• LEITURAS FlLOSÓFlCAS Os escritos de· WUUam James figuram entre os clássicôs da psicologia e da filosofia do~s~cuto XX. Nenhum outt:o pensador dernonstrotf ~amanho talento para fundir uma r:nente "científica .. com a _.:: ... inqoietação espiritual. J R vontade de crer.é-para muitos. a maior ' expressão dess~capacidade de fusão e . se afirmdu no decorrer do temoo como a . rl)ais completa e _coer.f'nte afirmação da necessidade da fé·na era moderna . ... · -~ . Neste ensaio. Williarri ·James procede à ,. união de sua ciêri:cia e de sua filosofia numa da fé religiosa. aflrmação~positiva ,. . R VONTBDE DE ~CRER ·- ISDN: - 85-15-02252~4 11 1111 Ulll~ ~· I 788515 022526 {,) ,..-., ' WlLUAM JAMES ·~G LEITURAS FILOSÓFICAS Aristóteles e o logos Barbara Cassm Aristóteles no século XX Enrico Berti Filosofia da Ciência, 2" ed. Rubem Alves A metáfora viva Paul Ricoeur O niilismo Franco Volpi O oftc1o do filósofo estóico Rachd Gazolla A ordem do discurso, 6a ed. Michel Foucault Que t a filosofia amiga Tradução: Pierre Hadot Cecília Camargo Bartalotti As razões de Aristóteles Enrico Berti Saber dos antigos terapia para os tempos atuais Giovanni Reale Sete lições sobre o ser jacques Maritain Transfonnaçào da filosofia, vol. 1 Kar1-0 tto Apel Transformação da filosofia, vol. 2 Karl-Otto Apel A vontade de crer William ]ames í .. Título original: The Wil/ to Believe Conferência dirigida aos grêmios filosóficos da Universidade de Yale e Brown University, publicado em 1896. Diagramação Ronaldo Hideo lnoue Preparação Maurü:iJJ Balthazar Leal Revisão Renato Rocha Edições Loyola Rua 1822 no 347 - Ipiranga 04216-000 São Paulo, SP Caixa Postal 42.335 - 04299-970 São Paulo, SP 7 c{;.: (0**11) 6914-1922 ~: (O** 11) 6163-4275 Home page e vendas: www.loyola.com.br Editorial: loyola@ loyola.com.b r Vendas: [email protected] Todos os direitos reservados. 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O professor, um ceno Mr. Guest, costumava conversar com seus alunos nos seguintes termos: "Gumey, qual é a dife rença entre justificação e santificação? - Stephen, prove a onipotência de Deus!" etc. Em meio ao nos· so livre-pensar e à nossa indiferença "harvardianos", somos inclinados a imaginar que aqui, nesta boa e velha universidade ortodoxa, as conversas continuam a ser um pouco dessa e, para mostrar a vocês ordem~ que nós, em Harvard, não perdemos todo o interesse por esses temas vitais, trouxe comigo esta noite algo como um sermão sobre a justificação pela fé para ser lido- ou melhor, um ensaio sobre a justificação da fé, uma defesa do nosso direito a adotar uma atitude de crença em questões religiosas,. mesmo que nosso --···-·- 7 William James A Vontade de Crer intelecto meramente lógico talvez não tenha sido como os eletricistas falam de fios vivos e morros, compelido a isso. A vontade de crer, por conseguinte, falaremos das hipóteses como vivas ou mortas. Uma é o título deste trabalho. hipótese viva é a que aparece como uma possibili dade real para a pessoa a quem é proposta. Se eu Há muito tenho defendido diante de meus alu lhes pedir para acreditar no Mahdi 1 a idéia não , nos a licitude da fé voluntariamente adotada; porém, criará nenhuma conexão elétrica com a natureza de assim que eles se tomam intensamente imbuídos do vocês - ela se recusa a cintilar com qualquer cre espírito lógico, têm como regra recusar-se a admitir dibilidade que seja. Como hipótese, é completa que minha argumentação seja filosoficamente lícita, mente morta. Para um árabe, porém (mesmo que ele mesmo que, na verdade, tenham estado todo o tem po pessoalmente repletos, eles próprios, de uma ou outra fé. Eu, no entanto, mantenho-me sempre tão l. [N. do R.] A crença no mahdi parece ter-se originado da con profundamente convencido de que minha posição fusão resultante das lutas religiosas e políticas ocorridas nos primór dios do islamismo, nos séculos Vll e VIII. está correta, que este convite me pareceu uma boa Na escatologia islâmica, o mahdi (em árabe, "aquele que é guia ocasião para tornar minhas afirmações mais claras. do por Deus") é o libertador messiânico que v;rá no fim dos tempos Talvez suas mentes estejam mais abenas do que aque para restabelecer a justiça e a eqüidade no mundo, restaur;:;r a verda las com que tive de lidar até aqui. Serei tão pouco deira religião e a pureza dos costumes e anunciar uma breve idade de ouro, que durará entre sete e nove anos ames do fim do mundo. técnico quanto possível, embora seja necessário co A doutrina do mahdi não consta do Alcorão nem pode ser defi meçar estabelecendo algumas distinções técnicas que nida de nenhum hadith (sentença de Maomé). Os teólogos sunítas nos ajudarão no final. onodoxos põem em dúvida essa crença, que no entanto é aceita pc los xiitas. Nos tempos de crise, a crença tende a ganhar força entre os fiéis. Uma vez que o mahdi é lido como restaurador do poder políti co e da ortodoxia religiosa islâmica, o título costuma ser reivindica do pelos líderes revolucionários da comunidade islâmica. Assim ocor 11 reu, por exemplo, com Ubayd Allah, fundador da dinastia dos fatimidas (909); Mohamed ibn Tuman, que fundou no Marrocos, no Vamos dar o nome de hipótese a qualquer coisa sér.ulo Xll, o imptrio almõaoa: e: Mohame.d Ahmad, mahdi do Sudão, que possa ser proposta à nossa crença; e, assim que se revoltou em 1881 contra a administração egípcia. 8 9 Williom Jomes A Vontade de Crer não seja um dos seguidores de Mahdi), a hipótese 2. Em seguida, se lhes digo: "Escolham entre sair está entre as possibilidades da mente: ela é viva. Isso com o guarda-chuva ou sem ele", eu não lhes ofere mostra que o caráter vivo ou morto de uma hipó ço uma opção genuína, pois ela não é forçosa. Vocês tese não é uma propriedade intrínseca, mas está re podem evitá-la facilmente decidindo não sair. De lacionado ao pensador individual. É medido pela.d is maneira semelhante, se eu digo: "Amem-me ou posição do indivíduo para agir. O máximo de vida odeiem-me", "Chamem minha teoria de verdadeira em uma hipótese significa uma disposição irre ou chamem-na de falsa", sua opção é evitável. Vocês vogável para agir. Na prática, isso representa crença; podem permanecer indiferentes a mim, sem me amar mas há alguma tendência de crença sempre que exis nem me odiar, e podem recusar-se a fazer qualquer te alguma disposição a agir. julgamento a respeito de minha teoria. ·Porém, se digo: "Aceitem esta verdade ou passem sem ela", eu Em seguida, vamos chamar de opção a decisão lhes apresento uma opção forçosa, pois não há ne entre duas hipóteses. As opções podem ser de vários nhuma posição fora das alternativas. Todo dilema ba tipos: l) vivas ou mort.as; 2) forçosas ou evitáveis; 3) seado numa disjunção lógica completa, sem nenhu prementes ou triviais; e, para nossos propósitos, pode ma possibilidade de não escolher, é uma opção des mos chamar uma opção de genuína quando ela é do se tipo forçoso. tipo vivo, forçoso e premente. 3. Por fim, se eu fosse o doutor Nansen e lhes 1. A opção viva é aquela em que ambas as hi propusesse participar de minha expedição ao Pólo póteses são vivas. Se lhes digo: "Sejam teosofistas Norte, sua opção seria premente, pois essa provavel ou sejam muçulmanos", esta possivelmente é uma mente seria a única oportunidade semelhante, e sua opção morta, porque é provável que, para vocês, ne escolha nesse momento o excluiria de vez da imor nhuma das duas hipóteses seja viva. Mas, se eu digo: talidade proporcionada pela experiência ou, ao con "Sejam agnósticos ou sejam cristãos", a situação será trário, poria pelo menos uma chance disso em suas diferente: pela formação que vocês têm, cada uma mãos. Aquele que se recusa a abraçar uma oportu dessas hipóteses tem algum apelo, mesmo quepe nidade única perde o prêmio tão certamente como queno, à sua crença. se tivesse tentado e falhado. Per contra, a opção é tri- 10 11 Williom Jomes A Vontade de Crer -- vial quando a oportunidade não é única, quando o do com a nossa vontade? Pode nossa vontade ajudar que está em jogo é insignificante, ou quando a de ou atrapalhar o intelecto em suas percepções da ver cisão é reversível se, posteriormente, se revela equi dade? Podemos nós, pelo simples desejo, acreditar vocada. Tais opções triviais são abundantes na ·vida que a existência de Abraham Lincoln é um mito e científica. Um químico julga uma hipótese viva o que seus retratos na McClure's Magazine são de algu suficiente para que passe um ano verificando-a: ele ma outra pessoa? Podemos nós, por qualquer esfor acredita nela a esse ponto. Porém, se suas experiên ço da vontade, ou por qualquer força do desejo de cias se mostram inconclusivas em algum aspecto, ele que isso seja verdade, acreditar que estamos bem está redimido de sua perda de tempo, nenhum dano quando nos encontramos na cama gemendo de reu essencial foi causado. matismo, ou sentir-nos seguros de que a soma das duas notas de l dólar que temos no bolso deve ser Nossa discussão será facilitada se mantivermos 100 dólares? Podemos dizer qualquer uma dessas essas distinções em mente. coisas, mas nos é absolutamente impossível acredi tar nelas; e exatamente dessas coisas é constituída Loda a tessitura das verdades em que acreditamos fatos estabelecidos, imediatos ou remotos, como dis se Hume, e relações entre idéias, que existem ou não A próxima questão a considerar é a própria psico para nós na medida em que as vemos assim, e que, logia da opinião humana. Quando olhamos certos fa se não existirém, não poderão ser introduzidas por tos, é como se nossa natureza passional e volitiva se nenhuma ação de nossa parte. encontrasse na raiz de todas as nossas convicções. Nos Pensamentos de Pascal, há uma célebre passa Quando olhamos para outros, parece-nos que eles não gem conhecida na literatura como a aposta de Pascal. poderiam fazer mais nada após o intelecto ter dado seu Nela, ele tenta nos convencer a adotar o cristianismo veredicto. Vamos examinar este último caso primeiro. argumentando como se nossa preocupação com a ver Não parece despropositado, diante disso, supor dade se assemelhasse a nossa preocupação com as que nossas opiniões possam ser modificáveis de acor- apostas num jogo de azar. Traduzidas livremente, suas 12 13 William Jomes A Vontade de Crer --- palavras são as seguintes: é preciso acreditar ou não argumentação dirigida aos outros, uma última bus acreditar que Deus existe-o que você fará? Suara ca desesperada de uma arma contra a inflexibilida zão humana não pode dizer. Entre você e a natureza de do coração descrente. Parece-nos que a fé em mis das coisas está acontecendo um jogo que, no dia do sas e água benta adotada intencionalmente após tal juízo, dará cara ou coroa. Pese quais seriam seus ga cálculo mecânico seria desprovida da alma interior nhos e suas perdas se você apostasse tudo o que tem da realidade da fé; e, se estivéssemos nós mesmos no lugar da Divindade, provavelmente teríamJs um pra na cara, ou na existência de Deus: se você ganhar zer especial em excluir os crentes dessa espécie de sua nesse caso, o prêmio será a beatitude eterna; se per der, não perderá absolutamente nada. Se houvesse recompensa infinita. É evidente qm:, a menos que haja alguma tendência preexistente acreditar em uma infinidade de chances e apenas uma para Deus ;1 nessa aposta, ainda assim seria aconselhável apostar missas e água benta, a opção oferecida à vontade por tudo em Deus, pois, embora certamente você se ar Pascal não é uma opção viva. Certamente nenhum turco jamais voltou-se para missas e água benta por riscasse a uma perda finita por esse procedimento, causa dessa argumentação; e mesmo para nós, pro qualquer perda finita é razoável, mesmo uma perda testantes, esses meios de salvação parecem impossi certa é razoável, caso haja uma mínima possibilida bilidades tão previsíveis, que a lógica de Pascal, in de de ganho infinito. Vá em frente, então, e use água vocada especificamente para eles, não nos comove. benta, encomende missas; a crença virá e estupidi Seria como se Mahdí nos escrevesse dizendo: "Sou ficará seus escrúpulos - Cela vous fera croire et vous o Esperado que Deus criou em seu resplendor. Se abêtira. Por que não? No fim das contas, o que você reis infinitamente felizes se professardes vossa fé em tem a perder? mim; caso contrário, sereis excluídos da luz do sol. Vocês provavelmente sentirão que, quando a fé Pesai, portanto, vosso ganho infinito, se eu for genuí religiosa se expressa dessa maneira, na linguagem da no, em comparação com vosso sacrifício finito, se eu mesa de jogos, é sinal de que está reduzida a seus úl não for!" Sua lógica seria a mesma de Pascal; no en timos trunfos. Certamente a própria crença pessoal tanto, ele a usaria em vão conosco, pois a hipótese de Pascal em missas e na água benta tinha razões bem que ele nos oferece é morta. Não há em nós nenhu outras; e essa sua página famosa não passa de uma ma tendência a agir com base nela. 15 Wi!liom Jomes A Vontade de Crer A discussão quanto a acreditar por nossa própria canta Clough, enquanto Huxley exclama: "Meu úni vontade parece então, sob certo ponto de vista, sim co consolo está na reflexão de que, por pior que nos plesmente tola. Sob outro ponto de vista, ela é pior do sa posteridade possa se tornar, enquanto eles adota que tola, é vil. Quando nos voltamos para o magnífico rem a regra simples de não fingir acreditar no que não edifício das ciências físicas e vemos como foi construí têm razão para acreditar, porque talvez seja vantajo do, quantos milhares de vidas morais desinteressadas so para eles assim fingir [a palavra "fingir" é cenamen encontram-se enterradas em suas fundações, que pa te redundante aqui], não terão atingido o nível mais ciência e postergação, que sacrifício de preferências, baixo de imoralidade". E o delicioso enfant tenible que submissão às leis gélidas do fato externo estão gra Clifford escreve: "A crença é profana quando conferi vados em suas pedras e em seu cimento, quão absolu da a afirmações não-provadas e não-questionadas, tamente impessoal ele se ergue em sua vasta majesta pelo conforto e prazer pessoal do crente .... Quem de- diante disso, quão estúpido e desprezível pare quer que deseje a consideração de seus pares nessa ce cada pequeno sentimentalista que vem soprando questão deve guardar a pureza de sua crença com um suas voluntárias espirais de fumaça e pretendendo de verdadeiro fanaúsmo de cuidado atento, para que ela cidir coisas a partir de seu próprio sonho pessoal! Po não venha a pousar de repente sobre um objeto in demos ter alguma dúvida de que aqueles criados na digno e adquirir uma mancha que jamais poderá ser removida ... Se [uma} crença tiver sido aceita com base escola árdua e briosa da ciência terão vontade de vo em evidências insuficientes [mesmo que a crença seja mitar tal subjetivismo de sua boca? Todo o sistema de verdadeira, como Clifford explica na mesma página], lealdades que cresce nas escolas de ciência ergue-se o seu é um prazer roubado .... Ela é pecadora porque contra sua tolerância; assim, é natural que aqueles que é roubada em desrespeito a nossa obrigação para com pegaram a febre científica passem para o extremo opos a humanidade. Essa obrigação é nos guardar de tais to e escrevam às vezes como se o intelecto inconupti crenças como de uma peste que pode rapidamente velmente confiável devesse sem hesitação preferir dominar nosso próprio corpo e, depois, se espalhar amargor e inaceitabilidade ao coração inebriado. para o resto da cidade .... É sempre errado, em toda Fortalece minha alma saber pane, e para qualquer pessoa, acreditar em qualquer Que, embora eu pereça, a Verdade é esta- coisa com base em evidências insuficientes". 16 17 Williom James A Vontade de Crer --- ou por quê. O senhor Balfour dá o nome de "autori 11 11 11 dade" a todas essas influências, nascidas do clima in telectual, que tomam hipóteses possíveis ou impos Tudo isso soa muito saudável, mesmo quando síveis para nós, vivas ou mortas. Aqui nesta sala, to expresso, como no caso de Clifford, com um certo ex dos acreditamos em moléculas e na conservação da cesso de pathos ruidoso na voz. A livre vontade e o sim energia, em democracia e no progresso necessário, no ples desejo parecem, no contexto de nossas convicções, cristianismo protestante e no dever de lutar pela "dou não passar de rodas sobressalentes para o condutor. No trina do imortal Monroe", tudo isso sem nenhuma entanto, se alguém pressupusesse, em vista disso, que razão que mereça esse nome. Olhamos essas questões o discernimento intelectual é o que permanece depois sem mais clareza interior, e provavelmente com mui que o desejo, a vontade e a preferência sentimental to menos, do que qualquer descrente poderia possuir. tiverem sido removidos, ou que a razão pura é o que A inconvencionalidade deste último provavelmente te então determina nossas opiniões, estaria voando con ria alguma base a oferecer para suas conclusões; para tra os fatos de forma igualmente direta. nós, porém, não o discernimento, mas o prestígio das opiniões é o que as faz emitir a centelha e acender São apenas nossas hipóteses já monas que nossa nosso pavio adormecido da fé. Nossa razão estará per natureza volitiva é incapaz de trazer de volta à vida. feitamente satisfeita, em novecentos e noventa e nove Mas o que as fez mortas para nós foi, essencialmente, casos em cada mil de nós, se puder encontrar alguns uma ação prévía de um tipo antagônico por parte de argumentos para apresentar no caso de nossa credu nossa natureza volitiva. Quando digo "natureza voli lidade ser criticada por alguém. Nossa fé é a fé na fé tiva", não me .refiro apenas às volições deliberadas que de outro e, nas maiores questões, esse é quase sem podem ter estabelecído hábitos de crença dos quais pre o caso. Nossa crença na própria verdade, por exem não conseguimos escapar- refiro-me a todos os fa plo, de que existe uma verdade e de que nossa mente tores de crença, como medo e esperança, preconceito e essa verdade são feitas uma para a outra- o que é e paixão, imitação e participação, a pressão circundan isso senão uma afirmação apaixonada de desejo, em te de nossa classe e nosso círculo social. Na verdade, que nosso sistema social nos dá suporte? Queremos nós nos pegamos acreditando sem saber ao certo como ter uma verdade; queremos acredítar que nossas ex- 18 19