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A Escrita da História - Novas Perspectivas PDF

358 Pages·1992·7.184 MB·Portuguese
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A ESCRITA J)A HISTÓRIA NOVAS PERSPECTIVAS FUNDAÇÃO EDITORA DA UNESP Presidente do Conselho Curador José Carlos Souza Trindade Diretor-Presiden Ce José Castilho Marques Neto Editor Executivo Jézio Hernani Bomfim Gutierre Conselho Editorial Acadêmico Alberto Ikeda Antonio Carlos Carrera de Souza Antonio de Pádua Pithon Cyrino Benedito Antunes Isabel Maria F. R. Loureiro Lígia M. Vettorato Trevisan Lourdes A. M. dos Santos Pinto Raul Borges Guimarães Ruben Aldrovandi Tanir. Regina de Luca PETER BURKE (Org.) A ESCRITA DA HISTÓRIA NOVAS PERSPECTIVAS Tradução de Magda Lopes 7a Reimpressão ') í rr Class Cutter Tombo Data / / Odi+ovrr Copyright © 1991 by Basil Blackwell Limited, England Título original em inglês: New Perspectives on Historical Writing Copyright © 1992 da tradução brasileira: Editora Unesp, da Fundação para o Desenvolvimento da Universidade Estadual Paulista (FUNDUNESP) Praça da Sé, 108 01001-900 -São Paulo -SP TeL: (011)3242-7171 Fax:(011)3242-7172 Home page: www.editora.unesp.br E-mail: [email protected] Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Escrita a história: novas perspectivas / Peter Burke (org.); tradução de Magda Lopes. - São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1992. - (Biblioteca básica) dISBN: 85-7139-027-4 1. Historiografia 1. Burke, Peter. II. Série. 92-1978 CDD-907.2 índices para catálogo sistemático: o 1. Escola dos Annales: Historiografia 907.2 2. Historiografia 907.2 3. Nova história: Historiografia 907.2 Editora afiliada: ^ V B D R AMOCWÇXOflB«a«JW m onciiot «cmocnuieot Asociaclón de Edltoriales Unlversltarlas Associação Brasileira de de América Latina y el Caribe Editoras Universitárias SUMÁRIO 7 Abertura: a nova história, seu passado e seu futuro Peter Burke 39 A história vista de baixo Jim Sharpe 63 História das mulheres Joan Scotc , 97 História de além-mar Henlc Wesseling 133 Sobre a micro-história Giownni Leví 163 História oral Gu^n Prins 199 História da leitura Robert Darnton 6 PETER BURKE 237 História das imagens Ivan Gaskell 273 História do pensamento político Richard Tuck 291 História do corpo Roy Porter 321 A história dos acontecimentos e o renascimento da narrativa Peter Burke 349 índice remissivo ABERTURA: A NOVA HISTÓRIA, SEU PASSADO E SEU FUTURO1 Peter Burke * Mais ou menos na última geração, o universo dos historiadores se expandiu a uma velocidade vertiginosa.2 A história nacional, dominante no século dezenove, atualmente tem de competir com a história mundial e a história regional (antes deixada a cargo de “antiquários”3 amadores), para conseguir atenção. Há muitos * Docente de História Cultural da Universidade de Catnbridge c Membro do Emma- nuel Collegc 1. Com referência à nomenclatura utilizada neste volume, desejo registrar meus agradecimentos iis Prof's Maria IJgia Prado e Maria Helena Capelato, docentes de História da Universidade de São Paulo, pelo inestimável auxilio na tradução dos termos específicos, quase todos neologismos ou expressões adaptadas da linguagem comum. Sua contribuição foi fundamental para a clareza do texto. (N.T.) 2. Este ensaio deve muito a discussões com Raphael Samuel durante muitos anos; a Gwyn Prins e a várias gerações de estudantes do Emannuel College, em Cambridge; e mais recentemente a Nilo Odália e à participante audiência em minhas conferências na Universidade Estadual de São Paulo, em Araraquara, em 1989. 3. No século dezessete, vários estudiosos - posteriormente chamados de “antiquários” (antiquariam) - começaram a coletar documentos antigos visando a comprovação de fatos históricos. A partir dessa atividade - o “antiquarianismo” - iniciaram uma contestação à realeza, pregando um maior poder ao parlamento, o que provocou sua perseguição durante o reinado de Carlos I. Contrapunham-se aos historiadores da época, que não verificavam a veracidade dos fatos e limitavam-se ao relato da história da nobreza. (N.T.) 8 PETER BURKE campos novos, freqüentemente patrocinados por publicações es­ pecializadas. A história social, por exemplo, tornou-se independen­ te da história econômica apenas para se fragmentar, como alguma nova nação, em demografia histórica, história do trabalho, história urbana, história rural e assim por diante. Mais uma vez, a história econômica dividiu-se em antiga e nova. A nova história econômica dos anos 50 e 60 (agora de meia-idade, se não mais velha) é suficientemente conhecida para necessitar aqui de uma discussão.4 Tem havido também uma mudança, entre os historiadores econômicos, de uma preocupação com a produção para uma preocupação com o consumo, mudança esta que cria uma dificuldade crescente na separação entre a história econômica e a história social e cultural. A história do gerenciamento é um interesse recente, mas fica obscura se não se dissolvem as ligações entre a história econômica e a administrativa. Outra especialização, a história da publicidade, abarca a história econômica e a história da comunicação. Atualmente, a verdadeira identidade da história econômica está ameaçada por uma proposta de controle de um empreendimento jovem, mas ambicioso: a história do meio am­ biente, às vezes conhecida como eco-história. A história política também está dividida, não apenas nas chamadas escolas de grau superior e elementar, mas também entre os historiadores preocupados com os centros de governo e aqueles interessados na política em suas raízes. O território da política expandiu-se, no sentido de que os historiadores (seguindo teóricos como Michel Foucault) estão cada vez mais inclinados a discutir a luta pelo poder na fábrica, na escola ou até mesmo na família. Entretanto, o preço de tal expansão é uma espécie de crise de identidade. Se a política está em toda parte, será que há necessidade de história política?5 Os historiadores culturais estão diante de um problema similar, na medida em que se afastam de uma definição 4. Para um exemplo famoso (e discutível), ver R.W. Fogel e S. Engerman, Time on the Cross, Boston, 1974. Há uma avaliação criteriosa da posição atual da história econômica em D.C. Coleman, Hístory and the Economic Past, Oxford, 1987. 5. J. Vincent, The Formation of the British Liberal Parfy, Londres, 1966.

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