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Almanaque do samba: A história do samba, o que ouvir, o que ler, onde curtir PDF

391 Pages·2006·6.29 MB·Portuguese
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Sumário Prosa inicial Prefácio à segunda edição Prefácio Introdução EU SOU O SAMBA • Capítulo 1 • BATUQUE NA COZINHA • Capítulo 2 • A ERA DA VOZ • Capítulo 3 • A ERA DO RÁDIO E DOS COMPOSITORES • Capítulo 4 • O SAMBA DAS ESCOLAS • Capítulo 5 • SAMBA-CANÇÃO, BOSSA NOVA E ZICARTOLA • Capítulo 6 • O SAMBA DOS FESTIVAIS • Capítulo 7 • NA BATIDA DO PAGODE • Capítulo 8 • RAIZ, ANTENA E UM DEDO DE PROSA COM OS PERSISTENTES Instrumentos do samba O que ouvir? Onde ouvir o samba? O que ler? O que ver? Guia dos blocos do carnaval carioca Pequena cronologia do samba • • • Notas Agradecimentos Sobre o autor Créditos das ilustrações Índice onomástico O lha aí, seu Marcos Lins, este nosso livrinho é para o senhor, que está assistindo a nossas vidas de camarote. Quer coisa mais parecida com sua história de recifense-carioca-paulista-brasiliense-europeu-africano do que uma festa regada a samba, bate-papo, amigos, muitos amigos, cachaça e feijoada? Tem tudo isso neste Almanaque. Ele celebra a vida e seus prazeres, tudo aquilo que o senhor cultivou durante seus 64 anos bem vividos. Peço então seu perdão, pois sei com quanto carinho tratava a língua portuguesa, para dar uma leve chicotada bem-intencionada na língua de Camões: este livro é para o seu Marcos, que na ditadura foi uma flor de espinho e, na vida, uma flor de Lins. Dê um abraço saudoso no meu pai Izaquiel Inácio e diga a ele que a partir de vocês “tudo só faz crescer”… Prosa inicial O Almanaque do samba vem, de certa forma, dar seguimento à série iniciada com o Almanaque do choro. Os dois gêneros são intimamente ligados, como se sabe, e a experiência adquirida ao escrever o primeiro foi o que me moveu a elaborar este segundo livro. Somem-se à idéia novas pesquisas e entrevistas, e o leitor terá as páginas que seguem. Além disso, repete-se aqui a fórmula que fez com que o primeiro Almanaque esteja a caminho da terceira edição. A saber: linguagem direta e informativa para um público amplo; catálogo de imagens que cobrem todo o século XX; dicas de onde curtir o ritmo em todo o território nacional; o que ler e ouvir para ficar mais íntimo do gênero. A discografia e a bibliografia são comentadas, completando o guia que dará ao leitor uma visão mais ampla sobre o processo de desenvolvimento do samba. Os capítulos do Almanaque do samba seguem, de modo não muito rígido, uma ordem cronológica – mas procuram evitar uma visão evolucionista. A idéia é que o samba não foi evoluindo com o tempo – nem se degradando, como muitos afirmam –, mas apenas se transformando. Assim, os capítulos podem inclusive ser lidos isoladamente, apesar de cada um guardar forte relação com a estrutura geral do texto. A cada capítulo há uma introdução que contextualiza o período histórico a ser trabalhado. Seguem-se, então, pequenas “biografias” de compositores e cantores mais representativos no mundo do samba. Busquei reduzir as informações ao essencial, citando somente as músicas e as histórias mais importantes de cada “biografado”. Encaixei alguns compositores em capítulos que abordam movimentos musicais sem que houvesse, necessariamente, vínculos fortes entre eles. É o caso, por exemplo, de Aldir Blanc, João Bosco, Martinho da Vila, João Nogueira, Paulo César Pinheiro, Nei Lopes e Wilson Moreira. Os cinco primeiros apareceram na época dos festivais, mas suas obras não dependeram dela para acontecer. O mesmo se dá com Nei e Wilson: compuseram em parceria pérolas musicais na década de 1980, mas não surgiram no Cacique de Ramos e tampouco eram classificados como pagodeiros. Privilegiei o Rio de Janeiro como cenário de identificação dos principais compositores, cantores, músicos e produtores do samba. Assim, espero ter sublinhado a importância da cidade, sem, no entanto, negar valorosos personagens de outros estados. O baiano Dorival Caymmi, o paulista Adoniran Barbosa e o gaúcho Lupicínio Rodrigues, entre outros, são nomes que não podem faltar quando se pretende fazer um breve painel da história do samba. Este trabalho, diga-se, não almeja contemplar todos os personagens que construíram a história do samba. Talvez por falta de espaço no livro, mas também por escolhas feitas conscientemente, as preferências fogem, felizmente, a cânones preestabelecidos. Por tudo isso, deixo de antemão minhas desculpas aos excluídos. Espero que curtam a leitura e que o livro os estimule a conhecer mais sobre a cultura musical da nossa terra. André Diniz Prefácio à segunda edição O papa do modernismo brasileiro, o escritor, pesquisador e musicólogo Mário de Andrade, dizia que colocamos um ponto final em um livro justamente para saber onde estão os possíveis erros. Esta nova edição do Almanaque do samba incorpora parte das críticas que o livro recebeu, extremamente procedentes. Assim, dentre outras coisas, o capítulo “O samba das escolas” foi ampliado, dando maior espaço à história do Salgueiro e examinando em mais detalhes as escolas de samba paulistas. Com isso, as informações socioculturais sobre a cidade de São Paulo foram redimensionadas. A cronologia e a bibliografia tiveram correções e inclusão de novos dados. Organizei ainda comentários sobre os instrumentos do samba e fiz uma nova seção, “O que ver?”, com indicações de filmes, abrindo o universo da sétima arte para o leitor conhecer mais sobre o samba e a música popular. Quanto à iconografia, acrescentei novas fotos, como as de Donga, Gonzaguinha, Grupo Fundo de Quintal, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, e compositores da escola de samba Salgueiro. E, claro, incluí também os músicos da “terra da garoa” que agora estão aqui retratados, como Paulo Vanzolini, Germano Mathias e Toquinho. Felizmente, com cerca de cinco meses de vida, este Almanaque do samba recebe a revisão para a segunda edição. A receptividade da imprensa e dos amantes do gênero possibilitou que o livro chegasse mesmo à lista dos mais vendidos no país; portanto, eu não poderia terminar este novo prefácio sem agradecer àqueles que contribuíram com críticas e observações para torná-lo mais completo. São eles: os jornalistas Luiz Fernando Vianna, Carlos Calado, André Luiz Mansur e Ailton Magioli; as pesquisadoras Leide Câmara, do Rio Grande do Norte, e Eulália Moreno; os leitores que contribuíram com observações pertinentes e, finalmente, mais uma vez, Diogo Cunha, vulgo Pagodinho, Rita Jobim e Juliana Lins, seis mãos que representam minha borracha e minha escrita. A todos, obrigado. André Diniz • PREFÁCIO • O SAMBA, A PRONTIDÃO E OUTRAS BOSSAS U ma viagem ao mundo do samba, com direito a parar em todas as estações ligadas direta ou indiretamente ao gênero, é o que o leitor vai encontrar nesta importante obra de André Diniz. O Almanaque do samba navega do lundu ao pop-rock, passando pela canção de protesto, pelos festivais, pelo pagode paulistano e por outras tantas bossas. Ninguém escapou da profunda pesquisa que fez o autor. As mais importantes figuras do samba foram objetivamente biografadas: compositores, intérpretes e personagens. Antológicas histórias, revelações e curiosas análises também serão encontradas nesta obra. E, claro, não há de faltar polêmica. Os puristas do gênero podem até chiar aqui e ali. Nada que um “samba bom”, um botequim e uma loura gelada não curem. Assim é o espírito do samba, objeto de muitas opiniões. E opinião é o que não falta a André Diniz. Um autêntico pensador, contestador e militante do samba. Escreve com a propriedade de quem entende suas vísceras. Presença assídua em todas as rodas, vai a todos os pagodes da cidade. Há até quem diga tê-lo visto simultaneamente em várias rodas de samba. Fidelidade partidária de verdade! Mas o Almanaque do samba não pára por aí. Além de apresentar uma ampla abordagem do tema, contém uma belíssima bibliografia (com direito a comentários do autor), com indicação de dicionários, revistas, teses e ensaios, uma relação de lugares onde o samba acontece – não só no Rio de Janeiro, como também em várias cidades do Brasil –, e uma série de outras informações que farão do leitor um verdadeiro conhecedor do assunto. Trata-se de um estudo completo e bem cuidado, que inclui, ainda, uma apaixonada discografia, elaborada pelo colecionador e amante do samba Flavio Torres. É luxo só! Pontuando o texto, o leitor encontrará “boxes” recheados com deliciosas curiosidades, pérolas do nosso cancioneiro, histórias, lendas e informações sobre contextos históricos e costumes de época. Tem até a receita original de rabada com agrião! O livro ainda inclui uma primorosa seleção de imagens que ajudam a completar a viagem. Com todo esse material e com o amplo roteiro apresentado neste Almanaque do samba, ficará fácil encontrar, ouvir e desfrutar o melhor do universo do gênero. E com uma grande vantagem: sem precisar de muito dinheiro no bolso. O que explica a inclusão da palavra “prontidão” colocada no título deste prefácio. Para quem não sabe, é uma antiga gíria carioca que significa estar sem dinheiro, estar na pindaíba. Noel Rosa tinha toda a razão quando afirmou que o samba, a prontidão e outras bossas são nossas coisas, são coisas nossas. João Carlos Carino* Rio de Janeiro, novembro de 2005 _____________ * João Carlos Carino é produtor musical e apresenta o programa Roda de Choro na Rádio MEC do Rio de Janeiro.

Description:
Histórias, curiosidades, pequenas biografias de diversos bambas do samba e muitas ilustrações dão o tom cadenciado ao "Almanaque do samba", do historiador e amante do ritmo André Diniz. Seguindo o sucesso do "Almanaque do choro", o autor faz um rico passeio pela história do samba - das raízes
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