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A erradicação do Aedes aegypti: febre amarela, Fred Soper e saúde pública nas Américas (1918-1968) PDF

2016·29.8 MB·Portuguese
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A erradicação do Aedes aegypti febre amarela, Fred Soper e saúde pública nas Américas (1918-1968) Rodrigo Cesar da Silva Magalhães SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros MAGALHÃES, RCS. A erradicação do Aedes aegypti: febre amarela, Fred Soper e saúde pública nas Américas (1918-1968) [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2016. História e Saúde collection, 413 p. ISBN: 978-85-7541-479-8. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>. All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0. A Erradicação do Aedes aegypti febre amarela, Fred Soper e saúde pública nas Américas (1918-1968) FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ Presidente Paulo Gadelha Vice-Presidente de Ensino, Informação e Comunicação Nísia Trindade Lima EDITORA FIOCRUZ Diretora Nísia Trindade Lima Editor Executivo João Carlos Canossa Mendes Editores Científicos Carlos Machado de Freitas e Gilberto Hochman Conselho Editorial Claudia Nunes Duarte dos Santos Jane Russo Ligia Maria Vieira da Silva Maria Cecília de Souza Minayo Marilia Santini de Oliveira Moisés Goldbaum Pedro Paulo Chieffi Ricardo Lourenço de Oliveira Ricardo Ventura Santos Soraya Vargas Côrtes Coleção História e Saúde Editores Responsáveis: Gilberto Hochman Flavio C. Edler Jaime L. Benchimol o ã ç e ol História c e Saúde A Erradicação do Aedes aegypti febre amarela, Fred Soper e saúde pública nas Américas (1918-1968) Rodrigo Cesar da Silva Magalhães Copyright © 2016 do autor Todos os direitos reservados à fundação oswaldo cruz / editora Revisão Augusta Avalle Myllena Paiva Normalização de referências Clarissa Bravo Capa e projeto gráfico Carlota Rios e Guilherme Ashton Editoração eletrônica Daniel Pose Vazquez Produção gráfico-editorial Phelipe Gasiglia Catalogação na fonte Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde Biblioteca de Saúde Pública M188e Magalhães, Rodrigo Cesar da Silva A Erradicação do Aedes aegypti: febre amarela, Fred Soper e saúde pública nas Américas (1918-1968). / Rodrigo Cesar da Silva Magalhães – Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2016. 420 p. : il. (Coleção História e Saúde) ISBN: 978-85-7541-479-8 1. Aedes. 2. Febre Amarela - prevenção & controle. 3. Febre Amarela – história. 4. Saúde Pública - história. 5. História do Século XX. 6. Médicos - história. 7. Programas de Imunização - história. I. Título. CDD - 22.ed. – 614.54109 2016 EDITORA FIOCRUZ Editora fi liada Av. Brasil, 4036, Térreo, sala 112 – Manguinhos 21040-361 – Rio de Janeiro – RJ Tels: (21) 3882-9039 e 3882-9041 | Telefax: (21) 3882-9006 e-mail: [email protected] | www.fiocruz.br/editora Para Teresinha, Tiago e Dilza (in memoriam) Sumário Prefácio ........................................................................................................... 9 Apresentação.................................................................................................. 15 Introdução ...................................................................................................... 27 1. A Campanha Mundial de Erradicação da Febre Amarela da Fundação Rockefeller e as Origens da Saúde Internacional ................. 45 2. Fred Soper e a Reorganização da Campanha Mundial de Erradicação da Febre Amarela da Fundação Rockefeller nos Anos 1930 ............................................................................................ 87 3. Cooperação Sanitária Latino-Americana e as Origens da Campanha Continental para a Erradicação do Aedes aegypti .................115 4. Da América do Sul aos Campos de Batalha na Europa: novas campanhas, novas instituições e a reabilitação do conceito de erradicação ............................................................................147 5. O Novo Cenário Internacional no Pós-Segunda Guerra Mundial e o Lançamento da Campanha Continental para a Erradicação do Aedes aegypti ..........................................................................................177 6. A “Era Soper de Erradicação” e o Apogeu da Campanha Continental para a Erradicação do Aedes aegypti .....................................223 7. A Guerra Fria Chega às Américas: origens, controvérsias e consequências do Programa de Erradicação do Aedes aegypti dos Estados Unidos ...................................................................................271 Conclusão: saúde internacional, erradicação de Aedes aegypti e o fortalecimento das relações interamericanas....................................317 Imagens ......................................................................................................331 Notas ...........................................................................................................347 Fontes e referências ...................................................................................391 Prefácio Neste livro aborda-se a Campanha Continental para a Erradicação do Aedes aegypti, iniciativa pioneira e de mais longa duração como plano internacional de erradicação. Os primórdios desse programa datam de 1914, quando a Fundação Rockefeller concebeu a Campanha Mundial de Erradicação da Febre Amarela, implementada em 1918, com o fim da Primeira Guerra Mundial. No intervalo entre as décadas de 1910 e 1930, a Campanha esteve voltada para as Américas e a África, sofrendo uma série de mudanças durante o desenvolvimento do programa que redundou, no pós-Segunda Guerra Mundial, no relançamento da Campanha Continental para a Erradicação do Aedes aegypti, sob a égide da Organização Sanitária Pan-Americana (OSP). Até o fim da década de 1960, os países americanos deveriam ter como meta a eliminação do vetor da febre amarela. O cuidadoso e circunstanciado estudo de Rodrigo Cesar Magalhães reconstitui a história da proposta de enfrentamento da febre amarela formulada pelo médico brasileiro Heitor Praguer Fróes, então diretor do Departamento Nacional de Saúde (DNS) e representante do Brasil na Reunião do Conselho Diretor da Organização Sanitária Pan-Americana (OSP), realizada em Buenos Aires, em 1947. Aprovada pela organização multilateral, a iniciativa de Fróes deu sequência ao programa de combate à febre amarela da Fundação Rockefeller, inaugurado no intervalo do 9 entreguerras, envolvendo significativas mudanças do pós-Segunda Guerra Mundial e indicando um padrão inédito de interação entre organizações internacionais, governo norte-americano e países da América Latina, particularmente o Brasil. Ao longo da Campanha Continental para a Erradicação do Aedes aegypti, emerge um personagem central na direção da OSP: trata-se do médico-sanitarista Frederick Lowe Soper (1893-1977). A trajetória de Soper como funcionário da saúde pública cobriu grande parte do século XX, incluindo-se as questões sanitárias relevantes do período. Nesse sentido, um dos méritos do livro de Rodrigo é destacar que a importância de Soper não se limitou à longa carreira no campo da saúde internacional, mas também ao seu protagonismo no desenvolvimento da cooperação internacional nas Américas. Conforme a investigação de Rodrigo, parte do êxito da cooperação está ligada à maior facilidade de se produzir consenso em áreas como a saúde e a ciência quando comparadas com os domínios da economia ou da política, a exemplo das relações entre as repúblicas americanas quando do lançamento da Campanha Mundial de Erradicação da Febre Amarela em 1918, sob a liderança da Fundação Rockefeller. Esse processo de cooperação se expandiria entre as décadas de 1920 e 1940 derivando, no pós-Segunda Guerra Mundial, num acordo entre as nações da região de combate à febre amarela. Para tornar inteligível tais arranjos político-institucionais e seus desdobramentos, no livro destaca-se o papel das relações internacionais, abordando-se o conjunto da campanha contra a febre amarela nas Américas com base em chave explicativa que privilegia os aspectos de permanência ao examinar os avanços, retrocessos e mudanças na Campanha, em variados contextos políticos e sanitários. Das ações concertadas das nações americanas em face da adoção de políticas de combate à febre amarela, os Estados Unidos exerceram papel de relevo, especialmente no que tange à interação com o Brasil. A análise desse processo de cooperação, uma das novidades apresentadas no volume, sofreu a mediação de organizações internacionais, especialmente a Fundação Rockefeller no entreguerras e a Organização Sanitária Pan- Americana no pós-Segunda Guerra Mundial, inspiradas pelo otimismo sanitário, pela era do desenvolvimento nas Américas, pelas políticas da Guerra Fria, pelas disputas no campo sanitário envolvendo o conceito de erradicação, pela emergência de novas organizações internacionais, a exemplo da Organização Mundial da Saúde (OMS), pela reorganização da OSP e por uma alteração no foco da política da Fundação Rockfeller, que 10

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