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Alexandre Israel-Pinto - O uso de substâncias psicoativas: história, aprendizagem e autogoverno PDF

97 Pages·2012·1.09 MB·Portuguese
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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA ALEXANDRE ISRAEL-PINTO O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: HISTÓRIA, APRENDIZAGEM E AUTOGOVERNO MARINGÁ 2012 2 ALEXANDRE ISRAEL-PINTO O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: HISTÓRIA, APRENDIZAGEM E AUTOGOVERNO Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Psicologia do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Estadual de Maringá, como um dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Psicologia. Área de Concentração: Constituição do Sujeito e Historicidade. Orientador(a): Prof(a). Dr(a). Maria Júlia Lemes Ribeiro MARINGÁ 2012 3 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte autoral: (ISRAEL-PINTO, 2012). 4 5 DEDICATÓRIA Sempre à minha avó judia, Vergília L. de Israel (z"l), que me ensinou os primeiros passos e me deu por herança o sobrenome Israel. 6 AGRADECIMENTOS Primeiramente a D'us e ao universo criador, com suas contingências, por me permitirem finalizar este trabalho. Pois se, pela benevolência da força, fui bem-sucedido; sinto-me plenamente recompensado por meus esforços. A minha mãe, Hilda Israel Martins Pinto (z"l), que me deu limites com severa doçura, e em especial, ao meu pai, José Pinto, que como pedreiro, me ensinou uma verdade muito simples – “não se começa assentar os tijolos sem antes edificar o alicerce e o baldrame do projeto”. Ao meu irmão, André Israel-Pinto, que me ajudou na aquisição das obras literárias de língua espanhola e pela amizade compartilhada de dois irmãos que têm uma herança a zelar. A minha querida companheira, Nilda Emiko Nozaki Israel, que cedeu seu tempo e sua companhia para que eu pudesse trabalhar neste conteúdo. A minha orientadora, professora Maria Júlia Lemes Ribeiro, pelo acolhimento e confiança ao longo dessa trajetória. E, também, aos professores: José Antônio Damásio Abib e Rozilda das Neves Alves, por aceitarem participar da Banca Examinadora e da Defesa Pública, deste trabalho, apontando ricas sugestões e esclarecendo dúvidas que vieram à tona. A todos os professores, que me transmitiram seus conteúdos, proporcionando-me seus conhecimentos durante todo este percurso e, com particular carinho, aos professores e amigos: Ailton José Morelli, Miryam Mager e Verônica Regina Müller, por terem me ensinado muito mais com suas práticas do que somente em teoria. A psicóloga e amiga, Josy Cristine Martins, pelo suporte acadêmico em análises difíceis de textos e artigos de língua inglesa, bem como em momentos de descontração ao me acompanhar nos “cafés”, na cantina do “RU”, no campus universitário. Ao médico e amigo, Wanderley Cadamuro, que com propriedade me transmitiu seus conhecimentos médicos, sobre as substâncias psicoativas, na especialização em saúde mental. As minhas colegas de sala, com quem compartilhei momentos agradáveis, Carolini Cassia Cunha e Rhayane Lourenço da Silva. Pois, sentirei saudades das conversas jogadas fora (no R.U.), das descobertas que fizemos juntos, das discussões, e até das “brigas” (risos). Agora, cada uma vai seguir a sua vida, talvez, continuemos a nos encontrar (é o que desejo). A todos que direta ou indiretamente, contribuíram para que esse estudo pudesse ser realizado. 7 Abaporu – Pintura de Óleo, Tarsila do Amaral (1929). “You can't enforce happiness. You can't in the long run enforce anything. We don't use force!” B. F. Skinner (1948, p. 149) 8 ISRAEL-PINTO, Alexandre. O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: HISTÓRIA, APRENDIZAGEM E AUTOGOVERNO. (96f.). Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Estadual de Maringá. Orientadora: Profª. Drª. Maria Júlia Lemes Ribeiro. Maringá, PR, 2012. RESUMO O presente estudo surge da hipótese de que existem lacunas, entre o conhecimento científico e a prática dos saberes, que dificultam o bom desempenho de profissionais da educação, saúde e segurança, que buscam investigar, discutir e/ou, até mesmo, repensar o uso de substâncias psicoativas. Diante dessa questão, partindo do entendimento de que os indivíduos se comportam de acordo com as relações estabelecidas com o outro (seja esse outro indivíduo e/ou instituição) e, ainda, que é nessa relação que consideramos localizar o objeto da psicologia, isto é, o comportamento humano (e esse é datado e balizado por sua história e ambiente), esta pesquisa sugere uma reflexão sobre a relação atual dos indivíduos com as substâncias psicoativas, com vistas a contribuir com mais um ensaio que procura desmitificar antigos paradigmas acerca desta temática. Para viabilizar o estudo, buscamos aporte na pesquisa bibliográfica que abarcou leituras e análises de teóricos que transitam pelas alas temáticas envolvidas no desenvolvimento desta dissertação como: as substâncias psicoativas, a análise comportamental, a prática social do uso das substâncias psicoativas e a educação para a autonomia/autogoverno. Discutimos, ao longo de três capítulos e das considerações a título de finalização, as relações existentes no comportamento de fazer uso e abuso de “drogas”. Por fim, focamos o autogoverno como uma alternativa possível para o indivíduo tornar-se um ser humano mais consciente, capaz de se autogovernar e, consequentemente, estar habilitado a enfrentar e resolver conflitos no seu ambiente, bem como promover a sobrevivência das culturas e da espécie. Palavra-chave: substâncias psicoativas; uso e abuso; história; aprendizagem; autogoverno. 9 ISRAEL-PINTO, Alexandre. THE USE OF PSYCHOACTIVE SUBSTANCES: HISTORY, LEARNING AND SELF-GOVERNMENT. (96f.). Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Estadual de Maringá. Orientadora: Profª. Drª. Maria Júlia Lemes Ribeiro. Maringá, PR, 2012. ABSTRACT This study arises from the hypothesis that there are gaps between the scientific knowledge and the practice of knowledge, which makes it difficult for professionals in education, health and safety to have a good performance when seeking to investigate, discuss and/or even to reconsider the use of psychoactive substances. With that in mind, based on the understanding that individuals behave according to the relations established with others (which can be an individual and/or an institution) and furthermore, that it is in this relationship that we consider finding the object of psychology, namely, the human behavior (which is dated and defined by their history and environment), this research suggests a reflection on the current relationship of individuals with psychoactive substances, in order to contribute with the attempt to demystify old paradigms concerning this subject. To enable the study, we sought input in bibliographic research that included readings and the analysis from theorists that circulate around the subjects involved in the development of this dissertation, such as: psychoactive substances, behavioral analysis, the social practice of psychoactive substances usage, and education for autonomy/self-government. We discussed, over three chapters and final considerations, the existing relationships involving behaviors of use and abuse of "drugs". Finally, we focus on self-government as a possible alternative for individuals become a more conscious human being, capable of governing themselves and, therefore, able to confront and resolve conflicts in their environment, as well as to promote the survival of cultures and species. Keyword: psychoactive substances, use and abuse, history, learning, self-government. 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 10 1. – SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS.................................................................................. 15 1.1. – Historicidade e aspectos gerais do uso de substâncias psicoativas........................... 15 1.1.1. – Da pré-história ao século XIX.................................................................................... 15 .. 1.1.2. – Do século XX à contemporaneidade .......................................................................... 31 .. 1.2. – Substâncias psicoativas lícitas e ilícitas....................................................................... 34 1.3. – Uso, abuso e dependência de substâncias psicoativas................................................ 36 2. – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO.......................................................................... 40 2.1. – Trajetória inicial da obra de B. F. Skinner............................................................... 40 . 2.2. – B. F. Skinner, além dos laboratórios.......................................................................... 45 2.2.1. – Teoria da aprendizagem.............................................................................................. 53 2.2.2. – Uso de substâncias psicoativas como um comportamento aprendido........................ 57 . 3. – PRÁTICA SOCIAL DO USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS........................ 62 3.1. – O uso de substâncias psicoativas entre jovens........................................................... 62 3.2. – Abuso de substâncias psicoativas como resposta à sociedade de consumo............. 66 3.3. – Possibilidade de desenvolver o autogoverno.............................................................. 74 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................ 82 . REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 87

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Por fim, focamos o autogoverno como uma alternativa possível para o na Índia e posteriormente na China, onde recebeu o nome de o-fu-yung.
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