PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM PSICOLOGIA CLÍNICA NÚCLEO DE ESTUDOS JUNGUIANOS ALEXANDRE SCHMITT A LINGUAGEM DOS ARQUÉTIPOS: UM DIÁLOGO ENTRE A PSICOLOGIA JUNGUIANA E A LINGUÍSTICA COGNITIVA SÃO PAULO 2011 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO ALEXANDRE SCHMITT A LINGUAGEM DOS ARQUÉTIPOS: UM DIÁLOGO ENTRE A PSICOLOGIA JUNGUIANA E A LINGUÍSTICA COGNITIVA Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em Psicologia Clínica sob a orientação da Profª. Doutora Liliana Liviano Wahba. SÃO PAULO 2011 ERRATA SCHMITT, Alexandre. A linguagem dos arquétipos: um diálogo entre a Psicologia Junguiana e a Linguística Cognitiva. São Paulo, 2011. Tese de Doutorado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Página Linha Onde se lê Leia-se 28 21 confrontados. melhor elucidados. 28 27 dessa analogia. Uma aproximação do dessa analogia. conceito de arquétipo com o conceito de Modelo Cognitivo Idealizado de Lakoff (1987) será sugerida. 41 4 não-focais não focais 50 37 da experiência da experiência, 56 16 humans humanas 58 20 expô-la aqui antes de se comparar o expô-la aqui. Inconsciente Cognitivo e o inconsciente junguiano no sétimo capítulo deste trabalho. 66 30 perdemos o equilíbrio o equilíbrio 70 4 imagétioco imagético 71 5 Mondrian serão Mondrian, serão 74 23 como em pelo como, em pelo 80 14 considera-se ser se consideram serem 81 01 pensardos pensar dos 82 31 imagine-se imaginem-se 86 17 Edelman (1987) Edelman (1987), 90 27 “passar”)) são utilizadas “passar”) são utilizadas) 98 26 trabalham, trabalham 129 23 onceitual Conceitual 133 07 de chutar de chutar, 148 36 ela se mostrará adequada elas se mostrarão adequadas 148 37 utilizada utilizadas 158 11 um conhecimento existente conhecimentos existentes 193 07 encarnada corporificada 193 09 encarnada corporificada 193 18 desencarnada descorporificada 193 31 encarnada corporificada 199 11 encarnada corporificada 200 38 encarnação corporificação 207 36 decalrações declarações 214 32 pretenção pretensão 215 34 por ela Por elas 228 09 daqueles viam daqueles que viam 230 41 durantes durante 233 39 contas contra 236 22 materialimo materialismo 237 05 díferentes diferentes 237 35 deve-se se deve 237 37 têm-se tem-se Página Linha Onde se lê Leia-se 239 36 descritas descritos 245 21 primero primeiro 248 18 possam ser consideradas científicas possa ser considerada científica 250 41 ! ” 251 14 (2005) (2005), 252 47 não-psíquica não psíquica 253 22 a a o 257 17 por si só por si só, 261 41 encontrava-se se encontrava 262 04 todos todas 262 23 Uam Uma 263 12 desse deste 280 01 poder-se-ia se poderia 280 02 e outros de outros 280 27 faltam falta 280 28 atribuídas atribuída 282 21 como por exemplo, como, por exemplo, 283 09 unca nunca 283 11 podria poderia 283 21 possam possa 283 26 imagéticos teriam Imagéticos não teriam 298 13 a por 298 42 repetir repetir. 305 27 inconsciente inconscientes 318 26 processo processos 319 43 consera conserva 319 50 correspondendo constituindo 321 20 sitema sistema 323 26 individuo indivíduo 326 38 possam, possam 333 06 não-sensível não sensível 334 18 falta-lhe faltar-lhe 334 38 ao passo que ao passo que, 334 39 instância instância, 335 02 eperiência experiência 335 02 t’ras trás 335 28 claros; claros 336 35 meidante mediante 339 35 com ose como se ALEXANDRE SCHMITT A LINGUAGEM DOS ARQUÉTIPOS: UM DIÁLOGO ENTRE A PSICOLOGIA JUNGUIANA E A LINGUÍSTICA COGNITIVA Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em Psicologia Clínica sob a orientação da Profª. Doutora Liliana Liviano Wahba. Banca Examinadora: __________________________________ Profª Drª. Denise Gimenez Ramos – PUC/SP __________________________________ Prof. Dr. Durval Luiz de Faria – PUC/SP __________________________________ Prof. Dr. Joel Sales Giglio – UNICAMP __________________________________ Profª. Drª. Lilian Vieira Ferrari – UFRJ __________________________________ Profª Drª. Liliana Liviano Wahba – PUC/SP Para meu pai. AGRADECIMENTOS À CAPES, por ter me propiciado a realização de parte de minha pesquisa, durante os três primeiros anos de duração de meu curso de doutorado. À Liliana Liviano Wahba, minha orientadora, pela leitura cuidadosa e atenta e pelo apoio. À querida Lilian Vieira Ferrari, por ter me apresentado à Linguística Cognitiva, pela constante disponibilidade, pelo incentivo, pelas aulas e pelas discussões na hora do almoço, o meu enorme agradecimento. A Esther Martins Moreira, Ana Paula Rodrigues Mittelbach, Luciana Barbosa Viana, Mariana Reis Barcellos, Viviane Cássia Heimburger Richardson e Maria Paula Fagundes Capobianco, orientandas e colegas de grupos de estudo, pelas inúmeras discussões e insights acerca dos temas tratados nesta tese. A Airto Schmitt e Léa Maria de Abreu Schmitt, meus pais, pelo amor e apoio incondicionais. Aos meus queridos pacientes e alunos. Ter uma cosmovisão significa formar uma imagem do mundo e de si mesmo, saber o que é o mundo e quem sou eu. Tomado ao pé da letra, isto seria exigir demais. Ninguém pode saber o que é o mundo, nem tampouco quem é ele próprio. Mas, cum grano salis, isto significa o melhor conhecimento possível. Ora, o melhor conhecimento possível exige saber e detesta suposições infundadas, afirmações arbitrárias e opiniões autoritárias, mas procura a hipótese bem fundada, sem esquecer que qualquer saber é limitado e está sujeito a erros. Se a imagem que formamos a respeito do mundo não tivesse um efeito retroativo sobre nós, poderíamos contentarnos com um simulacro belo ou divertido. Mas a autodecepção repercute sobre nós próprios, tornando-nos irreais, estúpidos e inúteis. Como lutamos com uma imagem ilusória do mundo, somos subjugados pelo poder soberano da realidade. Deste modo, aprendemos pela experiência, como é importante e essencial termos uma cosmovisão bem fundamentada e cuidadosamente estruturada. Uma cosmovisão é uma hipótese e não um artigo de fé. O mundo modifica a sua face – “tempora mutantur et nos in illis” (“os tempos mudam e nós com eles”) – pois só podemos apreender o mundo em uma imagem psíquica, e nem sempre é fácil decidir quando a imagem muda: se foi o mundo que mudou ou se fomos nós, ou uma coisa e outra. A imagem do mundo pode mudar a qualquer tempo, da mesma forma como o conceito que temos de nós próprios também pode mudar. Cada nova descoberta, cada novo pensamento pode imprimir uma nova fisionomia ao mundo. É preciso termos isto diante dos olhos, senão, de repente, ver-nos-emos em um mundo antiquado, que é, ele próprio, um resto ultrapassado de níveis inferiores da consciência. Todos nós um dia haveremos de morrer, mas é do interesse da vida adiar o mais que possível este momento; mas só conseguiremos isto, se jamais permitirmos que a imagem que formamos do mundo se petrifique. Pelo contrário, cada nova ideia deve ser provada, para ver se acrescenta alguma coisa ou não à nossa cosmovisão. CARL GUSTAV JUNG Psicologia Analítica e Cosmovisão RESUMO SCHMITT, Alexandre. A linguagem dos arquétipos: um diálogo entre a Psicologia Junguiana e a Linguística Cognitiva. São Paulo, 2011. Tese de doutorado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Este estudo tem como objetivo fazer uma releitura de alguns dos principais conceitos da Psicologia Junguiana à luz da Linguística Cognitiva, em especial, da teoria dos esquemas imagéticos, da metáfora conceitual, da metonímia conceitual e da mesclagem conceitual e apresentar a Linguística Cognitiva como um campo de estudo que pode fornecer importantes contribuições teóricas e práticas à Psicologia Junguiana. Organizado em dez capítulos, o estudo começa com uma breve introdução em que é apresentada uma revisão das bibliografias junguiana e psicanalítica que fazem uso de conceitos da Linguística Cognitiva, seguindo-se a ela um capítulo com uma concisa introdução histórica acerca da Linguística Cognitiva em que alguns pressupostos desse campo de investigação são expostos e comparados com outras abordagens teóricas da Linguística. No capítulo terceiro, são introduzidos os conceitos de Realismo Corporificado, de mente corporificada e de Inconsciente Cognitivo, que sustentam a visão de mundo e a epistemologia da Semântica Cognitiva. No capítulo quarto, é exposta a Teoria dos Esquemas Imagéticos dando-se uma ênfase na sua inspiração kantiana. No quinto capítulo, são apresentados de forma sucinta a Teoria da Metáfora Conceitual, já na sua versão de Teoria Integrada da Metáfora Primária, e aspectos introdutórios da Teoria da Metonímia Conceitual. No capítulo seguinte, são introduzidas a Teoria dos Espaços Mentais e da Mesclagem Conceitual. No capítulo sétimo, faz-se uma comparação entre a ontologia e a epistemologia da Semântica Cognitiva e as suas contrapartes junguianas. No capítulo oitavo, é analisada a equiparação feita por Jean Knox entre o conceito junguiano de arquétipo e o conceito da Linguística Cognitiva de esquema imagético. No nono capítulo, os conceitos junguianos de signo, alegoria, símbolo, pensamento, razão e fantasia são analisados à luz das teorias apresentadas nos capítulos anteriores. Algumas das conclusões advindas dessa análise, apresentadas no último capítulo da tese, são: (1) a oposição entre consciente e inconsciente preconizada por Jung em boa parte de sua obra não é tão radical, havendo sempre uma dimensão inconsciente e subliminar em todos os conceitos; (2) a divisão entre pensamento dirigido e pensamento não dirigido tal como estipulada por Jung em 1911, quando da publicação do seu Psicologia do Inconsciente, não se sustenta face às pesquisas e formulações da Linguística Cognitiva; (3) a Linguística Cognitiva pode oferecer à Psicologia Junguiana uma base teórica para a formulação de uma teoria corporificada do símbolo. Palavras-chave: Psicologia Junguiana. Linguística Cognitiva. Arquétipo. Símbolo. Metáfora conceitual. ABSTRACT SCHMITT, Alexandre. The Language of Archetypes: a Dialogue between Jungian Psychology and Cognitive Linguistics. São Paulo, 2011. Doctoral Thesis. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. The objective of this study is to review some of the main concepts of Jungian Psychology from the perspective of Cognitive Linguistics, using, specially, the image schemas theory, the conceptual metaphor theory, the conceptual metonymy theory and the conceptual blending theory, and to introduce Cognitive Linguistics as a field of study that can render important theoretical and practical contributions to Jungian Psychology. Organized in ten chapters, the study begins with a brief introduction where a revision of the Jungian and the psychoanalytic literatures that make reference to concepts from Cognitive Linguistics is made, followed by a chapter that contains a concise historical introduction to Cognitive Linguistics where some of the assumptions of this field of research are exposed and compared to other theoretical approaches to linguistics. The third chapter introduces the concepts of Embodied Realism, embodied mind and Cognitive Unconscious, which support Cognitive Semantics’ ontology and epistemology and, in the fourth chapter, the Image Schemas Theory is exposed with an emphasis on its Kantian inspiration. The fifth chapter succinctly presents the Conceptual Metaphor Theory, including its integrated primary metaphor version, and some introductory aspects of the Conceptual Metonymy Theory. The following chapter introduces the Mental Spaces and the Conceptual Blending Theory. In the seventh chapter, a comparison between the Cognitive Semantics’ ontology and epistemology and its Jungian counterparts is made. In the eigth chapter, the equiparation made by Jean Knox (2005) between the Jungian concept of archetype and the Cognitive Linguistics’ concept of image schemas is analyzed. In the ninth chapter, the following Jungian concepts – sign, allegory, symbol, thought, reason and phantasy – are analyzed based on the theories presented in the previous chapters. Some of the conclusions of this analysis, presented in the last chapter of this thesis, are: (1) the opposition between consciousness and unconscious advocated by Jung in most of his works is not so radical: there is always an unconscious and subliminal dimension in all concepts; (2) the division between directed thinking and undirected thinking as stipulated by Jung in 1911, when his Psychology of the Unconscious was published, cannot be sustained in the face of the researches and formulations of Cognitive Linguistics; (3) Cognitive Linguistics can offer to Jungian Psychology a theoretical basis for the formulation of an embodied theory of the symbol. Keywords: Jungian Psychology. Cognitive Linguistics. Archetype. Symbol. Conceptual metaphor.
Description: