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A questão mineral da Amazônia: seis ensaios críticos PDF

113 Pages·1987·7.639 MB·Portuguese
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1 5 I _ RECURSOS ~RAIS EsIuD • Doa.rrorIoI. Seis ensaios criticos Fn.nCI$CO Rego Chaves Femanoes ec ali Robeno Gomo e Stlra W&<1derII., l_de CWvf"~. ManueIa Camoro de CU'Iha B<,,!,", ~ dos SaI'llOS c.r.:>os Annando J\lvares "" C<>rdeo'o. , Arttu Luiz 8ernardeIII Paulo César de SI e_ Isabel M a~ _... - MCTCNPq ,POII:-FI"am:iSC:O RégoCháws·Femarides···· ~.:. .<;:tcme~~F' .f lF-2;./j(POJftica MÍlleralná.qonSütuição dê~1~> {PorAriadne;da'SilvaRocha.Nodém},{ . __ ...... " .. _ . .... ...i~~iner.içãorio.NoÍ'deste;:Dêp..o im..e.n..t o$~E.Xper iênciàs:-\,j:> .. , . . '(pQtManuefCorréia deAn~de) " . ".-.... ~,,'~-~' N~.4· ~~"·PolftlCã-·MiÓérafno·-BrâStI;·Dois EnsaiofLOOéos1" ~- -'.' ...~'E:~-s:.} > .N2 5"':: AOueStãoMineralda'·AinàzôÓia.;,. SeisEnsaiosCrfticôi- ePrimeifOEnsaio .. -'; :.,. ' .. -. . .., ',- :" 'BécUrsos~neraisda-Atnaiõniá - . -·(por:~Fl3nc.iscoBegoChavesFeinandeS .. .Aria Mana Botelho da Cunha . • ':SauioROdrigLiesPereira'Filho" . ·:MariaJÚliaRochaMaiques) Segundo Ensaio _ • A Hiléia e a Ocupação Racioná! da.Amazônia . . (Por Roberto Gama e Silva) ,; . Terceiro Ensaio . AQuestãolndígena'e In1eresses Minerários na ConstituiÍlte· (Por Wanderlino Teixélrade Carvalho - .- . Manuela Cameiroda Cunha) . Quarto Ensaio - Carajás:Patrirnônio NaciOnal ' (Por BrenoAugusto dos Santos) -Francisco Rego Chaves Fernandes et alli . Roberto Gamae Silva . , " Quinto Ensaio' Wanderlino Teixeira de Carvalho e' Atividade Mineral na Amazônia : Manuela Carneiro da Cunha: {Por Aimando Álvares de CéI!llpos Cordeiro Breno AU9!lsto dos Santos Arthur Luiz Bemardellij Armando Álvares de Campos Cordeiro e Arthur Luiz Bemardelli Sexto Ensaio ., . Paulo César de Sã e Isabel Marques Projeto AlbráslAlunorte-Os Descaminhos da!nfierv~nl~o Governamental (Por Paulo César de Sá r-T !sabeg r~arques) .,.~~ Q .- . -': --;- :~,21',·: ~ ~J;;f.jÜ(i:.J;''"! ;::: ::_~; 1~,:)[)1:2 .:11 ~ Seis ensaios críticos .,' :1V1,··--iA~? " J-s- ? 1\ .20J:Ii't:i ;:0«,:'::,'" 2,('·,; ':';i:'I~':':Ufir\ [óle.' 1,"1-:.),1:'-.1 ,'i. .. :~::·,~, ;' Francisço Rega-:ftbaves Fernandes etia/Ii" 1I ,i') ': 0:;13-'1' ~ OtJt)YO'0r:i b ; RobertoJeaTna·eSiJva :t::;fiJlj'~I(": '~".; ~ :~:~cJ)c.;::: ~~1·k:?·;·'··· ,~';;<' " :i Wander!;no Teixeira de Carvalho e Manuel~ Carneiro da Gunhár,'.Ji), .. I.)("· ", )i,i:.· .~,,; ."-·!i" . Breno A~gusto dos Santos Armandb Álvares, del@ampos:OOLdeiro e .:'.1,,';':.':.1; d Arthur L~iz Bernardelli sauk>Cf=deSáe~:~ _.. :9J- ~-+~. . - -_._~~ ~ @.OJ?í- . MCT/CNPq Diretoria de Planejamento e Gestão EQUIPE TÉCNICA ~, Presidente da República Supervisão de texto JOSÉ SARNEY ZINDA VASCONCELLOS Ministro .da Ciência e Tecnologia LUIZ HENRIQUEDA ··v'!J:-..-_I::IOrt,. . SecfetâricK3eiãt;<~ ...•. ..• . Revisão de texto DA YSE LÚCIA MORAES LIMA LUCIANO CgtJITJNH()~ 'f; MARIA JÚLlA ROCHA MARQUES presidente.d~~dN~q-;(:D·',c, NADJA HART BINDÁ SAULO RODRIGUES PEREIRA FILHO CRODbWAIDO 'PA\.lAI\r:'i Vi p - c:';"',J'/;""/ ICe- residente.::;',; . '. Composição JOSÉDUARTPDE'ARAÚJO JORGE GARCIA E PAULO CÉSAR Arte-Final NAIR COSTA BARRETO E ROBERTO BATISTA DA SILVA PATRIMÕNIO A questão • Francisco Hego Chaves .F erm~m:les~'cl~éBEaS1liroD9R ()' j<;\'.c,r,E1oo, 8MB CNPq, ÁssessorjaEdii~rial,éDiVLi1~çã(jCiérrtífica~ t98:z. '2t ~s.8 Clt;,e1oF . sDr\\fNlB;J&t s1lSX\S\ Ot'. i\'2:bn;:,\,N 216p. JRecursos.minera,is:estudos ed0cumentoS;t5). SD. miamB0 ols'Jf\s'I J\ :z.olnsê <:vD 01~U~ p., Oí'le'B 1. Política mineral -:-p.mai:ônia'hcA~uêstãQ,qoiJ;IêrahGJa,""\J\À ,.-.,~",~··,r·, Amazônia: seis ensaioscríÍicos.·· W\9b'\E.l"tiSB 'S.\,..l "\uünÁ ?s\.lmstJ,\OOI$2t e sê eD 'S'C· J vl,JSç,. CDU553:~(811.3) .. ., '::-~-- ',/ ·:t C_J. . '-"4 p91;1;)\T;)M ct-..!êe8 Si Olfi8ITffil8í1s19 ao Bnols1íO SUMÁRIO Primeiro Ensaio RECURSOS MINERAIS DA AMAZÔNIA 1. '. O Subsolo da Amazônia .....' ... ". . . . . • • • . . • . . . . . . . . . . . 9 2. Grupos Econômicos no Subsolo da Amazônia . • . . . • . • . . . . . . . 19 Segundo Ensaio A HILEIA E A OCUPAÇÃO RACIONAL DA AMAZÔNIA. . . . . . . . . . . 33 Terceiro Ensaio A QUESTÃO INDíGENA E INTERESSES MINERÁRIOS NA CONSTITUINTE 1. Introdução·.. . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • . . . . . . . . . 57 2. Interesses Minerãrios em Terras Indígenas .............. '. . . 61 3. Mineração em Terras Indígenas na Constituinte. . . . . . . . . . . . . . . 75 '".:" \ L--~~,~,':::'_ :~ ._. 4. O Projeto de, Com;tituição e a Questão Indígenas . . . . . . . . . . . . . 89 ~ .. ....:.,.~,-,._~~~~. ~----~~~ "~~:3, Quarto Ensaio " '>~! ~ov ~;\~<~~~~~:~'~ 1\ '\ CARAJÁS: PATRIMÔNIO NACIONAL , ; ,_.~ r ~ (; , 1. Origens .........................•.............. 95 t-··· -~----,-",­ 2. Reveláção de seu Potencial Mineral . . . . . . . • • • . . . . . . . • . . .. 101 ~ ._.---... _--'~ ._~----" '2-.'~_":." ::l ;, 3. Perspectivas e Contradições do seu Desenvolvimento. . • . . . . . .. 115 ) , ... ~. . Bibliografia ............•.•.....•..........•..•....•. 129 ~{~---~. .. ,--;....,.-' ."'~- Quinto Ensaio ATIVIDADE MINERAL NA AMAZÔNIA Introdução .•...................................... 135 1. Pesquisa Mineral • 137 i , • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 2. Minas em Atividades"ou Desenvolvimento ................. . 143 3. Pequenas Minas em Atividàdesou Desenvolvimento ••......... 153 4. Jazidas Bloqueadas ............................... . 159 5. Projetos do Governo ............................... . 165 Garimpos de Ouro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .• . . .. 167 Garimpos de Ametista do Pará ..................... ,~>,,;-'"'~. ,169 8. Principais Companhias de Ouro do Estado do Pará. . . . . . . . . . .. 171 9 .. Projetos Metalúrgicos Previstos . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . .. 173 Bibliografia ........................................ 175 Legendas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 179 Sexto Ensaio PROJETO ALBRÃS/ALUNORTE 1. Breve Histórico do Projeto Albrás/Alunorte, uma tentativa frustrada de intervenção na Indústria de Alumínio ...... " ..... '.' 187 2. CVRD no Alumínio: "Ser ou não ser, eis a questão" , ....•..••.• '. 201 3. Os Descaminhos da Intervenção GoverFlamental" •. ',' .:' " .. '. • .. 207 Anexo A Política Japonesa no tocante ao Alumínio e suas conseqüências no Cenário Mundial ....••.•••..•..........•.... ~::: ,'.0; " • ;uw~~13 :.'1 y Francisco Rego Chaves Femandes* Ana MariaBotelhoda Cunha** Saulo RodriguesPereira Filho*** • ,1 ,.-. Maria Júlia Rocha Marques**** .1' '""il. .";(, ~, rj"_.,:" :;--',. • Economista e pesquisador do CNPq desde 1977 - Socióloga e mestre em Engenharia da Produção da Coppe pela UFRJ ... Geólogo formado p~la Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ , ••- Socióloga Jormadapelo,Jnstituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa"ISCTE, Lisboa. . 1. O SUBSOLO DA AMAZÔNIA 1.1. SITUAÇÃO GERAL DOBLOQUEAMENTO DO SUBSOLO DA AMAZÔNIA Em.24 de outubro de 1986, encontravam~se.registradas no Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) do, Ministério das Minas e Energia (MME};60.720áreas do subsolo em todo o país, com uma superfície total de 1.624.585 Km2 • . Desse número de áreas, 41% - 23.973 - situam-se na Amazô nia1 , totalizando, no entanto, 1.344.835 km2, ou seja, 82% da superfície global É uma .área r~servada equivalente a toda a Região Sudeste (Minas Ge rais + São Paulo +'Rio de Janeiro. + Espírito Santo) somada ainda com os es tados doParanáe Rio ,Grande do Sul! Ao:compararmos essa superfície com a dos países europeus, verifica mosquea mesma corresponde à soma: França ...-: Espanha + Itália. . Vàmos~desmembrar essas áreas por .três tipos de regimes legais dife rentés.'-:conEessões de Lavrá, Alvarás de Pesquisa e Requerimentos de Pes quisa •.· .. _ iNo~Qllildro t, apresentam-se as áreas dO: .subsolo da Amazônia elas sificâd~s:segtmdo seu tipo de situàçãb, legaL~,~rna sintética explicação de cadâ t.im:dessésregimes legais. . ""- ~:. . 1 Neste trabalho cónsiderou~se.a Amazônia em sentido lato, ou seja, uma área territorial que compreende toda à RegiãO Norte do País (com as seguintes unidades federativas: Amazo· nas, .Parái Rondônla;cRorruma, Amapá, Acre) e áinda os Estados de Goras; Mato Grosso e Maranhão: ... . ' 9 ~". -co co ~o °0ô0c).r.>-0ô -,o... . ..- '<tI!) 1.2.. SITi::JAÇÁO DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO DA AMA ZÔNIA QUANTO À INDISPONIBILIDADE DE SEU SUB '<t CE\I "QC) '"E ILO! )IC!") ).O.-) ..c-oC c'o) SOLO .c..i Q) o' ~ LO.C.O NI!) CoJ)i NC\I > ICoU Z 'C<\It''<<t t..-I!c)oJc'-o. A legislação estipula que todos os minerais são distribuídos em nov~ ~Q) 'uC;> ,~.... ~,.... classes distintas e determina diferentes áreas máximas para cada área requeri "C oo. da, segundo ~classe mineral, variando de O,OS a 20 km2. Mas também dispõe CIl tQO) ~o ,Oo... . ,-C,-\-lCc-oX..)-- que, exclusiv~fhentepara empresa.sde mineração, nas regiões ínvias e de difí CIl I!)'<t cil acesso (menciona expressamente a Amazônia Legal), cada área pode atingir CIl Q) o máximodé 100 Km2, C,.) c:: "CoocC,:.:) -~'cQC-cI)l c. oCrOC-\.OI C CCrc"-t\5.))l Col3' )."C'.<"C<I''I5")" JoC'Ó-\ I. 7ár,5e aKsmmiE2nm,eér . dpaeiascr~oa'r rarêe Agnicmsitaar,z aôsdnaesi a e émd ed re5e 6l2a K8çã.mKo2m .a 2o,p Barraas ial iRnteegirioã oa S suudpeesrtfeíc iae mmééddiaia éd daes :C:::l l "QC) Ana.lisando-se a distribuição por Estados das áreas reservadas do sub QCI)l oZ' solo da Amazônia, vemOS que o Estado do Pará destaca-se com 479.054 Km2 crS (36% da ,superfície reservada na Amazônia); o Amazonas tem 229.550 Km2 co ,C...). (17% do. total); Mato Grosso. com 211.894 Km2 (16% do total); Goiás, 2 2 117.686 Km (9% do total); e Rondônia, 112.968 Km (8% do total). A essas cinco unidades federativas correspondem 86%da_. superfície reservada da Amazônia, enquanto às quatro unidades restantes :(Acré; Amapá, Roraima e Maranhão) só correspondem 14%. ' A magnitude desse bloqueamentodo subsolo fica evidenciada quando efetuamo$ a divisão da área reservada pela área terrestre total. Se 19% da superfíéie:do Brasil se encontra: indisponív,el (reservada ou bloqueada graças à~áreas,já registradas no DNPM), na Amazônia esse percentual atinge 25%.' O Amapá possui 57% do seu território Feservado, seguindo-se Rondôniaéom ~47%, Pará com 39% e Horaim:a:com 35%, Mato Grosso com 24%.é~GOiáscorri 180/0~:Comvalore~f'abaixo:darnédia da Amazônia, te mos ailidàó,Àmazonas com 14,8%;0 Maranhão com 11,9% e o Acre com 0,7%. - O Qúadr'o'2.'na página seguinte, consolida os dados apresentados. e "c'Ou :::s o 10 11 N Cã Cã No ~ Õ Oi r-- Q) I- CJ a:i . "O (') 1.3. SITUAÇÃO LEGAL E DE FATO DAS ÁREAS RESERVA ~ DAS (OU INDISPONíVEIS) DÓ:SUBSOLO DA AMAZÔNIA E~-----t---------------r----t-----------~ 'z:: l 1Qt0i)l "QO) >.t.a.. 00.N,)..O(..'.))<O(0')0)(.0',)-) 0 Busquemos sintetizar, em linhas gerais, a situação, tanto legal como de ttiill ..t.aJ """:r'c-J fato, dessa imensa' "reserva de caça" representada'poriantas áreas bloquea Q) t.l das do subsolo da Amazônia, sem que infelizmente lhe corresponda um traba c: O lho de pesquisa efetiva pelos seus detentores. Ü til Q) ta N Segundo o estipulado na Constituição de 1969, Art. 168 § 1 Q: -êtaõ "O Sti l ~N "A 'exploração eo aproveitamento das jazidas, minas e demais recursos -<>t: cCtQ.i.)l" NC 'Í mouin ecroainsc ee sdsoãso pfeodteenracli,a insa d feo remnear gdiaa lheiid, rdáaudliocas , edxecpleunsdievraãmo ednet ea uat obrrizaasçilãeoi ros oU'a 'sociedades organizadas no país~'" Criou a"Constituição 'atual o seguinte paradoxo:- - Um estrangeiro sozinho'não'podé''fequererãreasr mas2. 3~ 4, 5 ..• ou 1.000, se OF ganizarem ·uma.::émpresa"constihiída·no Brasil. jã podem ter acesso -Nr -.;{.( Oo .\ <r-O-.:."C-;,O,',Co\)I .(lO') -Lr-!-) ao subsolo! -'0)"(0'''(')' l!)"'CO ". (O C'J.: ,CÔ~;.,...: .,' < ,~ A expressão constitucional "sociedades organizadas no país" somente veda o acess6ào subsolo brasileiro a empresas organizadas no exterior. Ou seja, 'permite: o acesso a toda e qualquer empresa registrada no Brasilnumâ~hJrita"Comercial;independentemente de seus sócios se rem estrangeiros. nacionais privados ou· estatais. Por exemplo a empresa British Pétroleuin PLC. com 'sede no Reino:Uríido, naopode ter acesso ao 1 ~ '~', " subsolo:brásilêir'õ';':mas a BPMineração Ltda~,comsede no Rio de Janeiro e 100% contróla:dá"pélamatriz do Reino Unido, 60mb também qualquer subsidiá ria, pode teraces$ôaó subsolo: Em decorrência ao texto constitucional, a Lei Complementar - o Código c cada de Mmeráçãõ dé:1967' '(decreto-lei-nQ 227) --estipulà-qÚe peSsoa, física (') NO'. ou jurídicã. 'Só -poaerá ter no mãximo 50 dtreitos~~ Esta limitação legal é de- signáda-'por dispo:~itivo"anti-truste. .'. ;,.~' . O lta U. ta Oi e "QO) "cOo L.L. a::o ta .g "O No "QtOi)l Qti)l lco(!/ Jl O-:Ot::i:>l ::sct:1a:: :la1'sQ0:), :. z!o! '5"Q) 12 13 1:04.- Cl:ASSlFICAÇÁQ,·DAS ÁREAS. RESERVADAS .. DA AMA .C' 'zÔNIA SEGUNDQSEUS TnUL.ARES .OU·REQUEREN brasileiras ê de 9,5 Km2• enquanto a ãrea média detida por empresas é de 67 Km2! TES Na prática, mudou-se a letra da Constituição que determinava a igualdade de acesso ao subsolo entre brasileiros e empresas! .. '. Vamos agora analisar quem ~ão .os titulares ou requerentes das 23.973:~r~s, .. e,dos 1.344.835 ~rn/2 ~qut'. . lhel:l .. co[respondem, beJJef~ciãrios aTivados dessa área do subsolo. '. '. Examinandcrse. -o, ,arquivo c,ofiçial,d'?J':'lf\l1EjDNP.M;Pf3<?~IG, verifica-se qL\e as,.pess()as"ffsicas· br~ileiras ..detêm,::i.533"ãreas, na Amázônia" o quã.có~respo~de a. 1:9%" do'.~n6mérode.áréã.s, ma~ as()m~nte 3% dasu p'~;jjc;i~~totál~~:;. . ,,:.c~:;/".:,,·' """ As empesqs detêm 81%,{jo:núm~rode.ãrease.97"o da superfície• . :' "Dentre as.ernpr-esps.:ou:::So:Ciedadês:~i:ganizàd~srlo:pars;;,s~undo o te~~ ~~qsii!u~i~pal de' .1~6i' ~t~Çi? ~rDc~igQr,Íe~SaltEi.rnos·trê~~;tipos., pistintos:, " ,; cõ. a) ~mp~e,~ês ~ol~st.!ls~. 911e 2cor~~~pol!dem ,eqJ·geral ;a .. .fi®as Jndivi duais ou lirnlttidas, em que os sócios são, na grandemaioria,dosoca .,,' i .:,sos, pessoastTsiÇ<3.S·:S~rTI: expres~ão, .ecof)ômico-finarlceira .a,nIvel na _ .;; ::-::, cignaJ.pu,regi9nal,qã\?,Jazel)do Rartedos rTlaiqres ,t,OOO grupos, eco .." nômicos,<atuél.l}~es··~q,.êmsil •• Essª~ empresas detêm 3.870 áreas, ;,,:],,:l!i~,<1() númer~ .de. . ~e,a~ér~gist(adasna Amazõni.a e 316.978 .' Krt12.(},g~e equival~ a;~~%(da.(s!!Jlerfrci~ ,totéil. . ;, b). 9rup()sx~So~ô~c:«>.sc!ql,l.e g~t~~. . ul1l,apregi~,,:el-cortji:mto dElem., .,P!e~~s..:pom,RersoJ;l~iflê-~.!? jy..r;l?tç~.prqpri~ima~colJ} ,om.e~mo .CO .•.. mamto "de,"capital :Na grar;tcle'ináieria.dósigr.upos.econôITlicos estu '. dâdos,-ês~àsemp(eSã; ;~b;idiãri~stên;t~mçapita.lj~~xpressivo •. até d~.Çz$ 1,90. '.' '-" [,.'C ' .•> . .o$::gi~po~ :;c()PÔ~G9~s'7l)0 __s ~u .. çonjunto;;ccontroJamgrande ,::J; .-._c, ,-"",,~,_, __. . _. ~ .J._: ..... '1-,0-.-:' .. __ .... " _~._ l.'· _ -., ~, .,-> • ,_._parte. . do subsólQ, ,da_J\rriazôni~, 14.159 ãreas,~isío é,~. 60% do nfuri~ro '. d~' 'ãre~~; ~ó~ 921.-980.Krrt2, 'ousejâ.,,~6s% ~dasU-pertrcie 'L '." total. .. _,. "~.'_ '.~.' c .... '--'.'.' c) (As empresas não identificadas pela nossa pesquisa atingem cerca de 5% do número total de áreas e 5% da superfície). A Constituição colocou em aparente igualdade as pessoas ffsicas brasi leiras e as empresas. Mas na prática, com o critério de alargamento do número permitido de Km2 em regiões ínvias somente para as empresas, estas foram privilegiadas. Elas podem ter áreas do subsolo sete vezes maiores do que as pessoas ffsicas. A ãrea média reservada na Amazônia POr, pessoas 15

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