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A Guerra em Portugal em Finais da Idade Média PDF

301 Pages·1998·15.632 MB·Portuguese
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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/326319535 A Guerra em Portugal nos finais da Idade Média Book · January 1998 CITATIONS READS 5 5 1 author: João Gouveia Monteiro University of Coimbra 59 PUBLICATIONS   20 CITATIONS    SEE PROFILE Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Revista de História das ideias View project Conimbriga View project All content following this page was uploaded by João Gouveia Monteiro on 13 July 2018. The user has requested enhancement of the downloaded file. 1 13 V I S .oJ‘ UISlSNNu6lUf—U9H—IOI69LI—I9 ’1 6 L96L 9O69L Edicãopatrocinada S*R. MINISTERIODADEFESANACIONAL INSTITUTOPORTUGUSDO MINIsTruoDACULTUBA LivaoiDASBIBLIOTEC,S lom uma imagempróxima do poliedro, erculano definiu aperspectiva que esta oleccao se propOe cumprir: “Ahistóriapode omparar-se a umacoluna polIgonade mármore. uem quiserexaminá-la deve andar ao redor cia, contemplá-laem todas as suas faces”. as os textos que the irao darcorpo também retenderäo ser cinzel e escultura desse mármore o darem voz aos apelos que, vindos do passado, olicitam futuros que so o presente eraescuipir. POLIEDRO DA HISTORIA ISBN972-46-0961-8 ©João Gouveia Monteiro Direitos reservados por EditorialNotIcias Rua Padre Luls AparIcio, 10, l.° 1150-248 LISBOA Capa: 3designers gráficos apartir dareproduçao (porrnenor) de uma ilurninura, alusiva aBataihade Aijubarrota, de Chroniques d’Angleterre deJean deWavrin, Séculoxv, corn autorizacao de British Library Edicãon.°01 407 003 ]. ediçao: Novernbro de 1998 Depósito legaln.° 129 583/98 Pré-impressão: Multitipo Artes Gráficas, Lda. — A GUERRA EM PORTUGAL Jmpressãoe acabamento: GráficaManuel BarbosaeFilhos, Lda. NOS FINAlS DA IDADEMEDIA Obraspublicadasnestacoleccao: JOAO GOUVEIA MONTEIRO MORTE EM LISBOA ATITUDESEREPREsENTAcOEs 1700-1830 — - AnaCristinaAradjo BRUXARIA E suPERsTIcAo NUMPAfSSEMCAAASBRUXAS 1600-1774 - José Pedro Paiva A GUERRAEMPORTUGAL NOSFINAlS DAIDADEMEDIA - Joäo GouveiaMonteiro A GUERRA EM PORTUGAL NOS FINAlS DA IDADE MEDIA noticias ‘‘editorial A memória de meu Pai, José de Gouveia Monteiro, a e de meu irmão JoséAntonio. CHAVE DAS SIGLAS E PRINCIPAlS ABREVIATURAS AB <<L’Arbre des Batailies>> (de Honoré Bouvet) — AHCM Arquivo HistOrico da Câmara Municipal de Lisboa — AHM Arquivo Histórico Municipal do Porto — A. L. Chaves Alvaro Lopes de Chaves — AME Arquivo Municipal de Elvas — ANTT Arquivos Nacionais/Torre do Tombo — BAHM Boletim do Arquivo Histórico Militar — BGUC Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra BFAC — <<The Book ofFayttes ofArmes and ofChyvaltye>> (de — Christine de Pisan) B. Neves BaetaNeves(v.<<HistOriaFlorestal,AqulcolaeCinegética>>) BNL Biblioteca Nacional de Lisboa — B. Pimenta Belisário Pimenta — c. cerca de — Cap. capItulo (s) — Cap. Esp. CapItulos Especiais — CC <<Crónica do Condestabre de Portugal>> — CDA <<Crónica de D. Afonso V>> (de Rui de Pina) — CDAL <<Crónica de DonAlvaro de Luna, Condestable de Cas — tilla, Maestre de Santiago>> // CDD <<CrOnica de D. Duarte>> (de Rui de Pina) — CDDM <<Crónica do Conde D. Duarte de Menezes (de Gomes — Eanes de Zurara) CDF <<Crónica de Dom Fernando>> (de Fernão Lopes) — CDH 11.0 <<Crónica Del Rey Don Enrique, Segundo de Castilla>> — (de Pero Lopez de Ayala) CDH 111.0 <<CrónicaDelReyDonEnrique, Tercero de Castillae de — LeOn> (de Pero Lopez de Ayala) CDJ .xCrónica Del Rey Don Juan, Primero de Castilla e de — Leon>> (de Pero Lopez de Ayala) CDJ, I <<CrOnica del Rei doni João I da boa memOria. Parte — Primeira>> (de Fernão Lopes) CDJ, II <<Crónica del Rei dom João I da boa memOria. Parte — Segunda>> (de Fernão Lopes) 9 A GUERRAEM PORTUGAL CHAVEDAS SIGLAS EPRINCIPAlS ABREVIATURAS CDJ 11.0 <<Crónica del SerenIsimo PrIncipe Don Juan, segundo LF <<Livro das Fortalezas>> (de Duarte de Armas) — rey deste nombre en Castilla y en Leon>> (de Fernan LLP — Livro das Leis e Posturas>> — Perez de Guzman) LM <<Livro da Montana>> (de D. Joäo I) — CDP <<Crónica de D. Pedro I>> (de Fernão Lopes) L. Nova <<Leitura Nova>> CDP J0 — <<Crónica de Don Pedro Pnirnero>> (de Pero LOpez de LO — .xLivrodos Ofi’ciosdeMarco Tullio Ciceram>> (doinfante — — Ayala) D. Pedro) CDPM <<Crónica do Conde D. Pedro de Menezes>> (de Gomes m. maço — Eanes de Zurara) MH — <<Monumenta Hennicina>> (ed. de A. J. Dias Dinis) — Cf. confrontar, conferir Ms. manuscrito — — Chanc. Chancelaria (no ANTT) nom. nomeadamente CIDP — <<As Cartasdo Infante D. Pedro a C’dmara de C’oimbra, nt. — nota — — 1429-1448>> (v. Belisário Pimenta) 0. Af. <<OrdenaçöesAfonsinas>> — coord. coordenaçao de Ord. de D. Duarte <<OrdenaçOes de D. Duarte>> — — C. Pisano Cristina de Pisano org. organizacão de — — CTC <<CrOnica da Tornada de Ceuta por El Rei D. João I>> orig. original — — (de Gomes Eanes de Zurara) par. pardgrafo(s) — DCR <<Docurnentosdas ChancelariasReaisanterioresa 1531 Part. <<Partida>> (das <<Siete Partidas>>, de Afonso X, rei de — — relativos a Marrocos>> (ed. de Pedro de Azevedo) Castela) design. designadamente P. Azevedo Pedro de Azevedo — — DHCE <<Documentos HistOricos da Cidade de Evora>> (v. Ga P. L. Ayala Pero Lopez de Ayala — briel Pereira) RDFR — <<ReceitaseDespesasdaFazendaReal, de 1384a 1481>> — DHP <‘Dicionário de História de Portugal>> (de Joel Serräo) (ed. de Jorge Faro) — dir. direcçao de, dirigido por reprod. reproducäo, reproduzido DP —- <<Descobrirnentos Portugueses. Docurnentospara a sua RP — <<Regirnieto de Los Principes>> (de Gil de Roma, tradu — histOria>> (ed. de João Martins da Silva Marques) — zidoparacastelhanoporFreiJuanGarciadeCastrojenz) ed. ediçao, editado R. Pina Rui de Pina — — esp. especialmente s.d. sem data EV — El Victorial CrónicadeDonPeroNiño>> (de Gutierre S. H. F. — Société de l’Histoire de France — DIez de Games) S. Marques — Silva Marques (João Martins da) — fi., fis. fOlio, s sP <<Las Siete Partidas>> (de Afonso X, rei de Castela) — F. Lopes Femão Lopes ss. seguintes — — FLUC Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Supi. Suplemento — — F. P. de Guzman Fernan Perez de Guzman tomo — — FR <<Foro Real>> (de Afonso X, rei de Castela) tft. tItulo — — G. E. Zurara Gomes Eanes de Zurara transcr. transcriçao, transcrito GTT — <<As Gavetas da Torre do Tombo>> (v. .xGavetas TVF — <Jrautadoda Vida eFeitosdomuitovertuoso50 Ifante HFAC — <<HistOria Florestal, Aqulcola e Cinegetica>> (ed. d>>e) — D. Fernando>> (de Frei João Alvares) — Baeta Neves) VB <<Livro da Virtuosa Bemfeitoria>> (do infante D. Pedro) — IHES — Instituto de História Económica e Social (Coimbra) V. — vide , veja-se. l.N.I.C. Instituto Nacional de Investigacao Cientifica — J. N. I. C. T. JuntaNacionaldeInvestigação CientificaeTecnolOgica — LA <<Livro de Apontamentos (1438-1489)>> (de Alvaro — Lopes de Chaves). LC ‘xLeal Conseiheiro>> (de D. Duarte) — L. Conseihos <‘Livro dos Conselhos>> (de D. Duarte) — LE <<Livro da Ensinança de Bern Cavalgar Toda Sela>> (de — D. Duarte) 10 11 CRITERIOS UTILIZADOS NA TRANSCRIçAO DE DOCUMENTOS Natranscrição (parcial) de documentos a que procedernos ao longo do pre sente estudo, seguiram-se basicamente as <<Normas Gerais de Transcriçao e Publicaçao de Documentos e Textos Medievais e Modernos>>, da autoria do (3 Padre Avelino de Jesus da Costa ediçAo, Coimbra, 1993). Assim: desdobraram-se as abreviaturas, mas sern indicar graficamente as letras — restituldas; o til das abreviaturas nasais desdobrou-se por m ou n, segundo o crité — rio seguido pelo texto quando as palavras estão desabreviadas; separaram-se as palavras indevidamente unidas e reuniram-se os ele — mentos dispersos da mesma palavra; actualizou-se o uso de maiásculas e mindsculas, e também do i e doj, — do u e do v, conforme se tratasse de vogais ou de consoantes; reduzirarn-se a simples as consoantes geminadas iniciais, mas mantive — ram-se quando em posicäo intervocálica; para tornar 0 texto inteligIvel, utilizou-se uma pontuaçao parcimoniosa, — segundo o sisterna moderno; corrigiram-se os erros manifestos, indicando em nota a forma textual; — na citação de textos e documentos já publicados ou impressos, respei tou-—se a licao af apresentada; no entanto, corn o objectivo de não sobrecarre gar demasiado o texto, assegurando alguma comodidade a sua leitura, evitá mos assinalar o desdobramento das abreviaturas, a reconstituição de palavras e outras intervençoes dos respectivos editores. 13 PREFACIO Esta obra de João Gouveia Monteiro representa urn caso raro na Historio grafia académica portuguesa. Corn efeito, a major parte das dissertacOes de doutorarnento em Históriatratam de questOes bastante especIficas; pretendern fazer a demonstração de uma determinada <<tese>> interpretativa apartir de urn conjuntodocumentaldefinido poressamesmaquestao; mesmo quando setrata de urn problema particularmente importante, ou ate corn efeitos de grande amplitude sobre as concepçOes ate aI dominantes, estas caracterIstica nao dei xam de ihes conferir urn carácter altarnente especializado, e por isso so no longo prazo vêm a ter repercussOes sobre a sIntese. Acontece o conträrio corn estatese apresentada a Faculdade de Letras daUniversidade de Coimbra sobre A Guerra em Portugal nosfinais da Idade Media. Trata-se efectivamente de uma obra de investigação sobre aspectos especIficos da história militar, rnas de tal modo sisternatizados num todo coerente, em que nenhum dos aspectos fundamentals daactividadeguerreirafoi esquecido, que a tornaurntextomuito próximo da sIntese. Possuindo estas notas dorninantes, vem ao mesrno tempo preencher urna grave lacuna historiogrfica, dado o enorme atraso da nossa investigaçao no domInio da história rnilitarportuguesa da Idade Media. Além disso, abre pers pectivas novas de grande alcance, na medida em que contribui de forma deci siva para a compreensão de urn dos perfodos mais cruciais da históna portu guesa. Acresce ainda que, do ponto de vistaredactorial, se apresenta como urn texto de uma grande coerência, fortemente elaborado, claro, harmónico e corn pleto, e ainda por cima moldado numa escrita fluente, saborosa e imaginativa, o que o torna fancamente acessIvel e agradável de ler. Para terrninar a enun ciaçaodas suas qualidades, naoP0550 tambémdeixarde apontar aformainvul gar como consegue seleccionar us dados documentais de uma grande quanti dade de fontes arquivfsticas e conjugá-los corn as fontes narrativas (crOnicas) e doutrinais (tratados militares), tarefaque apresenta, como sabem todos aque les que praticam o nosso offcio, dificuldades nem semprefáceis de uhrapassar. A partir de agora estamos, portanto, muito mais bern equipados para ima ginarcomo se desenvoivianarealidade, noconcreto, umadas actividades mais importantes do hornem medieval, sobretudo durante o perlodo de lutas e con flitos constantes que foram os séculos xiv e xv. De facto, poucos campos da actividade humana sofreram, entre a Idade Media e os dias de hoje, rnaiores 15

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