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A Ilha dos Pines PDF

124 Pages·2022·3.309 MB·Portuguese
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a Henry Neville (1620-1694) foi um político, escritor e satirista inglês, mais lembrado por este i panfl eto utópico, The Isle of l Pines, publicado originalmente h em 1668. Contudo, no período em que participou do Parlamento e a do Conselho de Estado, entre 1649 e 1651, se opôs veementemente Carla Mary S. Oliveira é professora d a Oliver Cromwell, contra quem titular do Departamento de História da Universidade Federal da Paraíba, escreveu e publicou alguns textos o onde leciona História Moderna desde políticos. Também traduziu 2004. É historiadora (1996), mestre s Machiavel para o inglês na década (1999) e doutora (2003) em Sociologia, de 1670 e, dando seguimento formada pela mesma instituição. a ilha p às suas críticas à Charles II, Realizou estágio pós-doutoral no PPGHIS-UFMG em 2009, com uma i escreveu Plato Redivivus em bolsa Capes PROCAD-NF. n 1680, considerada sua obra dos Lidera o Grupo de Pesquisa “Arte, fi losófi ca da maturidade e onde Cultura e Sociedade no Mundo e argumentava, por meio de um Ibérico (séculos XVI a XIX)” [CNPq/ s diálogo político, que o número pPeRsqOuPisEaSdQor-aU, FdoPsB G] reu ppaorst dicei pPae,s cqoumisoa pines crescente de proprietários na “História da Educação no Nordeste Inglaterra exigia uma distribuição Oitocentista – GHENO” [CNPq/ mais ampla e equânime do poder PPGH/ PPGE-UFPB], “Walter H político, desenvolvendo mais Benjamin: fantasma, imago, espectro” e Henry Neville profundamente ideias que estão [CNPq/ CTRAD-UFPB] e “Rede n Internacional de Estudos Franciscanos r apenas esboçadas neste no Brasil “[CNPq/ PPGED-UERJ]. y The Isle of Pines. É também membro da SBHE - N Introdução, Tradução e Notas Esta é a primeira tradução Sociedade Brasileira de História da e de integral do texto de Educação, desde janeiro de 2016, da v The Isle of Pines SEO - Sociedade Brasileira de Estudos ISBN i do Oitocentos, desde março de 2021, ll Carla Mary S. Oliveira para o português, pois a única e e da h_moderna - Rede Brasileira de outra edição conhecida é Estudos em História Moderna, desde de 1761 e foi feita em julho de 2022. Lisboa, a partir de uma versão parcial para A presente tradução comentada e sua introdução constituem seu trabalho de o francês publicada conclusão do Bacharelado em Tradução nos Países Baixos ainda na Universidade Federal da Paraíba, no século XVII. defendido em julho de 2022. a Henry Neville (1620-1694) foi um político, escritor e satirista inglês, mais lembrado por este i panfl eto utópico, The Isle of l Pines, publicado originalmente h em 1668. Contudo, no período em que participou do Parlamento e a do Conselho de Estado, entre 1649 e 1651, se opôs veementemente Carla Mary S. Oliveira é professora d a Oliver Cromwell, contra quem titular do Departamento de História da Universidade Federal da Paraíba, escreveu e publicou alguns textos o onde leciona História Moderna desde políticos. Também traduziu 2004. É historiadora (1996), mestre s Machiavel para o inglês na década (1999) e doutora (2003) em Sociologia, de 1670 e, dando seguimento formada pela mesma instituição. a ilha p às suas críticas à Charles II, Realizou estágio pós-doutoral no PPGHIS-UFMG em 2009, com uma i escreveu Plato Redivivus em bolsa Capes PROCAD-NF. n 1680, considerada sua obra dos Lidera o Grupo de Pesquisa “Arte, fi losófi ca da maturidade e onde Cultura e Sociedade no Mundo e argumentava, por meio de um Ibérico (séculos XVI a XIX)” [CNPq/ s diálogo político, que o número pPeRsqOuPisEaSdQor-aU, FdoPsB G] reu ppaorst dicei pPae,s cqoumisoa pines crescente de proprietários na “História da Educação no Nordeste Inglaterra exigia uma distribuição Oitocentista – GHENO” [CNPq/ mais ampla e equânime do poder PPGH/ PPGE-UFPB], “Walter H político, desenvolvendo mais Benjamin: fantasma, imago, espectro” e Henry Neville profundamente ideias que estão [CNPq/ CTRAD-UFPB] e “Rede n Internacional de Estudos Franciscanos r apenas esboçadas neste no Brasil “[CNPq/ PPGED-UERJ]. y The Isle of Pines. É também membro da SBHE - N Introdução, Tradução e Notas Esta é a primeira tradução Sociedade Brasileira de História da e de integral do texto de Educação, desde janeiro de 2016, da v The Isle of Pines SEO - Sociedade Brasileira de Estudos ISBN i do Oitocentos, desde março de 2021, ll Carla Mary S. Oliveira para o português, pois a única e e da h_moderna - Rede Brasileira de outra edição conhecida é Estudos em História Moderna, desde de 1761 e foi feita em julho de 2022. Lisboa, a partir de uma versão parcial para A presente tradução comentada e sua introdução constituem seu trabalho de o francês publicada conclusão do Bacharelado em Tradução nos Países Baixos ainda na Universidade Federal da Paraíba, no século XVII. defendido em julho de 2022. A ILHA DOS PINES Copyright © 2022 - Carla Mary S. Oliveira Capa (Layout & Arte Final): Carla Mary S. Oliveira Programação Visual & Editoração Eletrônica: Carla Mary S. Oliveira Formatação dos Originais e Tratamento das Imagens: Carla Mary S. Oliveira Ilustração da capa: Trattato Universale Descrittione Et Sito De Tutta La Terra Sin Qui Consociuta Descritto da Urbano Monte [detalhe], 1587, David Rumsey Map Collection, EUA. Foto da 2a orelha: Acervo pessoal de Carla Mary S. Oliveira, foto de 2021. Impresso no Brasil - Printed in Brazil Efetuado o Depósito Legal na Biblioteca Nacional, conforme a Lei nº 10.994, de 14 de dezembro de 2004. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998) é crime estabelecido no artigo 184 do Código Penal. Dados de Catalogação na Publicação Biblioteca Central - UFPB - Universidade Federal da Paraíba N523i Neville, Henry, 1620-1694. A Ilha dos Pines./ Henry Neville; traduzido do inglês por Carla Mary S. Oliveira. -- João Pessoa: Editora do CCTA-UFPB, 2022. ISBN livro impresso: 978-65-9984-3105 ISBN eBook [formato PDF]: 978-65-9984-3129 120 p.: il. - inclui notas e referências. 1. Literatura Utópica Inglesa – Século XVII. 2. Robinsonades – Século XVII. 3. Henry Neville (1620-1694). I. Autor. II. Título.. UFPB/ BC CDU 821.111-3 Editora do Centro de Comunicação, Turismo e Artes – CCTA Universidade Federal da Paraíba – UFPB CEP 58.051-970 – Paraíba – PB – Brasil Fone: + 55 (83) 3216-7200 – E-mail: [email protected] Web Site: http://www.ccta.ufpb.br/editoraccta/ A ILHA DOS PINES Henry Neville Introdução, Tradução e Notas de Carla Mary S. Oliveira Apresentação de Helano Ribeiro Prefácio de Silvia Liebel João Pessoa - PB 2022 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Reitor: Valdiney Veloso Correia Vice-Reitora: Liana Filgueira Albuquerque CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTES Diretor: Ulisses Carvalho da Silva Vice-Diretora: Fabiana Cardoso de Siqueira EDITORA DO CCTA-UFPB Conselho editorial Ulisses Carvalho da Silva Carlos José Cartaxo Magno Alexon Bezerra Seabra José Francisco de Melo Neto José David Campos Fernandes Marcílio Fagner Onofre editor Ulisses Carvalho da Silva seCretário do Conselho editorial Paulo Vieira laboratório de Jornalismo e editoração Coordenação: Pedro Nunes Filho Produção Gráfica: José Luiz da Silva Sumário Apresentação .............................................................. 7 Helano Ribeiro Prefácio ..................................................................... 13 Silvia Liebel Ao Modo de um Introito: ‘The Isle of Pines’ e a Literatura Utópica Inglesa do Seiscentos ..................... 19 Carla Mary S. Oliveira A Ilha dos Pines ....................................................... 59 Henry Neville Referências ............................................................... 101 Anexos .................................................................... 111 5 APRESENTAÇÃO – O RASTRO, OU AQUILO QUE SE PERDE: A TAREFA UTÓPICA DA TRADUTORA O começo? Um começo saturado de começos Desde sua publicação em 1719, o livro de Daniel Defoe, Robinson Crusoe, inspirou vários autores e seus temas instigaram pensadores e outros escritores como Karl Marx, James Joyce, Michel Tournier, entre outros, que buscavam entender o comportamento humano dentro de um possível e insólito contexto social a partir da ausência do Outro da forma como seu personagem, Robinson Crusoe, conhecia: o homem europeu esclarecido. Com isso, Defoe acaba criando uma espécie de subgênero conhecido por robinsonada. O nome remete à obra original e seus derivados seguem o mesmo princípio e contam a história do protagonista que vive isolado em uma ilha, na qual as dimensões de tempo e espaço se perdem em meio aos dias que passam fora dos trilhos de Chronos, além dos começos e fins da história. A obra de Defoe, entretanto, já vem carregada de outros começos, de sobrevivências [Nachleben] da história, mas também da literatura que dá origem ao seu livro. Não o começo de tudo, obviamente, mas ela se revela como rastro, traço [trait] de outra obra. Refiro-me aqui à The Isle of Pines de Henry Neville, agora lançado no Brasil na primorosa tradução de Carla Mary S. Oliveira, A Ilha dos Pines. Publicado em 1668, é comumente citado como a primeira robinsonada, anterior ao trabalho de 7

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