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A KGB e a desinformação soviética PDF

404 Pages·2.198 MB·Portuguese
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A KGB e a desinformação soviética — Uma visão em primeira mão Ladislav Bittman 1ª edição — agosto de 2019 — cedet Título original: The KGB and Soviet Disinformation: An Insider’s View Copyright © 1985 Pergamon-Brassey’s International Defense Publishers Os direitos desta edição pertencem ao CEDET — Centro de Desenvolvimento Profissional e Tecnológico Rua Armando Strazzacappa, 490 cep: 13087-605 — Campinas, sp Telefone: (19) 3249–0580 e-mail: [email protected] Editor: Thomaz Perroni Tradução: Victor Bruno Revisão: Jonathas Castro Preparação do texto: Letícia de Paula Capa: Mariana Kunii Diagramação: Virgínia Morais Desenvolvimento de eBook: Loope Editora | loope.com.br Conselho editorial: Adelice Godoy César Kyn d’Ávila Silvio Grimaldo de Camargo FICHA CATALOGRÁFICA Bittman, Ladislav. A kgb e a desinformação soviética: uma visão em primeira mão / Ladislav Bittman; tradução de Victor Bruno — Campinas, sp: vide Editorial, 2019. isbn: 978-85-9507-074-5 Título original: The kgb and Soviet Disinformation: An Insider’s View. 1. Espionagem e subversão 2. Ciência política I. Autor II. Título CDD — 327.12 / 320 índice para catálogo sistemático 1. Espionagem e subversão — 327.12 2. Ciência política — 320 VIDE Editorial — www.videeditorial.com.br Reservados todos os direitos desta obra. Proibida toda e qualquer reprodução desta edição por qualquer meio ou forma, seja ela eletrônica, mecânica, fotocópia, gravação ou qualquer outro meio de reprodução, sem permissão expressa do editor. SUMÁRIO Capa Folha de Rosto Créditos Nota do tradutor Prefácio Introdução. Por que devemos nos preocupar Capítulo I. Memórias de um antigo criminoso Anos de aprendiz Uma testemunha contra o Dr. Otto John Os parabéns do Gen. Agayants Primavera política Capítulo II. O gigante da espionagem Os serviços de inteligência soviéticos Agentes O principal inimigo Trabalhando para o Grande Irmão Capítulo III. Usinas de desinformação Tradições comunistas A visão soviética sobre a détente A arte da mentira Objetivos de longo prazo O jogo da desinformação A operação contra o Dr. Henry Kissinger Desinformação propagandística Rumores Agentes de influência Organizações de fachada OAs científicas e tecnológicas OAs terroristas Capítulo IV. O mensageiro O dilema do sigilo A KGB e a imprensa Os infiltrados da KGB Pierre-Charles Pathé Le Canard Enchaîné Wilfred Burchett Arne Herlov Petersen Capítulo V. A arte da farsa Boataria no mundo da literatura Provando a maldade americana Fraudes anti-americanas nos países da OTAN Capítulo VI. Crise dos reféns americanos no Irã: as digitais soviéticas Provocando o americano feioso A invasão da embaixada americana em Teerã Táticas soviéticas Semeando a confusão Rumores Conquistas soviéticas O papel da mídia americana Capítulo VII. Brincando com a guerra Esconde-esconde Drogas Guerras de libertação nacional “Melhor ser de esquerda do que virar caveira”: Guerra, paz e propaganda Capítulo VIII. Nação de imigrantes Os verdadeiros refugiados Mensagens confiáveis? Fidel Castro envia um cavalo-de-Tróia Capítulo IX. Um caso de amor com o terrorismo Terrorismo esquerdista e a KGB A Organização para a Libertação da Palestina O ETA Brigadas Vermelhas Capítulo X. Objetivo: CIA Livros de fofoca Revistas anti-CIA Uso de canais diplomáticos Capítulo XI. Negócios, ciência e tecnologia Um pouco mais à esquerda, por favor Ciência sem limites Brincando com o ouro Epílogo. O que devemos fazer? Siglas e acrônimos Índice remissivo e onomástico Nota do tradutor A edição usada como base para esta tradução foi posta à lume pela Pergamon-Brassey’s em 1985. Há sinais claros de que essa edição original da obra fora lançada às pressas, sem muita revisão, porque o original contém alguns erros; estes foram corrigidos. Além disso, Bittman trabalhava de memória, sem generosos fundos de pesquisa e sem tempo: o texto original tem alguns erros factuais (um nome errado aqui e acolá, por exemplo) que, apesar de não prejudicarem o entendimento do argumento do autor, podem ser usados como “prova” de que a tese do livro é falsa por aqueles que têm razões para temê-lo. Corrigi tais erros sempre que os encontrei. Outra coisa que merece destaque é o estilo do livro. Bittman é um ex- agente da StB e, portanto, estava acostumado a escrever de forma telegráfica: rápido, sucinto, porém um tanto “frio”. Além disso, o original da Pergamon-Bressey’s tem nítidos traços de eslavismo na redação. Em inglês, a leitura flui, mas a bem da prudência decidi tirá-los da tradução, também por temer que fossem um obstáculo à apreciação plena do livro. Por fim, alguns agradecimentos: primeiramente, a Thomaz Perroni, editor da VIDE Editorial por sua paciência e generosidade; e também a amigos queridos que me ajudaram duma forma ou de outra durante a tradução — especialmente Stefanne O’hana, Lucas Valentim Binati e Mônica Alves. Prefácio R ecentemente, o Ocidente esteve aprendendo um bocado a respeito do uso, pelo bloco soviético, daquilo que eles ora chamam de “OAs”. Moscou e seus aliados, como parte da sua estratégia político-militar, lançam mão de uma gama de meios — tanto escusos como explícitos — para influenciar as percepções do mundo ocidental e as nossas tomadas de decisão no tocante a estratégias de defesa e relações exteriores. Talvez as fontes de informação mais úteis sobre as OAs soviéticas sejam os ex-agentes que desertaram para o Ocidente. Eles têm nos fornecido detalhados retratos sobre as doutrinas, instituições, recursos e técnicas utilizadas na União Soviética. Alguns podem questionar a confiabilidade das informações fornecidas por desertores — especialmente daqueles que praticaram a desinformação e outras OAs. Com efeito, é sempre bom que se lance mão dum saudável ceticismo, ainda mais neste mundo nebuloso que é o das atividades clandestinas. Contudo, pesquisadores prudentes que analisam as informações fornecidas por desertores e as conferem com os testemunhos e as memórias de estadistas, diplomatas, jornalistas, com informações provenientes de arquivos históricos, documentos apreendidos, processos de agentes secretos já condenados e outras fontes, não podem senão aprofundar seus conhecimentos sobre a estratégia soviética contemporânea. As informações e análises sobre as OAs fornecidas por Ladislav Bittman desde a sua deserção do serviço de segurança e inteligência tcheco, em 1968, é extremamente útil. Seu livro The Deception Game1 — o primeiro de um ex-agente tcheco especializado em OAs e desinformação — influenciou a muitos tanto dentro do governo como fora dele. Agora, em A KGB e a desinformação soviética: uma visão em primeira mão, Bittman fornece nomes, datas e locais específicos que ampliam a documentação a respeito das operações soviéticas e tchecas destinadas a influenciar o comportamento ocidental. Ademais, baseado na sua experiência e no seu entendimento do caráter das OAs do bloco soviético, Bittman busca descrever e explicar as operações soviéticas desde a sua deserção. Seu testemunho a respeito da evolução recente nas mais variadas partes do mundo é fascinante. Para confirmar posteriormente as análises de Bittman das atividades soviéticas contemporâneas, nós precisamos de informações adicionais de novos desertores e outras fontes de documentação. Se a nossa experiência recente nos ensina algo, é bem certo que não demorará muito para que essas informações adicionais nos cheguem. Ladislav Bittman tem nos ajudado a entender um aspecto importante do comportamento soviético. Agora que sabemos desse aspecto significativo, as evidências mais e mais confirmam as suas proposições principais. Roy Godson2 Ladislav Bittman, The Deception Game: Czechoslovak Intelligence in Soviet Political Warfare. Syracuse, NY: Syracuse Research Corporation, 1978. — NT Professor de Administração Pública na Universidade Georgetown e Diretor do Centro de Informação de Estratégia Nacional de Washington, DC.

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