AmAzôniAs EM TEMPOS CONTEMPORÂNEOS: ENTRE DIVERSIDADES E ADVERSIDADES JANE FELIPE BELTRÃO PAULA MENDES LACERDA (ORGS.) associação brasileira de antropologia comissão editorial (2015/2016) coordenador presidente Antonio Carlos Motta de Lima (UFPE) Antonio Carlos de Souza Lima (MN/UFRJ) coordenadora adjunta vice-presidente Jane Felipe Beltrão (UFPA) Jane Felipe Beltrão (UFPA) Patrice Schuch (UFRGS) secretário geral Thereza Cristina Cardoso Menezes (UFRRJ) Sergio Ricardo Rodrigues Castilho (UFF) conselho editorial secretária adjunta Andréa Luisa Zhouri Laschefski (UFMG) Paula Mendes Lacerda (UERJ) Antonio Augusto Arantes Neto (UNICAMP) tesoureira geral Carla Costa Teixeira (UnB) Andrea de Souza Lobo (UnB) Carlos Guilherme Octaviano Valle (UFRN) tesoureira adjunta Cristiana Bastos (ICS/Universidade de Lisboa) Patrícia Silva Osorio (UFMT) Cynthia Andersen Sarti (UNIFESP) diretores/as Fábio Mura (UFPB) Carla Costa Teixeira (UnB) Jorge Eremites de Oliveira (UFPel) Carlos Guilherme Octaviano do Valle (UFRN) Maria Luiza Garnelo Pereira (Fiocruz/AM) Júlio Assis Simões (USP) María Gabriela Lugones (Córdoba/Argentina) Patrice Schuch (UFRGS) Maristela de Paula Andrade (UFMA) Mónica Lourdes Franch Gutiérrez (UFPB) Patrícia Melo Sampaio (UFAM) Ricardo Ventura Santos (FIOCRUZ/MN-UFRJ) Ruben George Oliven (UFRGS) Wilson Trajano Filho (UnB) JANE FELIPE BELTRÃO PAULA MENDES LACERDA (ORGS.) EM TEMPOS CONTEMPORÂNEOS: ENTRE DIVERSIDADES E ADVERSIDADES www.portal.abant.org.br universidade de brasília Campus Universitário Darcy Ribeiro – Asa Norte Prédio do ICS – Instituto de Ciências Sociais Térreo – Sala AT-41/29 Brasília – DF cep: 70910-900 telefax: (61) 3307-3754 revisão Patrícia Freitas projeto gráfico e diagramação cip-brasil. catalogação na publicação sindicato nacional dos editores de livros, rj A527 Amazônias em tempos contemporâneos: entre diversidades e adversidades / organização Jane Felipe Beltrão, Paula Mendes Lacerda. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Mórula, 2017. 284 p. : il ; 24 cm. Inclui bibliografia ISBN 978-85-656-7949-7 1. Educação - Amazônia. I. Beltrão, Jane Felipe. II. Lacerda, Paula Mendes. 17-38917 CDD: 370.9811 CDU: 37(811) SUMÁRIO 7 Comunicação entre interlocutores via ABA antonio motta & jane felipe beltrão 8 Amazônias sob novos olhares jane felipe beltrão & antonio carlos de souza lima 10 Entre diversidades e adversidades, Amazônias no plural jane felipe beltrão & paula mendes lacerda PARTE 1 | AMAZÔNIA, HISTÓRIA E DIVERSIDADE 16 Alteridade e consciência histórica: a história indígena em seus próprios termos rhuan carlos dos santos lopes & jane felipe beltrão 27 Entre histórias locais e narrativas oficiais: proposta para uma abordagem sobre a ocupação amazônica a partir das escolas rita de cássia melo santos 42 Comunicação: controle e rebeldia bruno pacheco de oliveira 54 Para o Pará e o Amazonas: látex. Notas sobre as pressões e violações no interior da Amazônia na economia extrativista katiane silva PARTE 2 | MOVIMENTOS SOCIAIS E GÊNERO 82 Movimentos Sociais e escolas: possibilidades de ação conjunta e de fortalecimento mútuo paula mendes lacerda 99 Gênero e sexualidade em sala de aula: um diálogo com estudantes de povos e comunidades tradicionais camille gouveia castelo branco barata & mariah torres aleixo 116 Povos indígenas e igualdade étnico-racial: horizontes políticos para as escolas jane felipe beltrão PARTE 3 | DIREITOS DIFERENCIADOS 132 Educação em Direitos Humanos na escola: subsídios aos docentes e exercício da cidadania assis da costa oliveira 153 “Agora, nós é que decidimos”: o direito à consulta e consentimento prévio rodrigo oliveira PARTE 4 | PROPOSTAS DE TRABALHO 172 Artefatos para o ensino: a pesquisa por meio de práticas criativas com a cultura material thiago lopes da costa oliveira 190 Sobre povos indígenas e diversidade na escola: superando estereótipos rosani de fatima fernandes PARTE 5 | CAMPOS DA DIVERSIDADE E DO PATRIMÔNIO 212 A arqueologia conta histórias clarisse callegari jacques 226 Política indígena e política escolar: interfaces e negociações na implantação da Escola Indígena Pamáali – Alto Rio Negro laise lopes diniz & luiza garnelo PARTE 6 | POVOS INDÍGENAS E SAÚDE 248 A experiência de formação de agentes comunitários indígenas de saúde, à luz das políticas públicas de saúde e da promoção da diversidade cultural luiza garnelo, sully sampaio & ana lúcia pontes 264 Saúde indígena e diversidade no Brasil plural william césar lopes domingues 279 SOBRE OS/AS AUTORES/AS Comunicação entre interlocutores via ABA A Associação Brasileira de Antropologia (ABA) vem há algum tempo tentando iniciar uma coleção de paradidáticos, pois a produção antro- pológica no Brasil, ainda fica demasiadamente encerrada nas univer- sidades, especialmente pela necessidade de formação de novos antro- pólogos na graduação e de complementação dos formados em nível de pós-graduação. Entretanto, desde a formação de indigenistas para a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), ainda nos anos 70 do século passado, à formação em nível de aperfeiçoamento e especialização pre- sencial e a distância de professores da rede pública e particular, vem crescendo a demanda por material acessível aos profissionais que se de- dicam à formação em nível fundamental e médio. A comunicação sobre o que fazem os antropólogos – em universida- des, institutos de pesquisa e demais instituições públicas – direcionada ao grande público, sobretudo como forma de prestação de contas a res- peito da necessidade de tornar o Brasil respeitoso com a diversidade e plural, especialmente quando se trata de Amazônias, é imperiosa. É com satisfação que a ABA reuniu autores/as que pelos trabalhos que desenvolvem podem dizer desde a Amazônia brasileira, trabalhan- do na e pela região, apresentando as diversidades que integram politi- camente o contexto. Esta publicação foi viabilizado pelo projeto Patri- mônio, Diversidade Sociocultural, Direitos Humanos e Políticas Públicas na Amazônia Contemporânea realizado em cooperação entre o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) do Museu Nacional (MN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), cujos participante e coordenadoras se dispuseram a submeter e publicar pelo selo ABA rico material sobre as diversidades e em diálogo com lideranças indígenas, interlocução frutífera que, espe- ra-se, continue no futuro incluindo novos interlocutores. ANTONIO MOTTA & JANE BELTRÃO Editores do selo ABA 7 Amazônias sob novos olhares As políticas públicas no Brasil nem sempre contemplam a diversidade de modos de vida presentes no território nacional e, quando se trata de Amazônia ou Amazônias, as dificuldades de considerar as especifici- dades relativas a direitos étnica e racialmente diferenciados se avolu- mam. Muitas vezes, as dificuldades apontadas produzem efeitos que comprometem as demandas oriundas dos movimentos sociais e os resultados obtidos pela parceria entre os povos tradicionais e os pes- quisadores que se esforçam em criar propostas que indiquem novos caminhos para a educação escolar na Amazônia. O projeto Patrimônio, Diversidade Sociocultural, Direitos Humanos e Políticas Públicas na Amazônia Contemporânea realizado em cooperação entre o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) do Museu Nacional (MN) da Universidade Federal do Rio de Janei- ro (UFRJ) e o Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal do Pará (UFPA) tentou ao longo de seis anos (2011-2016) compreender de forma interdisciplinar as múltiplas estra- tégias de negociação de identidades que se desenham pelos agentes sociais em face dos contextos de mudança acelerada por que passam os cenários urbanos e rurais da Amazônia na contemporaneidade. Para realizar o objetivo, os pesquisadores colocaram foco nas questões rela- tivas ao patrimônio material e imaterial em contextos de enfrentamen- to – velados ou abertos – em territórios tradicionais, em paisagens, em corpos e objetos que ganham importância como focos de negociações de identidades (étnicas, raciais, sexuais e de gênero) e direitos (à dife- rença), ao mesmo tempo em que as políticas públicas revelam as difi- culdades, o despreparo, a surdez interessada do Estado em dar conta da gestão de uma sociedade na qual se clama pelo respeito à diversidade e pela necessidade de observância da pluralidade que nos representa. Durante o período em que recebemos financiamento da CAPES e do CNPq, via PROCAD, muito se realizou em termos de formação e aper- feiçoamento de antropólogos, como proposto no plano inicial, inclusive no que diz respeito à interlocução intercultural. É assim que a coletânea 8
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