Em todos os sentidos, há mais de uma história dentro deste livro. Uma delas é uma história pessoal, a vida de uma mulher que errou e acertou até adquirir a experiência que agora tenta repartir com o leitor. Há, ainda, como em toda autobiografia, as inevitáveis histórias engraçadas ou tristes, de encontros e desencontros, opiniões e esbarrões que servem, afinal, à igualmente indispensável boa leitura. E existe, por fim, entre os perfis e atitudes que desfilam por esta obra, um pouco da própria História do Rio Grande do Sul e mesmo do Brasil. Não aquela História dos historiadores, mas aquela dos vultos e das palavras, dos ídolos e de seus terrores. A história de quem assistiu a muitas coisas e agora tem algo para contar.
Como todas as “verdades” históricas, porém, a vida de certos ídolos tende a ser transformada em mito e, assim, tornada imaculável. É, de certa forma, o que acontece com um dos personagens deste livro – o cantor e compositor Victor Matheus Teixeira, conhecido em todo o país por Teixeirinha. Em nossa cultura infelizmente acostumada a deuses de