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A história do pensamento econômico PDF

315 Pages·1996·1.526 MB·Portuguese
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A H ISTÓRIA DO P E ENSAMENTO CONÔMICO R H OBERT EILBRONER A H ISTÓRIA DO P E ENSAMENTO CONÔMICO Fundador VICTOR CIVITA (1907 - 1990) Editora Nova Cultural Ltda. Copyright © desta edição 1996, Círculo do Livro Ltda. Rua Paes Leme, 524 - 10º andar CEP 05424-010 - São Paulo - SP Tradução publicada sob licença da Simon & Schuster. Todos os direitos reservados., incluindo o direito de reprodução no todo ou em partes. Título original: The Wordly Philosophers - Robert L. Heilbroner Copyright © 1953, 1972, 1980, 1992 Direitos de tradução: Círculo do Livro Ltda. Tradução: Therezinha M. Deutsch Sylvio Deutsch Consultoria: Paulo Sandroni Impressão e acabamento: DONNELLEY COCHRANE GRÁFICA E EDITORA BRASIL LTDA. DIVISÃO CÍRCULO - FONE (55 11) 4191-4633 ISBN 85-351-0810-6 Robert L. Heilbroner vem estudando os grandes economistas desde que foi apresentado a eles na Universidade de Harvard, em 1936. Formou-se summa cum laude e Phi Beta Kappa; passou a praticar economia no governo, em negócios e completou os estudos de graduação na New School for Social Research. Os Filósofos Pro- fanos, agora na sexta edição, foi seu primeiro livro e alcançou su- cesso imediato assim que foi publicado, em 1953. Desde então, foi traduzido para doze idiomas e tornou-se a introdução padrão da economia em muitas faculdades e universidades. Entre seus outros livros incluem-se The Future as History (1959), The Great Ascent (1963), An Inquiry into the Human Prospect (1975), Business Ci- vilization in Decline (Penguin 1977) e The Nature and Logic of Capitalism. O dr. Heilbroner é professor de Economia de Norman Thomas na New School for Social Research, em Nova York, e fez conferências para numerosas audiências do governo e de universi- dades. Escreve para o jornal New Yorker. É casado e mora na cidade de Nova York. A V , É I S IDAS POCAS E DÉIAS M P DOS AIORES ENSADORES E CONÔMICOS SEXTA EDIÇÃO Aos meus mestres P S E REFÁCIO DA EXTA DIÇÃO Esta é a sexta edição revisada do livro que escrevi há trinta e quatro anos. Ela torna Os Filósofos Profanos, em suas várias edições, mais velho do que eu era quando o escrevi. O imprevisto rumo e a vida longa assumida por esta aventura, empreendida quando eu ainda era um estudante fazendo o curso de graduação, servem como desculpa para contar sua história antes de dizer al- gumas palavras a respeito das mudanças que foram feitas nesta sexta edição. Enquanto prosseguia meus estudos, no início dos anos 50, eu ganhava para viver trabalhando como escritor free-lance e me aven- turava bastante longe da economia quando a necessidade exigia ou uma boa ocasião se apresentava. Como resultado da impressão causada por um ou outro trabalho, Joseph Barnes, o editor-chefe da Simon & Schuster, convidou-me para almoçar, a fim de conver- sarmos sobre várias idéias a respeito de livros. Nenhuma delas me pareceu muito boa, a conversa já havia ficado desanimada quando a sobremesa chegou, e compreendi que aquele primeiro almoço com o meu editor não iria resultar em contrato para escrever um livro. Barnes, no entanto, não desistia facilmente. Começou a me per- guntar sobre o meu curso de graduação na New School for Social Research e me vi falando com entusiasmo sobre um seminário a respeito de Adam Smith que eu fazia sob a inspirada orientação de Adolph Lowe, sobre quem o leitor irá saber mais no decorrer deste livro. Antes da sobremesa nós dois sabíamos que eu tinha encontrado o tema para o meu livro. Na primeira ocasião, assim que a aula terminou, apressei-me a falar ao professor Lowe sobre minha intenção de escrever um livro que focalizasse a evolução do pensamento econômico. Exemplo típico do mestre alemão em sua melhor fase, Lowe irritou-se: 11 OS ECONOMISTAS — Você não pode fazer isso! — declarou, com firmeza professoral. Mas eu tinha a forte convicção de que podia fazê-lo, convicção essa nascida, como escrevi em algum lugar, da necessária combi- nação de confiança e ignorância que apenas um estudante pode ter. Entre trabalhos free-lances e os estudos, produzi os três pri- meiros capítulos e, um tanto ansioso, mostrei-os ao professor Lowe. Depois de os ter lido, esse homem notável (que hoje está em sua décima década e ainda é meu mais veemente e severo crítico) disse: — Você tem que fazer isso! E eu fiz, com a ajuda dele. Uma vez escrito o livro, era preciso encontrar um título. Eu sabia que a palavra “economia” seria mortal, impediria até o mínimo sucesso de venda, então espremi o cérebro em busca de uma boa substituta. E aconteceu um segundo e crucial almoço com Frederick Lewis Allen, editor da revista Harper’s, a quem forneci uma série de trechos; ele foi extraordinariamente gentil e prestativo. Contei- lhe sobre minha dificuldade com o título e disse-lhe que estava pensando em dar ao livro o nome The Money Philosophers (Os Filósofos do Dinheiro), se bem que “dinheiro” não fosse bem a pa- lavra exata que eu queria. — Você quer dizer worldly (profano) — sugeriu ele. — O almoço é por minha conta! — garanti. Meus editores não ficaram tão contentes como eu fiquei com esse título, e depois que, para grande surpresa de todos, o livro vendeu bem, propuseram que mudássemos o título para The Great Economists (Os Grandes Economistas). Felizmente isso não acon- teceu. Talvez eles achassem que o público não seria capaz de lidar com a palavra “worldly”, que iria aparecer escrita “wordly” em milhares de trabalhos e provas de estudantes ou talvez previssem confusões como uma que me contaram, muitos anos depois. Um estudante pediu na biblioteca de sua escola um livro de um autor de quem esquecera o nome, mas o título era, pelo que se lembrava, A World Full of Lobsters [Um Mundo Repleto de Lagostas]1. Com o passar dos anos, The Worldly Philosophers (Os Filósofos Profanos) vendeu mais exemplares do que eu havia imaginado ser possível e induziu, segundo fui informado, dezenas de milhares de insuspeitadas vítimas a fazerem o curso de economia. Não posso responder pelo sofrimento que essas vítimas tiveram em conse- 1 Trata-se de um jogo de palavras. O título (trocadilho) The Wordly Philosophers pode ter uma pronúncia parecida para um estudante desavisado com A World Full of Lobsters (N. do E.) 12 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO qüência, mas tive o prazer de ouvir afirmarem que seu interesse por essa matéria foi despertado pela visão da economia que o livro oferece. Esta edição difere das anteriores em três aspectos. O primeiro é que, como antes, ler suas páginas com novos olhos deu-me a oportunidade de retificar aqueles erros que ocorrem inapelavel- mente nos originais ou que são revelados por estudos e pesquisas realizados depois da publicação. Foi uma oportunidade, também, de rever e alterar ênfases e interpretações que refletiam apenas minha visão influenciada pelo envolvimento. Essas mudanças são pequenas, percebidas apenas por estudiosos do tema e não eram por si só suficientes para justificar uma nova edição. Nesta revisão mais recente, foi possível incluir algumas referências ao colapso do comunismo soviético, ainda iminente quando a sexta edição foi para o prelo. A segunda modificação é mais importante. Quando Os Filó- sofos Profanos foi publicado pela primeira vez, John Kenneth Gal- braith acolheu-o com a mais generosa das reações, mas apontou duas pequenas imperfeições. A primeira era a ausência de pelo menos uma menção a Alfred Marshall, o grande economista vito- riano. Essa omissão foi imediatamente remediada. A segunda im- perfeição era a ausência de algumas notas de pé de página que haviam sido deixadas fora pelo temor de assustar e afugentar lei- tores. Galbraith tinha razão nas duas restrições que fez, mas eu relutava em modificar o nível de apresentação do livro que obtivera tão grande aceitação. No entanto, não tive sossego por causa da ausência de citações de apoio e, afinal, nesta edição fiz as pazes com minha consciência na forma de notas reunidas no fim do livro. Devo acrescentar que as anotações das pesquisas com base nas quais o texto original foi escrito desapareceram há muito tempo; por isso, para citar as fontes nas notas, elas tiveram de ser pro- curadas em parte na memória, em parte na erudição e boa vontade do dr. Jaspal Chatha, a quem devo muito. Houve alguns pontos em que todos os esforços fracassaram; eu os identifiquei nas notas. O mais importante de tudo, ao lado do entusiasmo colocado na produção desta edição revisada, era o desejo de considerar no- vamente o tema básico nos capítulos finais. Para isso eu tive de lidar, antes de mais nada, com uma larga escala de visões, espe- ranças e presságios dos economistas modernos. Como havia desco- berto nas cinco edições anteriores, nenhum dos prognósticos gerais tinha se concretizado perfeitamente, testemunhando assim tanto 13

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