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ALEXANDRE FELIPE FIUZA ENTRE UM SAMBA E UM FADO PDF

360 Pages·2006·1.12 MB·Portuguese
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ALEXANDRE FELIPE FIUZA ENTRE UM SAMBA E UM FADO: a censura e a repressão aos músicos no Brasil e em Portugal nas décadas de 1960 e 1970 ASSIS 2006 2 ALEXANDRE FELIPE FIUZA ENTRE UM SAMBA E UM FADO: a censura e a repressão aos músicos no Brasil e em Portugal nas décadas de 1960 e 1970 Tese apresentada à Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP – Universidade Estadual Paulista para a obtenção do título de Doutor em História (História e Sociedade). Orientadora: Dr.ª Flávia Arlanch Martins de Oliveira. ASSIS 2006 3 FIUZA, Alexandre Felipe. Entre um samba e um fado: a censura e a repressão aos músicos no Brasil e em Portugal nas décadas de 1960 e 1970. 2006. Tese de Doutorado em História – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Assis. RESUMO Esta tese aborda a censura e a repressão aos músicos no Brasil e em Portugal durante as décadas de 1960 e 1970, período em que ambos se encontravam em ditadura. Tal pesquisa foi realizada a partir da consulta e análise do material obtido junto à antiga documentação das polícias políticas, no caso brasileiro, os arquivos do DOPS – Departamento de Ordem Política e Social dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Paraíba, e, no caso português, do Arquivo da PIDE/DGS – Polícia Internacional de Defesa do Estado/ Direcção-Geral de Segurança, sediado na Torre do Tombo, em Lisboa. No campo da Censura, foram consultados documentos no Arquivo Nacional em Brasília e no Rio de Janeiro, particularmente, do Fundo DCDP - Divisão de Censura de Diversões Públicas. Além da análise do controle exercido sobre os músicos, também foi realizada a comparação entre as canções produzidas neste mesmo período, bem como examinada, ainda que brevemente, a recepção pelo público deste mesmo cancioneiro. Mediante a apreciação da bibliografia e da realização de entrevistas com músicos portugueses e brasileiros foi estabelecida uma comparação em relação à documentação oficial encontrada nos arquivos e à versão dos músicos. Além disso, a partir desta documentação dos órgãos de repressão, foram observadas as relações entre as polícias políticas dos dois países e suas atividades de vigilância de seus respectivos exilados. Por fim, houve ainda uma preocupação específica com os casos de músicos exilados e suas atividades políticas e artísticas nestes dois países. PALAVRAS-CHAVE Censura, ditadura e ditadores, exílio, músicos, música popular 4 FIUZA, Alexandre Felipe. Entre um samba e um fado: a censura e a repressão aos músicos no Brasil e em Portugal nas décadas de 1960 e 1970. 2006. Tese de Doutorado em História – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Assis. ABSTRACT This Doctoral thesis focuses on the censorship and repression of musicians in Brazil and in Portugal in the 60’s and the 70’s, when both countries were dictatorial regimes. The data analyzed was obtained in the files of the former political police forces, the Brazilian DOPS - Departamento de Ordem Política e Social in the states of Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco and Paraíba, and the Portuguese PIDE/DGS – Polícia Internacional de Defesa do Estado/ Direcção-Geral de Segurança, with its headquarters at the Torre do Tombo, in Lisbon. To look into censorship matters, documents from the Arquivo Nacional in Brasília and in Rio de Janeiro, especially from the Fundo DCDP - Divisão de Censura de Diversões Públicas, were analyzed. Besides the analysis of the control exerted over the musicians, a comparison of the songs composed in the same period was produced. It was also observed, however in a brief manner, how those songs were received by the public. A comparison between the official documents found in the files and the version presented by the musicians was made by means of the review of the bibliography and interviews with Brazilian and Portuguese musicians. The analysis of the documents of the organs of repression also made it possible to observe the relations between the political police forces of both countries and their surveillance activities over each other’s exiles. Finally, especial attention was given to exiled musicians and their political and artistic activities in both countries. KEYWORDS Censorship, dictatorship and dictators, exile, musicians, popular music 5 Dedicada a José Afonso, Carlos Paredes e Salgueiro Maia pelo que representam para a história portuguesa contemporânea e aos músicos exilados aqui lembrados. 6 AGRADECIMENTOS Ao CNPq pela bolsa de doutorado e pela bolsa sanduíche em Portugal. À UNIOESTE que possibilitou o afastamento para o doutorado. À minha orientadora Drª. Flávia Arlanch que me auxiliou em suas pontuais sugestões e na autonomia que me concedeu, ao co-orientador Prof. Dr. Antonio Celso Ferreira pela aposta nesta pesquisa, à Drª. Isabel Loureiro que me emprestou os primeiros discos dos cantores portugueses aqui abordados. Ao professor Francisco Martinho pelo empréstimo dos livros sobre a história portuguesa contemporânea. À Banca Examinadora por ter aceitado o convite e ter tido paciência em ler esta tese. Aos professores que ministraram disciplinas no Doutorado: Drª. Zélia Lopes da Silva e Dr. Claudinei Mendes. Às funcionárias da Secretaria de Pós-Graduação. À minha amiga Ernesta Zamboni. Ao Carlos Marx Freitas, funcionário do Arquivo Nacional de Brasília, aos técnicos da Torre do Tombo, em especial ao Paulo Tremoceiro, aos amigos dos cursos de Pedagogia e de História da UNIOESTE, aqueles que me concederam valiosos depoimentos: Viriato Teles, Vitorino, Alípio de Freitas, Geraldo Azevedo (em sua característica amabilidade), aos atenciosos José Jorge Letria e Manuel Freire, Francisco Fanhais, José Mário Branco, João Afonso (sobrinho do Zeca), Sérgio Godinho, Ivan Lins, João Bosco, Ricardo Vilas (ainda pelos livros e discos), Raul Ellwanger (também pelos livros e discos, além de ter sido um dos primeiros a me indicar o mapa da mina que me levou ao grupo musical Caldo de Cana), Paulo Thiago, Eliana Lorentz Chaves (Nana Chaves), Ruy Faria (ex-MPB-4), Leopoldo Paulino (pelo seu livro), Abílio Manoel, Dércio Marques, Frederico Mendonça (ou Fredera do Som Imaginário, pelos capítulos ainda inéditos da nova edição revista de seu livro). Aos amáveis Carlos do Carmo e Urbano Tavares Rodrigues. Ao António Loja Neves, ao Prof. Dr. João Medina (pelos livros e aulas). Em particular, aos amigos Luís Cília (pelos inúmeros discos), Benedicto (pela hospitalidade, documentação e discos oferecidos) e Maite, Cristina 7 Porta (minha fada madrinha), Prof. Dr. Sérgio Campos Matos (amigo e orientador do estágio em Portugal), Ana Bela querida companheira portuguesa das batalhas cotidianas, Dona Máxima e sua filha Helena, pelo carinho em nos receber em Lisboa. Ao meu amigo José Rogério Licks (pelos seus discos, por ter dividido sua história comigo e por ser o inspirador de meu interesse pela história dos músicos exilados). Aos amigos do lado de cá da ponte (do Paraná) Ricardo Denchuski (companheiro nas viagens musicais) e Jane, João Carlos, Mara, Geórgia, Laerson, Paula, Gabriela, Alessandra, Luinei, Patrícia, Luiz Fernando, Flávio e a toda minha família. Ao apoio especial de minha esposa Adriana, companheira em todas as etapas deste trabalho, e ao meu filho Antonio, nascido em meio a este turbilhão. 8 SIGLAS Brasil: AI – Ato Institucional ALN – Aliança Libertadora Nacional AP – Ação Popular ARENA – Aliança Renovadora Nacional CENIMAR – Centro de Informações da Marinha CIEX – Centro de Informações do Exército CISA – Centro de Informações da Aeronáutica CPC – Centro Popular de Cultura CSC – Conselho Superior de Censura DEOPS – Departamento Estadual de Ordem Política e Social DCDP – Divisão de Censura e Diversões Públicas (órgão central) DCE – Diretório Central de Estudantes DINP – Departamento de Informática da Polícia Civil (Rio Grande do Sul) DOI-CODI – Centro de Operações de Defesa Interna/ Destacamento de Operações de Informações DOPS – Departamento de Ordem Política e Social DSI – Divisão de Serviços de Informações FIC – Festival Internacional da Canção MAU – Movimento Artístico Universitário MEC – Ministério da Educação e Cultura P2 – Polícia Reservada PC do B – Partido Comunista do Brasil PRT – Partido Revolucionário dos Trabalhadores SAELPA – Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba SCDP – Serviço de Censura e Diversões Públicas (escritórios regionais) SNI – Serviço Nacional de Informações UNE – União Nacional dos Estudantes 9 Portugal: AJA – Associação José Afonso ARA – Acção Revolucionária Armada BR – Brigadas Revolucionárias CEI – Casa dos Estudantes do Império DGI – Direcção-Geral da Informação DGS – Direção Geral de Segurança FAP – Frente de Acção Popular FNAT – Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho GNR – Guarda Nacional Republicana IAN/ TT – Instituto dos Arquivos Nacionais/ Torre do Tombo LP – Legião Portuguesa LUAR – Liga de União e Acção Revolucionária MP – Mocidade Portuguesa MUD – Movimento de Unidade Democrática OMEN – Obra das Mães pela Educação Nacional PCP – Partido Comunista Português PIDE – Polícia Internacional e de Defesa do Estado PJ – Polícia Judiciária PREC – Processo Revolucionário em Curso PSP – Polícia de Segurança Pública RTP – Radio e Televisão de Portugal SNI – Secretariado Nacional de Informação SPE – Sociedade Portuguesa de Escritores SPN – Secretariado de Propaganda Nacional UN – União Nacional 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................................11 CAPÍTULO 1: A CENSURA.................................................................................................. 42 1.1: A Censura portuguesa: essa câmara de torturar palavras.................................... 50 1.2: A Censura brasileira: você corta um verso, eu escrevo outro............................... 87 CAPÍTULO 2: A REPRESSÃO............................................................................................ 140 2.1: A repressão portuguesa: ouvem-se os gritos, na noite abafada.......................... 160 2.2: A repressão brasileira: por isso cuidado, meu bem, há perigo na esquina .................................................................................................................................................188 CAPÍTULO 3: A CANÇÃO ..................................................................................................267 3.1: A canção portuguesa: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.................. 275 3.2: A canção brasileira: e no entanto é preciso cantar..............................................292 CONCLUSÃO .......................................................................................................................300 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................305 DISCOGRAFIA .....................................................................................................................327 LEVANTAMENTO DE FONTES/ PESQUISA DE CAMPO..............................................331 ANEXOS ...............................................................................................................................337

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