A TÉCNICA DAS REVOLUÇÕES SOLARES ALEXANDRE VOLGUINE A TÉCNICA DAS REVOLUÇÕES SOLARES Tradução MARIA STELA GONÇALVES EDITORA PENSAMENTO São Paulo Título do original La Technique des Révolutions Solaires Copyright© by DERVY-LIVRES, 1972-1976-1979-1982-1986 Edição____________ __________________Ano 1-2-3-4-5-6-7-8-9-10 88-89-90-91-92-93-94-95 Direitos reservados EDITORA PENSAMENTO LTDA. Rua Dr. Mário Vicente, 374 - 04270 São Paulo, SP - Fone: 63 3141 Impresso em nossas oficinas gráficas SUMÁRIO Prefácio à primeira edição 7 Prefácio à terceira edição 9 Algumas palavras a meus novos leitores 11 I. Como calcular as Revoluções Solares 17 II. Uma regra freqüentemente negligenciada 25 III. O significado da orientação do mapa anual em relação ao tema natal 30 IV. O significado da orientação do Meio-do-Céu anual 41 V. As sobreposições das Casas anuais às Casas natais 48 Indicações da II Casa anual 49 Indicações da III Casa anual 51 Indicações da IV Casa anual 52 Indicações da V Casa anual 54 Indicações da VI Casa anual 56 Indicações da VII Casa anual 58 Indicações da VIII Casa anual 61 Indicações da IX Casa anual 63 Indicações da XI Casa anual 64 Indicações da XII Casa anual 66 VI. As indicações fornecidas pelos signos 69 VII. O papel dos planetas nas Revoluções Solares 74 Os significados da posição do Sol nas doze Casas anuais 75 Os significados da posição da Lua nas doze Casas anuais 78 Os significados da posição de Mercúrio nas doze Casas anuais 80 Os significados da posição de Vênus nas doze Casas anuais 82 Os significados da posição de Marte nas doze Casas anuais 83 Os significados da posição de Júpiter nas doze Casas anuais 86 Os significados da posição de Saturno nas doze Casas anuais 88 Os significados da posição de Urano nas doze Casas anuais 91 Os significados da posição de Netuno nas doze Casas anuais 94 Os significados da posição de Plutão nas doze Casas anuais 96 VIII. Os Aspectos nas Revoluções Solares 101 IX. Como determinar as datas dos acontecimentos de acordo com as Revoluções Solares 114 X. Os Trânsitos 122 XI. O movimento do Ascendente 126 XII. Um sistema suplementar de datação dos acontecimentos 133 XIII. Algumas reflexões e aforismos 158 XIV. Os sete períodos planetários 179 XV. As Revoluções Solares da morte 182 XVI. Algumas palavras a respeito da Magia Astrológica 185 XVII. Últimas observações e esclarecimentos 189 Conclusão 197 Tabela do movimento do Sol 200 Tabela de interpolação 204 Tabela das correspondências entre o Tempo Sideral e os dias do ano 205 ANEXOS 211 -Tabela dos logaritmos diurnos 212 -Nota sobre os logaritmos diurnos 213 -Revoluções Solares Siderais 215 -As Mensais 218 PREFÁCIO À PRIMEIRA EDIÇÃO Esta obra resume quinze anos de prática constante das Revoluções Solares, durante os quais procuramos definir as regras relativas à sua interpretação. Tal sistema não é somente o mais rico em deduções e o de mais fácil manejo como também aquele que melhor corresponde às exigências de nosso espírito científico. Na verdade, ele não se baseia num movimento imaginário dos astros (como todos os sistemas de direções, progressões e profecções), mas num fato astronômico: o retorno do Sol ao lugar que ocupava no momento do nascimento. Assim como ninguém nega que o ano astronômico começa quer no solstício de inverno, quer no equinócio de primavera, tampouco ninguém pode contestar a legitimidade das Revoluções Solares. Enquanto cada sistema de direções tem seus seguidores e seus adversários, em matéria de Revoluções Solares só é possível classificar todos os astrólogos em dois campos: aqueles que as praticam e aqueles que ainda não "descobriram" esse sistema. Pensamos poder suprir, através da publicação desta obra, a ausência total de livros que expliquem o uso das Revoluções Solares. Com efeito, afora um artigo de Janduz publicado em L’Astrosophie (números de novembro de 1933 a fevereiro de 1934) e nossos próprios artigos publicados em L’Unité de Ia Vie (número de março-abril de 1929) e em Le Grand Nostradamus (números 14, 16, 17 e 18), não se encontra nada de profundo e de sistemático. As livrarias oferecem atualmente cerca de quinze tratados diferentes de astrologia que explicam amplamente como se deve estabelecer o mapa natal e repetem mais ou menos as mesmas indicações a respeito de sua interpretação; nenhum desses tratados, entretanto, oferece uma explicação relativamente completa das Revoluções Solares. 7 As opiniões emitidas por vários autores sobre esse assunto provam até que ponto o sistema é desconhecido. Um único exemplo bastará para demonstrá-lo. No número 13 de Le Grand Nostradamus? um pesquisador sincero e paciente, Léon Lasson, publicou um estudo sobre Les Véritables Directions que resume os dados das estatísticas efetuadas acerca de 229 Revoluções Solares que precedem a morte. Ora, conhecendo a respeito dessas revoluções apenas algumas linhas — infelizmente bastante superficiais — de P. Choisnard, ele chega à dedução de que as Revoluções Solares não valem nada. Nós respondemos no número seguinte da mesma revista, reproduzindo uma parte de nosso artigo de L’Unité de Ia Vie que deslinda os pontos principais desse sistema e prova que as estatísticas foram feitas sem discernimento. No mês seguinte, o próprio L. Lasson reconheceu esse fato e suas novas estatísticas, baseadas na sobreposição das Casas, deram resultados que superaram a média de 40% e até mesmo a de 60%. Citaremos longamente seu estudo sobre L'Intérêt des Revolutions Solaires no decorrer de nossa obra. Devemos confessar que a desventura de L. Lasson - que, ao tomar uma falsa direção, perdeu várias semanas de trabalho — nos impeliu a preparar esta obra, a fim de poupar aos pesquisadores penosas investigações e fracassos a que estas últimas fatalmente conduzem. Esta obra pode conter alguns erros, já que ninguém é infalível, mas permite que um principiante se familiarize com esse sistema que é estritamente tradicional, pois constitui o desenvolvimento dos dados de Antoine de Villon, de Junctin de Florence e de muitos outros clássicos da astrologia. Primavera de 1937 1 Le Grand Nostradamus, revista publicada em 1934-1937, por Maurice Privat. 8 PREFÁCIO À TERCEIRA EDIÇÃO A primeira edição deste livro tinha onze capítulos, a segunda, doze e esta, catorze, o que prova que cada uma das novas edições é cada vez mais completa. Não se trata absolutamente de querer "inflar" esta obra a qualquer custo, incluindo nela o que foi publicado em outro lugar; o objetivo é oferecer novas significações seguras, descobertas e verificadas no decorrer dos doze anos que se passaram depois da tiragem anterior. Concebido como um instrumento prático de trabalho cotidiano do astrólogo, a presente obra já foi plagiada diversas vezes, o que é uma espécie de homenagem interessada prestada à sua eficácia. Trata-se de uma explicação da concepção moderna das revoluções solares, que, embora permaneça na linha tradicional,1 difere fortemente da maneira pela qual esse sistema foi praticado há alguns séculos, época em que, por exemplo, estava indissoluvelmente ligado às profecções; é possível perceber tal fato através da leitura do Traité des Révolutions Solaires, de Junctin de Florence,2 que constitui um conjunto infinitamente mais volumoso do que esta Técnica. Isso não significa absolutamente que as Revoluções Solares excluem o emprego simultâneo de outros sistemas, particularmente as direções. Somente os recém-iniciados em astrologia se contentam em fazer previsões rápidas, baseadas num método qualquer, isolado, ainda que comprovado como o é 1Ver, por exemplo, nosso artigo "De 1'intérêt des Révolutions selou Bonatis" em Les Cahiers Astrologiques nº 60, de janeiro-fevereiro de 1956. 2Publicado, em tradução integral de Charles de Camiade, em Les Cahiers Astrologiques a partir do nº 70. 9 este. Não é possível reduzir toda a astrologia aos trânsitos - como foi inutilmente tentado por alguns espíritos superficiais -, nem mesmo às Revoluções Solares - apesar de seu valor e da riqueza de suas indicações -, sem incorrer em sérios riscos de erro e de desengano. Um "astrólogo científico", adversário por princípio das direções e das revoluções - que jamais praticou, nem sequer tentou, sem preconceitos -, perdeu seu filho num acidente, sem os trânsitos significativos, o que o levou a renunciar para sempre à nossa ciência, enquanto o menino tinha um sinal característico de direções mortíferas e um retorno solar quase fatal. Existe uma hierarquia evidente dos sistemas previsionais que se encaixam uns nos outros e que vão das direções, dos ângulos horoscópicos e das progressões aos sistemas mais rápidos. Cada um desses sistemas tem sua razão de ser profunda, cuja explicação filosófica extrapola os quadros deste manual.3 As Revoluções Solares ocupam um lugar central nessa hierarquia, o que provavelmente explica por que elas fornecem as previsões mais numerosas, embora não possam desfazer completamente aquilo que é indicado pelas direções. Elas podem atenuá-las ou reforçá-las e, em cada caso particular, é necessário chegar a uma síntese harmoniosa, a única que possibilita uma previsão justa. A arte daquele que pratica a astrologia consiste justamente nessa síntese. Em certos casos, é possível fazer um estudo anual detalhado sem direções - o que não é absolutamente recomendado, ainda que haja anos muito pobres em configurações dessa categoria - mas, na verdade, não há maneira pela qual se pudesse fazer um estudo sério sem Revoluções Solares. 31 de janeiro de 1958 3 Ver, por exemplo, a explicação dada por E. Caslant em seu estudo sobre "Les Lacunes de l'Astrologie Contemporaine" (Les Cahiers Astrologiques, n- 69, de julho-agosto de 1957). 10
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