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A Guerra Fria PDF

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~It·= \ \ ~k;, \S~.- • A Luta PelaÁfrica - GérardGhaliand • Críticaao Sorex - Debatendo asIdéiade Rudolf Bahro - A GUERRA FRIA Diversos Autores • Diante daGuerra - Gorne/ius Gastoriadis DEDALUS - Acervo - FFLCH-HI Coleção Tudo éHistória I'J·~({ 905 A guerra fria / • A Primaverade Praga - Sonia Goldfeder 1'! T912 • Revolução Cubana: DeJosé Marti aFidelCastro (1868-1959)- v.64 , Abe/ardo B/anco eGadosA. Dória • Rússia(1917-1921)- OsAnos Vermelhos - DanielAarão Reis 111I1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 Fi/ho 21200009347 Coleção Primeiros Vôos • As Multinacionais - Do Mercantilismo aoCapital Internacional -'roMBO: 1-19573 - Warren Dean '" " SBD-FFLCH-USP ".l iOO~ 40anos de bons livros e Copyright Déa Ribeiro Fenelon ,,,> Capa: \r I 123(antigo 27) Artistas gráficos Revisão: JoséW. S.Moraes Hercílio de Lourenzi ' +. i'f I'3 ~,6.W~;:J INDICE )li~ Introdução ................•................ ,., 7 Fontes, documentos einterpretações " . 16 Guerra Fria: acontemporaneidade do tema . 27 Política externa ediplomacia . 38 Guerra Fria: origens edesenvolvimento . SO A política de blocos . 77 Conclusão .. : . 94 Indicações para leitura . 98 . fLP editora brasiliense s.a. 01223 - r. generaljardim, 160 Jr são paulo - brasil ~ \ I, { INTRODUÇÃO Tratar o tema da Guerra Fria em sua perspec- J..:' tiva histórica significa encarar uma das inúmeras questões polêmicas surgidas na reorganização poli- ~tica da ordem internacional, após o término da Se- gunda Guerra Mundial. A controvérsia se inicia pela ~ própria dific)lldade em se conceituar o que seja a Guerra Frh~ ou de se considerá-Ia" seja como um capitulo já encerrado da diplomacia internacional, \ sejacomo elemento definidor dessas mesmas relações "Pode serquevossovizinhovosseja simpático, ounão. Não ' tendes a obrigação de ser seus amigos ou de visitâ-Io. Po- quando setrata de analisar aconjuntura das relações rém, viveislado a lado, e que fazer se nem vós nem ele se ~rnacionais nos dias atuais. dispõem a deixar o lugar a que estão habituados, para se Significa reconhecer que seuslimites e sua dura- fixar em outra cidade? Com muito maior razão, o mesmo ção variam conforme as principais caracteristicas que ocorre nas relações entre os Estados... Há apenas duas se use para defini-Ia em sua natureza e em.seu con- posSibilidades: ouaguerra, edeve-sedizer que aguerra, no século dos mísseis e da bomba de hidrogênio, é plena das teúdo. Significa também assinalar que muitas das mais gravesconseqüências para 'todosospovos, ouacoexis- tendências, conflitos e movimentos que lhe foram tência pacífica. Quer vossovizinho vosagrade ou não, não' peculiares ainda continuam e que muitos aspectos háoutra coisaafaier senão encontrar um terreno de enten- destas tendências e movimentos estavam já em pleno dimento 'comele, poisnós temos apenas um só planeta ...". Discurso deKruschev, 6dejulho de1959. 8 Déa Ribeiro Fene/on A Guerra Fria 9 r desenvolvimento na história dos países nela envol- ou de fuzileiros navais e boinas-verdes para regiões ( vidos, mesmo antes de ela se definir com•..tal, na distanteà fora das fronteiras norte-americanas e '-$.enapolítica das relações internacionais. _ . soviéticas, sempre a pretexto de salvar 'vidas de ci- Consideremos, por exemplo, alguns sinais que dadãos civisou de se assegurar a estabilidade de go- trocam entre sias superpotências internacionais, tais vernos. Estas regiões apareciam muitas vezes identi- como os discursos arrogantes e a linguagem às vezes ficadas em algum relatório oficial como sujeitas a .1 inflexível de Ronald Reagan em sua.campanha elei- crises políticas iminentes ou já deflagradas, crises Itoral eem seu discurso de posse como presidente dos estas definidas no linguajar oficial como capazes de ) Estados Unidos, ou em vários momentos de crise afetar, sensivelmente, as relações dos Estados Uni- internacional; ou algumas medidas práticas em rela- dos com a União Soviética ou vice-versa, pelo que I ção aEISalvador e outros países da América Central representavam de possibilidade de perder a influên- , e outras partes do globo; ou os discursos do Kremlin cia norte-americana em beneficio da soviética ou o I a respeito da invasão russa do Afeganistão e os ás- inverso. Ou por outra, a possibilidade de um aliado peros debates daí decorrentes; ouainda as exigências mudar de lado, no jogo da política internacional, norte-americanas para que seus aliados os acompa- afetando acomposição decada bloco, podendo signi- nhassem no boicote às Olimpíadas de Moscou como ficar a aquisição ou a perda de maior ou de menor forma de hostilizar a União Soviética, ou mesmo a poder, na batalha pela hegemonia de cada uma das . expectativa de reações mais duras no decorrer da superpotências sobre a organização e a ordem inter- ) guerra das Malvinas. Não seriam tais incidentes mais nacionais. do que evidências de atitudes, expressões e ações No passado muitos destes incidentes internacio- peculiares de uma diplomacia já considerada como nais trouxeram à tona acusações recíprocas de expor- ultrapassada? Tratar-se-ia apenas de marcas que aI·· I) tação da Revolução Socialista ou agressão do impe- ( gumas daquelas concepções do período da Guerra rialismo capitalista, fizeram surgir notas diplomá- lliriadeixaram presentes na vida norte-americana e ticas incisivas de repúdio ao envio de armas, de de- na soviética, ou ainda se raciocina em termos de núncia sobre a presença de técnicos de nações ali- Gue~~a~fi~~ cO~~.~CãO~. a~su~tos. inter~a~ionais nhadas com qualquer um dos blocos, enfim, uma n()s-dia~Je? '''~w ~». -;_,.r-,~c" ~ ". . série de argumentos edeclarações que sempre procu- Pode-se também re~brar que muitos dos epi- ,<' ravam apresentar o outro lado como o transgressor sódios mais tensos da Guerra Fria começaram com o de normas'já estabelecidas e ratificadas em tratados envio de alguns conselheiros, ou mesmo de técnicos eacordos internacionais. Isto não mudou muito, pois militares, ou com o envio de modernos armamentos acusações como estas são usadas, ainda hoje, quase \ 10 Déa Ribeiro Fenelon A Guerra Fria 11 que com a mesma linguagem, qualquer que seja a a Europa e o Japão se têm mostrado relutantes e se perspectiva de alteração do status quo, Oli'seja, do afastam cada vez mais, assumindo posições de inde- aumento ou da diminuição de poder para qualquer pendência, em muitos dos confrontos que os Estados um dos dois opositores neste conflito, Estados Uni- Unidos insistem em reviver e manter. Isto mais se dos eUnião Soviética. . acentua quando se trata, por exemplo, de envolver Ainda que se reconheça a existência de alguns os países europeus e o Japão em vultosos gastos com sintomas de políticas que fazem relembrar os anos de armamentos em nome de uma suposta defesa co- após-guerra, os sinais diferenciadores de uma nova \\ I t. mum, ou quando os países europeus se mostram , ( tônica nas relações internacionais são bem maiores, a muito mais sensíveis do que os Estados Unidos aos ponto de se falar agora em uma "nova Guerra Fria" reclamos de importação de tecnologia feitos pela (Noam Chomsky). União Soviética, ou quando a Europa Ocidental e b Assim, segundo Chomsky, aprincipal diferença Japão insistem em fortalecer sistemas próprios de in- nesta nova situação é que esta será uma empreitada fluência, seja da moeda européia ou do yen. Na re- em que os Estados Unidos estarão se engajando sozi- cusa dos europeus em romper laços comerciais estrei- nhos, ou pelo menos não poderão contar com a soli- tos que mantêm com a Europa Oriental, por exem- dariedade quase unânime que tiveram em outras plo, pode-se identificar a intenção explícita dos euro- ocasiões por parte da maioria das nações ocidentais. peus. em recusar as manifestações norte-americanas .Depois da Segunda Guerra Mundial as nações indus- de recrudescimento da Guerra Fria como entendida triais européias estavam quase que totalmente arra- , em seus primeiros anos. sadas, enquanto que a economia industrial norte-" Assim, a tendência atual parece ser muito mais americana florescera e se expandira. Apesar de algu- a do surgimento de vários blocos independentes, com " mas divergências internas no bloco ocidental sobre a .interesses econômicos e políticos diversos, com lide- condução dos negócios internacionais, naquela con- ranças e responsabilidades regionais. A persistirem juntura não foi muito difícil aos Estados Unidos as circunstâncias da política norte-americana em re- estabelecer sua hegemonia como potência líder, mes- lação à União Soviética, não parece muito possível mo porque a liderança era inquestionável no.tocante que serepita a unidade incontestável dentro do bloco ao poderio econômico. Não havia sinais de diver- ocidental. Estudos recentes de organismos interna- gências políticas mais sérias entre os aliados, e uma " cionais, principalmente os relacionados à Comuni- boa dose de unidade,· para não dizer obediência, dade Européia, vêm apontando nesta direção, e lide- pôde ser conseguida emantida por alguns anos. ranças norte-americanas já insistiram também na Hoje a situação não é mais assim. Ao contrário, necessidade de os Estados Unidos se adaptarem e se . 12 Déa Ribeiro Fenelon A Guerra Fria 13 conformarem a esta nova realidade internacional. pouco que se discutia sobre os interesses que estavam Há ainda outros elementos a dífereneíar esta sustentando este tipo de propaganda eopouco que se nova fase das relações internacionais, como por questionou sobre por que durou tanto tempo a Guer- exemplo o grande receio da carência ou do esgota- ra Fria. E neste sentido, o tipo de propaganda que mento de recursos, principalmente os industriais e as busca justificar e assegurar o apoio de todos usa até fontes de energia. No passado este medo foi sempre hoje os mesmos argumentos e às vezes até os mesmos superado pela descoberta de novas fontes ou de re- slogans. : cursos alternativos ou ainda por avanços tecnolô- \ ;, Éimportante dizer também que o conjunto de gicos. Hoje isto não parece ocorrer nas nações mais crenças estruturadas para enfrentar os impasses da industrializadas com a rapidez que se faz necessária, Guerra Fria foi e ainda é, em uma certa medida, e as observações de estadistas, diplomatas e estudio- bastante funcional para os grupos no poder em am- sos vêm serenovando sobre a necessidade de controle bos os países. Foi importante, sobretudopara conse- destas reservas, cada vez que as crises afloram ou os guir a mobilização interna para ações repressivas incidentes internacionais colocam em destaque dis- contra todos que buscavam uma certa dose de inde- putas de caráter qualitativamente diferenciadas da- pendência em relação ao jogo maniqueísta de poder quelas das décadas posteriores à Segunda Guerra, em que se degladiavam as duas superpotências. Nes- haja vista as constantes disputas pelas reservas de ta direção as justificativas que ambos os governos .petróleo do Oriente Médio. apresentaram internamente para conseguir o apoio Vejamos, entretanto, alguns dos elementos que da população às ações intervencionistas, seja a dos parecem persistir nesta nova fase das relações inter- norte-americanos no Vietnã, na década de 60, ou a nacionais. Nos primeiros anos da Guerra Fria a ver- ''- dos russos do Afeganistão, recentemente, não dife- . ,I são oficial alardeada pela propaganda de ambas as riram muito: tratava-se de combater oinimigo maior, nações, União Soviética e Estados Unidos, era a de a superpotência por trás daquela situação-limite. que se tratava de um confronto entre duas super- Assim, também os argumentos levantados pela admi- potências: uma tentando se defender enquanto a nis.ração Eisenhower para justificar a invasão militar outra tratava de expandir suas forças numa luta em da Guatemala, em 1954, foram totalmente reprodu- que o ganho de uma era a perda da outra. Como zidos pela União Soviética na invasão da Hungria, lembra Chomsky, esta versão, ainda que oriunda da J. em 1956. propaganda oficial, não era totalmente falsa, mesmo Considerada então sob este prisma, a Guerra porque nenhuma propaganda será efetiva se total- Fria pode ser encarada como, tendo servido para mente falsa. O importante a assinalar nesta visão é o moldar ideologicamente o esforço dos governos des- 15 14 Déa Ribeiro Fene/on A Guerra Fria putas depoder muito mais complexas pelo que repre- tes países a fim de mobilizar sua população a apoiar sentam de contradições sociais no nível interno e no aintervenção militar comoforma deação política, na das relações internacionais. tentativa de assegurar para si a hegemonia e o con- trole das respectivas áreas de influência. E isto foi necessário porque tais tipos de intervenção implica- ram sempre medidas desagradáveis, difíceis deserem aceitas, principalmente porque envolviam não ape- nas vultosas perdas materiais, mas a de vidas huma- (\.- nas, esobretudo na defesa dos interesses de poucos e ,[ não de todos, como se propagandeava .. Neste às- pecto a "nova Guerra Fria" não mudou muito, como reconhece Chomsky, pois mesmo as crescentes estra- tégias de guerra e todos os novos recursos tecnolô- r ,.~ gicos desenvolvidos pelas superpotências não se des- .(" tinam aouso deuma contra a outra, mas muito mais ao ataque às nações mais fracas, que não podem revidar com o mesmo ímpeto. Entre as grandes po- tências a guerra possível é a destruição total, e esta não parece provável e além disso só'duraria poucos dias. ."- Parece provável, pois, considerar que os inci- , dentes, astensões e as guerras limitadas continuarão por algum tempo, ainda que as novas condições con- junturais estejam reformulando algumas de suas características e apontando tendências futuras não muito doagrado das atuais superpotências. Por estas considerações épossívelperceber que a /I'!'.,,~ Guerra Fria não deve e não vai ser entendida aqui apenas comoum conjunto deincidentes diplomáticos envolvendo situações específicas. Trata-se de consi- derar que estes incidentes traduzem eexprimem dis- II A Guerra Fria 17 tra, sectarismo das posições de um lado e de outro, O asposições maniqueístas decerto e errado marcaram bastante a vivência cotidiana das populações destas nações diretamente envolvidaseseus respectivos alia- dos, principalmente no que dizia respeito a concep- ções de vida e a atitudes em relação à política, ao envolvimento internacional dos vários blocos, à soli- <J dariedade etc. Isto certamente se exprimiu no pro- cesso de busca do conhecimento sobre a realidade e FONTES, DOCUMENTOS nas diferentes formas de compreendê-Ia e abordá-Ia. E INTERPRETAÇÕES Neste sentido, aqui como emtodas as situações hist6- ricas, a contextualização das obras é de suma impor- tância para oacompanhamento de seus pressupostos de análise edevisãoda sociedade. No campo da produção historiográfica sobre o Em segundo lugar é preciso lembrar a necessi- tema existem algumas questões importantes a ressal- dade de um posicionamento crítico diante das fontes tar. O agravamento das relações entre os Estados de que seutilizou amaioria dosautores que trataram Unidos e a União Soviética, durante o período mais dotema, reconhecidas as circunstâncias da produção forte da Guerra Fria, afetou sensivelmente, como intelectual. A publicação de documentos e fontes não poderia deixar de ser, a maioria das obras produ- relacionados à guerra e seus vários protagonistas foi zidas naquele período sobre osvários aspectos direta- bastante determinada por questões de momento, no mente relacionados ao assunto. Durante as duas dé- desenvolver das disputas que caracterizam o embate cadas posteriores à Guerra Mundial, as mais som- posterior, ou seja, conforme as circunstâncias e os brias eperigosas, em que muitas vezesse esteveperto interesses de cada um, documentos serviram de pro- da destruição total, era natural que este clima eestas paganda ou de base para acusações mútuas, alte- c1ivagenstão antagônicas se acentuassem nas dife- rando muitas vezes concepções e pontos de vista de rentes interpretações, seja sobre as origens e circuns- maneira a permitir justificar ou explicar situações e tâncias da Segunda Guerra, seja sobre os desdobra- personagens, o que somente' reforça nossas observa- mentos posteriores a ela. Neste aspecto as condições ções no sentido de atentar para ocontexto em que se e características nas quais se desenvolve a Guerra produziram muitas das obras sobre a Guerra Fria. Fria, ou seja, as posições dogmáticas a favor e con- Também é necessário dizer que muito se escre- 18 Déa Ribeiro Fene/on A Guerra Fria 19 veudurante a fase final da guerra: análises de cunho jornalístico, realizadas no calor da disputa, quase sempre superficiais, calcadas em discursos e decla- rações oficiais, depoimentos de participantes, que muitas vezestinham mais a ver com o desejo de vitó- rias e de paz a qualquer prêço do que com os acon- tecimentos, como eles realmente se desenrolavam. Entretanto e apesar destas marcas, nem sempre le- vadas em conta, estes relatos fizeram escola, marca- ram posições, criaram crenças e mitos que acabaram influenciando as interpretações posteriores sobre as origens das desavenças entre osaliados, sobretudo na tendência abuscar culpados, identificar responsáveis epassar julgamentos morais sobre ações das lideran- ças políticas emilitares deambos oslados. ~ No terreno das fontes que sustentaram estas ~ primeiras interpretações foram muito importantes, 1t por exemplo, as toneladas de documentos apresen- o cr: tados como evidências da acusação nos debates dos ül julgamentos de Nuremberg (20.11.1945 a 1.10.1946) e que tratavam essencialmente de produzir provas e fundamentar as questões contra as lideranças alemãs nos processos que procuravam responsabilizá-Ias pe- ., ]: lasatrocidades epeloschamados crimes deguerra im- ~, putadosaos nazistas. Depois, em 1948, uma série de , ~~I documentos alemães, capturados durante a guerra e ~~, ~~~~I não utilizados emNuremberg, sobre asrelações entre I; a União Soviética e a Alemanha foram publicados III ~i pelo Departamento de Estado norte-americano. A J•.L.~l.:.' ; .ss resposta russa não demorou muito. Os soviéticos ~•r também haviam apreendido e publicaram documen- ~ ~1

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