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Ana Claudia Ayres Patitucci PDF

293 Pages·2008·1.18 MB·Portuguese
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP ANA CLAUDIA AYRES PATITUCCI O HOMEM TRÁGICO DE FREUD DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO São Paulo 2008 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP ANA CLAUDIA AYRES PATITUCCI O HOMEM TRÁGICO DE FREUD DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em Ciências da Religião, área de concentração: Fundamentos das Ciências da Religião, sob a orientação do Prof. Dr. Luiz Felipe Pondé . São Paulo 2008 COMISSÃO JULGADORA ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ À Pitxo Falconi. À Nilce Cesar Patitucci (in memorian) AGRADECIMENTOS Agradeço, uma vez mais, ao sempre amigo e orientador Prof. Dr. Luiz Felipe Pondé a confiança generosa e a possibilidade de seguir compartilhando reflexões e conhecimentos preciosos. Agradeço, especialmente, à Maria Cristina Guarnieri, pela dedicação e cuidado na revisão formal e formatação e à Maria José Caldeira do Amaral pelas discussões e correções finais, contribuições sem as quais não seria possível finalizar a tese. Agradeço à Luciana Lafraia pela leitura atenta e cuidadosa na revisão do texto; à Renata Odorissio pelo auxílio com a língua francesa. Agradeço aos amigos que me apoiaram; e, em especial: à Deborah Cardoso, pelo apoio fundamental; à Mônica Cardoso e família pela disposição em carregar os muitos livros. À Marcela e Maurício Prado pela contribuição bibliográfica e estímulo; à Didiana Prata, Danielle Breyton, Cristina Franch, Thaís Costa, Danit Pondé, Jussara e Fernando Ahmed pelo constante incentivo. À Cida Aidar pela contribuição indispensável. À Isabel Vilutis, cuja escuta de muitos anos foi fundamental para que esse trabalho viesse à luz. Aos colegas do NEMES, Núcleo de Estudos em Mística e Santidade, pelas discussões que de forma direta ou indireta contribuíram para esse trabalho. Aos meus pais Rubens e Dalva Patitucci, pelo apoio, retaguarda e incentivo. Ao Mauro Patitucci, pelos socorros eletrônicos. Às minhas queridas Mariana e Isadora Patitucci, pela enorme paciência, compreensão e torcida, o meu muito obrigado. Por fim, agradeço ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências da Religião da PUCSP pelo fomento à pesquisa, sem o qual ela não teria sido possível. Há quanto tempo já está sentado sobre o teu infortúnio? Cuidado! Ainda chocarás um ovo, um ovo de basilisco de tua demorada miséria. Nietzsche, Fama e eternidade, In Ditirambos de Dionísio. Quem sonha dilatar o seu quinhão de vida além do circunscrito não passa de um guardião da estupidez. Longos dias engendram muito à beira-dor. O deleite, como visualizá-lo, quando se cai no além-devido? Tânatos, Isoterminal, é um bálsamo, quando a moira do Hades, sem-himeneu, sem-lira, sem-coro dançarino aparece enfim! Sófocles, Édipo em Colono. RESUMO Esta pesquisa trata da concepção antropológica trágica contida na teoria freudiana. Ela parte da investigação do trágico como um conceito que descreve a condição humana, desde sua matriz fundada na religião e na tragédia grega e na visão trágica de homem na filosofia de Schopenhauer e Nietzsche. Na religiosidade grega está colocada a ruptura ontológica entre homens e deuses: estes são imortais e aqueles mortais, daí a força e a fragilidade de sua condição. Essa experiência religiosa produziu uma percepção antropológica que os poetas revelaram na tragédia grega. No entender do poeta trágico, o sentido da vida humana era conferido pela relação com os deuses e pela condição mortal, originando a situação trágica do herói. Na filosofia moderna de nossa era o trágico se tornou categoria filosófica. Os elementos que configuraram o homem trágico na narrativa grega se desdobraram na reflexão sobre a condição humana e se transformaram nos temas que caracterizam o trágico existencial: o valor e a finalidade da vida frente ao padecimento da condição mortal, a falibilidade humana, a fragilidade humana e as contradições que desintegram a noção de unidade do mundo e do homem. Nossa hipótese é que Freud, tal como os poetas gregos e os filósofos modernos, concebeu uma visão trágica da condição humana. A intenção dessa pesquisa é fazer, aparelhada pelos repertórios conceituais gregos e filosóficos, a análise da obra freudiana de modo a iluminar o trágico na alma humana e na relação entre homem e cultura, configurando o homem trágico de Freud. Palavras-chave: Religião grega, Tragédia grega, Filosofia trágica, Psicanálise, Freud, Trágico, Condição Humana. ABSTRACT This research deals with the tragic anthropological concept contained in Freudian theory. It focuses on the investigation of tragic as a concern that describes the human condition, from its matrix founded in religion, Greek tragedy and the tragic philosophy of Schopenhauer and Nietzsche. In Greek religiosity, the ontological rupture is placed between men and gods: these are immortal and those mortal ones, hence the strength and fragility of their condition. This religious experiment produced an anthropological perception that the Greek poets presented in the Athenian tragedy. In the view of the tragic poet, the meaning of human life was granted by the relationship with the gods and by the mortal condition, originating the tragic situation of the hero. In the modern philosophy of our era, the tragic has become a philosophical category. The elements that shaped the tragic man in the Greek narrative have unfolded on the reflection of the human condition and transformed into the themes that characterize the existential tragedy: the value and purpose of life in face of the ailment of the mortal condition, the human fallibility, human fragility and the contradictions which disintegrate the notion of unity of the world and man. Our hypothesis is that Freud, such as the Greek poets and modern philosophers, conceived a tragic vision of the human condition. Equipped with the Greek and philosophical conceptual repertoires, the intention of this research is to perform an analysis of the Freudian work in order to enlighten the tragedy in the human soul and the relationship between man and culture, configuring Freud’s tragic human being. Keywords: Greek religion, Greek tragedy, Tragic philosophy, Psychoanalysis, Freud, Tragic, Human Condition. SUMÁRIO Introdução ......................................................................................................................... 11 PARTE I PEQUENA ARQUEOLOGIA DO TRÁGICO Capítulo 1 A RELIGIÃO GREGA E A TRAGÉDIA: configurações da raiz religiosa do trágico ....... 27 1.1 A religião cívica na Grécia Clássica .................................................................. 29 1.2 Os deuses e os heróis: a mitologia grega ........................................................... 41 1.3 Dionísio e sua religião ....................................................................................... 56 1.4 Conclusão: Antropologia religiosa e a raiz religiosa do trágico ....................... 73 Capítulo 2 ANTROPOLOGIA NA TRAGÉDIA GREGA ................................................................... 79 2.1 Atenas no século V: democracia e tragédia ....................................................... 84 2.2 Democracia e tradição sofista: a fundação de uma nova ordem na cidade ....... 92 2.3 O homem trágico na tragédia grega ............................................................. 100 2.4 Conclusão .................................................................................................... 125 PASSAGEM Capítulo 3 O TRÁGICO NA FILOSOFIA: a demarcação de um pensamento ................................ 131 3.1 Origem e problemática do trágico filosófico ................................................. 133 3.2 Filosofia trágica: a condição do homem em Schopenhauer e Nietzsche ...... 146 3.3 Schopenhauer: morte e Vontade na determinação do trágico ...................... 148 3.4 Nietzsche e o trágico ..................................................................................... 154 3.5 Conclusão ...................................................................................................... 177 PARTE I I O HOMEM TRÁGICO DE FREUD Capítulo 4 Origem e fundamento do trágico freudiano .................................................................... 183 4.1 A origem da psicanálise e o gérmen do trágico ............................................. 188 4.2 Más allá del principio de placer: o trágico na teoria das pulsões .................. 204 4.3 Conclusão ........................................................................................................ 214 Capítulo 5 O TRÁGICO NA METAPSICOLOGIA E NA CULTURA........................................... 217 5.1 El yo y el ello: o trágico na anatomia da alma humana ................................ 218 5.2 El malestar en la cultura: o trágico na relação homem e cultura ................. 234 5.3 Conclusão ...................................................................................................... 251 Capítulo 6 FREUD E A TRADIÇÃO TRÁGICA: diálogos sobre a condição humana ................... 255 6.1 Freud e o trágico grego ................................................................................. 256 6.2 Freud e Schopenhauer ................................................................................. 264 6.3 Freud e Nietzsche ........................................................................................ 275 Conclusão ...................................................................................................................... 287 Referências .................................................................................................................... 291

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77 Scarlett Marton diz que Nietzsche conheceu o pensamento de Schopenhauer ao comprar, em 1865, um exemplar de . de Scarlett Marton sobre Nietzsche e na tradução de A visão dionisíaca do mundo. Na tradução La Souffrance et le Tragique: Essais sur le judéo-christianisme, les tragiques,.
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