Prémio Nobel da Literatura 2009. Esta é uma obra sublime, um relato contido e agudo de existências em perigo sob a ditadura de Ceausescu. Romance político? Também. Mas é sobretudo um poderoso libelo contra a desumanidade tortuosa dos sistemas de governo cuja legitimidade deriva do silêncio e do medo. Este é o terceiro romance de Müller. A Academia Sueca justifica a atribuição do Prémio Nobel pela «densidade da sua poesia e a franqueza da sua prosa para retratar o universo dos desapossados.»