Alma Livre Michel A. Singer Titulo da edição original: The untethered soul Copyright © 2003 by Michael A. Singer, (and) New Harbinger Publications, 5674 Shattuck Ave., Oakland, CA 94609. All rights reserved. Formatação epub: Talita da Silva Rangel Direitos da edição em Português © 2009. Editora Vida & Consciência Ltda. Todos os direitos reservados. Direção de Arte: Luiz A. Casparetto Projeto Gráfico e Diagramação: Priscila Noberto Preparação e Revisão: Fernanda Rizzo Sanchez a 1 edição - Março 2009 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Singer, Michael A. Alma livre / Michael A. Singer; Tradução Brazil Translations & Solutions -- São Paulo: Centro de Estudos Vida & Consciência Editora. ISBN 978-85-7722-038-0 1. Consciência 2. Consciência - aspectos psicológicos 3. Emoções - aspectos psicológicos I. Título. 08-11840 CDD-153 Índices para catálogo sistemático: 1. Consciência: Processos mentais: Psicologia 1 53 Publicação, distribuição, impressão e acabamento Centro de Estudos Vida & Consciência Editora Ltda. Rua Agostinho Comes, 2312 Ipiranga - CEP 04206-001 São Paulo - SP Brasil Fone/Fax: (1 1) 3577-3200 / 3577-3201 E-mail: [email protected] Site: www.vidaeconsciencia.com.br MICHAEL A. SINGER Recebeu o grau de mestre em economia pela Universidade da Flórida em 1971. Durante seu trabalho de doutorado, teve um profundo despertar interior e começou a reclusão para concentrar-se na ioga e meditação. Em 1975, fundou o Templo do Universo, um centro norte-americano de ioga e meditação, onde pessoas de qualquer religião ou conjunto de crenças podem reunir-se para experimentar a paz interior. No decorrer dos anos, Singer fez contribuições importantes nas áreas de negócios, artes, educação, saúde e proteção ambiental. Ele escreveu anteriormente dois livros sobre a integração da filosofia do oriente com a do ocidente: The search for truth e Three essays on Universal law: karma, will and love. Aos Mestres Sumário AGRADECIMENTOS INTRODUÇÃO PARTE I: DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA 1. A VOZ EM SUA MENTE 2. SEU COMPANHEIRO INTERIOR 3. QUEM É VOCÊ? 4. O EGO LÚCIDO PARTE II: EXPERIMENTANDO A ENERGIA 5. ENERGIA INFINITA 6. OS SEGREDOS DO CORAÇÃO ESPIRITUAL 7. TRANSCENDENDO A TENDÊNCIA A FECHAR-SE PARTE III: LIBERTANDO-SE 8. DESPRENDA-SE AGORA OU CAIA 9. REMOVENDO SEU ESPINHO INTERIOR 10. ROUBANDO A LIBERDADE DA SUA ALMA 11. DOR, O PREÇO DA LIBERDADE PARTE IV: INDO ALÉM 12. ROMPENDO BARREIRAS 13. MUITO, MUITO ALÉM 14. DESPRENDENDO-SE DA FALSA SOLIDEZ PARTE V: VIVENDO A VIDA 15. O CAMINHO DA FELICIDADE INCONDICIONAL 16. O CAMINHO ESPIRITUAL DA NÃO-RESISTÊNCIA 17. CONTEMPLANDO A MORTE 18 . O SEGREDO DO CAMINHO DO MEIO 19. OS AMOROSOS OLHOS DE DEUS REFERÊNCIAS Agradecimentos As sementes deste trabalho foram plantadas há muitos anos quando Linda Bean transcreveu alguns de meus seminários e me encorajou a escrever um livro. Pacientemente, ela trabalhou com um material arquivado por anos, até que chegou minha hora para começar a escrever. Seu compromisso e dedicação a este projeto são profundamente apreciados. Assim que comecei a escrever, Karen Entner me assistiu organizando os materiais, fazendo sugestões para o conteúdo e mantendo o manuscrito. Trabalhamos juntos para editar versão após versão até que o fluxo de palavras trouxesse um sentido de paz ao coração, mente e alma. Sua dedicação e trabalho sinceros são muito estimados e um dos sonhos de sua vida vem da realização com a publicação deste livro. E isto acima de tudo: sê fiel a ti mesmo. Assim, e tão naturalmente como a noite se segue ao dia, não serás falso para com ninguém. William Shakespeare Introdução As palavras de Shakespeare apreciadas pelo tempo, ditas por Polônio a seu filho Laerte no Ato I de Hamlet, parecem muito claras e não ambíguas. Elas nos falam que para manter as relações honestas com os outros devemos primeiro ser verdadeiros conosco. Ainda assim, se Laerte fosse totalmente honesto consigo, ele perceberia que seu pai também lhe teria dito para pegar o vento. Depois de tudo, com qual "eu" nós devemos ser fiéis? Aquele que aparece quando estamos de mau humor, ou o que se apresenta quando nos sentimos abatidos pelos nossos erros? É aquele que fala do fundo recesso do coração quando estamos deprimidos ou tristes, ou aquele que aparece durante os momentos transitórios quando a vida parece tão fantástica e clara? A partir destas questões vemos que o conceito de "eu" pode ser um pouco mais elusivo do inicialmente considerado. Talvez, se Laerte tivesse se voltado para a psicologia tradicional, teria lançado alguma luz no assunto. Freud (1927), o pai da psicologia, dividiu a psique em três partes: o id, o ego e o superego. Ele via o id como nossa natureza primária, animal; o superego como o sistema de julgamento que a sociedade instilou em nós; e o ego como nosso representante para o mundo exterior, que luta para manter um equilíbrio entre as outras duas poderosas forças. Mas isso certamente não ajudaria o jovem Laerte. Afinal, a qual dessas forças conflitantes devemos ser fiéis? Novamente, vemos que as coisas nem sempre são tão simples como parecem. Se ousarmos olhar além da superfície do termo "eu", surge a pergunta que muitos pessoas preferem não fazer: "Todos os muitos aspectos do meu ser são igualmente parte do meu 'eu' ou existe somente um eu ̵̶ e se houver, qual, onde, como e por quê?". Nos capítulos a seguir, empreenderemos uma jornada de exploração do "eu". Mas não o faremos da forma tradicional. Também não chamaremos os especialistas em psicologia ou grandes filósofos. Não discutiremos nem escolheremos entre os pontos de vista religiosos honrados pelo tempo, nem utilizaremos pesquisas de opinião das pessoas com base em estatísticas. Em vez disso, voltaremo-nos para uma única fonte que possui o conhecimento direto e fenomenal do assunto, um especialista que, a cada momento de cada dia de sua vida, colheu os dados necessários para finalmente colocar esta grande pergunta em suspenso. E esse especialista é você. Mas antes que você fique curioso ou decida que não está à altura da tarefa, é bom que fique claro que não procuramos seus pontos de vista ou opinião sobre o assunto. Também não estamos interessados nos livros que leu, aulas que assistiu ou seminários dos quais participou. Estamos interessados somente em sua experiência intuitiva de como é ser você. Não procuramos seu conhecimento, procuramos sua experiência direta. Veja, você não pode falhar, pois seu "eu" é você, a todo o momento e em todos os lugares. Simplesmente precisamos ordená-lo. Afinal, isto pode se tornar muito confuso. Os capítulos deste livro nada mais são que espelhos para ver seu "eu" sob diferentes ângulos. E, embora esta jornada que iniciaremos seja a interna, ela explorará cada aspecto de sua vida. O único requisito pedido a você é o desejo de olhar honestamente para você mesmo de forma mais natural e intuitiva. Lembre-se, se estivermos procurando a raiz do "eu", o que estamos realmente procurando é você. À medida que você for lendo as páginas, você perceberá que seu conhecimento sobre assuntos muito profundos é maior do que você julgava. O fato é que você já sabe como encontrar a si mesmo, você está apenas distraído e desorientado. Ao concentrar-se novamente, perceberá que não tem apenas a capacidade de encontrar-se, mas também de libertar-se. Escolher fazê-lo ou não depende de você. Mas ao concluir sua jornada por meio destes capítulos, não haverá qualquer confusão, nenhuma falta de poder e nenhuma acusação a outros. Você saberá exatamente o que deve ser feito. E caso escolha se dedicar à jornada em andamento da autorrealização, você desenvolverá um grande senso de respeito por quem você realmente é. Somente você apreciará a total profundidade do significado do conselho: E isto acima de tudo: sê fiel a ti mesmo. PARTE I: DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA 1. A voz em sua mente "Diga, não lembro o nome dela. Qual é o nome dela? Droga, lá vem ela. Qual era mesmo... Sally... Sue? Ela me disse ontem. O que está acontecendo comigo? Isso vai ser embaraçoso." Caso não tenha percebido, você tem um diálogo mental ocorrendo em sua cabeça que nunca para. Ele sempre continua. Você já se perguntou por que ela fala? Como ela decide o que dizer e quando dizer? Quanto do que ela diz torna- se verdadeiro? Quanto do que ela diz é mesmo importante? E se você estiver ouvindo agora: "Não sei do que você está falando. Não tenho voz alguma em minha cabeça" ̵ essa é a voz de que estamos falamos. Se você for esperto, pode aproveitar e observar de longe, examinar e conhecê-la melhor. O problema é que você está muito próximo para ser objetivo. Você precisa parar e observar sua conversa. Enquanto você dirige, ouve conversas internas do tipo: "Eu não deveria telefonar para o Fred? Eu deveria. Ai, meu Deus, não acredito que me esqueci! Ele vai ficar tão bravo. Ele pode nunca mais falar comigo. Talvez eu deva parar e ligar para ele agora mesmo. Não. Não quero parar o carro agora..." Observe que a voz assume os dois lados da conversação. Ela não se importa com o lado, desde que continue a falar. Quando você está cansado e tentando dormir, é a voz em sua cabeça que diz: "O que estou fazendo? Não posso dormir ainda, esqueci de telefonar para o Fred, lembrei-me no carro, mas não telefonei. Se não telefonar agora... ah, espere, é muito tarde. Eu não deveria telefonar para ele agora. Nem sei por que pensei nisso. Preciso dormir. Olha só, agora não posso dormir. Não estou mais cansado. Mas tenho um dia difícil amanhã e preciso acordar cedo".
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