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Ana Frazão PDF

517 Pages·2017·3.47 MB·English
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Ana Frazão (Org.) CONSTITUIÇÃO, EMPRESA E MERCADO Universidade de Brasília Faculdade de Direito Brasília 2017 Universidade de Brasília Faculdade de Direito Grupo de Estudos Constituição Empresa e Mercado (GECEM) Organização: Ana Frazão Diagramação e Edição: Angelo G. P. Carvalho Revisão: Izabela W. D. Patriota Capa: Angelo G. P. Carvalho. FRAZÃO, Ana (Org.). Constituição, Empresa e Mercado. Brasília: Faculdade de Direito- UnB, 2017. ISBN: 978-85-87999-05-4. 1. Direito e poder econômico. 2. Empresa. 3. Concorrência. SUMÁRIO Apresentação ..................................................................................................................... 1 PARTE I O papel do direito na conformação e regulação da empresa e dos mercados Direito antitruste e direito anticorrupção: pontes para um necessário diálogo .............. 4 Ana Frazão Acordo de leniência no âmbito da lei anticorrupção ...................................................... 30 Arby Ilgo Rech Filho A eficiência da camaradagem: os laços como requisitos da “eficiência” no capitalismo brasileiro ......................................................................................................................... 48 Carlos Eduardo Reis Fortes do Rego Poder compensatório, função social e concorrência: um olhar individualizado sobre o cooperativismo ............................................................................................................... 69 Giselle Borges Alves Análise de impacto regulatório (air) e economia comportamental: novas perspectivas para o Estado regulador ................................................................................................. 94 Guilherme Silveira Coelho Limites da relação entre o direito e a teoria econômica no controle antitruste ............ 114 Luiza Kharmandayan Arbitragem, governança e poder econômico ................................................................. 139 Maria Augusta Rost PARTE II Empresa, poder econômico e atividade econômica em suas dimensões organizacionais e funcionais Governança corporativa das distribuidoras de energia elétrica: aportes ao processo de regulação........................................................................................................................ 155 Acácio Alessandro Rêgo do Nascimento Responsabilidade social empresarial ........................................................................... 200 Ana Frazão Angelo Gamba Prata de Carvalho A tutela jurisdicional coletiva do investidor no mercado de capitais brasileiro: o papel do Ministério Público ........................................................................................................ 224 Fernando Antônio de Alencar Alves de Oliveira Júnior Indicações (a)políticas para os conselhos de administração das estatais? .................. 265 Giovanna Bakaj Rezende Oliveira Algumas questões da utilização de contratos associativos como fuga da regulação ambiental ...................................................................................................................... 280 Jorge Aranda Ortega Fundos de investimentos: a influência nos mercados e os mecanismos de responsabilização dos administradores ....................................................................... 300 José Ricardo Alves Ferreira da Silva Capitalismo de estado brasileiro: análise da transição regulatória no setor petrolífero ...................................................................................................................................... 322 Izabela Walderez Dutra Patriota Benefit corporations: possíveis novas perspectivas para a dimensão prática da função social da empresa no direito brasileiro ........................................................................ 340 Marcos Luiz dos Mares Guia Neto Novas fronteiras da empresa e joint ventures contratuais: perspectivas sobre a partilha de responsabilidade entre as empresas co-ventures .................................................... 358 Natália Lacerda Macedo Costa Multas são suficientes para evitar novos cartéis? Reflexões sobre remédios antitruste e penas no Direito Concorrencial ..................................................................................... 381 Tereza Cristine Almeida Braga PARTE III Empresa, tecnologia, comunicação e mercado O Uber e a proteção do trabalhador em face da automação .................................... 408 Frederico Gonçalves Cezar Tecnologia, “novos serviços” e direito: reflexões a partir da introdução do Uber no Rio de Janeiro .......................................................................................................................... 433 Gabriel Miranda Ribeiro A radiodifusão brasileira e o direito à comunicação: características, diagnósticos e possíveis caminhos ....................................................................................................... 467 Luana Chrystyna Carneiro Borges O poder da comunicação e o direito da concorrência: análise da joint venture Newco ....................................................................................................................................... 491 Polyanna Vilanova APRESENTAÇÃO O presente livro é resultado do esforço conjunto de pesquisa desenvolvido por mim e pelos alunos de Mestrado e Doutorado da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília – UnB que frequentaram minha disciplina – Arquitetura Jurídica dos Mercados – no primeiro semestre de 2016. Como fica claro pelo próprio nome, o objetivo da matéria é compreender o papel do direito na viabilização e organização da atividade econômica, especialmente no que diz respeito à conformação das empresas e dos mercados. Tal tarefa obviamente requer uma prévia reflexão metodológica sobre as relações entre direito e economia, a fim de compreender as funções que o direito pode ou deve exercer para viabilizar e estimular a atividade econômica, bem como para limitar ou desincentivar determinados comportamentos, no intuito de assegurar o cumprimento de princípios constitucionais e normas jurídicas que veiculam valores de preservação necessária. Neste ponto, a disciplina é estruturada a partir das preocupações centrais do GECEM – Grupo de Estudo Constituição, Empresa e Mercado –, que é frequentado por muitos dos alunos da disciplina. O grupo, que desenvolve suas atividades há anos, tem como eixo fundamental o exame da arquitetura jurídica dos mercados a partir de uma perspectiva inter e transdiciplinar, com forte foco na economia, na sociologia econômica e em outras ciências sociais. O objetivo das discussões e análises é compreender não apenas a lógica dos fenômenos econômicos, como também as consequências práticas da regulação jurídica. Entretanto, no que diz respeito à economia, procura-se trabalhar com posturas que possam ir além da ortodoxia dominante, buscando alternativas mais abertas e flexíveis para a compreensão do fenômeno econômico, que possam conciliar a análise consequencialista com outros juízos e racionalidades fundamentais para o discurso jurídico, dentre os quais a incorporação dos princípios constitucionais da ordem econômica. A presente obra foi pensada a partir da reunião dos artigos de diversos autores em torno dos três principais eixos que estruturam o GECEM: (i) o primeiro deles, denominado “O papel do direito na conformação e regulação da empresa e dos mercados” busca refletir sobre o papel do direito na estruturação da atividade econômica e do poder econômico a nível macroscópico, 1 procurando investigar os meandros das relações entre agentes econômicos e de que maneira o direito pode ser operacionalizado para promover os princípios constitucionais da ordem econômica. A maior ênfase das reflexões do eixo se dá nas perspectivas principiológicas e metodológicas. (ii) o segundo eixo, chamado “Empresa, poder econômico e atividade econômica em suas dimensões organizacionais e funcionais”, procura analisar as diversas formas de organização da atividade econômica e as maneiras pelas quais a regulação jurídica e a autorregulação podem ser empregadas para a consecução de determinadas finalidades e para a administração de riscos e responsabilidades. Ainda que apresente vários pontos comuns com o primeiro, este eixo tem viés mais organizativo e pragmático. (iii) por fim, o terceiro eixo, “Empresa, tecnologia, comunicação e mercado”, vem apresentar os desafios a serem enfrentados pelo direito com o advento das tecnologias da informação e comunicação e sobretudo com o crescimento do fenômeno da economia compartilhada. Abarca pesquisas tanto com foco mais principiológico e metodológico, como também com foco mais organizativo e pragmático. Apesar de terem sido agrupados em função do principal eixo a que aderem, o leitor poderá observar que o elemento comum a todos artigos é provocar e lançar discussões e questões importantes, muito mais do que buscar respostas prontas que, no mais das vezes, são simplificações incompatíveis com a complexidade dos assuntos que ora são discutidos. Trata-se de uma proposta conjunta de abrir novas fronteiras para a necessária reflexão sobre as perspectivas da regulação jurídica diante de uma atividade econômica cada vez mais importante, complexa e sofisticada. Ana Frazão Professora de Direito Civil e Comercial da Universidade de Brasília 2 PARTE I O papel do direito na conformação e regulação da empresa e dos mercados 3 DIREITO ANTITRUSTE E DIREITO ANTICORRUPÇÃO PONTES PARA UM NECESSÁRIO DIÁLOGO Ana Frazão Advogada e Professora de Direito Civil e Comercial da Universidade de Brasília – UnB. Ex-Conselheira do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica (2012-2015). Ex-Diretora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (2009-2012). Graduada em Direito pela Universidade de Brasília – UnB, Especialista em Direito Econômico e Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, Mestre em Direito e Estado pela Universidade de Brasília – UnB e Doutora em Direito Comercial pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP. Líder do GECEM – Grupo de Estudos Constituição, Empresa e Mercado. I. INTRODUÇÃO Muito se discute na atualidade sobre os meios mais adequados e eficazes de regulação dos mercados, a partir da constatação de que a regulação jurídica tradicional, concentrada apenas em normas estatais que impõem obrigações coercitivas, não é mais suficiente para, sozinha, assegurar que os agentes econômicos se comportem adequadamente. Há que se buscar, portanto, outros mecanismos para a construção e a manutenção de um ambiente de negócios em que a competição pelo mérito seja a regra, objetivo que só pode ser alcançado por meio do efetivo controle sobre práticas anticoncorrenciais e de corrupção. Nesse sentido, as Leis Antitruste (Lei nº 12.529/2011) e Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) representam, sem dúvida, grandes avanços no objetivo de prevenção e de punição de ilícitos antitruste e de atos de corrupção, especialmente por viabilizarem a responsabilização civil e administrativa de pessoas jurídicas, sem prejuízo da responsabilização cumulativa das pessoas naturais que agiram em nome daquelas. Entretanto, salvo em algumas esferas específicas, como a que diz respeito ao acordo de leniência, pouco se tem discutido sobre os aspectos comuns ao ilícito antitruste e à corrupção e em que medida essa interpenetração deve se refletir em uma maior 4

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Izabela Walderez Dutra Patriota. Benefit corporations: .. III. PERSPECTIVA PARA O DIÁLOGO ENTRE O DIREITO ANTITRUSTE E. O DIREITO ANTICORRUPÇÃO A PARTIR DOS PRINCÍPIOS DO DIREITO OSBORNE, M. J. An Introduction to Game Theory, Oxford University Press, New York,.
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