“Uma fera emboscada na selva, pronta a saltar sobre ele a qualquer momento.” Essa era a sensação que John Marcher carregava desde que nasceu, e que – depois de anos ele viria a descobrir – era um segredo compartilhado por mais uma única pessoa, May Bartram. O encontro inesperado em Weatherend, e o fato de ela saber sobre o acontecimento que o espreitava, conduziu uma atraente ligação entre eles, multiplicando-se em encontros cada vez mais reveladores.
Em A fera na selva – mais um título da coleção Novelas Imortais, idealizada por Fernando Sabino, a chegar às livrarias em novo e ousado projeto gráfico pelo selo Rocco Jovens Leitores –, o renomado escritor inglês Henry James compôs uma obra-prima da literatura universal, fascinante e terrível ao mesmo tempo. Fazem parte da coleção outras narrativas breves de grandes autores de clássicos universais como Miguel de Cervantes, Herman Melville, R. L. Stevenson, Gustave Flaubert, E. T. A. Hoffmann, entre outros.
Por vários anos, John Marcher acreditou guardar discretamente a sua “carga pesada”, sem jamais tocar no assunto, para que os outros não ficassem tão assombrados quanto ele sempre esteve. Se o resto do mundo o considerava esquisito, somente May Bartram sabia como e, acima de tudo, por que esquisito. Uma coisa os uniu sem que eles soubessem. Enquanto envelheciam juntos, John e May mantinham uma relação de amizade e fidelidade que se tornara indispensável, à espera vigilante de que uma coisa extraordinária acontecesse.
Na obra, passado, presente e futuro são entrelaçados em uma trama articulada e envolta de mistérios, sob uma narrativa psicológica. De fato, alguma coisa tinha estado para acontecer, e o que vinha a ser a “Fera na Selva” poderia representar algo aterrorizador, porém de um destino comum e inevitável.