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A sociologia do Brasil urbano PDF

325 Pages·2015·11.302 MB·Portuguese
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nSodotoda do Brasil Urbano Rnthony Leeds e Elizabeth Leeds /iflTROPOLOGifc SOCIAL Hnthony Leeds e Elizabeth Leeds ogia Tradução de M aria Lau ra V iveiros de C astro Revisão Técnica de M árcia Bandeira de M ello L eite Nunes Apresentação de T h ales de Azevedo ZAHAR EDITORES RIO DE JANEIRO Copyright © 1977 by Anthony Leeds and Elizabeth Leeds capa de J ane Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida sejam quais forem os meios empregados {mirneografi&, xerox» datilografia, gravação, reprodução em disco ou em fita), sem a permissão por escrito da editora. Aos infratores se aplicam as sanções previstas nos artigos 122 e 130 da Lei 5.938 de 14 de dezembro de 1973 1978 Direitos para esta edição contratados com ZAHAR EDITORES Caixa Postal 207, ZOOO, Rio Impresso no Brasil índice Apresentação — T hales de Azevedo 7 I. Introdução — Antho.ny L eeds 11 II. Poder Local em Relação com Instituições de Poder Supralocal r ' v ú — Anthony L eeds 26 Introdução, 26; A Comunidade, 29; A Localidade, 31; Caracte­ rísticas da Localidade, 33; As Estruturas e os Recursos de Po­ der, 36; Localidade e Fontes de Poder, 38; Instituições e Estru­ turas Supralocais, 38; O Estada e as Localidades, 39; Estado e Localidade — O Caso da Favela, 42; Favelas como Localidades “versus” Instituições e Estruturas Supralocais, 45; Generali­ zações e Conclusões1 47; Bibliografia, 49. III, Carreiras Brasileiras e Estrutura Social: Uma História de Caso e um Modelo — A nthony L eeds ........................................... 55 Bibliografia .............................................................................................. 84 IV. O Brasil e o Mito da Ruralidade Urbana: Experiência Urba­ na, Trabalho e Valores nas “Áreas Invadidas” do Rio de Janeiro e de Lima — Anthony e E lizabeth L eeds ................... 86 Introdução, 86; A Experiência Urbana dos Moradores das Áreas Invadidas, 92; O Nascido na Cidade, 95; Caminhos de Entrada na Cidade, 98; Experiência Ocupacional Anterior, 102; Fatores Que Operam na Seleção para a Vida na Favela, 105; Experiência Urbana no Interior da Área Invadida, 113; Valores Urbanos, 119; Comentários Informais do Autor, 130; Bibliografia, 136. V. Tipos de Moradia, Arranjos de Vida. Proletarização e a Estru­ tura Social da Cidade — A nthony Leeds .................................... 144 A Especialização da Moradia no Rio, 145; Arranjos de Vida Alternativos, 156; Conseqüências das Escolhas entre Arran­ jos de Vida, 162; Restrições sobre a Escolha, 168; Clivagem de Elite e Coalisões com Grupos Proletários, 172; Implica­ ções para o Planejamento, 180; Bibliografia, 182. 6 A SocroLOGiA do Brasil Urbano VI. Favelas e Comunidade Política: A Continuidade da Estrutu­ ra de Conirole Social — A nthony Leeds e E lizabeth Leeds 186 Introdução, 186; Comunidade Histórica na Estrutura do Pro­ blema Habitacional, 189; O “Problema da Favela” Vira Moda, 191; A "Democracia” Pós-Vargas, 198; O Segundo Período de Vargas e os Anos 50, 204; O Papel do Administrador Polí­ tico, 206; A Era do Controle Renovado, Erradicação e Repres­ são, 214; Conclusões, 245; Apêndice I, 248; Apêndice II, 251; Apêndice III, 254; Bibliografia, 257. VII. Considerações sobre Diferenças Comportamentais: Três Siste­ mas Políticos e as Respostas das Áreas Invadidas por Possei­ ros no Brasil, Peru e Chile — A nthony Leeds e Elizabeth Leeds .......................................................................................................................... 264 Uma Metodologia e um Modelo Holísticos, 266; A Literatura sobre a Politização, 272; As Três Comunidades Políticas, 276; Brasil, 278; Peru, 288; As Respostas Políticas dos Moradores das Áreas Invadidas no Peru, 298; Chile, 301; Á Resposta de Moradores das Áreas Invadidas e “Pobladores”, 312; Conclu­ sões, 319; Bibliografia, 320. Apresentação A difícil tarefa de prefaciar um livro torna-se um desafio em casos como o deste conjunto de estudos de Anthony e Liz Leeds. Um desses desafios está em que os braziliamsts — assim denominados principalmente os norte-americanos e ingleses que es­ crevem sobre o Brasil — quase sempre se nos apresentam com monografias no estrito sentido, analisando determinado e bem de­ finido objeto. Aprofundam e esmiuçam, isto é, detalham e decom­ põem em mil elementos para, depois e mediante tal tipo de exame, concluírem — a estrutura, o dinamismo, as funções, os efeitos e as causas de tais ou quais instituições ou fenômenos sociais, políti­ cos ou históricos. Delimitam nitidamente suas temáticas e seus ângulos de visão ainda quando, por tal método — e não isto que estamos discutindo — lançam luz sobre a totalidade da cultura e da, sociedade. Recusam-se, por bem dizer, às análises globais, aos apanhados compreensivos, as generalizações que possam parecer subjetivas, e impressionistas^ em _virtude, as mais das vezes, do rigor empmcista _ do seu indutivismq. Outros especialistas em Brasil — predominantemente europeus e raros norte-americanos — buscam apreender glehalmeii£e a realidade ou totalizar com outros elementos dados relativos a específicos fenômenos ou conjunturas: estes são autores mais intuitivos e inclinados à empatia e à inte­ gração com o país e a sua gente, por uma longa vivência ou por outros compromissos pessoais. Os primeiros^ ajuntam parcelas, não raro preciosas, às sínteses que são as metas finais jjas ciências do homem e da sociedade. Mas podem valer mais pela massa de dados que colhem, pela sistematização de componentes, pela ordenação do conhecimento de particularidades do que como respostas_aos. problemas focalizados. São, as duas, vocações intelectuais e episte- mológicas — racionais, científicas e críticas em modos diferentes — que, sem dúvida alguma, prestam serviços à apreensão da com; plexa fenomenologia humana brasileira. 8 A Sociologia do Brasil Urbano Este livro não cabe inteiramente em nenhuma das duas ca­ tegorias ideais a que aludimos, embora seja tributário_ de ambas. Não é uma monografia quanto à sua temática, pois abrange uma diversidade de questões dçrivada da ávida curiosidade científica djps autores e da sua experiência da vida brasileira. Basta percor­ rer o sumário para verificá-lo, e até o seu taefòdb: este é algumas vezes descritivo e interprelativo, outras vezes questiona nte e polê­ mico, do que resulta o caráter provocativo do conjunto em bene­ ficio de todo o seu variado conteydo. Com isso lucram as ciências humanas envolvidas — particularmente a Antropologia Social — e a inteligência das coisas brasileiras, mais uma vez evidenciando, como no dito popular, que “da discussão nasce a luz.” Assim ocorre, por exemplo, com as conceituaçÕes de urbano, de rural, de rurbano e de íavelra^ no Brasil. AbÕrdándõ"'! os mecanismos de\ controle social em perspectivas diaerpnica e sincrônica, cada uma,/ /a seu tempo, ou ía^ndo .jncidbf essas,_duas^ oticag_concorrentemeu-f | te sobre a cultura e a organização social nas mencionadas situa-; I ções, qfteScõBrem) continuidades temporais-e existenciais que os im-i . pelem, 'à_eríticà, talvez a contestação, tde conceitos" fixados oiVjia/ . aplicação de determinados métodos. — o marxista, por exemplo — i I em certos momentos da formação da teoria e da análise antropo-i lógica entre cientistas brasileiros. Se é certo que várias dessas crí- j ticas^ em tese como em referência ~ ao Brasil, já forãm feii§s~e respondidas, os dados sobre _os quais operam çõnstituem outras 1 tantas contribuições- dos dois autores à constriição de cõrpos teóri- çqs que possivelmente estimularão algumas “reavaliações das pro­ blemáticas respectivas, como a das relações de poder em referên­ cia aos modos de ser em situações ecológicas ou de ubicação só- cio-territorial diferentes, porém correlacionadas e faseológicas. A análise conjparativá, que fazem com elementos colhidos no Peru e no Chile,“ a reconsideração do método dos estudos de comuni­ dades — de há muito posto em debate, mas trazido de novo a exame sob uma ótica original — , os contrastes factuais, com suas conseqüências teóricas, entre poder local e poder supralocal no tocante às favelas, a retomadà’ do problema dos conflitos de clas­ ses no Brasil/constituem interesse para esta coletânea, — a qual, numa ponderação final, vem amostrar-se mais_ coerente do que poderá indicar o índice do livro. E será, este, mais uma instiga­ ção à reformulação, entre nós, de. políticas demográficas e habi­ tacionais. Obra inevitavelmente polêmica pela natureza de sua temática e pelas posições que os autores adotam criticamente, esta coletânea de artigos, alguns publicados há alguns anos, realiza sua coerên­ cia ou sua coesão, em plano teórico e epistemológico, a partir da Apresentação 9 Introdução. Por certo que a autoridade dos autores não decorre apenas do seu tirocínio de pesquisadores preocupados com formu­ lações teóricas, mas também da sua experiência com problemas brasileiros. Anthony Leeds ocupa-se de Brasil a partir de um pro­ longado e repetido contato com nossa sociedade, da mesma ma­ neira que com o Peru e o Chile. Sua carreira acadêmica iniciou-se mesmo com o trabalho de campo, de mais de um ano de duração, que empreendeu na região cacaueira da Bahia em 1951-52, como participante do Programa de Pesquisas Sociais do Estado da Bahia — Columbia University, sob a direção do Prof. Charles Wagley. Sua tese para o doutoramento em Antropologia teve como objeto- os padrões de formação fundiária da agricultura do cacau e as relações do sistema de fazendas com a sociedade regional e na­ cional sob as políticas do comércio internacional que comandaram o desenvolvimento daquela lavoura. Depois daquela permanência, várias vezes e por períodos longos voltou ao país em ^itividades 'de pesquisa e de participação acadêmica, trabalhando na compa- jnhin e com a colaboração de cientistas sociais brasileiros. À marca^ 'do seu espírito inquieto e penetrante é saliente nesta coletânea, de estudos. T hales de Azevedo

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