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A Revolução Francesa PDF

59 Pages·1996·1.231 MB·Portuguese
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Eric J. Hobsbawm A REVOLUÇÃO FRANCESA 1 Edição ~ 0 PAZ E TERRA Coleção Leitura ) Eíiitora Paz e Terra, 1996. Produção grificn-, Katia Haibe Cãpa-, Isabel Carballo Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Este livro constitui-se de exerto de A era das revoluções. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro. SP, Brasil) Hobsbawm. Eric J. A revolução francesa / Eric J. Hobsbawn; {tradução Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos Penchel). — Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1996. — (Coleção Leitura) 1. Política I. Título. 11. Série. 96-1926 CDD-320 índice para catálogo sistemático; 1. Ciência política 320 2. Política 320 EDITORA PAZ E TERRA S/A Rua do Triunfo, 177 Santa Ifigênia, São Paulo, SP — CEP 01212-010 Tel.: (011)3337-8399 e-mail: vendas<?pazeierra.com.br Home page: www.pazeterra.com.br 2008 Impresso no BrasíJ in Brasil índice I ......................................... 9 II .......................................................... 31 III ........................................ 39 IV .................................................................;................. 49 Um inglês que não se sinta cheio de estima e admiração, pela maneira sublime com que está agora se efetuando uma das mais importantes revoluções que o mundo jamais viu, deve estar morto para todós os sentidos da virtude e da liberdade. Nenhum de meus compatriotas que tenha tido a sorte de pre­ senciar as ocorrências dos últimos três dias nesta grande cida­ de deixará de testemunhar que minha linguagem não é hiperbólica. O MomingPost (21 de julho de 1789) sobre a queda da Bastilha. Brevemente as nações esclarecidas colocarão em julga­ mento aqueles que têm até aqui governado os seus destinos. Os reis fugirão para os desertos, para a companhia dos ani­ mais selvagens que a eles se assemelham; e a Natureza recupe­ rará os seus direitos. Saint-Just; Sur la Constitution de la France, Discours prononcé à la Convention, 24 de abril de 1793. Se a economia do mundo do século xix foi constituída prin­ cipalmente sob a influência da Revolução Industrial britânica, sua política e ideologia foram constituídas fundamentalmente pela Revolução Francesa. A Grã-Bretanha forneceu o modelo para as ferrovias e fabricas, o explosivo econômico que rompeu com as estruturas socioeconômicas tradicionais do mundo não- europeu. No entanto, foi a França que fez suas revoluções e a elas deu suas idéias, aponto de bandeiras tricolores de um tipo ou de outro terem-se tornado o emblema de praticamente to­ das as nações emergentes, e as políticas européias (ou mesmo mundiais), entre 1789 e 1917, foram em grande parte lutas a favor e contra os princípios de 1789, ou os ainda mais incendiá­ rios princípios de 1793. A França forneceu o vocabulário e os temas da política liberal e radical-democrática para a maior parte do mundo. A França deu o primeiro grande exemplo, o concei- ^to e 0 vocabulário do nacionalismo. Ela forneceu os códigos legais, 0 modelo de organização técnica e científica e o sistema métrico de medidas para a maioria dos países. A ideologia do mundo moderno atingiu, pela influência francesa, as antigas civilizações que até então resistiam às idéias européias. Esta foi a obra da Revolução Francesa.' O final do século xviil foi uma época de crise para os ve­ lhos regimes da Europa e seus sistemas, econômicos, e suas últimas décadas foram cheias de agitações políticas, chegando até_ o ponto de revoltas, de_movimentos coloniais em busca de autonomia, às vezes atingindo o nível da secessão; não só nos Estados Unidos (1776-83) mas também na Irlanda (1782-84), na Bélgica e em Liège (1787-90), na Holanda (1783-87), em Genebra e, até mesmo, na Inglaterra (1779). A quantidade de agitações pol/ticas é tão grande que alguns historiadores mais recentes falaram de uma “era da revolução democrática”, na qual a Revolução Francesa foi apenas um exemplo, embora o mais dramático e de maior alcance e repercussão.^ Na medida em que a crise do velho regime não foi pura­ mente um fenômeno francês, há algum peso nessas observa­ ções. Igualmente se pode argumentar que a Revolução Russa de 1917 (que ocupa uma posição de importância análoga em nosso século) foi meramente o mais dramático de toda uma série de movimentos semelhantes, tais como os que, alguns ..anos antes de 1917, finalmente puseram fim aos antigos im- 1. Esta diferença enrre as influencias britânica e francesa não deve ser levada muito longe. Nenhum dos dois centtos da revolução dupla confinou sua influência a qualquer campo da atividade humana, e os dois eram mais complementares que competitivos. Entretanto, até mesmo quando ambos convergiam mais claramen­ te — como no socialismo, que foi quase simultaneamente inventado e batizado nos dois países —. convergiam de direções um tanto diferentes. 2. Veja R- R. Palmer, The a^e ofdcviocratic rcvolution (1959); J- Godechot, La grande rution(l956), v.i, capítulo I. 10

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