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L4 - Lote 4 - Edifício Sede CEP: 70800-200 - Brasília - DF - Brasil Telefones: (061) 316-1191 e 316-1222 Fax: (061) 226-5588 e-mail: [email protected] Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília SAS Quadra 5, Bloco H, 2o andar CEP 70070-914 - Brasília - DF Telelefone: (061) 322.2550 Fax: (061) 322-8473 Plano Agropecuário e Florestal do Estado de Rondònia Av. dos Imigrantes s/n, Bairro Costa e Silva Cep 78903-900 - Porto Velho-RO Telefones: (069) 229-1364 e 229-6069 Brasília 1999 Impresso no Brasil Prínted in Brazil Ministério do Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL ™ ESTRR1ÉDIR DE DESEIWLPIDEDTO PFIRFI RO D D ÔDIR EOEO AOBEATO S. BARTHOLO JA. MAACEL BUASZTYN Edições I BA/Vl A Amazônia Sustentável Uma estratégia de desenvolvimento para Rondônia 2020 Esta obra foi realizada com o apoio técnico e financeiro do Planaforo, por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, no âmbito do Projeto Umidas, cujas atividades foram integradas ao Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB. Edição de texto Lia Domelles Norma Azeredo Vitória Rodrigues Projeto gráfico e diagramação Denys Márcio de Sousa Capa Leonardo Bursztyn B287a Bartholo Jr., Roberto S., Bursztyn, Mareei Amazônia sustentável : uma estratégia de desenvolvimento para Rondônia 2020 / Roberto Bartholo Jr. e Mareei Bursztyn. — Brasília : Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1999. ISBN 85-7300-084-8 248 p. 1. Meio Ambiente. 2. Desenvolvimento. 3. Estratégia. 4. Rondônia. 5. Amazônia. 6. População indígena. 7. Ação social. I. Bursztyn, Mareei. II. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. CDU 502.33 (811.1) © U ZoZZZJ O ■HHMH Um dos grandes problemas do nosso país é o pouco apego à memória nacional. Nas políticas públicas, muitas vezes repetimos erros que poderiam ter sido evitados se tivéssemos presente a experiência de ações passadas, suas lições de erros e acertos. E triste reconhecer, mas temos memória curta. Veja-se a nossa negligência em documentar e preservar experiências. Mesmo quando algum esforço tenha sido feito nesta direção, há registro de verdadeiros desastres, como a sistemática destruição de documentos durante o Governo Collor. Naquela ocasião, um património com a memória de planejamento e políticas públicas foi simplesmente descartado como lixo. Este foi o destino, por exemplo, do Núcleo de Documentação de Políticas Regionais do Ipea. Por isso fiquei contente quando Mareei Burstyn e Roberto Bartholo resolveram fazer este livro para documentar o Projeto Umidas, uma experiência de planejamento para o desenvolvimento sustentável aplicada ao estado de Rondônia. Acompanhei de perto o trabalho convocado pelo governo do estado de Rondônia com apoio do PNUD, do Ministério do Planejamento e do Banco Mundial. O trabalho foi implementado pela equipe coordenada pelo Professor Mareei Bursztyn, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, para elaborar o que chamamos então de Projeto Umidas, em analogia ao Projeto Áridas que havíamos realizado no Nordeste. Sem querer distrair o leitor, vale a pena traçar ligeiramente as origens da metodologia Áridas/Umidas. Em fevereiro de 1991, realizou-se em Fortaleza a Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável de Regiões Semi-áridas (Icid), organizada pelo governo do Ceará e pela ONG Fundação Grupo Esquel Brasil, com o objetivo de chamar a atenção para a problemática das regiões semi-áridas do planeta - e do Nordeste particularmente - no contexto da Rio 92, que se realizaria poucos meses depois. Bem-sucedida em seus objetivos, a Icid recomendou AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL a preparação de estratégias de desenvolvimento sustentável para as regiões semi-áridas do planeta. Contudo, não havia metodologias de planejamento que incorporassem a questão da sustentabilidade. O que veio a chamar-se posteriormente Projeto Áridas compreendeu a definição de uma metodologia para o planejamento do desenvolvimento sustentável e a sua aplicação ao caso do Nordeste, bem como ao planejamento estadual de pelo menos seis estados daquela região. Com a continuação, tornou-se claro que o arcabouço metodológico poderia ser generalizado para situações muito diferentes daquelas vigentes nas regiões semi-áridas. Em consequência, quando há dois anos o governo de Rondônia buscou o conselho do Banco Mundial para discutir alternativas para Rondônia, resolveu-se pela realização de um exercício de planejamento para o desenvolvimento sustentável para o Estado, nos moldes do realizado no projeto Áridas. Com as adaptações necessárias, nasceu aí o projeto Úmidas. Mas o que é afinal essa metodologia? Em primeiro lugar, a adoção de um conceito operacional de desenvolvimento sustentável para facilitar a sua tradução no processo de planejamento e de decisão. Desenvolvimento sustentável é aquele cujos efeitos são duráveis ao longo do tempo. A aplicação desta idéia ao planejamento governamental requer sua classificação em, pelo menos, quatro dimensões: económica, ambiental, social e político-institucional. Há conflitos evidentes quando se trata de construir a sustentabilidade em todas estas dimensões, de modo que sempre haverá escolhas a serem feitas. O processo de planejamento busca a construção da sustentabilidade em todas as dimensões. Daí a necessidade de combinar um processo técnico com um processo participatório, este destinado a construir a sustentabilidade política, a busca de consenso para um projeto de desenvolvimento sustentável. O processo é mais importante que o produto. Importa mais a mudança de mentalidade, o envolvimento das pessoas interessadas (stakeholders), a criação de uma visão compartilhada de futuro, a incorporação da dimensão da sustentabilidade em todas as coisas, do que a produção de relatórios. Não que estes não sejam importantes, porque afinal documentam o processo e facilitam a sua continuação. Mas não são o objetivo. 0 processo segue várias fases: a identificação do cenário de sustentabilidade atual, com base em indicadores de sustentabilida e, a análise de sustentabilidade futura, com base nas tendências tendencial); a construção do cenário desejado pela sociedade, com em metodologias de participação que assegurem o máximo^ a representatividade num processo organizado para construir consen 6 AP1AZÔM1A SUSTENTÁVEL identificação de caminhos para desviar a rota do cenário tendencial para o cenário desejado; a implementação e a contínua realimentação. É evidente que a preocupação com a sustentabilidade não se aplica apenas à fase de planejamento, mas sobretudo à implementação das políticas públicas. As implicações para a tomada de decisões sobre novos investimentos, para o funcionamento dos diversos sistemas, para a manutenção da infra-estrutura económica e social, para a preservação do património ambiental e cultural - e particularmente para a governabilidade - são imensas e requerem uma grande mudança nos processos institucionais e nas mentalidades. A equipe do Projeto Umidas percorreu parte deste processo, com amplo envolvimento da sociedade rondoniense. Identificou linhas gerais de ação para conduzir a um futuro desejado de mais sustentabilidade. Provocou um início de mudança de mentalidade, incorporando a preocupação com o longo prazo e com o futuro - mas também com o presente - da população. Reforçou a ênfase na educação como condição para o desenvolvimento, e também identificou o problema da infra-estrutura das cidades como uma questão urgente para melhorar a qualidade de vida. Identificou a reforma do Estado como condição essencial para a governabilidade, para que o Estado possa desempenhar o seu papel na promoção do desenvolvimento sustentável. O elenco de sugestões emanadas do Projeto Úmidas pode ser traduzido em várias alternativas de ação de curto, médio ou longo prazos, incluindo políticas públicas, programas, projetos, a depender das opções políticas que vierem a ser adotadas. Estão de parabéns os professores Roberto Bartholo e Mareei Bursztyn, que em boa hora lançam este importante livro e trazem ao conhecimento do público o relato de uma das mais importantes experiências recentes de planejamento no Brasil. Agora é esperar que as sementes germinem, que as árvores cresçam e dêem bons frutos. Antonio Rocha Magalhães Banco Mundial 7 I Este livro foi escrito com base nos relatórios técnicos produzidos no período de outubro de 1997 a agosto de 1998, no âmbito do Projeto Umidas - uma estratégia de desenvolvimento sustentável para Rondônia 1998 - 2020, uma iniciativa do Governo do estado de Rondônia realizada com apoio técnico e financeiro do programa Planafloro (Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia), por intermédio do PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (projeto BRA/94/ 007). As atividades do Projeto Umidas integraram-se ao Centro do Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Universidade de Brasília, na área de concentração de política e gestão ambiental, na linha de pesquisa de Estado e políticas públicas, dirigida pelo professor Mareei Bursztyn. Os documentos que serviram de base para a elaboração do presente livro foram: a) diagnósticos setoriais e temáticos, elaborados sob a responsabilidade dos seguintes pesquisadores nacionais, com o apoio das correspondentes contrapartes locais: i. aspectos institucionais: Álvaro Lustosa Pires ii. aspectos sociais: Ronaldo Conde Aguiar iii. meio ambiente: Otto Toledo Ribas iv. economia: Roberto S. Bartholo Jr, gênero e infância: Neusa de Castro Zimmermann V. vi. populações indígenas e tradicionais: Maria do Carmo Barcellos e Ana Maria Avelar vii. questões urbanas: Brasilmar Ferreira Nunes b) cenários tendenciais, texto de Roberto S. Bartholo Jr. c) cenário desejado, texto de Roberto S. Bartholo Jr., a partir do material obtido por ampla pesquisa de opinião levada a efeito pela equipe técnica do projeto. d) diretrizes estratégicas, de Mareei Bursztyn e Roberto S. Bartholo Jr., integrando contribuições da equipe técnica da segunda fase do projeto, com destaque para proposições de