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Alternativas Tecnológicas para a Produção de Arroz PDF

71 Pages·2009·0.99 MB·Portuguese
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AGRADECIMENTOS Quero agradecer a todos os que me acompanharam ao longo deste percurso, e que de alguma forma me ajudaram neste trabalho, em particular: Aos meus Pais por manterem a fé em mim e pela certeza de que iria ser capaz de completar esta jornada. Ao Professor Pedro Lynce, orientador desta Dissertação para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Agronómica, pela disponibilidade, sabedoria, paciência e amizade que sempre demonstrou. Ao Sr. José Núncio Cecílio, por nos ter deixado acompanhar as novas metodologias empregues na sua exploração e pela transparência com que nos forneceu os dados das parcelas acompanhadas. Aos Professores José Pimentel Castro Coelho, Francisco Avillez e Francisco Gomes da Silva por toda a ajuda voluntária prestada, pois sem eles este estudo não estaria tão completo. Aos meus amigos, por estarem sempre presentes e disponíveis para me ajudar. A Deus por ter estado sempre presente. I Resumo No presente trabalho acompanhamos novas alternativas tecnológicas para a cultura do arroz, em Alcácer do Sal no ano 2007, face ao decréscimo de rentabilidade que a tecnologia tradicional vem apresentando devido ao aumento dos preços dos factores de produção e de mão-de-obra. Assim, compararam-se duas combinações de técnicas culturais aplicadas na produção da cultura ligadas à preparação do solo e sementeira directa e convencional, apesar de nesta última ter sido utilizado um semeador de linhas de elevada precisão. Como parâmetros quantificadores entre as duas tecnologias fizemos, ao longo da evolução da cultura, uma análise de crescimento, de produtividade (kg/ha) e, finalmente, um estudo económico. No final, constatou-se que a sementeira convencional (6130 kg/ha) contribuiu para obter valores superiores relativamente à emergência de campo e afilhamento, em relação à sementeira directa (5200 kg/ha). No entanto, apesar da produção por panícula ser superior na sementeira directa, resultado de um menor número de panículas por unidade de área, não traduz uma maior produção final devido à baixa população à colheita, comparativamente à sementeira convencional. Paralelamente foi realizado uma análise económica sobre as alternativas em estudo, cuja conclusão principal põe em causa a produção de arroz em Portugal sem ajudas à produção. Palavras Chave: Arroz; Sementeira Directa, análise de produção; rentabilidade económica. II ABSTRACT In this paper we check out new technological alternatives to the rice crop, Alcácer do Sal in the year 2007, due to the smaller rentability that traditional technology presents because of higher prices of production factors and manpower. Therefore, we compare two combinations of techniques applied in production linked to the preparation of soil and direct and traditional sowing. However there is an adaptation to the latter which is the use of a sower of high precision lines. Along the evolution of the crop we had as main goal the diferentiation of this two production technologies and, for that, we did a growth analysis, a productivity one (kg/ha) and finally an economic study. At the end we observed that conventional sowing contributed to superior levels relatively to emergence of field and tillering. Nevertheless in spite of panicle production is superior in direct sowing due to a smaller number of panicle per area unit, it doesn’t translate itself in a bigger final production compared to the traditional sowing. At the same time an economical analysis over the studied alternatives was performed, which the main conclusion does not justify rice production in Portugal without production helps. Key Words: Rice; direct seeding, analysis of production, economic rentability. III Extended abstract At the present paper we check out new technological alternatives to the setup of the soil and rice sowing due to the smaller rentability in the last times, justified by the higher prices of production factors and manpower. We compared two combinations of crop techniques applied in production linked to the setup of the soil and sowing translated by the evolution of the production along the cycle. With the goal of being able to compare the different models we studied the plants growth through a set of indexes or behaviour predictions from the crop or from the individual plant. First we’ve made an approach to the plant population as well as its evolution along the crop cycle. Secondly we’ve studied the final production, connecting then the effect of the loss of population with the high plasticity of the production components of this crop. We should mention that along the entire analysis there were material and human factors of tough control because this wasn’t a field of essay but a crop field presenting the rice production techniques of the own farmer. At the end we observed that the dry sowing made by a high precision lines sower, with a tradiotional like soil setup, contributed to obtain superior levels relatively to emergence of field and tillering. Nevertheless in spite of panicle production is superior in direct sowing due to a smaller number of panicle per area unit, it doesn’t translate itself in a bigger final production compared to the traditional sowing. Besides this we wanted to know what is the future of this crop in Portugal or if it will be economically viable to produce rice without helps to the production. The rise of production factor prices, while partially compensated by the rise of the price paid by the industry it’s making this production unviable, only resisting because of the compensatory help paid by area unit. Therefore we can conclude that without production help rice crop might become economically unviable. According to the net profit obtained with the crop we observed that the main source of incoming from the studied crop is production help. Foreseeing that this production help will finish by 2013 it starts to be worrying to maintain this crop in the same conditions. However we have to refer that to achieve technical perfection we have to produce with top criteria. So according to the analyzed study we may conclude that direct sowing could be a good bet, nevertheless we believe that is necessary to increase our knowledge about this technique cautiously because it’s convenient to start with small areas in order to be possible IV to correct errors that may initially occur. In relation to the traditional sowing we believe that is possible to obtain 7 tons per acre, value that was not achieved due to the fact that it was not used an high productivity variety of rice and because of the fact that an fertilization background was not made in the kind of soil used to perform the study, we believe. Besides, one can achieve an higher production with this model it’s also possible to use less seeds because the rate of germination is much higher and a smaller water consumption translated by the values of evapotranspiration since the sowing to the tillering. V Índice Agradecimentos ...................................................................................................................... I Resumo……………………………………………………………..………………………………….II Abstract ................................................................................................................................. III Extended abstract………………………..………………………………………………………….IV Índice…………………………………………..………………………………………………………VI Lista de Quadros…………………………………..…………………………………………………IX Lista de Figuras...…………………………………………………………………………………….X 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 3 2.1. ARROZ – A Planta ...................................................................................................... 3 2.1.1. Aspectos gerais sobre o crescimento e produção ................................................ 4 2.2. Parâmetros climáticos ................................................................................................. 6 2.2.1. Influência da Temperatura ....................................................................................... 6 2.2.2. Influência da Radiação........................................................................................... 11 2.3. Necessidades nutritivas e fertilização ....................................................................... 12 2.3.1. Eficiência dos fertilizantes .................................................................................. 13 2.3.2. Fertilização azotada ........................................................................................... 13 2.3.3. Fertilização fosfatada ......................................................................................... 15 2.3.4. Fertilização potássica ......................................................................................... 16 2.4. A rega e o seu maneio ......................................................................................... ….17 2.5. Caracteristicas fisicas dos solos durante o ciclo cultural ........................................... 19 2.5.1. Processos de oxidação-redução no solo alagado .............................................. 20 2.5.2. Alterações da reacção do solo em condições de alagamento ............................ 21 VI 3. INTERESSE E IMPORTÂNCIA ECONÓMICA ................................................................. 23 3.1. A Produção de arroz em Portugal ............................................................................. 23 4. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 26 4.1. Produção no Monte da Gaxa .................................................................................... 26 4.1.1. Localização ........................................................................................................ 26 4.1.2. Caracterização climática………………………………………………………………26 4.1.2.1 Localização da Estação Meteorológica …………………………………………..26 4.1.2.2 Temperatura……………..…………………………………………………………..27 4.1.2.3 Precipitação …………….………………..…………………………………………..29 4.1.2.4 Insolação…………….………………………………………………………………..30 4.1.3. Caracterização edáfica ...................................................................................... 30 4.1.4. O material vegetal .............................................................................................. 30 4.1.5. Delineamento experimental ................................................................................ 31 4.1.5.1 Modalidades de ensaio……………………………………………………………..31 4.1.5.2 Preparação do solo…...……………………………………………………………..32 4.1.5.3 Adubação……………………………………………………………………………..33 4.1.5.4 Sementeira…………………………………………………………………………..34 4.1.5.5 Monda química………..……………………………………………………………..34 4.2. Colheita .................................................................................................................... 35 4.3. Análise da Produção e suas Componentes............................................................... 35 4.3.1. Introdução ……………………………………………………………………………….36 4.3.2. Parâmetros Avaliados ………………………………..……………………………….36 4.3.3. Resultados e Discussão …….………………………..……………………………….38 4.3.3.1 Análise da População …..…………………………………………………………..38 4.3.3.2 Análise da Produção Final ..………………………………………………………..42 4.3.3.3 Análise dos Efeitos da População Final …………………………………………..43 VII 5. ANALISE ECONÓMICA ................................................................................................... 45 5.1.Contas de Cultura ........................................................................................................ 45 5.2.Determinação do resultado líquido da cultura ..............................................................46 6. FUTURO DA CULTURA DO ARROZ .............................................................................. 50 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS …………………………………………………………………….53 8. CONCLUSÕES ................................................................................................................ 53 9.BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 58 VIII Lista de Quadros Quadro 1 – Valores da superfície (ha), da produção (ton) e da produtividade (Kg/ha) dos cereais de maior importância agrícola em Portugal no ano 2006. Quadro 2 – Temperaturas mínimas, máximas e óptimas relativas às diferentes fases da vida do arroz. Quadro 3 – Temperatura mínima, média e máxima (1958-1988). Quadro 4 – Sequência de operações culturais e máquinas agrícolas utilizadas no Monte de Gaxa. Quadro 5 – Datas de aplicação e doses de alguns factores de produção utilizados no Monte de Gaxa. Quadro 6 – População semeada e emergida e emergência de campo, para as diferentes modalidades. Quadro 7 – Grau de afilhamento (caules/planta) medido na fase de afilhamento da cultura. Quadro 8 – População à colheita para as duas modalidades efectuadas. Quadro 9 – Índice de colheita e suas componentes, expressos em matéria seca (g/m2). A produção final corresponde à coluna M.S. do Grão (g/m2). Quadro 10 – Análise da produção por panícula, em número de grãos, para as quatro modalidades. Quadro 11: Custo de produção e repartição dos custos de produção em ambas as modalidades. Quadro 12: Cálculo do resultado líquido para as duas modalidades. Quadro 13 – Encargos da cultura do arroz referentes à sementeira convencional. Quadro 14 – Encargos da cultura do arroz referentes à sementeira directa, Quadro 15 – Valores relativos às contas de cultura de 2008 até 2013. IX Lista de Figuras Figura 1 – Períodos de crescimento e desenvolvimento da planta de arroz. Figura 2 – Percentagem de germinação de sementes de arroz em função da temperatura a 2, 6 e 14 dias após a sementeira. Figura 3 – Efeito da temperatura no tempo necessário para, após a germinação, a plúmula crescer 2 ou 3 cm. Figura 4 – Efeito da temperatura no crescimento da radícula. Figura 5 – Relação entre a temperatura média durante quarenta dias após a floração e o peso de 1000 grãos ou a percentagem de grãos cheios. Figura 6 – Necessidades de radiação solar para as diferentes fases do ciclo vegetativo do arroz. Figura 7 – Influência da radiação solar na produção de grão da variedade IR747B2-6, para diversos períodos do ciclo. Figura 8 – Corte transversal de um solo submerso. Figura 9 – Variação do pH em solos submersos. Figura 10 – Evolução da área de produção de arroz em Portugal de 1986 a 2006. Figura 11 – Evolução da produção e da produtividade da cultura do arroz em Portugal de 1986 a 2006. Figura 12 – Distribuição por zonas geográficas da produção de arroz no ano 2006. Figura 13 – Evolução das principais culturas regadas entre 1990 e 2001 no Vale do Sado. Figura 14 – Figura adaptada de Google Earth, onde se encontram evidenciadas as modalidades 1 e sementeira directa. Figura 15 – Temperatura mínima, média e máxima (1958-1988). Figura 16 – Temperatura mínima, média e máxima (2007). Figura 17 – Evolução da precipitação média total. Figura 18 – Insolação real. Figura 19 – Diferenças entre as várias modalidades relativamente ao número de plantas emergidas. Figura 20 – Diferenças entre as modalidades relativamente ao afilhamento. Figura 21 – Variação do número de caules por planta em função do número de plantas por m2, para as duas modalidades. Figura 22 – Diferenças entre as várias modalidades relativamente à população à colheita. Figura 23 – Resumo dos vários indicadores da análise da população: população semeada (sementes/m2), população emergida (plantas/m2), afilhamento (caules/m2) e população à colheita (panículas/m2). Figura 24 – Análise da Produção: as componentes do índice de colheita. Figura 25 – Variação da produção final (g/m2) com a população à colheita nas duas modalidades. Figura 26: Esquema com as principais conclusões relativamente à análise da população. Figura 27: Preços nominais do milho, trigo e arroz. Figura 28: Análise de sensibilidade referente a flutuações no preço do arroz e factores de produção. X

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Abordaremos apenas o primeiro aspecto, pois numa planta com elevado afilhamento In the fertility of pady soils and fertilizer applications for rice.
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