Alstroemeriaceaeno estadodo RiodeJaneiro Marta Camargo de Assis1 Resumo (AlstroemeriaceaenoestadodoRiodeJaneiro)NestetrabalhosãoapresentadasasespéciesdeAlstroemeriaceae do estado do Rio de Janeiro, Brasil. A família é representada na área pelo gêneroAlstroemeria, incluindo & cincoespécies:A. caryophyUueaJacq.,A. cunliaVell.,A.foliosaMart.cxSchult. Schult.f.,A. isabelleana Herb.,A. radula Duséne pelo gênero Bomarea incluindo apenas a espécie B. edulis (Tussac) Herb. Novas sinonimizações, chaves de identificação, descrição das espécies, ilustrações e comentários são aqui apresentados. Palavras-chave:Alstroemeriaceae,florística,RiodeJaneiro,Brasil. Abstract (Alstroemeriaceae intheRiodeJaneiroState)ThispaperpresentsthespeciesofAlstroemeriaceaeofRiode Janeiro State, Brazil. The family is represented in the area by two genera: Alstroemeria and Bomarea. & Alstroemeria includes five species: A. caryophyüaea Jacq., A. cunha Vell., A.foliosa Mart. ex Schult. Schult. f.,A. isabelleana Herb. andA. radula Dusén. Bomarea includesjustone species,B. edulis (Tussac) Herb. New synonyms, key to genera and species, descriptions, illustrations and comments are presented. Key-words:Alstroemeriaceae,floristic.RiodeJaneiro,Brazil. Introdução Janeiro e foi baseado em observações de Alstroemeriaceae é uma família campo e na análise de materiais botânicos neotropical distribuída desde a região central depositados em herbários nacionais e do México até o sul da América do Sul, com estrangeiros. Apenas as novas sinonímias são cerca de 190 espécies (Assis 2001).Afamília aqui apresentadas. em é dividida três gêneros: Alstroemeria L. (incluindo Schickcdantzia Pax e Taltalia E. Tratamentotaxonômico Bayer), Bomarea Mirb. e Leontochir Phil. & Alstroemeriaceae (Sanso Xifreda 1999; 2001), sendo que no m Brasil estão representados os gêneros Ervas eretas ou volúveis, 0,3-4 alt.; Alstroemeria e Bomarea. No Rio de Janeiro, rizoma simpodial, raízes delgadas ou espessadas. Folhas geralmente ressupinadas, foram encontradas seis espécies, distribuídas alternas, membranáceas, cartáceas ou nos dois gêneros. Em funçãode sua belezae durabilidade, coriáceas, ambas as faces glabras ou face essas plantas foram introduzidas como adaxial papilosa, lineares, lanceoladas, ornamentais na Europa no século XV e desde elípticas, obovais, oblongas a espatuladas. Inflorescências terminais em cimeiras então vários trabalhos de melhoramento tem umbeliformessimplesoucompostas,raroflores sidorealizado,primeiramenteàpartirdogrupo de espécies chilenas, tomando o lírio inca ou solitárias. Brácteas foliosas, reduzidas ou madressilva uma flor de corte muito popular ausentes. Flores epíginas, bissexuais, actinomorfas ou zigomorfas, creme, tanto nos países europeus quanto nos Estados esverdeadas, amareladas, alaranjadas, Unidos e Japão (Sanso et al. no prelo). Este trabalho tem como objetivo avermelhadas ou lilases. Tépalas petalóides, contribuir para a flora do estado do Rio de livres, as externas geralmente sem padrão de Artigorecebidocm 12/2003.Aceitoparapublicaçãoem04/2004. 1CentroNacionaldePesquisadeMonitoramentoporSatélite(CNPM/EMBRAPA),Av.Dr.JúlioSoaresdeArruda,803, 13088-300Campinas,SP, Brasil, [email protected] SciELO/ JBRJ cm 2 13 14 15 16 17 lí 6 , Assis, A/. C. de manchasoumenosmanchadasqueasinternas. no ápice; anteras pseudobasifixas, deiscência Tépalas internas punctadas, maculadas, introrsa e longitudinal. Estilete excluso ou listradas ou variegadas, a inferior geralmente incluso, trígono; estigma trífido, ramos mais estreita; margem proximal fortemente papilosos. Ovário trilocular ou raramente involuta formando um tubo revestido por unilocular; óvulos anátropos de placentação tricomas glandulares secretores de néctar. axilarouparietal.Frutocápsulaloculicida,raro 1. Estames6,exclusosou inclusos;fileteslivres, indeiscente. Sementes globosas com ou sem cilíndricos, complanados na base e subulados sarcotesta. Chave para identificação dos gêneros Ervas volúveis, flores actinomorfas, semente com sarcotesta Bomarea edulis 1’.Ervas eretas, flores zigomorfas, raro actinomorfas, semente sem sarcotesta Ahtroemeria Alsíroemeria L. sem sarcotesta, globosas, cinéreo- Ervas eretas; ramos vegetativos e acastanhadas. reprodutivos diferentes entre si. Folhas O gênero compreende cerca de 90 geralmente resupinadas, glabras ou papilosas espéciesrestritasàAméricadoSul,ocorrendo na face adaxial, lâminas linear-lanceoladas, desde a Venezuela (30 Norte) até a Terra do oblongas, elípticas ou espatuladas. Fogo,Argentina(53°Sul),comdoisprincipais Inflorescência em cimeira umbeliforme centros de distribuição, um no Chile (se simples ou composta. Flores zigomorfas, extendendo para o Peru, Bolívia e Argentina) pen2d.entes ou patentes, campanuladas ou e o segundo através do Brasil, Paraguai e tubulosas, pfotrândricas; tépalas livres, eretas Argentina (Bayer 1987;Aker& Healy 1990). ou reflexas; as externas e internas com No Brasil, ocorrem cerca de 38 espécies padrões de manchas rubro-maculadas, rubro- de distribuição peri-amazônica concentrada punctadas,rubro-listadasourubro-variegadas; basicamentenaporçãolestedopaís,ocorrendo nectári3o.s perigonais na base de 2-3 tépalas em quase todos os tipos de hábitats: florestas, internas. Estames6,filetescilíndricos,glabros cerrados, campos de altitude, brejos, oupapilososnabase,anterasalongadas;ovário afloramentos rochosos e caatingas, em trilocular, numerosos óvulos anátropos de altitudesquevariamde300m,naAmazônia,a placentaçãoaxilarouparietal;estiletesimples, 2.300m,naSerradoItatiaia(Assis2001;2002; & estigma trífido. Cápsula loculicida. Sementes 2003;Assis Mello-Siva2002). Chave para identificação das espécies de Alsíroemeria 1. Folhas cartáceas ou coriáceas. Folhaspapilosasnafaceadaxial,pedicelopapiloso;florespatentes,campanuladas,amarelas, alaranjadas ou avermelhadas; tépalas internas rubro-listradas (afloramentos rochosos) 3. A. foliosa 2’.Folhasgeralmenteglabras,pediceloglabro; florespêndulas, tubulosas,rosadas, alaranjadas, avermelhadas ou esverdeadas; tépalas internas rubro-listadas e maculadas (locais úmidos) 4. A. isabelleana F. Folhas membranáceas. Folhas papilosas na face adaxial; ramos e pedicelos papilosos; flores vermelhas a amareladas ou creme-esverdeadas; tépalas lanceoladas, ápice caudado, sem manchas ou internas rubro-punctadas; filetes 3-8 cm compr.; estilete 3,2-5 cm compr. (matas de altitude) 5. A. radula Rodriguésia 55 (85): 5-15. 2004 SciELO/ JBRJ cm 13 14 15 16 17 18 .. > AlstroemeriaceaenoestadodoRiodeJaneiro 7 3’. Folhas geralmente glabras; ramos e pedicelos glabros; flores avermelhadas, carmim ou rosadas; tépalas espatuladas, obovadas ou lanceolado-espatuladas, ápice não caudado, internas rubro-maculadas e/ou listradas; filetes até 3,5 cm compr.; estilete até 3,2 cm compr. 4. Flores odoríferas, avermelhadas, carmim ou rosadas; tépalas externas espatuladas, ápice mucronado; tépalas internas rubro-maculadas, espatuladas, ápice cuspidado, agudo ou acuminado; filetes glabros (matas) 1. A. caryophyllaea 4’. Flores inodoras, vermelho-alaranjadas; tépalas externas obovadas, ápice retuso ou rotundo; tépalas internas rubro-listradas e maculadas, lanceolado-espatuladas, ápice agudo ou acuminado; filetes papilosos na base (matas) 2. A. cunha 1. Alstroemeria caryophyllaea Jacq., Pl. asuperior4,5-5,5 x 1,2cm; as inferiores 3,5 x Hort. Schoenbr.6: 33 t. 465. 1804. 0,7-1 cm. Tépalas internas rubro-maculadas, Tipo: Tab. 465 deJacq., Pl. Hort. Schombr. 6: as superiores iguais entre si, 4,4-5 x 0,8 cm, 33. 1804. espatuladas, ápice cuspidado; a inferior 2,3 x AlstroemeriapelegrinaVell., Fl. flumin. 0,2-0,5 cm, lanceolada, ápicecuspidado, base 3(1): 131 tab. 119. 1829. Nom. illeg. non A. atenuada,margemdistaiinteiraouligeiramente pelegrina L., Planta Alstroemeria Amoen. crenulada. Estames exclusos, filetes glabros, acad. 6: 254. 1762. ca. 3 cm compr. Estigma excluso, estilete Alastroemeria Jluminensis M.Roem., glabro, ca. 3,2 cm compr. Cápsula elipsóide, Fam.Nat. Syn.Monogr.4:260. 1847.Tipo:Fig. ca. 1,4 x 1,3 cm. 119deVelIozo,Fl. flumin.3(1). 1831.Syn. nov. Nome popular: Madressilva, lírio inca. Alstroemeria rubra Morei, Rev. Hort. Material examinado: Cabo Frio: Fazenda serie 4(2): 81. Fig. 5. 1853. Tipo: Fig. 5 de Tiririca, s.d. (fl), F. Sellow 184 (B); Itaipuaçu: Morei,Rev.Hort.Serie4(2): 81. 1853.Syn.nov. Estrada do Rio Itaipuaçu, 27/IV/1936 (fl), A. Figura 1: a-c C. Brade 15298 (RB); PicoAlto Moirão, 26/ Erva ereta, 0,4-0,7 m alt.; ramos VIII/1981 (fl), R. 11. P Andreata et ai 102 cilíndricos,glabros.Folhasdoramovegetativo (RUSU); 10/VII/1982 (fl), F E. Miranda & resupinadas, membranáceas, concentradas na M. C. Carralho 13 (GUA); Rio de Janeiro: porção distai do ramo; 2,5-8 x 0,3-1,5 cm, Silvestre,V1I/1913 (fl), F. C. Hoehne 148(R). elípticas a elíptico-espatuladas, ápice agudo, Raramente encontrada em estado nativo base longa e estreitamente atenuada, ambas em locais úmidos e sombreados de Minas as faces glabras, nervuras não proeminentes. Gerais eRiode Janeiro, é cultivadaemtodaa Folhasdoramoreprodutivoresupinadasounão, Região sul e sudeste do Brasil. Esta espécie é nãoamplexicaules,membranáceas,distribuídas de fácil identificação através de suas flores portodoramo,0,8-2,2x0,1-0,3cm,linearesa perfumadasetépalas internasque apresentam linear-lanceoladas, ápice agudoaacuminado, faixatransversalesbranquiçadaouamarelada. base cuneada, ambas as faces glabras, Floresce principalmente em junho e julho e nervuras não proeminentes. Cimeira frutifica em setembro e outubro. umbeliformesimples,pediceloglabro,2-3cm Alstroemeria caryophyllaea está compr. Brácteas foliosas membranáceas, 2,5- relacionada a A. capixaba M. C. Assis pelos 3,5x0,1-0,2cm;bractéolas,0,7x0,4cm,linear- ramos vegetativosquesãomuitosemelhantes, lanceoladas. Floresereto-patentes,odoríferas, mas diferenciam-se pelas flores. Em A. campanuladas, avermelhadas, carmim ou caryophyllaea, elas são odoríferas e com rosadas, 5-6 cm compr. Tépalas externas sem tépalas externas sem manchas, enquanto que manchas, semelhantes entre si, espatuladas, em A. capixaba elas não possuem odor e ápice mucronado, base fortemente atenuada; todas as tépalas são maculadas. Rodriguésia 55 (85): 5-15. 2004 SciELO/JBRJ 13 14 15 16 17 18 2 8 Assis, M. C. de 3 i^ ([mSaZhceZupihLTedr'ads£sT.n.^, U£EC787Z7*1Íf9-)1C.aÃãf7ré"7/':“»*J;RmSTo re'rPeB«PrtTKujtUilvr1ocV,p°rg;obd-u-tTRiévapoam;l°acsv*ceOxptearlnaass escxet-meTrmnéaasNnc*sheaemsxtmeearinnnactsheasrnseamsemliainnntecearhdnaaasss Rodriguisia 55 (85). 5-15. 2004 SciELO/JBRJ cm 13 14 .. 2 AlstroemeriaccaenoestadodoRiodeJaneiro 9 Na descrição de A. rubra, o autor compr. Brácteas foliosas, membranáceas,2,5- salienta apenas sua beleza e características 5,7(-8)x 1-2,5cm;bractéolasnãovistas.Flores agronômicas, não dando detalhes botânicos patentes, inodoras, campanuladas, vermelho- sobre a espécie. Observando-se a ilustração alaranjadas, (2,5-)3-4,5 cm compr. Tépalas nota-se claramente que trata-se de um externas sem manchas, semelhantes entre si, sinônimo de A. caryophyllaea. obovadas, ápice retuso a rotundo, base A descrição de A. pelegrina, Vellozo atenuada; a superior 2,4-3 x 1-1,3 cm; as conta apenas com caracteres genéricos. A inferiores2,6-2,8 x 1-1,2cm. Tépalas internas observação do material tipo desta espécie rubro-listadase maculadas, semelhantesentre juntamente com o local de coleta me si, lanceolado-espatuladas, ápice agudo ou permitiramconcluirqueessenomerepresenta acuminado, margem distai inteira ou a mesma espécie: A. caryophyllaea. ligeiramente crenulada; as superiores 2,4-2,8 No protólogo de A. fluininensis, a x 0,3-0,7 cm; a inferior 2,2-2,4 x 0,4 cm. prancha de A. pelegrina é citada. Roemer Estamesexclusosou inclusos,filetespapilosos atribuiu um outro epíteto à espécie, já que o noterçoproximal, 2,2-3,5 cmcompr. Estigma anteriormentedadoporVellozoéumhomônimo incluso, estilete glabro, 2,2-3 cm compr. posterior ao de Linnaeus. Sendo assim, A. Cápsula não vista. fluminensis é sinônimo de A. caryophyllaea. Material examinado: Serra dos Órgãos, 9/ VII/1940 (fl), 4. C. Brade 16326 (RB); 2.Alstroemeriacunha Vell., Fl. flumin. 3(1): CórregoRoncador,elev. 1700m, 15/VII/1940 131. 1829 (1825); Icon. 3: 121. 1831 (1827). (fl), A. C. Brade 16375 (F); 3/VIII/1966 (fl), Tipo: Fl. flumin. Icon. 3: 121. 1831 (1827). D. R. Hunt 64S9 (UB); Nova Friburgo: Alstroemeria nemorosa Gardner, Bot. EstradaparaopicoNovaCaledónia. 14/1/1985 Mag. 68(15): 3958. 1842.Tipo: Brasil. Riode (fl), J. F. A. Baumgratz et al. 306 (RB); Janeiro. Serra dos Órgãos, 3/IV/l837 (fl), G. Petrópolis: SerradosÓrgãos,XII/1943(fl), O. Gardner 698 (lectótipo, BM !; isolectótipos, C. Góes á D. Constantino 49386 (RB); K !). Syn. nov. Teresópolis: Serra dos Órgãos, elev. 1600 m, Alstroemeria argentovittata Lem. III. 19/IX/1929 (fl), A. C. Brade 9262 (R); 26/ Hort. 4: Misc. 88. 1857; 6: 1 R 192. 1859. VI/1942 (fl), Dionísio & Otávio 269 (RB); ("argento-vittata").Tipo: Pl. 192deLemaire, 15/X/1970 (fl), J. Garcia 104 (R); 1970 (fl), 111. Hort. 6: 1859 !. Syn. nov. J. Garcia375(R); CampodasAntas. III/1942 Figura 1: d-e (fl), J. L. Pessoa & A. L. Gomes s.n. (R Erva ereta 0,2-1.5 m alt.; ramos 37272); 22/V/1948 (fl), B. Carris s.n. (RB cilíndricos,glabros. Folhasdoramovegetativo 62501);9/XII/1960(fl),A. Castellanos23148 resupinadas, membranáceas, concentradas no (GUA); 21/XII/1975 (fl), T. C. Pires 11 (RB); terço distai do ramo, 2,5-10(-13) x l-3(-4,8) XII/1975 (fl), G Lott 13 (RB); 2I/XII/1975 cm, elípticas ou obovadas, ápice agudo, base (fl), J. P. P. Carauta 1844 (GUA, SPF); 7/ atenuada,glabrasoupapilosasnafaceadaxial, IX/1981 (fl), D. S. Souza et al. 506 (GUA). face abaxial glabra, nervuras não proeminen- ÉfreqüentementeencontradanoEspírito tes. Folhas do ramo reprodutivo resupinadas, Santo,MinasGerais,RiodeJaneiro,SãoPaulo nãoamplexicaules,membranáceas,distribuídas e Paraná, ocorrendo no interior de florestas portodooramo,(l,7-)2,5-10,5(-14)x(0,3-)0,5- estacionais semidecíduas. No Rio de Janeiro, 2,2(-4)cm,elípticasouoblongas,ápiceagudo é abundante na Serra dos Órgãos. Floresce ou acuminado, base atenuada, glabras ou esporadicamente o ano inteiro, mais inten- papilosas na face adaxial, face abaxial glabra, samente de novembro a março. nervuras não proeminentes. Cimeira umbeli- Alstroemeria cunha possui grande forme simples, pedicelo glabro, 2-5(10,5) cm variação na dimensão dos ramos e na Rndrigiiésia 55 (85): 5-15. 2004 SciELO/JBRJ 2 13 14 15 16 17 18 10 Assis, M. C. de dimensão, disposição e no indumento das a oblongas, ápice agudo a acuminado, base folhas. As flores podem apresentar estames atenuada,faceadaxial papilosa,abaxialglabra, exclusosouinclusosetambémvariambastante nervuras proeminentes em ambas as faces. nas dimensões. Assim, o que caracteriza a Folhas do ramo reprodutivo resupinadas, não espécie é o ramo reprodutivo com folhas 2a-mplexicaules,cartáceas,distribuídasnameta- membranáceas distribuídas por todo o ramo, de distai do ramo, 2-5 x 0,2-1 cm, elípticas a juntamente com as flores de tépalas externas oblongas,faceadaxialpapilosa,abaxialglabra, semmáculasetépalas internas rubro-listradas nervuras proeminentes em ambas as faces. e maculadas. Cimeiraumbeliformesimples,pedicelopapiloso, Alstroemeria cunha se assemelha a A. 3,5 cm compr. Brácteas foliosas, cartáceas, inodora Herb. que ocorre no mesmo tipo de 23,-2-3,5 x0,5-0,8cm,elípticasaoblongas,ápice habitat. Noentanto,diferenciam-sepelasflores agudo a acuminado, base atenuada; bractéolas de tépalas externas rubro-variegadas em A. ausentes. Flores patentes, inodoras, campa- inodora e tépalas externas sem manchas em nuladas,amarelasouvermelhas,4-5,5cmcompr. A. cunha. Tépalas externas sem manchas, semelhantes Os caracteres diagnósticos de A. entre si, obovadas, ápice mucronado, base nemorosa, abrangem a variação fenotípica de atenuada;asuperior3-4,x 1,3-2cm;asinferiores, A. cunha. Comparando-se os tipos e locais de 4,5 x 1,1-1,8 cm. Tépalas internas rubro- ocorrência de A. cunha e A. nemorosa, fica lineadas, semelhantes entre si, elípticas, ápice claro que tratam-se da mesma espécie. acuminado, base atenuada, margem distai Alstroemeria argentovittata recebeu ligeiramente crenulada; as superiores 2,8-4,5 x este -nome por possuir as folhas do ramo 0,6-1,2cm;ainferior3-4x0,4-0,9cm. Estames vegetativo esbranquiçadas a prateadas na inclusos, filetes glabros, 2,3-2,6 cm compr. regiãodanervuracentral daface abaxial. Este Estigmaincluso,estileteglabroca.2,3cmcompr. fato é comum a muitas espécies de Cápsulanãovista. Alstroemeria, principalmente em folhas mais Material examinado: Itatiaia: Sítio de jovens. A descrição da flores vermelho- Ramos, elev. 2300 m, 1/1899 (fl), E. Gounelle alaranjadas de tépalas internas rubro- s.n. (G);ParqueNacionaldeItatiaia,24/11/1948 maculadas,juntamentecomocomentáriodeque (fl), M. G Ferrí s.n. (SPF 85373); 24/1/1987 esta espécie é ajfinis de A. nemorosa c da (fl), T. B. Cavalcanti et al. 11 (SPF); 22/XII/ observaçãodailustração,melevaramaconcluir 1989 (fl), R. B. Torres et al. s.n. (UEC). que esta espécie é sinônimo de A. cunha. Alstroemeria foliosa é encontrada em afloramentos rochosos nas serras de Minas & 3. Alstroemeria foliosa Mart. ex Schult. Gerais,RiodeJaneiroeSãoPaulo,florescendo Schult.f. in Roem. & Schult., Syst. veg. 7(1): de novembroa abril. 740. 1829.Tipo:Brasil. SãoPaulo. Itu:XII(fl), E facilmente caracterizada pelas tépalas M C. P. F. Martins s.n. (holótipo, 293!). externas largamente obovadas e internas Alstroemeria foliosa var. floribunda elípticas, rubro-Iistadas. Além disso, a face Beauverd, Buli. Herb. Boissier2(6): 587, fig. adaxialdafolhaseospedicelossãopapilosos. 3-4. 1906. Tipo: Brasil. Minas Gerais. Ouro Juntamente com a descrição de A. Preto: Picodoltacolomi, 3l/VIII/1904 (fl), L foliosa, Martius descreveu duas variedades: Damazio 1553 (holótipo, G !). Syn. nov. A. foliosa var. angustifolia, caracterizada Figura 1: f-g pelas folhas do ramo reprodutivo lineares, m Ervaereta 0,4-0,6 alt.; ramos cilíndri- esparsamentedistribuídas,epela umbelacom cos, pubérulos. Folhas do ramo vegetativo 1-6 flores, e A. foliosa var. humilior, resupinadas, cartáceas, congestamente distri- caracterizadapelasfolhasdoramoreprodutivo buídasportodooramo,2-5x0,2-1 cm,elípticas linear-lanceoladas, concentradas na região Rodriguésia 55 (85): 5-15. 2004 SciELO/ JBRJ cm 2 13 14 15 16 17 18 .. AlstroemeriaceaenoestadodoRiodeJaneiro 11 mediana do ramo, e umbela com 2-4 flores. Alsíroemeria viridiflora Ravenna, Onira Estas duas variedades foramdescritas apartir 4(10): 34. 2000. Tipo: Brasil. Minas Gerais. de material coletado na Serra da Piedade, Carangola: Serra da Araponga, Fazenda MinasGerais.Examinando-seoholótiposdas Neblina,alt. 1.400m,XII/1994(fl),L S. Leoni variedades, espécimens herborizadoseobser- 2736 (holótipo, GFJP !; isótipo, SPF !). Nom. vando-se as populações em campo, notou-se illeg., non Alsíroemeria viridiflora Warm., queoqueMartiusclassificoucomovariedades Symbolae 13: 118. 1872. Tipo: Brasil. Minas de A. foliosa, são na realidade, pertencentes Gerais.LagoaSanta,s.d. (fl),J. E. B. Warming a outra espécie, A. plantaginea Mart. ex 1094 (holótipo, C !). Syn. nov. Shult. & Schult. f. Esta espécie diferencia-se Figura2: a-c de A.foliosa por apresentar flores de tépalas Erva ereta, 0,42-1,5 m alt.; ramos externas obovado-espatuladas, internas angulosos, papilosos a glabrescentes no terço oblongo-espatuladas,rubro-maculadasepelas proximal. Folhas do ramo vegetativo folhas e pedicelos glabros. resupinadas ou não, coriáceas, sésseis, Beauverd (1906) descreveu A. foliosa distribuídasportodooramo, 3-16x0,5-1 cm, varfloribundadistinguindo-adasoutrasduas elíptico-lanceoladas, ápice acuminado ou precedentes pelas “foliis lineari-obtusiusculis arredondado, base atenuada, ambas as faces mucronulatis,inmediocauleconfertis;umbella glabras com nervuras proeminentes, raro ramosa7-34flora”.Analisando-seomaterialem papilosa na face adaxial. Folhas do ramo campoe herborizado, nota-sequeestas carac- reprodutivo resupinadas ou não, semiam- terísticas estãodentro da variação da espécie. plexicaules ou não, coriáceas, distribuídas no terço proximal do ramo, 3-16 x 0,5-1 cm; 4. Alsíroemeria isabelleana Herb., elíptico-lanceoladas, ápice acuminado ou Amaryllidaceae 88, tab. 6, figs. 4-6. arredondado, base atenuada, ambas as faces 1837.("isabellana") glabras com nervuras proeminentes, raro Tipo: Brasil. Rio Grande do Sul: 1835 (fl),A. papilosanafaceadaxial.Cimeiraumbeliforme Isabclles.n. (holótipo, K!; foto holótipo, F) simples, pedicelo glabrescente, 1,5-4 cm Alsíroemeria isabelleana Herb. var compr. Brácteas foliosas ausentes ou & longifolia Seub. ex Schenk. in Martius membranáceas,0,6-2x0,2-0,3cm; bractéolas Eichler,Fl.bras.3: 171. 1855.Tipo: Brasil. Rio membranáceas, 0,6-3 x 0,2-0,3 cm. Flores Grande do Sul: s.d., F Sellow 134, 135, 136, pêndulas, inodoras, tubulosas, rosadas, 137 (sintipo, BI, BR!). Syn. nov. alaranjadas, vermelhas, ou raro creme- Alsíroemeria campaniflora Hand.- esverdeadas, ápice esverdeado, 3-4,5 cm Mazzt.,Denkschr. Kaiserl.Akad.Wiss.,Wien. compr. Tépalas externas listadas ou sem Math.-Naturwiss. Kl. 79: 213; tab. 19, figs. 2- manchas, semelhantes entre si, oblongas a 6. 1908.Tipo: Brasil. SãoPaulo: SãoBernardo espatuladas, ápice acuminado a mucronado, do Campo, 1902 (fl), A. Wachsmund s.n. base atenuada; a superiorca. 3,4 x 0,4 cm; as WU (holótipo, 1225 !; isótipo, B !). Syn. nov. inferiores ca. 3,4 x 0,5 cm. Tépalas internas Alsíroemeria regnelliana Kraenzl., Bot. rubro-listadas, iguaisentresi,ca. 3,3x0,5cm, Jahrb.Syst.50Beibl. 112:3. 1913.Tipo: Brasil. espatuladas, ápice acuminado a cuspidado, Minas Gerais: Caldas, 21/XI/1874 (fl), A. F. base fortemente atenuada, margem distai Regnell III 1796 (holótipo, B !). Syn. nov. inteira. Estames inclusos, filetes glabros, ca. Alsíroemeria butantanensis Hoehne, 2,3cmcompr.Estigmaincluso,estileteglabro, Revista Mus. Paul. Univ. São Paulo 11: 485. ca. 2,8 cm compr. Cápsula esferoidal, 1,5-2 x Tab. Única. 1919.Tipo: Brasil. SãoPaulo: São 1,5-2cm. Paulo, 14/X1I/1917 (fl), F. C. Hoehne 1075 Material examinado: XI/1833 (fl), G H. (lectótipo, F !, isolectótipo, SPF !). Syn. nov. Langsdorffs.n. (K); Itatiaia: Parque Nacional Rodriguésia 55 (85): 5-15. 2004 SciELO/JBRJ 2 13 14 : : 12 Assis, M. C. de 2cm Figura 2 - a-c Alstroemeria. isabclleana: a - Ramo vcgctativo; b - Ramo reprodutivo mostrando flores tubulosas e pendulas;c-Tépalasexternassemmanchaseinternaslistadascmaculadas(Huzatos.il, UEC28014).d-eA. radula D- Ramo reprodutivo; c - Tépalas externas c internas sem manchas c tépalas internas com ápice caudado (Hatschbach 61440). f-gBomareaedulis f-Hábito;g-Tépalasexternassemmanchascinternasmaculadascvariegadas(Assis333). Rodriguisia 55 (85): 5-15. 2004 SciELO/ JBRJ cm 13 14 .. ( 3 AhtroemeriaceaenoestadodoRiodeJaneiro 1 do Itatiaia, IV/1921 (fl), P Occhionis.n. (RB Alstroemeria caudiculata Ravenna, 16476); Retiro da Cabeça de Negro, XI/1903 Onira 4(10): 36. 2000. Tipo: Brasil. Espírito (fl), C. Moreira 28 (R); 1907 (fl), A. F. M. Santo. DomingosMartins.ParqueEstadualde Glaziou 6734 (F, K); Planalto, elev. 2.100 m, PedraAzul, 11/11/1998 (fl),M. F. Vasconcelos A 1/1938(fl), C. Brade 16015 B);elev. 2.300 s.n. (holótipo, BHCB !). Syn. nov. m, 28/XII/1934 (fl), R. K. F. Pilger & A. C. Figura2: d-e Brade 41 (RB); Prateleira, elev. 2.200 m, 8/ Erva ereta 0,3-0,8 m alt. ramos A ; 11/1945 (fl), C. Brade 17425 (RB); Abrigo cilíndricos,papilososaglabrescente.Folhasdo das Acácias, 14/1/1961 (fl), B. Flaster 106 ramo vegetativo resupinadas, não amplexi- (GUA);Abrigo Rebouças, 3/XII/l964 (fl), H. caules, membranáceas, concentradas no terço E. Strang 646(GUA);elev. 2650m, 24/1/1987 distai do ramo, 3-8,5 x 0,5-2,2 cm, elípticas, (fl), T. B. Cavalcanti et al. 10 (SPF); ápice acuminado, base atenuada, face adaxial Teresópolis: SerradosÓrgãos,s.d. (fl, fr),s.c., papilosa a glabrescente, abaxial glabra, s.n. (R 188697). nervuras não proeminentes. Folhas do ramo Alstroemeria isabelleana é encontrada reprodutivo resupinadas, não amplexicaules, naArgentina, Uruguai,ParaguaieBrasil,onde membranáceas,esparsamentedistribuídaspor éfreqüenteemlocaisúmidos. NoBrasil,ocorre todooramo, 6,5-14 x 1-2,5 cm, espatuladas a doRioGrandedoSulaMinasGerais. Floresce lanceoladas, ápice agudo a acuminado, base deoutubroafevereiro,àsvezesatéjunho. Fru- atenuada,faceadaxialpapilosaaglabrescente, tifica emjaneiro, fevereiro, maioe setembro. abaxial glabra, nervuras não proeminentes. A espécie caracteriza-se principalmente Cimeiraumbeliformesimples,pedicelopapiloso pelas flores tubulosas e pêndulas, variam de a glabrescente no terço proximal, 1,5-3,5 cm rosadas a creme-esverdeadas, sempre com compr. Brácteas foliosas membranáceas, 1,2- ápice verde. O ramo vegetativo é muito 8,5 x 0,4-1,5 cm; bractéolas membranáceas, semelhante aos ramos vegetativos de A. 2,5-3,5x0,1-0,2cm.Florespatentes,inodoras, apertijlora Baker, A. longistyla Schenk, A. campanuladas, vermelho-amareladas ou malmeana Kraenzl. e A. sellowiana Seub. ex creme-esverdeadas, 4-7 cm compr. Tépalas Schenk.Todasocorremembrejoeapresentam externas sem manchas, semelhantes entre si, o ramo vegetativo coberto por folhas linear- lanceoladas, ápice caudado, base atenuada; a lanceoladas, cartáceas ou coriáceas, superior reflexa, 4-5,5 x 0,5-0,7 cm; as freqüentemente adpressas ao ramo, sendo inferiores3.5-3,7x0,5-0,7cm.Tépalasinternas muitodifícildiferenciá-lasnesteestágio. rubro-punctadas, semelhantes entre si, linear- Nas descrições de A. campaniflora A. lanceoladas, ápice caudado, base atenuada, , regnelliana, A. butantanensis e A. margemdistai inteira; assuperiores 3-6x0,3- viridiflora, os autores mencionam os 0,5 cm; a inferiorligeiramente revoluta, 3-3,3 caracteres da folhas linear-lanceoladas, flores x0,2-0,3cm.Estamesexclusos,filetesglabros, de ápice verde e tépalas internas rubro- ca. 3-8 cm compr. Estigma excluso, estilete listradas. Analisando essas características glabro,3,2-5cmcompr. Cápsulaelipsóide,ca. juntamente com os holótipos dessas espécies, 2,4 x 1,5 cm. observa-se que não diferem em nenhum Materialexaminado:Itatiaia:Itatiaia,s.d.(fl), caracter diagnóstico de A. isabelleana. E. Ule 29 (R); s.d., s.c. s.n. (R 193309); Fazenda Henrique, 11/1899 (fl), E. Gounelle 5.Alstroemeriaraditla Dusén,Arch. Jar. Bot. s.n. (G); 26/XII/1915 (fl), P. Campos Porto RiodeJaneiro 13: 103. 1905. 169. (RB); 11/1947 (fl), B. Lutz s.n. (R); VI/ Tipo: Brasil. RiodeJaneiro: Serra do Itatiaia, 1952 (fl), B. Lutz s.n. (R 188699); Campo elev. 1.300 m, 1/1903 (fl), E. Ule s.n. (R); Itatiaia, V/1906 (fl), H. Lüderwaldt 6287 elev.1.850 m, V/1903 (fl), E. Ule s.n. (R!). (SP);TrilhaentrePonteMarombaeMacieiras, Rodriguésia 55 (85): 5-15. 2004 SciELO/ JBRJ. 2 13 14 15 14 Assis, M. C. de 22°27’S 44°39’W, elev. 1.200-1.900 m, 10/1/ espatuladas; estames 6; anteras basifixas, 1929 (fl), L. B. Smith 1792 (F); Serra da oblongas,dedeiscênciaintrorsaelongitudinal; Mantiqueira, Mauá, acimado Rio Preto, elev. ováriotrilocular,óvulosanátropos,placentação 1.500 m, 4/111/1931 (fl), R. W. Kaempfe 442 axilar ou parietal, estilete filiforme, estigma (B); Macieiras, 6/III/1951 (fl), HZ trífido. Fruto cápsula loculicida, depressa, Bockermann 3 (SP); 500 m antes do abrigo turbinada, truncada no ápice. Sementes Macieiras, elev. 1.900 m, 25/IV/1989 (fl), A. numerosas, subglobosas, sarcotesta de cor Costa268(RB);SubidaaoPlanalto,30/1/1975 roxo-laranjabrilhante. (fl), G. Hastchbach et al. 35834 (MBM); O gênero inclui aproximadamente 100 elev. 2.120 m, 24/1/1987 (fl), R. Mello-Silva espécies distribuídas pelo Neotrópico. No et al 9 (SPF). Brasil, ocorre somente a espécie Bomarea Alstroemeria raclula é rara e encontrada edulis amplamente distribuída pelas matas. emmatasdealtitude,emsoloarenosodeduas localidadesrestritasdoEspíritoSantoeRiode Bomarea edulis (Tussac) Herb., Janeiro. Floresce dejaneiro ajunho. Alstroemeria edulis Tussac, Flora Antillarum Aespécieédefácil reconhecimentopelas 1: 109-112. 1808. flores de forma peculiar, com tépalas Tipo: Tussac, loc. cit.: pl. 14, fíg. 1-6. lanceoladas de ápice caudado, reflexas, e os Figura2: f-g m estames e estigma bem longos. Plantas volúveis, até ca. 5 alt., raízes A. raclula e A. foliosa são simpátridas, de reserva ovóides. Folhas resupinadas, porémfacilmentediferenciadas. Enquantoque oblongasouoblongo-lanceoladas,ca. 3,5-18x A. raclula possui as folhas membranáceas 0,6-5 cm, ápice acuminado a cuspidado, face concentradas no terço distai do ramo abaxial papilosa, raro glabra. Cimeira vegetativo,pedicelopapilosonoterçoproximal umbeliformecomposta,pauci-oumulliradiada. e tépalas lanceoladas reflexas, A. foliosa Flores rosadas, esverdeadas creme ou possuiasfolhascartáceas,distribuídasportodo amareladas, 3-4,5cmcompr.Tépalasexternas o ramo vegetativo, pedicelo glabro e tépalas sem manchas, oblanceoladas, oblongas ou externas obovadas e internas elípticas, não obovadas, 2,6-4 x 1-1,5 cm. Tépalas internas reflexas. espatuladas, ápice retuso ou mucronado, 2,5- O ápice caudado das tépalas de A. 3,5 x 1-1,2cm, rubro-punctadas e variegadas. raclula, levou Ravenna a descrever A. Sementescomsarcotestavermelha-alaranjada. caudiculata. Observando-se o material-tipo Material examinado: Angra dos Reis: Ilha das duas espécies, fica claro que pertencem a Grande. 2/XII/1980(fl), D. Araújoetal. 4114 mesma espécie. (GUA); 14/X1I/1983 (fl), M. B. Casari et al. s/n (GUA26537); 19/XII/1984(fl), D. Araújo Bomarea Mirb. et al. 6489 (GUA); 11/111/1986 (fr.) D. Plantas eretas ou escandentes, raízes Araújo et al. 7288 (GUA); 28/XI/1989 (fl), tuberosasovóides.Ramosvolúveis,cilíndricos, D. Araújo & M. V. S. Alves 9043 (GUA); glabros,foliosos.Folhasresupinadas,faceaba- 23/X1/1990 (fl), C. A. L de Oliveira et al. xial papilosas raro glabras, lâminas lineares, 910 (GUA); 1/XI1/1992 (fl), D. Araújo 9705 lanceoladasouoblongas. Inflorescênciacimei- (GUA); Parati: 20/X/1978 (fl), D. Araújo & ra umbeliforme composta por inflorescências R. F. cie Oliveira 2254 (GUA); Parati-Mirim: parciais, brácteas foliosas. Flores bissexuais, 7/XI1/1976(fl),D. Araújoetal. 1404(GUA); epígenas,maisoumenosactinomorfas;perianto Resende: Serrinha, 430 m alt. 14/11/1988 (fl), infundibiliforme a campanulado; tépalas R. B. Pineschi et al. 405 (GUA); Rio de externas sem máculas, obovada-oblongas; Janeiro: IV/l883 (fl), A. Glaziou 14346 (K); internas rubro-maculadas na face adaxial. Jacarepaguá. 17/VII/1932 (fl), M. Rosa s/n Rodriguésia 55 (85): 5-15. 2004 SciELO/JBRJ cm 2 13 14 15 16 17 18 ..