A ideia de Socialismo Pia tao ho FLAT TTo AXEL HONNETH A Ideia de Socialismo Tentativa de Atualização A Ideia de Socialismo Ao longo dos séculos, o Homem tem-se dividido quanto à forma como q política deve enformar a sua vida em sociedade, o que originou o apóre- cimento de inúmeros correntes e teorias políticas. Por isso, o «Biblioteca de Teoria Politica» visa ser um ponto de encontro abrangente dos pários autores que num passado mais recente se dedicarem à reflexão e filosofia políticas, mas tamdabs édivmers os ortentaçõedsa modem teoria política. Tisuilos ariginal: Dir debe dis deciolionii Copyrigho o Subrkamp Verlag Bertin 2015 Todos os direitos reserados e controlados pala Subrhamip Verlag Rerlia Tradição: Marias Told e Teresa Toldy Revisão: Edmundo Vale Cruz Capa: FBA Depésio Legal n* 423139417 Eibligtoça hmsiemad!e Pertugal— Colelansg Peubçliãcaoçã o HIDRTHÍ, NAuEtel , 1048- A irfodoa her nspoialanios, » (bitoberaca (Sm jota pollica ; 15) EN g78-072.da-doDB A | CD 321 | Paginação: MA EImpreisão e cabeamento: ARTIPÓL « ARTES TIPONGRÁFICAS, LIA. para EDIÇÕ70,E LSDA . Bang de BI Dircitos reservados para Portugal pr Eslições 70 EDIÇÕES TO, arma charcela de Edições Almedina, SA. Avenida Engenheiro framese Clíveira, nº 11 a S%0 = T50MER Lisboa / Portagal email: geralibedicocsTQpt vaum edicoss70, pt Está bra esti protegida pela le. Não pode ser reproduzida, no todo ou em parte, qualquer que seo jmoas ufilizanho, incluindo Forocêpia e xeracópia, sem próra autorização do Editor. Qualquer transgressão à lei doa Direitos de Autor será passível de procedimento judicial. Aos meus filhos fohannes e Hobert, que tornaram sempre tudo mais fácil. Prefácio Há pouco menos de cem anoo socsial,ism o era um movimento tão forte na sociedade moderna que não havia praticamente nenhum grande teórico social da época que não considerasse necessário dedicar-lhe um tratado exaustivo, umas vezes mais crítico, outras mais marcado pela simpatia, mas sempre res- peitoso. Tudo começou ainda no século XIX, com John Stuart Mill, ao qual se seguiram Emile Durkheim, Max Weber e Joseph Schumpeter, para referir apenas os nomes mais Importantes, apesar de diferenças consideráveis no que diz respeito às suas convicções pessoais e à sua programática teórica, todos cstes pensadores encaravamo socialismo como um desafio intelectual que acompanharia para sempre o capitalismo. Hoje, a situação mudou radicalmente. O socialismo, quando é, sequer, mencio- nado no contexto das teorias sociais, parece indiscutivelmente algo do passado; não se acredita que ele possa voltar alguma vez a despertar o entusiasmo das massas, nem se considera que seja adequado para apresentar alternativas inovadoras ao capi- talismo atual. De um dia para outro — Max Weber esfregaria 05 olhos, admirado =, os papéis dos dois grandes adversários do século xIx inverteram-se: o futuro parece pertencerà religião, LO | A IDEIA DE SOCIALISMO enquanto força ética, enquanto o socialismo, pelo contrário, é visto como uma criação intelectual do passado. À convicção de que esta inversão aconteceu demasiado depressa, não podendo, portanto, constituir toda a verdade, é um dos dois motivos que re levaram a escrever este livro: quero tentar provar, nas páginas que se seguem, que ainda existe uma faísca viva no socialismo, se houver determinação suficiente para libertar a sua ideia funda- mental de uma estrutura de pensamento enraizada na primeira fase da industrialização, e se esta ideia for transplantada para uma teoria social, num novo enquadramento. O segundo motivo que me orientou na formulação das reflexões que se seguem está fortemente relacionado com a receção do meu estudo mais recente e mais desenvolvido = Das Recht der Frethett). Tive de ouvir dizer frequentemente durante vários debates sobre este estudo que o horizonte normativo da Modernidade, constitutivo do meu ponto de partida metodológico, revela claramente que eu já não quero adotar a perspetiva crítica da transformação da ordem social existen(*t). eJ á abordei por escrito esta objeção, quando necessário e possível, para mostrar que a mesma se baseia num equivoco relacionado com restrições metodológicas que eu próprio me impus conscientement(*e), No entanto, ainda tinha a impressão de continuar a ser necessá- rio demonstrar que basta uma pequena mudança da perspetiva adotada no Des Rechi der Freiheit, para que esta se possa abrir a uma ordem social concebida de forma completamente diferente do ponto de vista institucional, Por isso, ao contrário do que era a minha intenção original, vi-me levado a acrescentar um outro estudo mais reduzido ao grande estudo, de forma a tornar clara a visão para a qual as linhas do progresso que antes cu Uy Axel Honneih, Das Fecht der Freihei, Crundrif einer demokiratisoten Sintichhart, Berltos 2011, (1 CE, por exemplo, os artigos em: Spesial Fase or Axel Homnethos Freedont's Right, Critical Horizons, 6/2 (2015), 0) áxel Honneth, «Reboindere, idem, p, HM-226.