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ana maria macedo PDF

201 Pages·2017·1.67 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Faculdade de Ciências e Letras Campus de Araraquara ANA MARIA MACEDO A HETEROGENEIDADE SOCIODISCURSIVA DA ESCRITA EM TEXTOS JORNALÍSTICOS BRASILEIROS E PORTUGUESES DO SÉCULO XXI ARARAQUARA – SP 2017 ANA MARIA MACEDO A HETEROGENEIDADE SOCIODISCURSIVA DA ESCRITA EM TEXTOS JORNALÍSTICOS BRASILEIROS E PORTUGUESES DO SÉCULO XXI Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Linguística e Língua Portuguesa, da Faculdade de Ciências e Letras – Unesp/Araraquara, como requisito à obtenção do título de Doutora em Linguística e Língua Portuguesa. Linha de pesquisa: Análise fonológica, morfossintática, semântica e pragmática. Orientadora: Profa. Dra. Angélica Terezinha Carmo Rodrigues. Bolsa: CAPES ARARAQUARA – SP 2017 ANA MARIA MACEDO A HETEROGENEIDADE SOCIODISCURSIVA DA ESCRITA EM TEXTOS JORNALÍSTICOS BRASILEIROS E PORTUGUESES DO SÉCULO XXI Data da defesa: 27/09/2017 MEMBROS COMPONENTES DA BANCA EXAMINADORA: _________________________________________________________________________ Presidenta e Orientadora: Profa. Dra. Angélica Terezinha Carmo Rodrigues Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Faculdade de Ciências e Letras, Câmpus de Araraquara – SP _________________________________________________________________________ Membro Titular: Profa. Dra. Rosane de Andrade Berlinck Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Faculdade de Ciências e Letras, Câmpus de Araraquara – SP _________________________________________________________________________ Membro Titular: Profa. Dra. Maria Helena de Moura Neves Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Faculdade de Ciências e Letras, Câmpus de Araraquara – SP / Universidade Presbiteriana Mackenzie – SP _________________________________________________________________________ Membro Titular: Prof. Dra. Cibele Naidhig de Souza Universidade Federal Rural do Semiárido ‒ UFERSA _________________________________________________________________________ Membro Titular: Profa. Dra. Talita de Cássia Marine Universidade Federal de Uberlândia – MG Local: Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências e Letras UNESP – Campus de Araraquara AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus, imaterialidade concreta, concretude imaterial que me deu a vida, a fé, a coragem para continuar mesmo quando perdida nos labirintos da existência. Aos seres de luz que me guiaram. A todos que passaram pela minha vida durante os últimos quatro anos e deixaram diferentes rastros em minha vida e meu coração. Professora Angélica, que foi orientadora e amiga. O primeiro rastro foi o da surpresa pela possibilidade de entrevista, rastro de mudança de rumos na pesquisa. Depois surgiram outros rastros: de conversas, orientação segura, empurrões, passeios e risadas. Professora Rosane Berlinck, que deixou muitos e diferentes rastros: como professora, o rastro sutil que apontava o caminho apenas pela vontade de seguir. Pelos diversos momentos de solícita contribuição, indicação de leitura, conversas pacientes, deixou pegadas luminosas na pesquisa e no coração. Professora Maria Helena de Moura Neves, que deixou pegadas com setas em que estava escrita a seguinte frase: mantenha o foco. Olhei meus rastros que formavam diferentes figuras geométricas e decidi fazer um mapa em que houvesse uma rota sem zigue- zague. Tentei manter o foco. Professora Sanderléia, que deixou rastros cheios de pontos de interrogação, perguntas que me levaram a pensar em como responder. Aos meus amigos, Alexandre Mexia, principal responsável pela pesquisa. Sem sua indicação de motivo para me qualificar, eu não teria sequer elaborado um projeto. Leonardo Arctico, amigo de todas as horas, que dividiu o tempo sendo cajado em alguns momentos e, em outros, luz. Aos meus pais, que mesmo sem estudos, sempre incentivaram os filhos a estudar. Aos meus irmãos, presenças mesmo nas ausências. Olhares distantes em oração. À colega Eliana Almeida, pela primeira leitura do projeto e pelo incentivo a continuar. Ao colega e amigo Joil Antonio da Silva, pelo ouvido atento e solícita atenção em todas as horas em que precisei. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Linguística e Língua Portuguesa, da FCLAr pelas valiosas aulas que, mesmo quando não ajudaram diretamente na pesquisa, contribuíram para minha formação geral. Aos funcionários do setor de Pós-Graduação da FCLAr, pela presteza em esclarecer as dúvidas. À CAPES, pela bolsa que me permitiu domiciliar em Araraquara e ter mais acesso a livros e eventos. A ciência é um jogo. Um jogo com suas regras precisas. Como o xadrez. No jogo de xadrez, não se admite o uso das regras do jogo de damas. Nem do xadrez chinês. Ou truco. Uma vez escolhido o jogo e suas regras, todos os demais são excluídos. As regras do jogo da ciência definem uma linguagem. Elas definem, primeiro, as entidades que existem dentro dele. As entidades do jogo de xadrez são um tabuleiro quadriculado e as peças. As entidades que existem dentro do jogo linguístico da ciência são, segundo Carnap, “coisas físicas”, isso é, entidades que podem ser ditas por meio de números. Esses são os objetos do léxico da ciência. Mas a linguagem define também uma sintaxe, isso é, a forma como suas entidades se movem. Os movimentos das peças do xadrez são definidos com rigor. E assim também são definidos os movimentos das coisas físicas do jogo da ciência. [...] A ciência é coisa muito boa – dentro de seus precisos limites. Quando transformada na única linguagem para se conhecer o mundo, entretanto, ela pode produzir dogmatismo, cegueira e, eventualmente, emburrecimento (ALVES, 2002). Pode-se observar que o meu mundo é o da cultura escrita. Só me sinto em casa quando estou na ilha do alfabeto. Compartilho essa ilha com muitos que não sabem ler ou escrever, mas cuja mente, como a minha, pertence basicamente à cultura escrita. E, como eu, são ameaçadas pela traição daqueles clérigos que dissolvem as palavras dos livros em apenas um código de comunicação. (ILLICH, 1995). Os falantes – as pessoas comuns e os poetas – vivem a linguagem (NEVES, 2012). RESUMO Esta tese tem como objetivo descrever a norma linguística usada por jornais brasileiros e portugueses no século XXI. A partir dos diferentes conceitos de norma, problematizamos as pesquisas sobre a escrita que a descrevem como norma única, descurando da heterogeneidade que a constitui enquanto língua em uso. Tomamos também a noção de poder simbólico que parece contribuir para manter a divisão entre fala e escrita desde os primeiros estudos sobre oralidade e letramento, associando escrita ora a norma culta ora à norma-padrão. Para isso nos valemos dos estudos de autores das ciências sociais, entre os quais estão Havelock (1996a[1963] 1996b[]), Ong (1987), Goody (1986, 2012), como autores da grande divisão proporcionada pela escrita, de linguistas como Coseriu (1973), Rey (2001), Aléong (2001) e Faraco (2002, 2008) sobre norma, Neves (2000, 2003, 2010, 2012), sobre aspectos referentes às escolhas gramaticais, Chaparro (2008), para abordar os aspectos históricos nos países pesquisados e também de Bourdieu (1974, 1998), que nos ajudou a refletir sobre o poder simbólico da escrita enquanto um artefato cultural e os poderes de distinção que o domínio dessa técnica produz no meio acadêmico e reverbera no meio social. Defendemos a tese de que a língua sob forma escrita é constitutivamente heterogênea, por ser língua em uso, logo, social e histórica. As reflexões apresentadas nesta pesquisa envolvem uma abordagem interdisciplinar para a discussão sobre escrita, o que implica considerar as diferentes ordens a partir das quais a escrita é discutida: como tecnologia e como manifestação da língua. Partindo de trabalhos de diversas áreas que discutem a relação entre fala e escrita, comparamos características atribuídas à escrita com a escrita de jornais brasileiros e portugueses, o que nos levou a questionar a designação marca da oralidade para elementos constantes em texto de uma instituição letrada como o jornal. Nossas análises nos permitiram afirmar que a escrita nos jornais observados diverge do que é apresentado como escrita, levando a uma discussão acerca da heterogeneidade que constitui os textos enquanto língua sob forma escrita. Concluímos, portanto, que determinadas estruturas e elementos linguísticos são descritos como próprios da fala por questões relacionadas aos valores sociais atribuídos à escrita, como norma explícita (ALEONG, 2001) e norma-padrão (FARACO, 2002), cujo valor simbólico atua mais fortemente para atribuir à escrita apenas os traços considerados mais distintivos socialmente. Palavras-chave: escrita, norma, português brasileiro, português europeu. ABSTRACT This dissertation aims to describe the linguistic norm used by Brazilian and Portuguese newspapers in the 21st century. Departing from different concepts of norm, we problematized researches on writing that describe it as a single norm, which neglect the heterogeneity that constitutes it as a language in use. We also consider the notion of symbolic power, seeming to contribute for maintaining the division between speech and writing since the earliest studies on orality and literacy, associating writing either with the cultured norm or with the standard norm. For this, we used the studies by authors in social sciences, among them Havelock (1996a [1963], 1996b), Ong (1987), Goody (1986, 2012); authors on the great division installed by writing, such as linguists Coseriu (1973), Rey (2001), Aléong (2001) and Faraco (2002, 2008); and on a normative perspective, Neves (2000, 2003, 2010, 2012) who discusses grammatical choices, Chaparro (2008) to objectify the historical aspects in the countries surveyed and also Bourdieu (1974, 1998), who helped us to reflect on the symbolic power of writing as a cultural artifact and the powers of distinction, seeing what the domain of this technique produces in the academic environment and reverberates in the social environment. We defend the thesis that language in written form is constitutively heterogeneous by being a language in use, therefore, social and historical. The reflections presented in this research involve an interdisciplinary approach to the discussion about writing, which implies considering the different orders from which writing is discussed as a technology and manifestation of the language. Based on studies from several areas that discuss the relationship between speech and writing, we compared characteristics attributed to writing, by Brazilian and Portuguese newspapers’ writings, leading us to question the designation of “orality mark” for constant elements in texts from a literate institution, such as the newspaper. Our analyses allowed us to affirm that writing in the observed newspapers differs from what is presented as written, which led us to a discussion about the heterogeneity that constitutes texts as written language. We conclude that certain structures and linguistic elements are described as specific to speech for issues related to social values attributed to writing, as an explicit norm (ALEONG, 2001) and standard norm (FARACO, 2002), whose symbolic value acts more strongly to attributing to writing only the traits which are considered more socially distinctive. Key-words: Writing, Norm, Brazilian Portuguese, European Portuguese. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Valores paramétricos comunicativos de carta privada .................................. 69 Figura 2 – Valores paramétricos comunicativos de sermão ........................................... 70

Description:
BOURDIEU, P. (1975), « Le fétichisme de la langue ou l'illusion du communisme linguistique », Actes de la recherche Rick e Renner. VII semestre de Letras. Fonte: adaptado de Lúzio e Rodrigues (2009). São classificados como marcas da oralidade elementos de diferentes níveis, como se vê no
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