SOBRE OS COLABORADORES DESTE VOLUME: A QUERELA DOS DIAGNÓSTICOS FRANÇOIS CAROLI. Psiquiatra e médico do hospital Sainte-Anne, em Paris. Redator-chefe da revista Synapse, autor de dois livros, tem Será que a grande clínica psiquiátrica, que muitos trabalhos publicados, inclusive na Enci clopédia Médico-Cirúrgica marcou o inicio de nosso século, em breve nada mais será que um movimento DANIEL GINESTET. Professor de psiquiatria na desabitado? Universidade Paris-Sud e chefe-de-serviço no hospital Paul Brousse. Autor de dois livros, tem As grandes descobertas quimioterapêuti· numerosos artigos publicados. cas confirmam as clivagens nosográficas: tranqüilizantes, antidepressivos, lítio. THÉOPHILE KAMMERER. Professor de psiquia· enfim. encontram aí suas indicações res tria na Faculdade de Medicina de Estrasburgo, pectivas, ao mesmo tempo que fazem presidente do Sindicato dos psiquiatras france ses, médico e psicanalista, foi responsável perder um pouco do interesse por uma pela introdução da psiquiatria nos cursos de diferenciação mais refinada. medicina. As correntes sócio e psicogen éticas se RENÉ OLJVIE.R·MARTIN. Médico psiquiatra e desenvolvem, embotando sempre mais o chefe-de-serviço no centro de tratamento da A Querela dos Diagnósticos •envoltório formal do sintoma". A antipsi Mutuelle Générale de I'Éducation Nationale, em quiatria. ao recusar qualquer saber obje Paris. tivo sobre o outro, condena o diagnóstico que redobraria a alienação do sujeito e GEORGES lANTÉRI·lAURA. Professor de psi· quiatria, chargé de conférences na Escola de busca um encontro com o doente fora de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris, toda orientação prévia. e médico-chefe do hospital Esquirol, em Saint Maurice. Autor de diversas obras, tem numero A psicanálise nao tem opinião menos dis sos artigos publicados em revistas especializa sonante: desinteresse pela psicose na cor das. rente majoritária da IPA, desmentido de uma diferença estrutural entre neurose e BERTRAND SAMUEL-lAJEUNESSE. Professor psicose para os kleinianos, reelaboraçào de psiquiatria na Universidade Paris V, tra· estrutural dessa diferença para J. Lacan: balha no serviço do Professor Pichot no hospi· são essas suas posições essenciais. tal Sainte-Anne. Tem muitos trabalhos publica dos em revistas especializadas. Em que pé estamos hoje?- agora. PIERRE SJMON. Professor de farmacologia na quando as correntes psicogenéticas e Faculdade de Medicina de Pitié-Salpêtriàre, humanistas perderam seus mais eminen· médico e farmacêutico, dedica-se sobretudo à tes representantes, quando os biologistas psiquiatria. Autor de um livro, tem muitos arti aliados aos estatísticos nos prometem o gos publicados. progresso, quando se multiplicam práticas corretivas com fundamentos d1vergen~es. ÉDOUARD ZARIFIAN. Professor de psiquiatria Se o psiquiatra continua propondo diag na Faculdade de Medicina de Caen, médico· chefe-de-serviço no centro hospitalar universi nósticos. por que, e como, ele faz isso? tário "Côte de Nacre", clínico e terapeuta. Quais sào suas conseqüências sobre sua Autor de um livro, contribui regularmente para ação? importantes trabalhos em neurofarmacologia publicados em revistas especializadas. Leiamos A Querela dos Diagnósticos. nesse debate necessário. SOBRE OS COLABORADORES DESTE VOLUME: A QUERELA DOS DIAGNÓSTICOS FRANÇOIS CAROLI. Psiquiatra e médico do hospital Sainte-Anne, em Paris. Redator-chefe da revista Synapse, autor de dois livros, tem Será que a grande clínica psiquiátrica, que muitos trabalhos publicados, inclusive na Enci clopédia Médico-Cirúrgica marcou o inicio de nosso século, em breve nada mais será que um movimento DANIEL GINESTET. Professor de psiquiatria na desabitado? Universidade Paris-Sud e chefe-de-serviço no hospital Paul Brousse. Autor de dois livros, tem As grandes descobertas quimioterapêuti· numerosos artigos publicados. cas confirmam as clivagens nosográficas: tranqüilizantes, antidepressivos, lítio. THÉOPHILE KAMMERER. Professor de psiquia· enfim. encontram aí suas indicações res tria na Faculdade de Medicina de Estrasburgo, pectivas, ao mesmo tempo que fazem presidente do Sindicato dos psiquiatras france ses, médico e psicanalista, foi responsável perder um pouco do interesse por uma pela introdução da psiquiatria nos cursos de diferenciação mais refinada. medicina. As correntes sócio e psicogen éticas se RENÉ OLJVIE.R·MARTIN. Médico psiquiatra e desenvolvem, embotando sempre mais o chefe-de-serviço no centro de tratamento da A Querela dos Diagnósticos •envoltório formal do sintoma". A antipsi Mutuelle Générale de I'Éducation Nationale, em quiatria. ao recusar qualquer saber obje Paris. tivo sobre o outro, condena o diagnóstico que redobraria a alienação do sujeito e GEORGES lANTÉRI·lAURA. Professor de psi· quiatria, chargé de conférences na Escola de busca um encontro com o doente fora de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris, toda orientação prévia. e médico-chefe do hospital Esquirol, em Saint Maurice. Autor de diversas obras, tem numero A psicanálise nao tem opinião menos dis sos artigos publicados em revistas especializa sonante: desinteresse pela psicose na cor das. rente majoritária da IPA, desmentido de uma diferença estrutural entre neurose e BERTRAND SAMUEL-lAJEUNESSE. Professor psicose para os kleinianos, reelaboraçào de psiquiatria na Universidade Paris V, tra· estrutural dessa diferença para J. Lacan: balha no serviço do Professor Pichot no hospi· são essas suas posições essenciais. tal Sainte-Anne. Tem muitos trabalhos publica dos em revistas especializadas. Em que pé estamos hoje?- agora. PIERRE SJMON. Professor de farmacologia na quando as correntes psicogenéticas e Faculdade de Medicina de Pitié-Salpêtriàre, humanistas perderam seus mais eminen· médico e farmacêutico, dedica-se sobretudo à tes representantes, quando os biologistas psiquiatria. Autor de um livro, tem muitos arti aliados aos estatísticos nos prometem o gos publicados. progresso, quando se multiplicam práticas corretivas com fundamentos d1vergen~es. ÉDOUARD ZARIFIAN. Professor de psiquiatria Se o psiquiatra continua propondo diag na Faculdade de Medicina de Caen, médico· chefe-de-serviço no centro hospitalar universi nósticos. por que, e como, ele faz isso? tário "Côte de Nacre", clínico e terapeuta. Quais sào suas conseqüências sobre sua Autor de um livro, contribui regularmente para ação? importantes trabalhos em neurofarmacologia publicados em revistas especializadas. Leiamos A Querela dos Diagnósticos. nesse debate necessário. J Ja cques L.acan • Théophilé Kammerer ( O Campo Freudiano no Brasil Roger Wartel • Édouard Zarifian • François Caroli François Leguil • Daniel Ginestet Coleção dirigida por Jacques·Alain Miller René Olivier-Martin • Bertrand Samuel-Lajeunesse Pierre Simon • Georges Lantéri-Laura • Roland Gari A Querela dos Diagnósticos Tradução: Luiz Forbes Jorge Zahar Editor Rio de Janeiro Sumário Prefácio 7 Marc S1RAUSS Sobre os autores 9 1. A psi4uiatria inglesa e a guerra 11 Jacques LACAN 2. Diálogo sobre os diagnósticos 27 . Théophile KAMMERf.R e Roger WA RTEL 3. Um diagnóstico em psiquiatria: para qui? 45 Édouard ZARIFIAN 4. Repetição e urgência psiquiálrica 52 François CAROU S. Tíwlo origi.W: Mais-(llém dos fen(Jmenos 60 La Q~ar~ll~ du DiagMStiC$ François LEGUIL T.-.dução aulOri:tada da primeira cdiçlo franeesa pobliuda em 1986 pot Navarut &liiWt, de Paris, França, 6. na col~io "Ciiniquu" dirigida por R. Gori. J.·A. Millc:r c R. Wa11tl. 70 Em torno do DSM III e Copyrigln 1986, Navarin &liteur. l'rcmib.: tdition. 1986. Bertrand SAMUEL-LAIEUNESSE, Copyrigln e 1989 cb ediçio em língua porwgueu: René OUVIER-MARTIN, Daniel GINESTET, Jorge Zabar Editor Ltda. Pierre SIMON e Roger W ARTF.L l\lll Mêxicn 31 snbrdoja 20031 Rio deJonruo, RJ 7. Todoo os direitos te$UY&dos. A rcproduçin nio·•lllorizada deslJ publkaçio, no todo O empirismo e a semiologia psiquiátrica 84 011 em patle, constitui violação do cop)'right. (LC 5. 988) Georges LANTÉRJ-LAURA lmpl'C$slO: Tava~ e Tri&tiio l.tdo. 8. Perspectivas para "Cllnicas" 99 ISBN: 2-86827·045-X (ed. ori&-) ISBN: SS· 7110-074·8 (JZE, RJ) RolandGoRI Sumário Prefácio 7 Marc S1RAUSS Sobre os autores 9 1. A psi4uiatria inglesa e a guerra 11 Jacques LACAN 2. Diálogo sobre os diagnósticos 27 . Théophile KAMMERf.R e Roger WA RTEL 3. Um diagnóstico em psiquiatria: para qui? 45 Édouard ZARIFIAN 4. Repetição e urgência psiquiálrica 52 François CAROU S. Tíwlo origi.W: Mais-(llém dos fen(Jmenos 60 La Q~ar~ll~ du DiagMStiC$ François LEGUIL T.-.dução aulOri:tada da primeira cdiçlo franeesa pobliuda em 1986 pot Navarut &liiWt, de Paris, França, 6. na col~io "Ciiniquu" dirigida por R. Gori. J.·A. Millc:r c R. Wa11tl. 70 Em torno do DSM III e Copyrigln 1986, Navarin &liteur. l'rcmib.: tdition. 1986. Bertrand SAMUEL-LAIEUNESSE, Copyrigln e 1989 cb ediçio em língua porwgueu: René OUVIER-MARTIN, Daniel GINESTET, Jorge Zabar Editor Ltda. Pierre SIMON e Roger W ARTF.L l\lll Mêxicn 31 snbrdoja 20031 Rio deJonruo, RJ 7. Todoo os direitos te$UY&dos. A rcproduçin nio·•lllorizada deslJ publkaçio, no todo O empirismo e a semiologia psiquiátrica 84 011 em patle, constitui violação do cop)'right. (LC 5. 988) Georges LANTÉRJ-LAURA lmpl'C$slO: Tava~ e Tri&tiio l.tdo. 8. Perspectivas para "Cllnicas" 99 ISBN: 2-86827·045-X (ed. ori&-) ISBN: SS· 7110-074·8 (JZE, RJ) RolandGoRI Marc Strauss Prefácio A história da psiquiatria está marcada, entre o fim do século XIX e o primeiro terço do sééulo XX, por uma extraordinária riqueza na elaboração clínica e nosográfica. De Kraepelin a Clérambault, para citar apenas duas balizas essenciais, as grandes entidades são defmidas em classificaçOes até hoje acatadas por sua autoridade. A psicanálise, Freud mais particularmente, tem nisso uma parte, ao menos para os tipos clínicos das neuroses. Falta acres centar aí o interesse pela criança. que fecha esse capftulo, antes que se abra, após a Segwl(ia Guerra Mundial, o das grandes descobertasquimioterapêuticas. Essas descobertas parecem confirmar as clivagens nosográficas: tranqüili zantes,antidepressivos,lítio, enfllll, encontram aí suas inclicaçOes respectivas, ao mesmo tempo que perdem um pouco de seu interesse os esforços para uma diferencíação mais sutil. Conjuntamente, as correntes sócio e psicogenéticas se desenvolvem, embotando sempre mais "o envoltório formal do sintoma". A antipsiquialria é o ponto de suspensão destas correntes. Recusando qualquer saber objetivo sobre o ouu-o, ela condena a iniciativa di agnóstica que redobraria a alienação do sujeito, e promove um encontro com o doente fora de toda orientação prévia. A psicanálise continua sempre enredada nesses debates, sem por isso, quando tenla distinguir-se, fazer ouvir opinião menos dissonante. Desinteresse pela psicose na corrente majoritária da IPA . desmentido de uma diferença estrutural entre neurose e psicose para os kleinianos, reelaboração estrutural <,tessa diferença para J. Lacan, são essas suas posições essenciais. Em que pé estamos hoje?- agora, quando as correntes psicogenéticas e humanislaS perderam seus mais eminentes representantes, quando os biologistas aliados aos estatísticos nos prometem o progresso, quando se multiplicam práticas corretivas com fundamentOs divergentes. Se o psiquiatra continua propondo diagnósticos, por que, e como, ele faz isso? Quais são suas conseqüências· sobre sua ação? 7 Eis as perguntas apresentadas neste volume e sobre as quais se quer estabelecer uma posição. Temos grande prazer em poder divulgar como abertura dessa coletânea o texto de J. Lacan, jamais republicado desde 1947, sobre "A psiquiatria inglesa e a guerra". Sobre os autores Marc STRAUSS François CAROU. Psiquiatra de hospitais e médico do Centro Psiquiátrico de Orientação e Acolhida (CPOA) do hospital Sainte-Anne, em Paris, publicou numerosos trabalhos, entre os quais uma "Semiologia das condutas suicidas" na Enciclopédia Médico-Cirúrgica. É autor de duas obras: Nova forma do desequilfbrio mental (Masson Edit 1979) e Urgências psiquiátricas (Doin EdiL 1986). Redator<hefe da revista Synapse, ocupa um lugar de "confron tação" nas correntes da psiquiatria surgida do fim dos anos 60. Daniel GINESTET. Professor de psiquiatria na Universidade Paris-Sud, m6dico de hospitais e chefe-de-serviço no hospital Paul Brousse, participou das pesquisas psicofarmacológicas da equipe dos Professores Delay e Deniker, que marcaram a história da prática psiquiátrica contemporânea. Publicou numerosos artigos, e; recentemente, duas obras: com P. Peron-Magnan, um Compêndio de quimioterapia (Masson Edit. 1984) e, com V. Katsambelis, Como reconhecer uma depressão (Pii-Edit.). Como psiquiatra, foi capaz de dar lugar, na instituição sob sua responsabilidade, a colaboradores psicana- . 1~. Théophile KAMMERER. Há. 30 anos mantém um lugar crucial na história da psiquiatria e de seu ensino na França. Professoc de psiquiatria na Faculdade de Medicina de Estrasburgo, médico de hospitais, presidente do Sindicato dos psiquiatras franceses, psicanalista, ele efetivamente introduziu a psiquia tria no curso dos estudantes de medicina, e militou pela autonomia dessa disciplina. Estabeleceu uma Escola, formou espantoso número de psiquia-. tras: Em seu ensino, nunca dispensou a prática da apresentação de doentes, onde os alunos reconheciam seu saber, sua cultura e seu humanismo, deles ficando impregnados. 9 Eis as perguntas apresentadas neste volume e sobre as quais se quer estabelecer uma posição. Temos grande prazer em poder divulgar como abertura dessa coletânea o texto de J. Lacan, jamais republicado desde 1947, sobre "A psiquiatria inglesa e a guerra". Sobre os autores Marc STRAUSS François CAROU. Psiquiatra de hospitais e médico do Centro Psiquiátrico de Orientação e Acolhida (CPOA) do hospital Sainte-Anne, em Paris, publicou numerosos trabalhos, entre os quais uma "Semiologia das condutas suicidas" na Enciclopédia Médico-Cirúrgica. É autor de duas obras: Nova forma do desequilfbrio mental (Masson Edit 1979) e Urgências psiquiátricas (Doin EdiL 1986). Redator<hefe da revista Synapse, ocupa um lugar de "confron tação" nas correntes da psiquiatria surgida do fim dos anos 60. Daniel GINESTET. Professor de psiquiatria na Universidade Paris-Sud, m6dico de hospitais e chefe-de-serviço no hospital Paul Brousse, participou das pesquisas psicofarmacológicas da equipe dos Professores Delay e Deniker, que marcaram a história da prática psiquiátrica contemporânea. Publicou numerosos artigos, e; recentemente, duas obras: com P. Peron-Magnan, um Compêndio de quimioterapia (Masson Edit. 1984) e, com V. Katsambelis, Como reconhecer uma depressão (Pii-Edit.). Como psiquiatra, foi capaz de dar lugar, na instituição sob sua responsabilidade, a colaboradores psicana- . 1~. Théophile KAMMERER. Há. 30 anos mantém um lugar crucial na história da psiquiatria e de seu ensino na França. Professoc de psiquiatria na Faculdade de Medicina de Estrasburgo, médico de hospitais, presidente do Sindicato dos psiquiatras franceses, psicanalista, ele efetivamente introduziu a psiquia tria no curso dos estudantes de medicina, e militou pela autonomia dessa disciplina. Estabeleceu uma Escola, formou espantoso número de psiquia-. tras: Em seu ensino, nunca dispensou a prática da apresentação de doentes, onde os alunos reconheciam seu saber, sua cultura e seu humanismo, deles ficando impregnados. 9 Rcné OUVIER-MARTIN. Médico psiq~iaua, chefe-de-serviço no centro de tratamento da Mutuelle Générale de l'Education National e (MGEN Boissie res), em Paris. Georges LANTÉRI-LAURA. Professor de psiquiatria, chargé de conférences 1 Ja cques Lacan na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, médico-chefe do hospital Esquirol (Saint-Maurice), goza de notoriedade internacional, comprovada por numerosos artigos publicados em revistas especializadas (Evoluçoo A psiquiatria inglesa e a gue"a Psiqu!átrica, Perspectivas Psiquiátricas, Phenomenology and Psychiarry, etc). E autor de diversas obras, entre as quais História dafrenologia (PUF 1970),Leilura das perversões (Masson 1978), Evolução dos conhecimentos e doutrinas sobre as localizações cerebrais (com H. Hecaen, Desclée de Brouwer, 1975). Bertrand SAMUEL·LAJEUNESSE. Professor de psiquiatria na Universidade Quando estive em Londres, em setembro de 1945, brilhavam ainda os fogos Paris V, médico de hospitais, trnbalha no hospital Sainte-Anne, no serviço do comemorativos do Dia: V -Day, em que a Cidade comemorou sua vitória.1 professor Pichot, antigo presidente da Associação Mundial de Psiquiatria. A guerra me deixara um vivo sentimento do modo de irreal idade com Depois de ter realizado numerosos trabalhos de clínica e de terapêutica, pu que a coletividade dos franceses a vivera, do começo ao fim. Não me refrro blicados em reviscas especializadas, e paralelamente a seu ensino, volta-se a esSas ideologias exóticas, que nos mistificavam com fantasmagorias sobre atualmente para os problemas levantados pela psicoterapia de grupo e os nossa grandeza, no estilo das lenga-lengas da senilidade, indo até o delírio distúrbios do comportamento alimentar. agônico, ou das fabulações compensatórias próprias à ini~ia. Pretendo mesmo é apontar em cada um esse desconhecimento si.stemático do mundo, Pierre Sh\iON. Professor de farmacologia na Faculdade de Medicina de Pitié· esses refúgios imaginários onde, psicanalista, eu não poderia deixar de Salpêtriere, médico e farmacêutico, dedica-se sobretudo, desde o externato, identificar no grupo, então atonnentado por uma dissolução verdadeiramente à psiquiatria, e orienta suas pesquisas, por um lado, no sentido da psicofar pânica de seu estatuto moraJ, esses mesmos modos de defesa utilizados peJo macologia experimencal no animal, e, por outro, no sentido da farmacologia indivíduo contra sua angústia na neurose, com sucesso não menos ambíguo, clínica, mais especialmente em psiquiatria. Interessa-se em particular pela e também paradoxalmente eficaz, confinnando do mesmo modo, ó desgraça!, ~todolog1a dos efeitos terapêuticos. Publicou numerosos trabalhos; seu um destino que se transmite por gerações. l!Vfo, Os psicotrópicos, escrito com L. Colonna (Pil ed.), tem sido com Eu contava, pois, sair do círculo desse encaocamento deletério, para freqüência louvado por suas qualidades didáticas. entrar em outro reino: lá, onde após a crucial recusa de um compromisso que teria sido a derrota; se havia conseguido, sem nunca desistir, através das Édouard ZAR.lFIAN. Professor de psiquiatria na Faculdade de Medicina de piores provações, sustentar a Iuca até esse final triunfante, que agora fazia Caen, e médico-chefe-de-serviço no centro hospitalar unjversilário "Côte de parecer às nações que a imensa vaga onde estiveram na iminência de sub Nacre", clínico e terapeuta, realiza pesquisas, participa do ensino e de proje mergir, não passava de uma ilusão da história, e das mais rapidamente des- tos editoriais em psiquiatria biológica. Não há dúvida sobre a importância de feitas. . . suas atividades, bastante difundidas por participações no rádio e na televisao. Desde esse começo até o fim de minha permanência de cinco semanas, Contribui para importantes trabalhos de neurofannacologia, freqüentemen a expectativa de um ar diferente não foi frustrada. E. foi sob a forma de te publicados nas revistas anglo-saxas (recentemente, com P. Deniker e evidência psicológica que percebi esta verdade: a vitória da Inglaterra vem da outros pesquisadores, em Neurologie, 1985, nu 35, p. 16-24). É autor, em força moral -:-quero dizer, a intrepidez de seu povo repousa numa relação colaboração com Henri Loo, ·de Os antitkpressivos (ed. Roche, 1982). verídica ao real, que sua ideologia utilitarista faz compreender mal, e é de mód"o especial tocalmcnte falseada pelo termo de adaptação, sendo por isso mesmo interdita para nós a bela palavra de realismo, em razão do uso infa mante com que os "servidores da Traição" aviltaram sua virtude, por uma 11