eu te amo porque não amo briga perdoa perdoa briga. bastante ou demais a mim. Não se deve xingar a vida, Porque amor não se troca, a gente vive, depois esquece. não se conjuga nem se ama. Só o amor volta para brigar, Porque amor é amor a nada, para perdoar, feliz e forte em si mesmo. amor cachorro bandido trem. Amor é primo da morte, Mas, se não fosse ele, também e da morte vencedor, que graça que a vida tinha? por mais que o matem (e matam) Mariquita, dá cá o pito, a cada instante de amor. no teu pito está o infinito. Carlos Drummond de Andrade (31/10/1902 - 17/08/1987) AMAR Amar é se entregar sem querer nada em troca. Amar não é para qualquer um é para quem vive na Luz. Amar é chegar a Deus que está dentro de nós. Amar primeiro a nós para depois amar o próximo. Amar é se maravilhar com a Vida para depois amar o mundo. Só pode amar quem vive no Amor. Salvador Simões Filho em 27/01/2003 v Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Doutor em Ciências (D.Sc.) ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS CONSIDERANDO INCERTEZAS NA DEFINIÇÃO DOS EVENTOS BÁSICOS Salvador Simões Filho Setembro / 2006 Orientador: Edison Castro Prates de Lima Programa: Engenharia Civil. O uso de programas de análise de árvore de falhas, que não dispõem de recursos para considerar incertezas na definição dos valores dos eventos básicos, leva o usuário a fornecer valores médios para definição dos eventos básicos de forma a obter o valor médio do evento topo. O presente trabalho propõe uma metodologia alternativa bastante mais rápida, eficiente e mais fácil de aplicar do que o método de Monte Carlo tradicional para ser utilizada em exemplos práticos de engenharia submarina. Por outro lado, a metodologia computacional proposta pode ser programada como um pós-processador, independente dos programas de árvore de falhas existentes no mercado. Deste modo a análise de incertezas do evento topo pode ser feita a partir dos dados dos cortes mínimos da árvore de falhas que é normalmente fornecido pelos referidos programas. A vantagem deste tipo de programação é sua versatilidade, ou seja, ela pode ser utilizada em conjunto com quaisquer programas de árvore de falhas disponíveis no mercado e possuir a capacidade de facilmente se adaptar as novas versões dos mesmos, sem a necessidade de ter de se trabalhar com os fontes destes programas que geralmente são inacessíveis. vi Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Science (D.Sc.) ANALYSIS OF FAULT TREE CONSIDERING UNCERTAINTIES IN THE DEFINITION OF THE BASIC EVENTS Salvador Simões Filho September / 2006 Advisor: Edison Castro Prates de Lima Department: Civil Engineering. The use of softwares of fault tree analysis, that they don't have resources to consider uncertainties in the definition of the values of the basic events, it takes the user to supply medium values for definition of the basic events in way to obtain the medium value of the top event. The present work proposes a enough alternative methodology faster, efficient and easier of applying than Monte Carlo's method traditional to be used in practical examples of subsea engineering. On the other hand, the proposed computacional methodology can be programmed as a post-processor, independent of the softwares of fault tree existent in the market. This way the analysis of uncertainties of the top event can be made starting from the data of the minimum cuts of the fault tree that it is usually supplied by the referred softwares. The advantage of this programming type is its versatility, in other words, it can be used together with any softwares of fault tree in the market and to have the capacity of easily to adapt the new versions of the same ones, without the need of having to work with the sources of these softwares that are usually inaccessible. vii SUMÁRIO DESCRIÇÃO PÁGINA CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO.....................................................................................................1 CAPÍTULO II – CONFIABILIDADE DE SISTEMAS...............................................................11 II.1 Resumo Histórico...................................................................................................................11 II.2 Teoria de Confiabilidade de Sistemas....................................................................................23 II.3 Metodologia de FT..................................................................................................................43 CAPÍTULO III – FTA COM INCERTEZAS NA PROBABILIDADE DOS EVENTOS BÁSICOS (Caso Estático)............................................................................................................52 III.1 Introdução..............................................................................................................................52 III.2 FT Equivalente de Cortes Mínimos.......................................................................................59 III.3 Metodologia Computacional Proposta (MCP)......................................................................60 III.4 Comparação e Validação com a Rotina de Monte Carlo (RMC) Implementada no MathCad........................................................................................................................................73 III.5 Rotina CALIFT e Softwares Comerciais...............................................................................77 CAPÍTULO IV – ANÁLISE DE FT COM INCERTEZAS NA TAXA DE FALHA E TEMPO DE REPARO DOS EVENTOS BÁSICOS (Caso Dinâmico).......................................81 IV.1 Introdução..............................................................................................................................81 IV.2 Metodologia Computacional Proposta (MCP)......................................................................86 IV.3 Comparação e Validação com a Rotina de Monte Carlo (RMCMG) Implementada no MathCad...................................................................................................................................98 IV.4 Análise dos Resultados........................................................................................................103 IV.5 Análise de Sensibilidade.....................................................................................................118 IV.6 Conclusões..........................................................................................................................124 CAPÍTULO V – ESTUDO DE CASO PRÁTICO DA FT DE FALHAS DO MANIFOLD SUBMARINO DE PRODUÇÃO - MSP-1............................................................126 V.1 Introdução.............................................................................................................................126 V.2 Descrição do Sistema Manifold Submarino de Produção....................................................127 V.3 Análise Quantitativa de Confiabilidade................................................................................132 V.4 Utilizando da RMCPMR no MSP-1.....................................................................................141 V.5 Verificação da Hipótese do Teorema do Limite Central para o Evento Topo.....................145 V.6 Conclusões............................................................................................................................146 viii CAPÍTULO VI – CONCLUSÕES FINAIS................................................................................147 CAPÍTULO VII – SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS..............................................149 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................150 APÊNDICES:..............................................................................................................................157 Apêndice 1 - RMCP - RMC e RMC2.........................................................................................158 Caso: UNIFORME......................................................................................................................159 Caso: NORMAL..........................................................................................................................164 Caso: RMC2, Teste de Hipótese para Verificação do Teorema do Limite Central....................169 Apêndice 2 - Rotina CALIFT em FORTRAN90 para o Cálculo do Intervalo de Confiança da Probabilidade do Evento Topo de FT...................................................................173 Apêndice 3 - RMCPMG – RMCMG...........................................................................................182 Caso Geral Nº1 1600h - 240h - N=20000, Caso Geral Nº2 1600h - 740h - N=20000 e Caso Geral Nº3 1600h - 1440h - N=20000.................................................................................184 Caso Geral Nº4 1600h - 240h - N=40000, Caso Geral Nº5 1600h - 740h - N=40000 e Caso Geral Nº6 1600h - 1440h -N=40000..................................................................................197 Caso Geral Nº7 200h - 240h - N=20000, Caso Geral Nº8 200h - 740h - N=20000 e Caso Geral Nº9 200h - 1440h - N=20000...................................................................................203 Caso Geral Nº10 200h - 240h - N=40000, Caso Geral Nº11 200h - 740h - N=40000 e Caso Geral Nº12 200h - 1440h - N=40000.................................................................................209 Apêndice 4 - FT do MSP-1 do Trabalho Original.......................................................................215 Apêndice 5 - RMCPMR - RMCMR e RMCR2..........................................................................242 Caso prático da FT do Manifold MSP-1, tempo de t=8760h......................................................244 Caso prático da FT do Manifold MSP-1, tempo de t=200h........................................................255 Caso: RMCR2, Teste de Hipótese para Verificação do Teorema do Limite Central, com o tempo de t=200h.......................................................................................................................267 ix ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Arquitetura de Softwares Comerciais Modernos de FT Capítulo 1 Figura 2 - Idéias Relacionadas ao Conceito de Confiabilidade Capítulo 2 Figura 3 - Métodos de Análise (Indução e Dedução) Capítulo 2 Figura 4 - FT E e OU Capítulo 3 Figura 5 - FT Equivalente de Cortes Mínimos Capítulo 3 Figura 6 - FT do Sistema de Proteção de um Reator de Potência do Relatório WASH-1400, RASMUSSEN [48] Capítulo 3 Figura 7 - FT Equivalente de Cortes Mínimos - Parte 1 2 (dois) cortes de 1ª ordem, que são: 1° (K1) e 2º (K2) Capítulo 3 Figura 8 - FT Equivalente de Cortes Mínimos - Parte 2 5 (cinco) cortes de 2ª ordem, que são: 3° (K3), 4° (K4), 5° (K5), 6° (K ) e 7° (K ) Capítulo 3 6 7 Figura 9 - FT Equivalente de Cortes Mínimos - Parte 3 2 (dois) cortes de 3ª ordem, que são: 8° (K8) e 9° (K9) Capítulo 3 Figura 10 - Ajuste Gráfico para Verificação da Normalidade da Amostra Capítulo 3 Figura 11 - Indisponibilidade Instantânea do Caso Prático Geral Nº1 (t=1600h, θ=240h), calculados através da RMCPMG Capítulo 4 Figura 12 - Indisponibilidade Instantânea do Caso Prático Geral Nº1 (t=1600h, θ=240h), calculados através da RMCMG Capítulo 4 Figura 13 - Médias da Indisponibilidade Instantânea do Caso Prático Geral Nº1 (t=1600h, θ=240h), calculados através da RMCPMG e RMCMG Capítulo 4 Figura 14 - Desvios Padrões da Indisponibilidade Instantânea do Caso Prático Geral Nº1 (t=1600h, θ=240h), calculados através da RMCPMG e RMCMG Capítulo 4 Figura 15 - Médias e Desvios Padrões da Indisponibilidade Instantânea do Caso Geral Nº1, calculados através da RMCPMG e RMCMG Capítulo 4 Figura 16 - Médias e Desvios Padrões da Indisponibilidade Instantânea do Caso Geral Nº2, calculados através da RMCPMG e RMCMG Capítulo 4 x
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