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A Hemenêutica do Sujeito PDF

704 Pages·2006·39.364 MB·Portuguese
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-rmeiiêutica o Sujeito — i -ídrti flrt.1»1/ .Jiíç.-jr.-rií í tillcJ >lt? prólíjrtú íiiWikto Sí Paul-Michel Foucault nasceu em Poitiers, França, em 15 de outubro de 1926. Em 1946 ingressa na Ecole Normale Su- periéure, onde conhece e mantém contato com Pierre Bourdíeu, Jean-Paul Sartre, Paul Veyne, entre outros. Em 1949, Foucault conclui sua Licenciatura em Psicologia e recebe seu Diploma em Estudos Superiores de Filosofia, com uma tese sobre Hegel, sob a orientação de Jean Hyppolite. Morre em 25 de junho de 1984. _____Michel Foucault_____ A Hermenêutica do Sujeito Curso dado no Collège de France (1981-1982) Edição estabelecida por Frédéric Gros sob a direção de François Ewald e Alessandro Fontana Tradução MÁRCIO ALVES DA FONSECA SALMA TANNUS MUCHAIL Martins Fontes São Paulo 2006 fnçtítntr de • U- -------- Esta obra foi publicada originalmente em francês com o título LtHERMéNEUTiQVE DU SUJETpor Éditioru du Seuil, Paris. Copyright © SeuiliGallimard. 2001. Copyright © 2004, Livraria Martins Fontes Editora Ltda„ São Paulo, para a presente edição. I1 edição 2004 21 edição 2006 Tradução MÁRCIO ALVES DA FONSECA SALMA TANNUS MUCHAlL Transliteração do grego Isis Borges B. da Fonseca Acompanhamento editorial Luzia Aparecida dos Santos Revisões gráficas Maria Fernanda Alvares Sandra Garcia Cortes Dinarte Zorzanelii da Silva Produção gráfica Geraldo Alves Pagiuação/Fotolitas Studio3 Desenvolvimento Editorial Dados Intemadonais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Foucauh, Michel, 1926-1984. A hermenêutica do sujeito / Michel Foucault: edição estabelecida sob a direção de François Ewald e Alessandro Fontana» por Frédéric Gros; tradução Márcio Alves da Fonseca. Salma Tannus Muchail. - 2* ed. - Sào Paulo : Martins Fontes, 2006. - (Tópicos) Título onginal: L'herméneutique du sujei. Bibliografia. ISBN 85-336-2344-5 ]. O cu (Filosofia) - História 2, Filosofia francesa I. Ewald, Fran- çoís. 11, Fontana, Alessandro. III. Gros, Frédéric. TV. Título. V. Série. 06-8741 CDD-126 índices para catálogo sistemático: 1. O eu : Epistemologia : Filosofia 126 2. Sujeito : Epistemologia : Filosofia 126 Todos os direitos desta edição reservados á Livraria Martins Fontes Editora Lida. Rua Conselheiro Ramaiho, 330 01325-000 São Paulo SP Brasil Tel. (11) 3241.3677 Fax (II) 3105.6993 e-mail: info@martinsfontesediíora.com.brhiip:l/www.martinsfonteseditora.com.br ÍNDICE Nota................................................................................. XV Nota da tradução brasileira............................................. XXI AULAS, ANO 1981-1982 Aula de 6 de janeiro de 1982 - Primeira hora................. 3 Indicação da problemática geral: subjetividade e verdade. - Novo ponto de partida teórico: o cuidado de si. - As interpretações do preceito dél- fico "conhece-te a ti mesmo". - Sócrates como o homem do cuidado: análise de três extratos da Apologia de Sócrates- O cuidado de si como pre­ ceito da vida filosófica e moral antiga. - O cuida­ do de si nos primeiros textos cristãos. - O cuidado de si como atitude geral, relação consigo, con­ junto de práticas. - Razões da desqualificação modema do cuidado de si em proveito do conhe­ cimento de si: a moral modema; o momento car- tesiano. - A exceção gnóstica. - Filosofia e espi­ ritualidade. Aula de 6 de janeiro de 1982 - Segunda hora................. 35 Presença conflituosa das exigências de espiritua­ lidade: ciência e teologia antes de Descartes; filo­ sofia clássica e moderna: marxismo e psicanálise. - Análise de uma sentença lacedemônia: o cui­ dado de si como privilégio estatutário. - Primei­ ra análise do Aldbíades de Platão. - As pretensões políticas de Aldbíades e a intervenção de Sócra­ tes. - A educação de Aldbíades comparada com a dos jovens espartanos e dos príncipes persas. - Contextualização do primeiro aparecimento, no Aldbíades, da exigência do cuidado de si: preten­ são política; défidt pedagógico; idade crítica; au­ sência de saber político. ~ A natureza indetermi­ nada do eu e sua implicação política. Aula de 13 de janeiro de 1982 - Primeira hora............... 55 Contextos de aparecimento do imperativo socrá- tico do cuidado de si: a capacidade política dos jovens de boa família; os limites da pedagogia ateniense (escolar e erótica); a ignorância que se ignora. - As práticas de transformação do eu na Grécia arcaica. - Preparação para o sonho e téc­ nicas da prova no pitagorismo. -As técnicas de si no Fédon de Platão. - Sua importância na filoso­ fia helenística. - A questão do ser do eu com o qual é preciso ocupar-se no Aldbíades. - Deter­ minação do eu como alma. - Determinação da alma como sujeito de ação. - O cuidado de si na sua relação com a dietética, a econômica e a eró­ tica. - A necessidade de um mestre do cuidado. Aula de 13 de janeiro de 1982 - Segunda hora............... 83 A determinação, no Aldbíades, do cuidado de si como conhecimento de si: rivalidade dos dois imperativos na obra de Platão. - A metáfora do olho: princípio de visão e elemento divino. - Fim do diálogo: o cuidado com a justiça. - Problemas de autenticidade do diálogo e sua relação geral com o platonismo. - O cuidado de si do Aldbíades em relação: à ação política; à pedagogia; à eróti­ ca dos rapazes. - A antecipação, no Aldbíades, do destino do cuidado de si no platonismo. - Poste­ ridade neoplatônica do Alcibíades, - O parado­ xo do platonismo. Aula de 20 de janeiro de 1982 - Primeira hora............... 101 O cuidado de si, do Aldbíades aos dois primeiros séculos da nossa era; evolução geral. - Estudo lé­ xico em tomo da epiméleia. - Uma constelação de expressões. - A generalização do cuidado de si: princípio de coextensividade à totalidade da exis­ tência. - Leitura de textos: Epicuro, Musorüus Ru- fus, Sêneca, Epicteto, Fílon de Alexandria, Lucia- no. - Consequências éticas desta generalização: o cuidado de si como eixo formador e corretivo; aproximação entre atividade médica e filosófica . (os conceitos comuns; o objetivo terapêutico). Aula de 20 de janeiro de 1982 - Segunda hora................ 133 O privilégio da velhice (meta positiva e ponto ideal da existência). ~ Generalização do princípio do cuidado de si (como vocação universal) e arti­ culação do fenômeno sectário. - Leque social con­ siderado: do meio cultuai popular às redes aristo­ cráticas da amizade romana. - Dois outros exem­ plos: círculos epicuristas e grupo dos Terapeutas. - Recusa do paradigma da lei. - Princípio estrutu­ ral de dupla articulação: universalidade do apelo e raridade da eleição. - A forma da salvação. Aula de 27 de janeiro de 1982 - Primeira hora............... 155 Indicação dos caracteres gerais das práticas de si nos séculos I-II. - A questão do Outro: os três ti­ pos de mestria nos diálogos platônicos. - Perío­ do helenístico e romano: a mestria de subjetiva- ção. - Análise da stultitia em Sêneca. - A figura do filósofo como mestre de subjetivação. - A for­ ma institucional helenística: a escola epicurista e a reunião estóica. - A forma institucional roma­ na: o conselheiro de existência privado. Aula de 27 de janeiro de 1982 - Segunda hora............... 185 O filósofo profissional dos séculos I-H e suas esco­ lhas políticas. - Eufrates, das Cartas de Plínio: um anticínico. - A filosofia fora da escola como prá­ tica social: o exemplo de Sêneca. - A correspon­ dência entre Frontão e Marco Aurélio: sistemati- zação da dietética, da econômica e da erótica na direção da existência. - O exame de consciência. Aula de 3 de fevereiro de 1982 - Primeira hora.............. 209 Os comentários neoplatônicos do Alcibíades: Pro- clo e Olimpiodoro. - A dissociação neoplatônica do político e do catártico. - Estudo do laço entre cuidado de si e cuidado dos outros em Platão: fi­ nalidade; reciprocidade; implicação essencial. - Situação nos séculos I-II: a autofinalização do eu. - Conseqüências: uma arte filosófica de viver ordenado ao princípio de conversão; o desenvol­ vimento de uma cultura de si. - Significação re­ ligiosa da idéia de salvação. - Significações de sotería e de salus. Aula de 3 de fevereiro de 1982 - Segunda hora................ 231 Questões propostas pelo público em tomo de: subjetividade e verdade. - Cuidado de si e cuida­ do dos outros: uma inversão de relações. - A concepção epicurista da amizade. - A concepção estóica do homem como ser comunitário. - A falsa exceção do príncipe. Aula de 10 de fevereiro de 1982 - Primeira hora............ 253 Indicação da dupla desvinculação do cuidado de si: em relação à pedagogia e à atividade política. - As metáforas da autofinalização do eu. - A in­ venção de um esquema prático: a conversão a si. -A epistrophéplatônica e sua relação com a con­ versão a si. - A metánoia cristã e sua relação com ’a conversão a si- - O sentido grego clássico de metánoia. - Defesa de uma terceira via entre epis­ trophé platônica e metánoia cristã. - A conversão do olhar: crítica da curiosidade. - A concentra­ ção atlética. Aula de 10 de fevereiro de 1982 - Segunda hora............. 281 Quadro teórico geral: veridicção e subjetivação. - Saber do mundo e prática de si entre os cíni­ cos1: o exemplo de Demetrius. - Caracterização dos conhecimentos úteis em Demetrius.- O sa­ ber etopoiético. - O conhecimento fisiológico em Epicuro. -Aparrhesía do fisiólogo epicurista. Aula de 17 de fevereiro de 1982 - Primeira hora............ 301 A conversão a si como forma subseqüente do cui­ dado de si. - A metáfora da navegação. - A téc­ nica da pilotagem como paradigma de govema- mentalidade. - A idéia de uma ética do retomo a si: a recusa cristã e as tentativas abortadas da época moderna. - A govemamentalidade e a re­ lação a si, contra a política e o sujeito de direito. -A conversão a si sem o princípio de um conhe­ cimento de si. - Dois modelos ocultadores: a re- miniscênda platônica e a exegese cristã. - O mo­ delo escondido: a conversão helenística a si. - Co­ nhecimento do mundo e conhecimento de si no pensamento estóico. - O exemplo de Sêneca: a crítica da cultura nas Cartas a Lualio; o movimen­ to do olhar nas Questões naturais. Aula de 17 de fevereiro de 1982 - Segunda hora............. 331 Final da análise do prefácio à terceira parte das Questões naturais. - Estudo do prefácio à primei­ ra parte. - O movimento da alma cognoscente em Sêneca: descrição; característica geral; efeito de retomo. - Conclusões: implicação essencial entre conhecimento de si e conhecimento do mundo; efeito liberador do saber do mundo; irredutibili- dade ao modelo platônico. - A visão do alto. Aula de 24 de fevereiro de 1982 - Primeira hora............ 351 A modalização espiritual do saber em Marco Au­ rélio: o trabalho de análise das representações; definir e descrever; ver e nomear; avaliar e pro­ var; aceder à grandeza de alma. - Exemplos de exercícios espirituais em Epicteto. - Exegese cris­ tã e análise estóica das representações. - Retomo a Marco Aurélio: exercícios de decomposição do objeto no tempo; exercícios de análise do objeto em seus constituintes materiais; exercícios de descrição redutora do objeto. - Estrutura concei­ tuai do saber espiritual. - A figura de Fausto. Aula de 24 de fevereiro de 1982 - Segunda hora............. 381 A virtude em sua relação com a áskesis. - A au­ sência de referência ao conhecimento objetivo do sujeito na mathêsis. - A ausência de referência à lei na áskesis. - Objetivo e meio da áskesis. - Ca­ racterização da paraskeué: o sábio como atleta do acontecimento. - Conteúdo da paraskeué: os dis- cursos-ação. - Modo de ser destes discursos: o prokheiron. - A áskesis como prática de incorpora­ ção ao sujeito de um dizer-verdadeiro. Aula de 3 de março de 1982 - Primeira hora.................. 399 Separação conceituai entre a ascese cristã e a as- cese filosófica. - Práticas de subjetivação: a impor­

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